Antes de mais nada, Tati, isso é uma história imaginária, portanto, punks podem ir ao McDonalds! :o) Mas bom, por decisão unânime, vamos bater um papo com o sujeito na rua.
Você cria coragem e dá uma boa olhada no sujeito. Sua brancura e cara de louco deixam-no um bocado parecido com o Coringa. Você pergunta quem é ele e o que quer.
- Calma, irmãozinho - ele gargalha. - Eu só queria avisar que você está brincando do meu lado do quarto. Você conhece as regras. Eu sou mais velho, e posso bater em você.
Andrea puxa uma nota da bolsa e joga para ele. Pede a você para fechar o vidro, pois o homem deve ser louco. Você segue o conselho, mas de nada adianta - o mendigo pressiona o rosto contra o vidro, fazendo caretas e mostrando a língua horrivelmente escorada. Mesmo sendo um vampiro, o homem é insano e não diz coisa com coisa. Não poderá ajudá-lo a descobrir muita coisa. Você ainda pensa em como livrar-se dele quando nota que Andrea saiu do carro - e está ao lado do lunático! Aproxima um objeto cilíndrico de seus olhos; quando faz isso, o vampiro cobre o rosto e grita de dor. Sua namorada volta para dentro do carro e exibe a lata de tinta srpay, uma das várias que usa para fazer "grafites".
- Muito eficaz contra caras inoportunos - ela diz, beijando-o logo em seguida.
Você ri sem muito entusiasmo, pois sabe quão próxima da morte ela esteve. Coloca o carro em movimento, deixa para trás o vampiro demente e ruma para o McDonalds. Vocês chegam sem maiores problemas. Estacionam o carro, entram e procuram Thomas e James - que acenam de uma mesa lá adiante.
- Então, o que você quer? - você pergunta a Andrea, diante do caixa. A resposta dela é um longo beijo em seu pescoço.
- Além disso, eu quis dizer - você ri.
Ela pede um hambúrguer, fritas e refrigerante diet antes de ir para a mesa. Com a bandeja plástica nas mãos, você logo se reúne a eles. Todos se espantam, pois você não pediu nada para si próprio.
- Hã... regime - você explica. - Comida de lanchonete está proibida.
Andrea acha uma grande tolice, pois você parece magro como nunca, e enfia um punhado de fritas em sua boca. Sem opção, você engole. Dói como o diabo, tendo em vista que seu aparelho digestivo não funciona mais! Você finge que engasgou, corre para o banheiro e vomita tudo no vaso.
Quando você volta, Andrea pede desculpas pela brincadeira. Ela sugere uma ótima maneira de se redimir: vocês se despedem de Thomas e James, vão para a casa dela e fazem amor (sim, vampiros ainda podem fazer isso). Antes que o amanhecer chegue perto demais, você esgueira-se para fora dos lençóis, aplica um beijo de despedida na adormecida Andrea, vai para casa e enfia-se no caixão até a noite seguinte.
O dia passa. O sol e seus raios mortais mergulham no oeste. Você desperta tomado pela sede de sangue, pois não alimentou-se na noite anterior. Deve sair para caçar. E lá vai você, como o grande caçador branco, perseguindo sua presa na selva de pedra.
Você ruma para um dos bairros mais sujos e pobres da cidade, onde costuma alimentar-se de criminosos e marginais. Prefere esse tipo de presa por dois motivos: suas mortes não chamam tanto a atenção, e sua consciência deixa-o em relativa paz - pois está livrando o mundo de pessoas que tornam a vida miserável. Você fareja assaltantes, prostitutas e vendedores de drogas, disposto a saciar sua sede com eles.
Depois de algum tempo perambulando por vielas escuras e sujas, não demora até que você seja abordado por um ébrio; armado com uma faca, ele tenta arrancar de você algum dinheiro. Sua resposta é um movimento mais veloz que a vista, terminando com suas presas cravadas na carótida do marginal. O sangue dele tem gosto de álcool, e talvez vá causar um pouco de tontura - mas você está tão sedento que não se incomoda. Suga cada gota, deixando o homem seco como uma uva passa.
O gosto de sangue é quente e inebriante. Faz você sentir-se vivo, ardente, glorioso. Você olha em volta, querendo mais.
Decisão da vez: encerrar a caçada ou continuar na noite? Respostas nos comentários e continuação na quinta.
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