The Bost of Sarcófago

Seguinte, meu povo: em pouco tempo eu vou acrescentar uma novidade aqui no cafofo, a seção "the bost of Sarcófago", cujo objetivo é dar acesso rápido aos melhores (?) textos já publicados. É certo que já tenho alguns em mente para colocar na lista, mas gostaria da opinião de vocês.

Portanto, comentem: quais textos vocês acham que merecem ganhar o boscar e entrar para o hall da infâmia?

Música

Noite chuvosa, nada pra fazer. Liguei o teclado no computador, botei o programa de gravar pra funcionar e tamborilei nas teclas. Tomem lá então mais uma música que toquei. É feio, mas dá pro gasto. Se chama Canon, e é de um tal de J. Pachelbel.

[o arquivo foi perdido]

O Mistério do Texto

Vou, enfim, pôr luz sobre o mistério que se instalou sobre o texto "diferente de todos os outros".

O Zack me encontrou no cartório e disse que tentou muito descobrir. Disse que leu pulando linhas, pulando palavras, de trás pra frente, mas nada. Muitos dos que leram desistiram rápido. A pessoa que chegou mais perto de uma possível solução foi a Trinity, procurando ausências, mas não sentiu falta da coisa certa.

Não vou mentir, e admito que usei muito o dicionário para chegar ao texto final, dado a dificuldade para encontrar todas as palavras de que precisava. Levei, acredito, mais de uma hora até terminá-lo, mas ficou muito bom, na minha humilde opinião.

O que falta no texto não é uma palavra, mas sim uma letra. O texto não tem a letra "A", a mais usada no nosso idioma.

Variedades Variadas

Variedade 01: Desculpem pelos dois últimos posts que coloquei no ar. Ambos foram frutos de um período extremamente perturbador, que me tirou a concentração e o senso de direção. Os textículos foram então uma espécie de válvula de escape. Logo, Trinity, eles não têm nada a ver com o texto esquisito.

Variedade 02: O Klutz tá com composição nova no site dele. O link tá ali do lado. Já falei várias vezes e me vou repetir mais uma vez: baixem as músicas dele, o cara é bom demais.

Variedade 03: Olha que coisa doida! Para falar sobre o cd da Celine Dion, eu traduzi o nome dele à moda Bangu, e mandei o título "Uma Mulé e Quatro Cabras", lembram? Pois não é que alguém chegou ao Sarcófago procurando exatamente por este nome? E não pensem que foi coincidência, não, porque a pessoa estava procurando pelo cd dela! E, mais incrível, se você for no Google e procurar por este nome, colocando tudo entre aspas, o Sarcófago vai ser o único site listado. Lancei moda!

Variedade 04: Só pra tornar pública a minha gratidão: Deus, obrigado por atender minhas preces. Amém.

Variedade 05: O próximo post vai trazer a solução para o mistério do texto diferente de todos os outros. Continuem tentando decifrá-lo até lá.

Palavras de Tormento II

Medo: Terror, receio; temor, apreensão.

Medonho: Que causa medo; funesto; horrendo.

Amedrontar: Meter medo a; assustar; atemorizar.

Palavras de Tormento

Angústia: Ansiedade ou aflição intensa; ânsia, agonia. Sofrimento, tormento, tribulação.

Angustiar: Causar angústia, aflição ou ansiedade a; afligir, atormentar, agoniar. Sentir angústia, aflição, ansiedade; afligir-se, atormentar-se, agoniar-se.

Alguém me Ligue

Sinceramente, não sei o que está havendo. Já falei disso há uns dias, mas volto ao assunto, já que nada tem me atormentado tanto quanto isto: a incapacidade de escrever.

Idéias não me faltam, pois tenho muito o que escrever: quero dizer porque me descobri um pouco budista, quero dizer que a escuridão não existe, quero contar que o Douglas falou que ama a Beatriz, quero mostrar a vocês um poema que me define... enfim, o que não falta é história. Mas falta inspiração.

É incrível como a facilidade que eu tinha para escrever simplesmente se foi de umas semanas para cá. Antes, bastava uma simples idéia para que uma folha de caderno fosse preenchida, mas ao que tudo indica, a minha comunhão com a caneta se foi.

Será que tenho que mudar de caneta?
Será que tenho que mudar de caderno?
Será que tenho que mudar de idéias?

Ou será que eu apertei o botão de desligar e não notei?

"Quando Você Descobriu que Me Amava?"

Eu fui sendo inundado. Foi como um rio que deságua no mar. Tem um ponto que você não sabe se é água salgada ou se é água doce, até que chega um momento em que você pode dizer com certeza: "É salgado, é oceano, é imenso."

É amor.

Fazendo as Contas

Dentro da carteira estavam R$ 98,00 em dinheiro. Tinha também uma carteira de identidade e um CPF. Além de uma camisinha, um calendário de 2003 com um telefone desconhecido anotado, uns papelotes que a Nayhara tinha me dado e, por fim, uma foto 3x4 da Sueli.

Pra tirar um CPF novo você tem que ir aos Correios, pegar o formulário, levar para casa, preencher, voltar aos Correios, enfrentar a fila, pagar R$ 4,50 e esperar mais ou menos 15 dias.

Pra tirar uma identidade nova, primeiro você vai enfrentar a fila do Detran, para ser informado de que antes você tem que ir ao Itaú para pagar e pegar o Duda. Aí então você vai ao Itaú, enfrenta a fila e na hora de tirar o Duda descobre que tem que ter o número do CPF, aquele mesmo que você perdeu. Então você sai em busca de algum documento que tenha o número do seu CPF. Quando consegue, volta ao Itaú, enfrenta a fila para pegar o Duda e enfrenta a fila para pagar o Duda: R$ 19,32. Aí sim você volta e enfrenta a fila do Detran, já munido de uma foto 3x4, xerox e original da certidão de nascimento e o comprovante de pagamento. Então eles te lambuzam a mão de graxa preta e te mandam esperar dois meses.

É preciso fazer também um boletim de ocorrência na delegacia. Você tem que esperar o escrivão de lá bater o boletim de ocorrência de um garoto que foi espancado pela vizinha, enquanto fica escutando a briga de um casal na sala ao lado. Depois de 40 minutos alguém te chama para perguntar o que você quer, e então explica que você pode fazer o boletim outro dia, já que naquele está tudo muito confuso, e que, mesmo com o boletim nas mãos você tá ferrado mesmo, pois com certeza alguém vai fazer merda com os seus documentos. Você volta então outro dia e faz o boletim, apenas para constar. Pelo menos na delegacia você não paga nada.

Por fim, você compra uma carteira nova no camelô, pela pechincha de R$ 6,00, aguarda a documentação chegar, consegue um calendário 2004 e arranja outra foto da namorada. Gasto total? Cerca de R$ 130,00.

Agora vem a lição: vai, Mário, mergulha no rio de novo com a carteira no bolso, imbecil.

Eterno Professor de Informática

Não sou disso, mas tomem lá um pouco do meu passado:

Em 1997, virei professor de informática por acaso. Eu trabalhava em um curso de inglês e o dono resolveu investir em algo mais. Junto com mais dois colegas, criamos algumas apostilas: introdução à informática, Windows (3.11!), Word e Excel. De início eram apenas aulas para alunos do próprio curso de inglês, mas em pouco tempo o curso cresceu e passou a aceitar matrículas de outros alunos.

A primeira aula foi um grande choque para mim, pois eu achei que iria lidar com adolescentes e jovens, e quase entrei em pânico quando vi que a primeira turma era feita de oito a nove crianças de cinco/seis anos. Tudo o que havia planejado foi por água abaixo. Dá pra imaginar o desastre que foi: eu, sem experiência nenhuma em dar aulas, tendo que ensinar crianças, que requerem uma didática toda especial. Mas, claro, haviam as turmas que eram como eu pensava, e aí as coisas foram mais fáceis.

Com o tempo o curso cresceu, mudou de instalações e ganhou novas salas, fizemos novas apostilas, adotamos livros... e as coisas foram mudando. Chegaram novos colegas de trabalho e com o tempo fui aprendendo a dar aulas. Como o Zack lembrou bem, era hilário a gente ter que trabalhar de gravata e roupa social. "Imagem é importante", diziam os bobos de plantão. Quando saí, teve gente até que chorou.

Hoje, quase quatro anos depois de minha saída de lá, restam as lembranças. Tem alunos que passam na rua e nem lembram mais de mim, ou, caso lembrem, não se interessam mais em falar. Tudo bem, não fazem falta. O importante são os que se lembram. Muitos dos alunos se tornaram bons colegas meus, e volta e meia paramos para conversar e lembrar dos causos. O curso me rendeu bons amigos e até mesmo uma namorada.

Às vezes bate saudade de estar com aquele pessoal de novo, mas não dá pra voltar atrás. Resta só rever as fotos e lembrar.

P.S.: Só pra constar: visitem os arquivos e leiam o texto Cinco de Fevereiro, por favor.

Os Revisores Nunca Morrerão

Todo mundo já fez isso, até eu: digita-se o texto, geralmente num Word pirata, e lasca-se o botãozinho "ABC" para correção das palavras. O resultado é uma série de correções de palavras que foram digitadas erradas e um número talvez ainda maior de erros que o Word deixa passar. Como? É que os corretores verificam, na maioria das vezes, apenas a grafia das palavras, dexando passar erros de concordância, entre outros.

Isso acontece porque os corretores geralmente funcionam assim: eles têm uma lista gigante de palavras. Quando o texto é digitado, eles vão comparando cada palavra com a lista. Se ela não estiver lá, tome-lhe destaque sublinhado de vermelho. É por isso que muitas palavras certas são dadas como erradas: o "Klutz" da minha lista de cds favoritos, o "Macacu" do nome da minha cidade e o sobrenome da Sueli.

Graças a isso, muitas palavras com erro de acentuação são deixadas pra trás, como por exemplo distancia / distância ou o trio sábia / sabia / sabiá. Uma simples troca ou omissão de um acento pode levar um texto à perdição. Ademais, como a maioria dos programas não pega erros de concordância, eles deixam passar aberrações como "o meninas está vestido, eles já vai saíram".

Mas mesmo que o programa seja capaz de barrar erros de concordância, muitos outros erros podem se esconder por falta, excesso ou troca de letras. A frase "o meu baralho é grande" pode se tornar extremamente ofensiva graças a um pequeno erro. Para erros assim o computador não tem olhos. E, arrisco-me a dizer, nunca terá.

Portanto, tome-lhe lá duas dicas de quem já trabalhou com textos durante anos.

Primeira: leia tudo de novo depois de escrever. Duas vezes. Nunca mais use o recurso de correção dos programas. A prova de que muitos erros passam sem serem notados são os que volta e meia aparecem no Sarcófago: eu nunca sou avisado sobre eles, e olha que eu leio os textos umas três vezes antes de publicar.

Segunda: dá pra acrescentar novas palavras à lista do Word. Quando ele sublinhar uma palavra certa, dê um clique com o botão direito do mouse nela e no menu que aparecer, clique em adicionar. Com o tempo, você vai formar um grande dicionário.