Tudo Azul, Completamente Blue

E tome-lhe cara nova pra vocês! Novo logotipo, novas cores. Mas o 'blue' do título não é de tristeza, tá? É de azul mesmo. Já que tem muita gente fazendo troca-troca nos seus blogs, o inquieto Mário resolveu brincar um pouco com o Sarcófago. Pinta, experimenta, troca, apaga, faz de novo, inventa, e tá aqui.

Além da novidade das cores, uma funcionalidade adicionada: a coluna da direta é flexível. Se o tamanho da janela mudar, ela acompanha a mudança.

Mas e aí, o que acharam?

Que Não Tenham Piedade de Mim

Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim,
Que perguntar carece: como não fui eu que fiz?

Estes versos são de Milton Nascimento. E estes versos falam de si mesmos. Como pode ser que eu mesmo não os escrevi, se eles sempre moraram em mim? Mas a vida é assim mesmo, volta e meia eu encontro alguma letra que me faz pensar nos versos aí de cima.

Há muito tempo tenho uma ligação íntima com música. Elas fazem parte de mim. Como diria meu camarada Júnior, elas são essência da minha vida. E não estou a exagerar. Existem músicas que dizem o que penso, e outras que me ensinam a pensar e viver melhor.

Esta música daqui de baixo é de Cazuza e do Frejat. Quando a escutei pela primeira vez, ou, mais especificamente, quando prestei atenção em sua letra pela primeira vez, vi que ali estava um modelo para minha vida. Vi que naquelas palavras estava o que eu pensava, e o que eu deveria aprender a pensar. Desde então, tento viver minha vida de um modo que jamais eu me torne numa das pessoas citadas pela letra.

Ó, Deus, que ninguém jamais cante um Blues da Piedade para mim. Amém.

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já crescem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro e não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que estão no mundo e perderam a viagem
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Aventura em Grupo - Parte VI

Finalmente uma votação apertada. Por 3 votos contra 2, vamos então seguir para o encontro com o criador do nosso colega vampiro. Ah, sim, desculpem por não continuar com a história na segunda, como eu tinha dito, mas eu tava bem maus de gripe. Vamos à história, então:

Talvez seja melhor obedecer ao seu criador, se você espera descobrir mais sobre a sociedade dos vampiros e a sua própria natureza. Além disso, o sujeito deve-lhe algumas explicações - você nunca PEDIU para tornar-se um sanguessuga! Não irá desarmado, em absoluto. Você veste algo adequado, afivela no peito o coldre de sua .45, guarda a arma e ruma para o local combinado.

Lá está ele. O miserável faz uma vênia e tenta mostrar-se majestoso, mas você o vê apenas como possível fonte de informações. Talvez nem isso.

- Alegre-se, minha prole - diz ele, percebendo a fúria em seu olhar. - Este é um dia importante. Vou apresentá-lo oficialmente ao senhor dos senhores, o mestre de todos os vampiros daqui. Depois disso você não será mais um pária, mas sim um legítimo membro da sociedade dos predadores!

Supondo que isso seja verdade, talvez signifique para você um passo importante como vampiro. Ser apresentado ao chefão. Mas... será que você quer realmente conhecer esse sujeito?

Escolhas da vez: ou obedecer ao próprio criador e ir com ele, ou rebelar-se e acabar com o desgraçado. Como sempre, escolhas nos comentários e continuação, se possível, na segunda.

Metade

Eu acho - vejam muito bem, eu ACHO - que isso aqui é de Oswaldo Montenegro. Mas, bem, seja lá de quem for, isso aqui sou eu ó:

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que eu acredito não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste.
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.

Porque metade de mim é a lembrança do que eu fui, a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.

Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade também!

Plenitude

Deus, sei que você escreve certo por linhas completamente destroçadas, mas que no final das contas a gente vê que cê tava certo desde o início. Com o tempo eu aprendi isso, e há uns meses não reclamo mais de quase nada na vida, como a maioria das pessoas fazem. Desde então, desde que vi que reclamar não leva a lugar nenhum, desde que vi que tem certos momentos que não adianta praguejar, que o jeito é sentar e esperar a tempestade passar, desde então, minha vida tem sido plena.

Acho incrível como as linhas que você escreve, Deus, são incrivelmente tão distintas e ao mesmo tempo tão próximas. Às vezes uma linha desaparece, e acho que nunca mais voltarei a vê-la, quando ela simplesmente surge do nada, mostrando que teus planos estão bem armados. E há os casos em que as linhas que cruzam com a minha vão se cruzando, formando uma teia mágica que une a todos nós.

Então, Deus, eu queria agradecer. Queria não: eu quero. Primeiro agradecer por me abençoar com um anjo da guarda que está sempre ao meu lado. Sempre. Os últimos meses não poderiam ser melhores. Quando eu acho que as coisas não têm mais como melhorar, alguma coisa me acontece e alcanço um degrau mais alto na minha felicidade. Trabalho, faculdade, amigos, família, a convivência comigo mesmo. E agora ela.

Obrigado mesmo por tudo. Obrigado por minha vida. Obrigado por meus amigos. Obrigado por minha família. Obrigado por meus estudos. Obrigado por eu ter um corpo perfeito. Obrigado por não sofrer. Obrigado por estar aí. Hoje, acima de tudo, obrigado por ela.

Amém.

Aventura em Grupo - Parte V

Bom, depois de um tempo longe da história, vamos lá à continuação. Só pra recordar, no último episódio o nosso personagem encontrou uma gata encostada em seu carro, e ela pergunta se podem dar uma volta, ficando a cargo de vocês a decisão de o cara trair ou não a namorada. E, sacanas como são, decidiram pela traição. Vamos lá então:

Oh, você é vampiro, mas não é de ferro. Você convida Melorie com um gesto, se senta em seu lugar e saem para dar umas voltas. Ela é uma garota linda, e vocês riem bastante juntos, até que ela pede para que você a leve em casa. Você acaba nem se surpreendendo ao descobrir que ela mora em um luxuoso apartamento de cobertura.

Ela te chama para entrar. Lá, ela diz que vai pegar uma bebida e volta com duas taças de vinho tinto. Você apenas finge beber, e pergunta o que é a bebida para disfarçar. "Blood Melorie", diz ela. Sob o olhar atento dela, você acaba tomando um pouco de... sangue?! É sangue! Ela é uma vampira!

Melorie sorri prazerosa. Antes que você se dê conta, ela o toma nos braços e oferece o pescoço. Você não tem forças para recusar, e o sangue de Melorie escorre garganta abaixo. Quando está saciado, você afasta-se e busca os lábios da linda vampira.

Você desperta entre lençóis de seda, tomado de deliciosa preguiça. Leva algum tempo até que a sensação de urgência consiga superar tanta languidez. Há tempos você não dormia em uma cama de verdade, em vez de um caixão. Fora do caixão? Que horas são? Você consulta o relógio e descobre que a noite acaba de começar.

"Já acordado, querido?" É Melorie, dormindo ao seu lado. Nua. Como você. Epa! Que aconteceu aqui? Nossa, você está um pouquinho atrasado para encontrar-se com Andrea. Devia ter ido ver filmes com ela e o resto da turma ontem, lembra? Você então tenta juntar suas roupas para ir embora.

- Perdôo você porque ainda não entende o que perderá se for embora. Não estará abrindo mão só de um amor imortal, mas da verdadeira chance de uma vida imortal. Agora volte aqui.

- Não vai dar, gata.

O sorriso foge do rosto de Melorie, e rugas de raiva racham-lhe a testa. Ela urra como um animal selvagem: "então suma daqui, cadáver, volte para sua vida medíocre, sua namorada medíocre, seus amigos mortais medíocres. Daqui a poucas décadas eles terão virado pó, e você perceberá o erro que cometeu. Agora vá!!" E você vai, tão depressa quanto pode.

Foi necessário muita criatividade para explicar o sumiço, mas ela não cria nenhuma confusão. Você resolve ficar afastado de outros vampiros por algum tempo, mas mesmo assim não consegue afastar a imagem de Melorie da cabeça. É como se ela fosse parte de você. Uma parte muito importante. Então, certa noite, você acorda com a campanhia.

Você atende à porta, mas não encontra ninguém. Apenas dois envelopes. O primeiro contém uma carta de seu criador. Ele está convocando você para um encontro, pretende apresentá-lo ao maioral, o mestre de todos os vampiros da cidade. O segundo é um convite para um baile do dia das bruxas, enviado por Melorie. Justo quando pensava em se afastar de outros vampiros, eles te perseguem.

Bem, três opções dessa vez: ir ao encontro, ir ao baile ou não ir a nenhum dos dois e cair fora. Como sempre, respostas nos comentários e continuação na segunda, sem falta.

Variedades Variadas

Bom, antes demais nada, me deixa explicar porque a aventura em grupo anda sumida. Primeiro, na quinta feira passada, quando a continuação era pra ter sido posta no ar, eu cheguei da faculdade muito mal, e fui direto pra cama. E hoje, quando peguei a revista para digitar a continuação, descobri que o texto seguinte é enorme. Portanto, terei que digitá-lo todo, corrigir, diminuir, resumir, diminuir de novo, apertar um pouquinho, para então postar. Então aguardem, que na quinta a história continua com o vampiro da história traindo a namorada.

Sobre os Jornalecos, resolvi dar um tempo com eles. Pra ser sincero, não há nenhum motivo especial, nada além da mais pura e desavergonhada preguiça de lê-los. Quando der vontade eu leio de novo e conto pra vocês.

Por fim, hoje na faculdade recebi uma notícia interessante. O Anderson, lá de Bom Jardim, me disse que esses dias pegou um computador para formatar e antes de detonar com tudo foi dar uma olhada nos 'favoritos' do sujeito. Diz que ele que lá estava... o Sarcófago!! Puxa, fiquei mais feliz ainda do que já estava. Então, deixo aqui um abraço para o meu visitante da cidadezinha de Banquete. Obrigado pelo gostamento! Identifique-se, meu chapa.

Elton John

Era uma vez um moleque de 12 anos, chamado Mário. Como presente de natal, o seu pai comprou um rádio para ele. Naquela mesma época, explodia nas rádios uma música que o fez rir bastante, que falava "é o saci". Mas ele gostou muito da música, e nunca mais a esquecera.

O tempo passou e Mário se viciou em video games, e um dia resolveu alugar o jogo O Rei Leão. Enquanto jogava, prestava atenção nas músicas, e ficou encantado com melodias tão bonitas. Tempos depois ele comprou um cd numa banca de jornais. Este cd trazia músicas de filmes, e uma delas era a música dO Rei Leão. Mais uma vez, aquela música o cativou. Comentou sobre ela com um amigo, e este (abençoado) amigo disse que tinha a trilha sonora do filme. Dias depois, o (admirável) amigo presenteou o Mário com uma fita cassete, que trazia a trilha sonora do desenho.

O próximo passo foi comprar o cd. E Mário não descansou enquanto não conseguiu pôr as mãos no seu maior xodó, do qual não desgruda - e morre de ciúmes - até hoje. Foi aí, neste dia, que o nome Elton John entrou na sua vida.

Um dia, Mário levou o cd dO Rei Leão para ouvir no trabalho, e seu amigo Jonathan disse que tinha um cd do tal do Elton John em casa, e no dia seguinte o levou para o trabalho. O nome do disco? Love Songs. Foi com este disco que ele descobriria que a frase dita naquela música lá do início da história era na verdade "else I see". Nosso personagem gostou muito do cd, e em pouco tempo comprou um. Semanas depois, o mesmo amigo que tinha levado o tal do Love Songs para o trabalho aparecera com outro: The Very Best of Elton John. Mário também gostou muito, e tempos depois comprou.

Numa grande coincidência, nos meses seguintes uma rede de tv exibiu especiais do Elton John, que o Mário não deixou de gravar. Cada vez mais ele gostava daquele sujeito. Naqueles especiais que ele gravou, duas músicas o marcaram bastante. Uma chamada Believe, que o fez pensar: "puxa, então é o Elton que canta esse musicão?". A outra era uma versão de Your Song, que o Elton cantava de um modo muito diferente durante um show, e o Mário sempre quis ver esse show por inteiro, pois tinha a impressão de que tinha sido espetacular.

Então, este gosto ficou um pouco, digamos, inerte. Em dois anos, poucos cds surgiram. Até que aconteceu uma revolução: caiu nas mãos deles o vídeo que ele sempre quis ver: aquele da versão diferente de Your Song, chamado Elton John Live in Australia. Os primeiros 10 minutos de vídeo foram suficientes para incendiar de vez o gosto do Mário. Em pouco mais de dois anos, sua coleção praticamente triplicou, ele conseguiu dezenas de músicas pela internet, e construiu até mesmo um site! Conheceu muita gente, muitos fãs, tanto do Brasil quanto estrangeiros.

Hoje, Elton John se tornou a inspiração do Mário enquanto ele toca seu teclado. Mário já é conhecido como fanático pelo Elton entre seus colegas e amigos. Uma colega diz que, quando o Elton John morrer, ela sabe que vai ter correr para a casa do Mário para consolá-lo. Ele ri, e diz que pessoas assim deviam ser eternas.

Ainda hoje, Circle of Life (aquela música do cd comprado na banca de jornal) é a música favorita do Mário. Mas não adianta perguntá-lo qual é o seu cd favorito. Ele diz que para quem não é fã, qualquer coletânea serve, mas apontar um cd em especial é impossível.

Mário sabe que não é o maior fã do Elton John, mas tem certeza de que é o melhor fã que consegue ser.

E foi feliz para sempre.

Do Fundo do Baú - Maria Gasolina

Vem Ka, meu Diplomata. Vem Logus. Você sabe que eu gosto de você as Pampa. Vem que esse meu Mitsubishi é Parati. Você não imagina o Quantum eu quero Dart, seu Besta. Ai amor, como você me eleva, e me o Fusca. Vem cá meu Fyber Junior, meu Gordini. Coloca esse teu Supermini, todinho em mim que eu te dou um Prêmio. Ai amor, Kadett, que eu não estou te achando! Ai achei ,tá aqui. Mas, olha, vai Variant, viu? Porque todo dia do mesmo Tipo, dá um Tempra! Agora põe, Pointer Turbo, que eu quero sentir esse Galax no meu Escort. Vai, enFiat toda essa Pick-up!!! Uno, Uno, Uno, ai, ai, tá doendo, mas vai Passat, não para. Anda me Kombi. Vai D-10, D-20, D-30 bem forte, de frente, de Heat, de Lada. Ai amor, você geme muito, bem fofinho. GM, GM, GM, vai, vai, eu sou sua mulher e você meu Omega. A sua Vera, a sua Verona. Ai Comodoro, Comodoro, quando você me abraça, me beija me Corsa. Anda na minha Caravan, me chama de Perua, porque Oggi, tudo é Fiesta!!!

Nota da redação: desde que comprei meu primeiro computador (não que tenham sido muitos) eu sempre juntei besteiras. Agora, volta e meia vou postar uma dessas besteiras. Sempre que surgir um post chamado "do fundo do baú", já sabem o que vem por aí.

Clique de Sorte

Aconteceu. Simplesmente aconteceu. Eu estava lendo o blog da Tia Cláu quando resolvi clicar em um dos "links anormais" dela. E caí no Dream On...

Ah, como eu queria escrever daquele jeito. Que humor! A menina me fez chorar de rir. Começa que todo post tem uma citação musical. E tome-lhe bom gosto: tem de Avril Lavigne a Elton John. Depois vem um leve título para o próprio blog, de acordo com o assunto em pauta. São títulos tipo "preguiçoso blog" ou "escalafobético blog". E os textos também são geniais.

Tem também os amigos imaginários dela: Giban, Jiraya, Lion... qualquer semelhança com as antigas séries japonesas não é mera coincidência. E ela conversa com eles! É hilário.

Aconselho muito a visita. Eu já virei fã da Alessandra, a ruiva estudante de psicologia que quer ser astrônoma.

Só pra vocês terem uma noção, segue aqui um trecho da tradução louca, feita por ela, da música I'm with You, da Avril Lavigne. O resto está lá pra vocês se divertirem. Visitem!!


I'm standing on the bridge
Tô parada na pinguela
I'm waiting in the dark
No meio desse breu
I thought that you'd be here by now
Fidiputa, já era pra vc estar aqui...
There's nothing but the rain
Tá chovendo pra dedéu
No footsteps on the ground
Num tem nenhum nego caminhando por aqui
I'm listening but there's no sound
Tô ouvindo mas não escuto porra nenhuma...
Isn't anyone trying to find me?
Ninguém vai lembrar que eu existo?
Won't somebody come take me home?
Ninguém vai vir me levar pra minha maloca?


Atualização do dia seguinte: a moça ficou tão feliz que retribuiu com um post. Legal.

Aventura em Grupo - Parte IV

Como não rolou desempate, escolho eu a continuação! Como vocês devem se lembrar, a escolha era continuar na caçada por sangue ou encerrar a noite. Vamos encerrar a noite então.

Bem, chega de caçar por hoje. Você já bebeu o bastante para manter seu corpo aquecido por algum tempo - e já sabe muito bem como empregar esse calor: Andrea. Ela não está em casa. Depois de um telefonema, descobre que ela está com seus amigos na casa de James. Ao que parece, resolveram atravessar a noite assistindo vídeos.

Seria ótimo encerrar a noite com um pouco de diversão normal. Você volta ao local onde estacionou o carro, torcendo para que não tenha sido roubado. Em vez disso, encontra uma pessoa recostada à porta do velho Mustang.

Uma garota. Não, uma gata. Não, uma deusa!

Ela é morena, usa jeans apertados e camiseta regata. Não mostra sequer um traço da vulgaridade de uma prostituta - e nem por um instante você acreditou que fosse uma. Linda demais para isso. Um oásis de graça em meio à sujeira e podridão das redondezas. Deus, o que uma garota fazia sozinha em um lugar como este?

- Sabe que eu adoro carrões antigos como este? - ela diz, com voz doce e melodiosa.

Tonto, você só consegue balbuciar um agradecimento. Ela acha graça, diz que seu nome é Malorie (lindo!) e chega mais perto. Muito perto, perto demais, Jesus, seu coração já teria parado se ele funcionasse.

- Podemos dar uma volta? - sussurra ela, colada em você.

As escolhas da vez são óbvias, não? Cornear Andrea ou não? Respostas nos comentários e continuação na quinta.

Jornalecos

Hoje não tive paciência para ler os jornalecos daqui. Mesmo assim vou falar um pouco de um deles.

Ontem estive com uma moça que trabalha no jornaleco grande, e aproveitei pra perguntar se eles não tinham recebido os emails que mandei para elas. Ela disse que sim, que haviam recebido os emails, e até estranhou eu não ter recebido nenhum retorno, pois tinha visto alguém escrevendo uma resposta.

Me contou que quando receberam o email, ficaram se perguntando quem era o tal do Mário. Ao ver o endereço do Sarcófago, a sujeita chegou à conclusão de que era eu, e explicou quem eu era. Pois bem, sabem quem sou, ótimo.

Ela me disse também que às vezes aparecem erros porque elas recebem os textos e anúncios prontos, e muitas vezes, devido ao corre-corre para fechar as edições, os erros passam batido.

Porém, o mais engraçado que ouvi dela foi o comentário de que alguém do jornal falou que eu não tenho nada pra fazer. Bem, supondo que seu seja um vagabundo (o que, definitivamente, não sou) um erro não justifica o outro.

Tenho vontade de falar mais, mas não quero comprometer o pescoço da menina. Então deixa como está. Pelo menos consegui algumas desculpas esfarrapadas.

E por fim, um momento-jornaleco de mim mesmo: mandei um horrível "despresar" nos comentários do Leo. Feio...

Hasta la Vista, Babies

Entre junho e agosto de 2001, não lembro direito, comecei a estudar espanhol no CCAA daqui de Cachoeiras. Na época, duas turmas haviam começado: uma que era nas segundas e quartas e outra nas terças e quintas. Tampouco lembro quais eram os dias da minha turma. Mas foi assim que começou.

Nesse tempo, muita coisa aconteceu. Colegas vieram, colegas se foram. Teve gente que esteve com a gente durante apenas uma ou duas aulas, e acabei me esquecendo de seus nomes, mas outros ficaram um ou dois semestres. Que saudades da Sassá, da Rose, do Fontana... tempos bons aquele início de curso.

Em 2002, quando comecei minha faculdade, a turma foi comodamente transferida para os sábados (sim, nós perdíamos sábados de sol trancados em uma sala de aula). Neste ano louco, houve um grande troca-troca de gente pelas turmas. A Ellen e a Maria, por exemplo, simplesmente não decidiam se ficavam estudando durante a semana ou só nos sábados. Algumas vezes as duas turmas tiveram aulas juntas, o que no final foi tornando-as em uma só.

No final de 2002, graças a uns papos de que o nosso professor iria deixar de dar aula para nosotros, acabei transferindo a minha matrícula para o CCAA de Nova Friburgo, onde faço faculdade. Mas como lá não havia nenhuma turma que estivesse no mesmo período que eu, tive então que esperar uma turma de lá me acompanhar para poder continuar meus estudos.

E a minha antiga turma seguiu em frente. As duas turmas se tornaram uma só, tendo aula somente aos sábados. E então a minha antiga turma se formou, e então hoje fomos comemorar. Praticamente quatro horas de churrascaria, com direito a presença do diretor do curso e muito riso. Foi muito bom rever o pessoal, ainda que com a falta de alguns deles, que mesmo se formando não foram à comemoração.

Agora que chego em casa, já me bate a saudade. Saudade de quando Douglas contava histórias de suas viagens pelo mundo. Saudade de quando Rafael contava histórias do Rio. Saudade de quando zoávamos Elma sobre seus casinhos... saudade.

Um passo dado. Um fim alcançado. Uma história pra contar.

Albimary, Ana, Ângela, Douglas, Ellen, Elma, Karol, Ludmila, Maria, Rafael (e todos os outros que ficaram pelo caminho)... que os laços que formamos nestes dois anos nos unam para sempre.

Aventura em Grupo

A aventura não continua hoje porque as escolhas estão empatadas. Vamos ver se na segunda a coisa desempatou. Comentem as escolhas lá, por favor, pra não me deixar igual um pateta procurando as respostas! :o)

Amizades Virtuais São Passageiras

Já estou na internet há mais de cinco anos. Neste tempo já conheci muita gente, interessante ou não. Gente do Brasil e gente desse mundão. E depois de tanto tempo, posso afirmar uma coisa: salvo raríssimas exceções, as pessoas que você conhece na internet podem cair no esquecimento muito mais rápido do que você imagina.

No início, cheguei a ter "grandes amigos". Era email pra lá e pra cá todo dia. E quando digo todo dia é todo dia mesmo. E todos, puft, sumiram. E como nunca tivemos um contato real, não houve problemas de apego. Hoje não passam de lembranças.

Alguns simplesmente desaparecem. A primeira foi a francesinha Fiona. Tudo durou um ano de emails, e até cartas, para que um dia ela parasse de escrever, e praticamente nunca mais nos falamos. E houve uma grande leva depois dela: a holandesa Evelien, a mexicana Sílvia, a brasileira Clara, a sul-africana Aeysha, entre muitos outros. Em outros casos, quem desapareceu fui eu. Há também os casos em que a comunicação vai ficando falha, cada vez mais esparsa, até secar de vez. E todos aqueles emails guardados foram para o lixo.

Às vezes nem mesmo um contato real impede o afastamento. É o caso da Andréia. Topei com ela e mais um grupo usando um programa de bate-papo por voz, e durante uma viagem parei na cidade dela para nos conhecermos. Gente boa, louca-despirocada-das-idéias. E depois desse dia foram meia dúzia de emails, tchau e benção.

Apenas três das amizades que fiz pela internet se tornaram em grandes amizades de verdade, simplesmente inesquecíveis: minhas queridas patas-mineiras (oi, amores!) Mony, Tia Cláu e Ana Puts, um trio tresloucado que saiu do mundo virtual e já virou parte da minha vida.

Escrevo sobre tudo isso porque hoje passo por uma nova onda de amizades virtuais. Onda esta que é formada pela turma que conheço por causa do Sarcófago e pela turma que conheço nos fã-clubes do Elton John. Sim, falo alguns de vocês, meus queridos leitores. Pelo Sarcófago temos gente que volta e meia figura nos posts, como o Leo, a Tati ou a Inez. E pelos fã-clubes é uma leva maior ainda, como a Eliane, o Julio, a Isabel e o Chico. Mas será que todos estarão aqui comigo daqui a um ano? E será que daqui a um ano eu ainda estarei presente? É esperar pra ver. Mas não sou eu quem vai nutrir esperanças de seja eterno.

Acho que uma das únicas esperanças para amizades assim é quando as pessoas moram perto umas das outras e então há a possibilidade de encontros reais, que são o que realmente vale a pena.

Pra quem me conheceu na internet e me vê como um amigo, minhas palavras podem soar duras, cruéis, insensíveis. Mas estou sendo sincero. Adoro conversar com todos, mas sei que tudo pode acabar de uma hora pra outra. Basta trocar de endereço, fechar o blog, e nunca mais nos vemos.

Ou basta apenas ignorar. Apagar um email é muito mais simples e cômodo do que virar a cara para alguém na rua. A culpa pode ser do servidor, do provedor, o programa de email, do maldito windows! E nem precisamos dar desculpas.

Infelizmente é assim: amizades que nascem e crescem apenas na internet estão fadadas a se acabarem rápido.

Aventura em Grupo - Parte III

Antes de mais nada, Tati, isso é uma história imaginária, portanto, punks podem ir ao McDonalds! :o) Mas bom, por decisão unânime, vamos bater um papo com o sujeito na rua.

Você cria coragem e dá uma boa olhada no sujeito. Sua brancura e cara de louco deixam-no um bocado parecido com o Coringa. Você pergunta quem é ele e o que quer.

- Calma, irmãozinho - ele gargalha. - Eu só queria avisar que você está brincando do meu lado do quarto. Você conhece as regras. Eu sou mais velho, e posso bater em você.

Andrea puxa uma nota da bolsa e joga para ele. Pede a você para fechar o vidro, pois o homem deve ser louco. Você segue o conselho, mas de nada adianta - o mendigo pressiona o rosto contra o vidro, fazendo caretas e mostrando a língua horrivelmente escorada. Mesmo sendo um vampiro, o homem é insano e não diz coisa com coisa. Não poderá ajudá-lo a descobrir muita coisa. Você ainda pensa em como livrar-se dele quando nota que Andrea saiu do carro - e está ao lado do lunático! Aproxima um objeto cilíndrico de seus olhos; quando faz isso, o vampiro cobre o rosto e grita de dor. Sua namorada volta para dentro do carro e exibe a lata de tinta srpay, uma das várias que usa para fazer "grafites".

- Muito eficaz contra caras inoportunos - ela diz, beijando-o logo em seguida.

Você ri sem muito entusiasmo, pois sabe quão próxima da morte ela esteve. Coloca o carro em movimento, deixa para trás o vampiro demente e ruma para o McDonalds. Vocês chegam sem maiores problemas. Estacionam o carro, entram e procuram Thomas e James - que acenam de uma mesa lá adiante.

- Então, o que você quer? - você pergunta a Andrea, diante do caixa. A resposta dela é um longo beijo em seu pescoço.

- Além disso, eu quis dizer - você ri.

Ela pede um hambúrguer, fritas e refrigerante diet antes de ir para a mesa. Com a bandeja plástica nas mãos, você logo se reúne a eles. Todos se espantam, pois você não pediu nada para si próprio.

- Hã... regime - você explica. - Comida de lanchonete está proibida.

Andrea acha uma grande tolice, pois você parece magro como nunca, e enfia um punhado de fritas em sua boca. Sem opção, você engole. Dói como o diabo, tendo em vista que seu aparelho digestivo não funciona mais! Você finge que engasgou, corre para o banheiro e vomita tudo no vaso.

Quando você volta, Andrea pede desculpas pela brincadeira. Ela sugere uma ótima maneira de se redimir: vocês se despedem de Thomas e James, vão para a casa dela e fazem amor (sim, vampiros ainda podem fazer isso). Antes que o amanhecer chegue perto demais, você esgueira-se para fora dos lençóis, aplica um beijo de despedida na adormecida Andrea, vai para casa e enfia-se no caixão até a noite seguinte.

O dia passa. O sol e seus raios mortais mergulham no oeste. Você desperta tomado pela sede de sangue, pois não alimentou-se na noite anterior. Deve sair para caçar. E lá vai você, como o grande caçador branco, perseguindo sua presa na selva de pedra.

Você ruma para um dos bairros mais sujos e pobres da cidade, onde costuma alimentar-se de criminosos e marginais. Prefere esse tipo de presa por dois motivos: suas mortes não chamam tanto a atenção, e sua consciência deixa-o em relativa paz - pois está livrando o mundo de pessoas que tornam a vida miserável. Você fareja assaltantes, prostitutas e vendedores de drogas, disposto a saciar sua sede com eles.

Depois de algum tempo perambulando por vielas escuras e sujas, não demora até que você seja abordado por um ébrio; armado com uma faca, ele tenta arrancar de você algum dinheiro. Sua resposta é um movimento mais veloz que a vista, terminando com suas presas cravadas na carótida do marginal. O sangue dele tem gosto de álcool, e talvez vá causar um pouco de tontura - mas você está tão sedento que não se incomoda. Suga cada gota, deixando o homem seco como uma uva passa.

O gosto de sangue é quente e inebriante. Faz você sentir-se vivo, ardente, glorioso. Você olha em volta, querendo mais.

Decisão da vez: encerrar a caçada ou continuar na noite? Respostas nos comentários e continuação na quinta.

Jornalecos

Nóssinhora! Esta semana tivemos um recorde es-pe-ta-cu-lar! Tive a oportunidade de ler os dois jornalecos, e sem mais delongas vamos ver as contagens da semana. O jornaleco grande se saiu assim:

14 erros de há/a/à/às
12 erros de escrita
06 erros de concordância
03 erros de acentuação

Dá um total de 35 erros, que dividindo entre as 9 páginas, resulta numa média de 3,9 erros por página. É uma grande queda em relação aos últimos tempos. Novamente vale o elogio a alguns de seus colunistas, que escrevem muito bem. Mas os erros nos anúncios permanecem. "Relachamento" ainda está lá estampado.

Já o jornaleco pequeno, esse sim, superou tudo o que eu imaginava possível. Bateu de longe o número de erros de acentuação: a quantidade de palavras sem acento foi estonteante. O que parece é que eles confiam demais no corretor do Word. A maioria das palavras que estavam sem acento realmente existem, mas não eram para ser usadas naquele lugar. São erros tipo "esta/está", "anuncio/anúncio" e "distancia/distância". Bem, vejam a contagem:

34 erros de acentuação
16 erros de escrita
08 erros de concordância
05 erros de há/a/à/às

São números impressionantes: 63 erros em apenas 8 páginas, numa média de 7,8 erros por página. Um humilhante e vergonhoso recorde negativo. Ficou por conta do jornaleco pequeno a pérola da semana. A frase foi esta: "É lamentável que dá onde deveriam dar o exemplo, simplesmente ignoram". "Dá onde" foi horrível.

Sobre a mensagem que enviei a eles há duas semanas, até agora não obtive resposta. Hoje estou enviando de novo o post do Sarcófago para ambos. E insistirei até obter um retorno.

Atualização no The Rocket Man

Pra quem chega aqui procurando por coisas sobre meu outro site, cá estão boas notícias: entraram no ar páginas com as traduções do livreto que acompanha o cd Here and There, tanto o simples quanto o duplo. Tem também uma atualização da página principal e da biografia. Por fim, uma nova página para entrar em contato direto comigo.

Aventura em Grupo - Parte II

De acordo com o pessoal, a escolha foi sair com a galera. Vamos à história.

Você preocupa-se com alguma coisa que possa denunciar a seus amigos sua situação cadavérica, mas... ora, são seus amigos! E Andrea é sua namorada há muito tempo. Mesmo dispondo de uma eternidade pela frente, você sabe que nunca encontrará outra garota como ela.

Vendo uma resposta afirmativa em seu rosto, Andrea aplica um beijo e puxa-o pelo braço até o carro - um velho Mustang azul. Combinam com James e Thomas um lanche noturno no McDonald's. Enquanto você liga o carro e manobra, Andrea coloca no toca-fitas um rock dos anos 70.

Tudo vai bem até que, no primeiro sinal vermelho, um mendigo maltrapilho começa a limpar o pára-brisa do seu carro. Aterrorizado, você nota que a pele dele é muito pálida... como a sua!

- Boa noite, criança - ele sorri, desdenhoso. - Como vai sua vida... nova?

Um vampiro!! Um vampiro!!!

Decisão da vez: ficar e falar com o sujeito ou pisar fundo e sumir dali? Respostas nos comentários e continuação na segunda-feira.