50 Semanas de Rock - Elvis Presley

Se querer conhecer rock e sua história sem ouvir Elvis é pecado mortal, lá fui eu passar uma semana ouvindo o som do cara. Assim como Chuck Berry, Elvis não é rock puro o tempo todo: ele tocava música romântica - o estilo pelo qual ele talvez seja mais conhecido -, um pouco de gospel e, claro, muita coisa com levada jazz e blues, os sons predominantes da época.

Duas coisas que se destacam em todos os discos e em quase todas as músicas são os backing vocals, muito bem feitos, tanto vocalizando tanto quando fazem a segunda voz, e também os instrumentos de sopro: trompetes e companhia. Quem acompanha meus textos sobre música já deve ter notado isso: adoro metais em músicas, o que fez de Elvis um prazer de se ouvir.

Uma coisa que se nota no Elvis é que ele não varia muito a sua voz: é quase sempre aquele vozeirão grave, que deixa muitas músicas com um ar épico. Não que sua voz seja ruim, claro, mas talvez por estar acostumado com Elton John eu sinta falta de falsetes e brincadeiras com a voz.

O disco That's The Way it Is é o mais lento dos que peguei. Há uma ou outra música mais animadas, como Stranger in the Crowd e Just Pretend, mas são muito poucas. O resto é basicamente música lenta. Mas não músicas ruins, calma lá! É nele que está a minha favorita na voz do Elvis: Bridge Over Troubled Water, clássica maravilhosa de Simon & Garfunkel, versão que eu já conhecia há um tempo. A título de curiosidade, neste disco está How the Web Was Woven, cuja introdução é cagada e cuspida a mesma de Will You Be There, do Michael Jackson.

Já Raised on Rock, ao contrário do que o nome possa sugerir, também não é tão roqueiro assim. Claro, ele traz boas batidas, como Find Out What's Happening e a faixa título, mas não é o disco de rock que eu pensei. Ele, na verdade, é recheado daquelas baladas enjoativas que o pessoal tá acostumado a associar ao Elvis. É por esse tipo de música que o pessoal acha que o cara é chato. Não é das melhores coisas para se ouvir.

Dos discos que peguei, o melhor é, de longe, o As Recorded at Madison Square Garden, gravado ao vivo. Ali eu vi o quanto Elvis era bom em cima de um palco (ele apresenta a banda, conversa um pouco com a platéia e ainda fica de brincadeira mudando as músicas e perguntando "vocês sabem o que eu vou cantar, não sabem?") e como era bom empunhando sua guitarra. Nele estão algumas das melhores que ouvi: Proud Mary, You've Lost That Lovin' Feelin' e Heartbreak Hotel, além das clássicas e eternas Hound Dog, Love Me Tender e Can't Help Falling in Love. Taí um dos discos que quero um dia ter em minha coleção.

Por fim, curioso com o fato dele ter gravado discos gospels, baixei um para ouvir e gostei bastante. He Touched Me tem belas canções de louvor a Deus e a Jesus Cristo, tudo seguindo a linha de ritmos e estilos comuns ao Elvis. Entre as melhores do disco estão There's No God But God, Seeing is Believing, Reach Out to Jesus e a linda Amazing Grace.

Definitivamente, Elvis não morreu.

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Coletânea Elvis 30 Hits
Coletânea Ultimate Gospel

Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 semanas de rock

Ajude o Seu Escritor Favorito a Ganhar um Concurso

Há coisa de um mês atrás os sites Simplicíssimo e O Pensador Selvagem fizeram um concurso de micro-contos. Eu inscrevi um meu e não ganhei. Agora eles abriram todos os inscritos para votação popular.

Funciona assim: eles dividiram os inscritos em grupos de cinco para que os visitantes votem. Os melhores de cada grupo serão divididos em novos grupos para uma nova rodada, e depois mais uma, quando será escolhido o vencedor.

Vocês já sabem o que fazer, não? Me ajudem: eu estou no grupo 11. (Depois de clicar neste link, é preciso clicar em "grupo 11" na página que abrir, para ver as opções)

A casa agradece, e muito, principalmente se você fizer propaganda para suas amigas.

Novo Livro

Há coisa de dois meses descobri através do Judão que a Editora Andross estava com um concurso de crônicas, através do qual ela iria publicar um livro-coletânea com algumas dezenas de textos escritos por autores desconhecidos.

Inscrevi uma crônica no concurso, chamada O Melhor Primeiro Beijo, ainda inédita aqui no blog, e não é que entrei na parada? Preparem-se, então, pois no final de maio haverá o lançamento do livro Entrelinhas.

E enquanto ele não chega, que tal comprar o meu primeiro livro, Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor?

Reforma de Casa: Caminhão de Concreto

Apesar de ter cometido muitos erros durante a reforma da minha casa, uma coisa eu posso me gabar de feito certo: contratado uma empresa de concretagem para fazer a laje.

Muita gente me falou que sairia muito caro comprar um caminhão de concreto, que o melhor era chamar um monte de gente para virar a laje em um domingo de manhã e então no fim do dia pagar uma bela duma feijoada pra peãozada toda.

Eu, na contramão do pensamento de todos, imaginei o tendepá que seria ter um monte de gente desconhecida no meu quintal, sendo obrigado a vigiar se todo mundo estava realmente trabalhando, e ainda por cima dar um trabalhão danado para a minha tia, que teria que fazer a comida pra todo mundo. Ou, pior ainda, ter que contratar alguma cozinheira para o serviço.

Contrariando todo mundo, contratei a Lafarge para fazer o serviço. E não tinha como fazer melhor: eles chegaram no dia marcado, na hora marcada, estacionaram os caminhões, armaram todo o equipamento e então, duas horas depois, já estavam comendo uns pães com mortadela, prontos para ir embora. Tudo isso com o trabalho de apenas quatro homens: o pedreiro e o servente para espalhar o concreto, um para direcionar o mangote que despeja o concreto, e o último no caminhão controlando a bomba.

Enfim, um serviço limpo e rápido, que, tenho certeza, me custou praticamente a mesma coisa do que a outra opção, e ainda me tomou menos tempo e não causou nenhuma dor de cabeça.

Meses mais tarde, quando fui bater a segunda laje, contratei a mesma empresa e os mesmos caras voltaram aqui e fizeram pela segunda vez um ótimo serviço, impecável.

Recomendo a qualquer um. Talvez você até gaste um pouco mais, mas a qualidade, limpeza e rapidez do serviço compensam qualquer coisa.

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Veja o índice de artigos da série Reforma de Casa

50 Semanas de Rock - Eagles

Infelizmente, conseguir discos dos Eagles foi uma das tarefas mais árduas destas semanas. De todos os discos deles, só consegui encontrar dois: Hotel California, dos anos 70, e o recente The Long Road Out of Eden, lançado em 2007.

Sobre Hotel California, o disco, a primeira coisa que posso dizer é que Hotel California, a música, merece todo o oba-oba, pois é uma ótima canção e tem um solo inesquecível. De resto o disco uma mistura de músicas que às vezes debandam para o rock e outras que vão em direção a um pop meloso típico dos anos 70. Não é das melhores coisas que já ouvi nestas últimas semanas.

Já The Long Road Out of Eden é bem melhor e traz ótimas canções. Muitas delas trazem ótimos arranjos vocais, como No More Walks in the Wood, No More Cloudy Days e Do Something. Há também alguns rocks muito bons, como Somebody e Business as Usual; pops gostosos e balançantes, como Fast Company, Fail Grasp on the Big Picture e Last Good Time in Town; a quase-country How Long; uma bela música instrumental, I Dreamed There Was No War; e a grande viagem musical deliciosa que é a faixa-título. Não posso deixar de comentar, claro, que Guilty of the Crime é a cara de Elton John, graças a um piano excelentemente swingado.

Mesmo com tanta coisa boa, ainda há músicas que não valem muito a pena. Se ao invés de lançarem um disco duplo eles tirassem essas músicas mais ou menos e lançassem um disco simples, com certeza seria um ótimo lançamento e eu gostaria de tê-lo na minha coleção.

Curiosidade: três músicas me lembraram outros artistas por causa do nome. Elton John tem uma música chamada Victim of Love, assim como Michael Jackson tem uma chamada You Are Not Alone. No caso dos Eagles, a primeira faz parte do disco Hotel California enquanto a segunda está no The Long Road Out of Eden. Por fim, Elton John, novamente ele, tem uma música chamada The Big Picture. Claro, as músicas dos Eagles são completamente diferentes, e só têm em comum os nomes.

Como só consegui baixar um disco dos anos 70, fiquei com a impressão de que os Eagles dos anos 2000 são melhores que os de antigamente. Quem sabe se um dia eu ouvir mais deles eu até mude de opinião.

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Música para a Páscoa

Deus enviou Seu Filho amado
Para morrer em meu lugar
Na cruz sofreu por meus pecados
Mas o sepulcro vazio está porque Ele vive

E quando, enfim, chegar a hora
Em que a morte enfrentarei
Sem medo, então, terei vitória
Verei na Glória o meu Jesus que vivo está

Porque Ele vive, posso crer no amanhã.
Porque Ele vive, temor não há.
Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida
Está nas mãos do meu Jesus, que vivo está

O Pecado de Todos Nós - Capítulo Um - Parte Quatro

(capítulo um, parte três)

O silêncio da terra findara. Agora um cavalo relinchava, dormindo; um dos cães latiu, outro ganiu. O vento varreu, subitamente, a casa toda, sacudindo-a de leve. Meu pai, tremendo de novo, levantou-se e voltou à sala, puxando a cortina de uma das janelas. A Lua era branca e clara, e brilhava num céu tranqüilo.

Meu pai pegou sua Bíblia com as mãos geladas e releu Mateus 24, não uma, mas várias vezes. Eram três horas quando ele subiu as escadas para voltar à cama, e deitar-se ao lado de minha mãe adormecida, até que a aurora clareou as janelas. Então ele dormiu.

De manhã ele estava exausto. Quando foi tomar o café da manhã, lembro-me de que olhou para cada um de nós de maneira estranha, como se nos visse pela primeira vez e tentasse recordar-se de alguma coisa. Mas não contou o que presenciara - se é que aquilo realmente acontecera ou não passara de um sonho - senão meses depois.

Não houve a menor notícia daquilo nos jornais, que ele naquele dia folheou pela primeira vez em muitas semanas. Concluiu que devia ter sonhado...

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Continua...
O início

Livro: Chapadão do Bugre, de Mário Palmério

O excelente Chapadão do Bugre tem uma narrativa diferente dos outros livros que já li.

Ele começa contando a história de José de Arimatéia, um rapaz do sertão que está de casamento marcado com uma moça da fazenda onde trabalha, só que por causa de um certo acontecimento, que não vou contar qual é pra não estragar a história, ele se vê obrigado a sair às pressas da fazenda. Esta primeira parte narra tudo o que aconteceu em sua trajetória fora da fazenda e tudo o que rola por lá depois que ele sai, e vai até o momento em que não se tem mais notícias dele.

Inicia-se então a segunda parte, que não tem absolutamente nada a ver com a primeira. Ela conta a história de uma cidadezinha do interior que é comandada por uma mesma família há gerações, até que o governo estadual manda um juiz carrancudo e uma força policial enérgica tomarem conta do lugar e acabarem com a impunidade. (Não, esta cidadezinha não é Magé).

Rapaz, uma coisa que não posso deixar de contar é que o Capitão Nascimento, aquele fanfarrão da Tropa de Elite, fica parecendo um escoteiro perto do capitão que comanda a força policial que toma o lugar. O cara é cruel até os ossos: chega a enfiar prisioneiros de cabeça pra baixo em baldes de merda e vômito a pretexto de conseguir uma confissão.

Mas bem, continuando: esta segunda parte da história, a princípio, não tem nada a ver com a primeira, mas aos poucos você começa a ver um detalhe aqui, outro ali, que vão ligando as duas, então as relações vão se tornando mais e mais claras até o ponto em que tudo faz sentido e o livro alcança a sua última parte, apoteótica, com o retorno de José de Arimatéia.

É aí que todos os pontos são amarrados entre as duas histórias, tudo faz sentido e a trama toma um rumo empolgante, que não dá vontade de largar o livro até descobrir como aquilo tudo vai acabar.

Se tiverem oportunidade de ler, não percam. É diversão garantida.

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Meu Colega de Trabalho Genial: Seis ou Meia

Lá estava ele sentado em seu computador. Atrás dele, em outra máquina, estava um outro funcionário. Este outro funcionário pergunta:

- Qual é o valor do protesto meia-quatro-um?
- Hm... não tem esse aqui.
- [já vendo o número na tela dele] Tem sim, é o meia-quatro-um, cara.
- Não tem esse aqui não.
- Eu tô vendo ele daqui! Meia-quatro-um!
- Não tô vendo...
- SEIS-quatro-um!!
- Ah, tá.

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Leia outras histórias do meu colega de trabalho genial

A Corregedoria é Linda: O Suporte Técnico

Já contei dos sites e dos programas que temos que usar para enviar informações para a Corregedoria, agora eu vou contar um capítulo interessante desta saga: o suporte técnico. Não que ele seja péssimo, pois já me ajudaram várias vezes, mas teve uma ocasião que deu vontade de desligar o telefone na cara do rapaz.

Imagine que você, usuário do Windows, inicie um programa qualquer e a janela dele ocupe toda a tela, ficando inclusive por cima da barra de tarefas, ali onde fica o menu Iniciar, os botões dos programas e o relógio, e não há como mudar o tamanho desta janela. Pois é, é assim que fica o programa da Corregedoria: nada prático e nada de acordo com as regras de uma boa interface.

E, pior, não há necessidade disso, pois a janela ocupa um espaço vertical que não usa. Se a altura da janela fosse 3/4 do que é não haveria nenhum problema no uso do sistema.

Daí que certa vez liguei para a assistência para tirar uma dúvida e, enquanto esperava o computador reiniciar, eu comentei com o atendente sobre este detalhe, inclusive falando da inutilidade de todo aquele espaço vertical, e a resposta que me veio foi:

- Isso não dá pra mudar, não. Se o senhor quiser, pode apertar aquele botãozinho do seu teclado que tem o símbolo do Windows que aí o menu Iniciar vai aparecer.

Para quem é programador e sabe que mudar aquilo é serviço de iniciante, é duro ficar quieto. Mas consegui me conter e soltei um desanimado "ah, tá".

A Corregedoria não é linda?

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Leia outros artigos da série A Corregedoria é Linda.

50 Semanas de Rock - Deep Purple

Não vou mentir pra ninguém: Deep Purple não é nada do que eu imaginava. Eu pensava que os caras eram algo do estilo Iron Maiden, mas estão longe disso e fazem um tipo diferente de rock, que não sei definir. Talvez seja uma mistura de Alice Cooper com Rush.

De cara, me pareceu que o Dream Theater se inspirou um bocado neles, basta ouvir Burn e comparar com músicas do DT. Os três discos que baixei foram In Rock, Burn e Machine Head, sendo o segundo o melhor deles.

A guitarra é foda em praticamente todas as músicas. Os solos em You Fool No-One, A-200 e Lay Down Stay Down, por exemplo, são deliciosos de se ouvir. E claro, não se pode deixar de citar a clássica Smoke on the Water. Ah, um detalhe: os vocais de You Fool No-One me lembraram muito os Beatles.

Duas viagens musicais são Child of Time, com seus longos dez minutos, e Mistreated, uma das minhas favoritas. Ambas são músicas para se colocar para tocar e parar tudo pra ouvir. Outras músicas que entram na lista das melhores são Burn, Sail Away e What's Goin' On Here, esta última com um pianinho jazzeado de arrebentar.

Mas, apesar disso tudo, contraditoriamente, Deep Purple não me empolgou tanto quanto Alice Cooper ou Black Sabbath. É boa mas não espetacular. De qualquer maneira, taí uma banda que, quando isso tudo acabar, vou procurar conhecer um pouco mais, pelo menos os seus grandes sucessos.

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Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas

Escrevendo no Celular Usando o Recurso de Texto Previsto

Já encontrei muita gente que na hora de escrever uma mensagem no celular perde um bom tempo. Eu mesmo já sofri muito com isso. Além disso, muita gente já tentou e não conseguiu usar o recurso de texto previsto, ou seja lá como o seu modelo de celular chame isso.

Só depois que um amigo teve a paciência de me explicar como é que este recurso funciona é que vi o quanto tempo eu já tinha desperdiçado. Este artigo é uma tentativa de compartilhar com as minhas leitoras esta pérola escondida em seus celulares.

Bem, imagine que a querida leitora queira escrever a palavra "bacana" em seu celular. Pelos métodos tradicionais ela teria que apertar 10 teclas para escrever uma palavra de 6 letras:

'2' duas vezes: B
'2' uma vez: A
'2' três vezes: C
'2' uma vez: A
'6' duas vezes: N
'2' uma vez: A

Com o recurso de texto previsto, bastaria apenas digitar uma vez cada uma das teclas que têm as letras desejadas. Mas como isso funciona? Primeiramente, acompanhe o que apareceu na tela do meu celular enquanto eu digitava a palavra do nosso exemplo:

'2' (para o b): A
'2' (para o a): CÁ
'2' (para o c): ABC
'2' (para o a): CAÇA
'6' (para o n): ACÇÃO
'2' (para o a): BACANA

Veja que, se a princípio nada parecia com o que eu queria digitar, ao terminar de teclar em todas as letras, o celular conseguiu acertar o que eu queria escrever. Mas como isso é possível? Simples. Acompanhe só:

Ao apertar o '2' pela primeira vez, o celular assume que estou querendo escrever uma palavra de apenas uma letra. Tendo apertado o número dois, haviam três possibilidades de letras a serem encaixadas no primeiro (e único) espaço da palavra: A, B ou C.

Qual é a palavra de uma letra que pode ser formada com estas três letras? O 'A'. Logo, ele foi exibido. Aí eu apertei o '2' novamente, e o celular passou a imaginar que quero escrever uma palavra de duas letras, sendo que a primeira deve ser A, B ou C, e a segunda letra também. Então, quais são as palavras possíveis com estas combinações?

AA? Não. AB? Não. AC? Não. BA? Não. BB? Não. BC? Não. CÁ? Sim! Então ele exibe a palavra. E assim segue o raciocínio, a cada tecla digitada. Quando maior a palavra, maiores são as chances do celular acertar o que você quer digitar. O importante é não se assustar com as palavras que ele tenta formar no meio do caminho, enquanto você ainda está digitando.

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Mas há os casos em que várias palavras podem ser formadas com uma mesma combinação de teclas. Imagine que a leitora queira escrever 'ano'. Logo vai apertar as teclas 2-6-6. Veja que podem haver várias combinações possíveis:

1º espaço: pelo 2: A B C
2º espaço: pelo 6: M N O
3º espaço: pelo 6: M N O

Com estas letras você pode formar as palavras AMO, ANO, BOM e COM. No meu caso, meu celular exibiu 'COM'. Mas queremos digitar 'ANO'. Saiba então que é possível ver as outras possibilidades, bastando pressionar a tecla de asterisco várias vezes, até encontrar a palavra desejada.

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Por fim, há os casos de o celular não conseguir montar a palavra que você quer, então ele pede para você soletrar. Quando você soletra, veja só, a palavra entra para o dicionário do celular, e da próxima vez que você usá-la o celular vai conseguir montá-la corretamente.

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Este é, então, o recurso de texto previsto. Espero que minhas leitoras tenham gostado da explicação e que este recurso lhes seja tão útil quanto é pra mim. Não sei como vivi tanto tempo sem ele.

Reforma de Casa: Pedra é Mole

Uma das coisas mais surpreendentes que aprendi durante todo este suplício chinês que é a reforma da minha casa é o fato de que pedra é um material mole e extremamente frágil. Descobri isso quando comprei as dezenas de metros de granito para fazer as vezes de rodapé.

Foram várias e várias peças de sete centímetros de altura com os mais variados comprimentos: desde pequenas peças de dez centímetros até longas tripas de quase dois metros. Aí é que entra o desastre.

O cara da marmoraria, quando entregou, colocou duas ripas de madeira no chão, paralelas, e pôs os rodapés sobre as duas, para que não tocassem o chão. Aí lá foi o inocente Marinho para contar e conferir as medidas. Dei um vacilo, esbarrei em uma pedra e ela virou e caiu no chão (uma queda de míseros cinco centímetros) e partiu-se em quatro. Triste, continuei o serviço, e até terminar a história toda, lá se foram mais duas pedras. Eu quase chorei.

Além destas, o pedreiro me fez o favor de quebrar mais três enquanto as colocava no lugar: a soleira de uma porta, o piso de um degrau da escada e a soleira da janela da sala. E haja dinheiro jogado fora.

Mais tarde, bem mais tarde, vim a descobrir uma coisa que eu já vinha desconfiando: a pedra que escolhemos, Ornamental Gold, acredite, é mais frágil que as outras. Eu já tinha notado isso porque, acredite, ela é mais leve se comparada com pedras de outros tipos, que também pedimos.

Só faltou avisarem isso antes.


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Veja o índice de artigos da série Reforma de Casa

Quem Quer Trocar Livros?

Tenho aqui um livro chamado Revolution in World Missions, escrito por um evangélico indiano chamado K. P. Yohannan, que é o cabeça de uma grande organização chamada Gospel for Asia. Esta organização tem como principal finalidade treinar nativos daquela região para que eles trabalhem como missionários entre seus próprios conterrâneos, já que em muitos países asiáticos a entrada de ocidentais é proibida.

No livro, o sujeito conta como surgiu a organização e como ela funciona hoje em dia. Apesar de ser voltada mais para leitores americanos, é uma leitura interessante para conhecemos um pouco mais sobre o trabalho desta gente que busca levar o nome de Jesus às mais remotas vilas.

Como já terminei de lê-lo estou procurando alguém que queira trocá-lo por outro, já que não tenho pretensão de ler novamente (afinal, quantos são os livros que a gente lê mais de uma vez?)

O livro tem pouco mais de 200 páginas, é novo e está em perfeito estado de conservação. Só fiz algumas anotações a caneta em certas páginas.

Se você tem algum livro encalhado aí e quiser trocar, entre em contato.

Livro: Os Melhores (e alguns dos piores) textos de Branco Leone

Ele tem uma história parecida com a minha: começou a escrever um blog, uns malucos gostaram e ele resolveu publicar um livro com os melhores textos que tinha escrito. Procurou uma editora, conheceu o Albano Martins, da Os Viralata, acertaram tudo e o livro saiu.

Os Melhores (e alguns dos piores) textos de Branco Leone é um livro assaz divertido de se ler. Alternando histórias reais com crônicas fictícias, tudo recheado de humor, Branco Leone nos leva a passear por dezenas de crônicas curtas, sempre com histórias que dão o que pensar: como alguém pode inventar tanta coisa?

Como o próprio nome do livro cita, há alguns textos que não são tão bons assim, mas são pouquíssimos e curtos. Dói menos que injeção.

O livro está disponível em edição impressa e digital, e pode ser adquirido através do site da editora Os Viralata.

Links sobre ele é o que não faltam:
Aqui você compra o livro
Aqui você assiste à hilária propaganda do mesmo
Aqui você assiste a uma encenação de uma das crônicas do livro
Aqui você lê o blog de Branco Leone
E, finalmente, aqui você lê e vê a opinião de alguns leitores

Não percam!

50 Semanas de Rock - Creed

Olha, até que é uma banda divertida de se ouvir, mas é só. Eles fazem o rock padrão e estacionado de hoje em dia. É bom, no sentido de que eu não trocaria de estação se começasse a tocar no rádio, mas...

Alguém pode me explicar como é que o Creed foi parar numa lista de bandas que fizeram história e construíram o que o rock é hoje?

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Meu Colega de Trabalho Genial: O Endereço da Caixa Postal

Tendo que fazer uma notificação de protesto, meu colega de trabalho genial ligou para a agência dos Correios:

- Alô, você pode me dizer onde fica o endereço caixa postal 12.345?

Com certeza o atendente dos Correios prendeu o riso e respondeu que não tinha como informar uma coisa destas, mas ele insistiu:

- É que eu tenho que entregar um documento pessoalmente, mas não sei onde fica este lugar.

Antes que perguntem, sim, ele estava achando que caixa postal 12.345 é um endereço real tal qual Avenida Floriano Peixoto, 253.

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Leia outras histórias do meu colega de trabalho genial

O Pecado de Todos Nós - Capítulo Um - Parte Três

(capítulo um, parte dois)

Ele olhou para cima, atentamente, satisfeito e expectante. O céu devia estar ficando nublado.

Mas não havia nuvens. As estrelas passaram a brilhar com mais intensidade, agora que o luar desaparecera, e suas sombras projetavam-se sobre a terra gelada. O meu pai esperou: observava o reaparecimento da Lua.

Mas a Lua não reapareceu. No lugar em que ela estivera havia agora uma forma redonda pequena e negra no céu púrpura da meia-noite. Era quase imperceptível, e se não tivesse havido uma Lua alguns minutos atrás, meu pai nem a teria notado. Provavelmente é uma nuvem, do tamanho da superfície da Lua, pensou ele, e tornou a esperar. Mas a nuvem, se era nuvem, não se afastou e as estrelas brilhavam mais febrilmente sobre a terra.

Agora o silêncio se tornara em uma espécie de terror. Era como se a Terra tivesse tomado uma grande inspiração, e, com ela, tivesse absorvido todos os ruídos. Meu pai permanecia num vácuo absoluto sob as estrelas. Não podia mais suportá-lo: bateu com os pés na terra e o ruído voltou, raso e sem vida. Era ainda pior do que o silêncio.

Amedrontado, com o rosto voltado para cima, observava o céu. Deve ter ficado olhando, disse ele mais tarde, durante, pelo menos, meia hora. Então ele viu um traço fino e curvo, cor de laranja, no buraco onde estivera a Lua. Ah, a nuvem estava passando. Mas por que aquele traço de cor assustadora? Agora ele tornava-se rubro, como uma lâmina recurva recém-saída de um fogo de têmpera. Com terrível lentidão ele foi-se engrossando, tornou-se um crescente, depois metade, e finalmente uma Lua cheia. Era maior do que antes, e vermelha como sangue. As estrelas retiraram-se numa palidez difusa.

"... e a Lua não dará a sua luz", pensou meu pai, lembrando-se da Bíblia. A Lua, embora cor de sangue, e luminosa, e maior ainda do que uma Lua cheia do outono, não fornecia luz alguma. A terra estava escura.

Era um eclipse, pensou meu pai, num desespero inexplicável. Ficou observando mais um pouco, até que olhar se tornou insuportável. Ele voltou para casa e foi só quando percebeu o calor de dentro que ele se deu conta de que sentia muito frio, o maior frio que jamais sentira em toda a sua vida. Suas mãos estavam tão duras que ele teve de tatear por uns momentos antes de poder acender uma lâmpada na sala. Os dedos estavam rígidos e dormentes. Então ele começou a tremer incontrolavelmente, enfiado em seu pesado paletó, junto à mesa em que guardava suas revistas agrícolas. Os dedos enregelados mal conseguiam virar as páginas.

Não havia nenhum eclipse da Lua previsto para aquela época do ano, naquela latitude.

A revista caiu-lhe do colo e meu pai ficou ali sentado em uma velha poltrona de couro. Ouvia o velho relógio tiquetaqueando no hall. O silêncio que baixara sobre a terra envolvia a sala e de repente ele não conseguiu mais ouvir o relógio. Esperou e o suor porejava em sua testa. Olhou para as janelas. Um clarão de fogo reluzia através das persianas, qual o reflexo de uma casa em chamas.

Os estábulos, pensou meu pai, confuso. Mas sabia que não eram os estábulos. Afundado em sua poltrona, ficou olhando para as janelas. Depois levantou-se com um esforço tremendo e foi ao hall, acendendo a luz. Olhou para o velho relógio de novo que pertencera a seu avô. O pêndulo não se movia. Os ponteiros estavam parados, o carrilhão calado.

- Eu não conseguia mover-me, estou-lhes dizendo - contou-nos meu pai, meses depois. - Queria chamar um de vocês, meninos, mas não consegui. Fiquei ali sentado nos degraus, olhando para o relógio. Pelo menos, dali eu não podia ver a Lua.

Ele nunca soube ao certo quanto tempo permaneceu sentado, encolhido nos degraus, olhando para o relógio. Talvez meia hora, talvez uma hora. Mas, de repente, ele percebeu que o relógio estava novamente funcionando, a princípio débil e vacilante, depois forte e vigorosamente. O carrilhão bateu a meia hora de uma e meia: então, sem qualquer pausa, bateu duas horas. Os ponteiros do relógio se haviam movido para aquela hora, como se movidos por uma invisível mão.

***


Continua...
O início...

Crônica: Um Começo

- Quem?!
- Aquele ali ó.
- Ah, não!
- É sério.
- Não pode ser.
- Mas é.
- Quem te disse?
- Ele.
- Ele?
- Sim.
- Como?
- Ele veio me falar. Disse que me vê sempre com você e perguntou.
- E o que você disse?
- Que você estava sozinha.
- Sua louca!
- Mas não é verdade?
- É, mas...
- Mas, o quê?
- Mas eu tava a fim do...
- Do que não te dá bola.
- ...
- E esse aí tá dando.
- ...
- Vai lá!
- Agora?
- Claro! Ele me disse que você podia ir quando quisesse.
- Ai, meu Deus...
- Vai, menina!
- Eu tô bem?
- Cê tá ótima, agora levanta e vai!
- Não precisa retocar nada?
- Claro que não!
- Ah, então seja o que Deus quiser.
- Vai logo!

***

55 anos depois comemoravam as bodas de ouro.

A Corregedoria é Linda: A Troca de Endereço do Site

Sabe o site sobre o qual já falei aqui antes, o tal que a gente usa para poder enviar os dados dos documentos feitos no cartório direto para a Corregedoria? Aquele mesmo que é tão produtivo quanto virar massa de concreto com colher de cozinha? Pois é, quando tudo começou, recebemos o endereço do site e começamos a usar.

Certa vez, o site não abriu. Como já tinha acontecido de outras vezes, imaginamos que era problema de excesso de gente tentando conectar ao mesmo tempo e que o servidor tinha caído. Mas o problema durou três dias. Resolvemos então ligar para a assistência técnica, para só então descobrir que eles tinham trocado o endereço do site! Eita que coisa linda!

Aí a gente adicionou o endereço novo aos favoritos e foi para o site. Chegando lá tudo bem, fizemos o login e qual foi a nossa surpresa quando, DEPOIS de fazer o login no site novo, abriu-se uma janela gigantesca, avisando que... o site tinha mudado de endereço!

Imagina a cena: você vai à sua loja de discos favorita e ela está fechada, sem nenhum anúncio do lado de fora. Você, ansioso por comprar o novo dvd do Elton John, volta no dia seguinte, e no outro, e no outro, e no outro, e nada. Até que um amigo avisa que, "pô, a loja agora tá lá na Avenida Mário Marinato!". Aí você vai até a loja nova e depois que entra um vendedor te avisa:

- Atenção, querido consumidor, a loja mudou de endereço, agora nós estamos AQUI!

Não é coisa de gênio?!

Mas isso não é tudo! E vocês pensando que acabou, né? Mas como diz o Coringa, com a Corregedoria nunca acaba! Há umas semanas, vinte dias - eu disse VINTE DIAS - depois do novo site entrar no ar, saiu um aviso no Diário Oficial informando o novo endereço. Rápidos eles, não?

Isso porque a gente corre o risco de levar multa se não informar as coisas em dia.

A Corregedoria não é linda?

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50 Semanas de Rock - Chuck Berry

A sétima das cinqüenta semanas de rock foi uma viagem no tempo, afinal de contas Chuck Berry é um dos inventores do rock. E a primeira coisa que deve ser dita é que ele merece a fama que tem: o cara era bom.

Das muitas músicas que ouvi, eu conhecia apenas três: Johnny B. Goode, Roll Over Beethoven e Rock and Roll Music. E só para efeitos de constagem, ficaram sendo as favoritas. Eu só não sabia quem as cantava.

Fruto da década de 50, Chuck Berry é muito blues. Algumas de suas músicas, definitivamente, não são rock. Só não me interpretem mal e pensem que não gostei. Muito pelo contrário, me diverti muito com seus blues lentos, como Blues for Hawaiians, Blue on Blue e Deep Feeling; e com algumas mais agitadas, como Little Queenie.

Mas qualquer um nota que há músicas em que ele começa a flertar com um novo tipo de som, brincando com pequenos riffs e alguns solos aqui e ali, como nas várias que começam com um solo no estilo "vamulá, galera!", entre as quais posso citar No Particular Place to Go, Back in the USA e Run Around.

E, claro, há os rocks rasgados, gostosíssimos de ouvir, recheados de solos inspirados, de dar inveja em muitos novatos que só sabem bater cabeça no palco. Bons exemplos do que falo são jóias como Sweet Little Rock & Roller, Down the Road Apiece, Ain't That Just Like a Woman, Carol e Let it Rock, algumas até mesmo lembrando uma levada country, como You Can't Catch Me e Thirty Days.

Impossível não comentar que deu pra notar que Elton John e Roberto Carlos foram influenciados por Chuck Berry, o primeiro pelas muitas músicas recheadas de piano e o segundo por causa da música Come On, que é a cara do Rei.

Se Chuck Berry fez um rock que hoje em dia já não é mais agradável ao ouvido de muitos nem o tipo de música que toca nas rádios atuais, o que não se pode negar é que ouvi-lo é imprescindível para aqueles que querem saber de onde o rock veio. Chuck é, sem dúvida, um dos pais do rock'n'roll, e cuidou muito bem da sua cria.

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Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 semanas.

Meme da Estação de Trabalho

Meu camarada Tiago Frossard postou lá no blog dele, o Nuss... E Agora?, o meme da estação de trabalho, mostrando como é o local de trabalho dele, e me convidou para participar da brincadeira. Como eu trabalho em dois lugares diferentes, em casa e no cartório, tirei fotos dos dois lugares.

No cartório, em uma saleta minúscula onde eu não consigo ficar em pé de tão baixo que é o teto, eu tenho uma mesa simples onde fica o meu notebook e os papéis do sistema que estou desenvolvendo, junto com muitas folhas de rascunho. Até um mês atrás eu não trabalhava ali, pois ainda estava lidando com as papeladas de escrituras, procurações e registros de imóveis. Só quando surgiu um problema de falta de um sistema no cartório é que me escondi lá naquele canto para poder desenvolver um programa com tranqüilidade.

Naquela sala me acompanham a máquina de xerox e parte do arquivo do cartório, com algumas dezenas de caixas cheias de papel velho e as plantas dos condomínios e loteamentos daqui de Cachoeiras de Macacu. Além disso, tenho ao meu lado uma janelinha que me dá uma visão privilegiada do cartório.

Clique aqui para ver uma foto da minha mesa no cartório

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Em casa, lá está a minha mesa grande e espaçosa, com o meu computador, sempre acompanhado do meu notebook, do meu MP3 Player (um Nomad Muvo de 128 Mb) e do celular, um Nokia 1600 simples mas eficiente. Escondida num canto está a impressora, uma velha HP 710C jato de tinta. Atrás de mim fica a estante, onde estão parte dos meus livros (vários técnicos, dicionários, de literatura e a Bíblia), e também alguns DVDs e CDs de música.

Clique aqui para ver uma foto da minha mesa de casa

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O notebook é um HP Pavillion com processador AMD Semprom 1,7 Ghz, 256 Mb de RAM e HD de 40 Gb.

Já o PC é meu velho Itautec, um Pentium 3 de 700 MHz e 192 Mb de RAM, mas com um belo monitor de 19" e um HD de 120 Gb, mais um gravador de CD e um gravador de DVD.

Eu não convidar ninguém para participar, não. O convite fica aberto a todas as minhas leitoras. Quem fizer um post sobre o assunto, deixe um comentário aí embaixo.

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