Aventura Solo - Penúltima Parte

Você decide investigar cada canto do mosteiro, desde os quartos dos padres à biblioteca, mas desta vez acompanhado por pelo menos dois monges. Você fica no monastério durante quase uma semana sem encontrar nada.

Por alguma razão, você nunca consegue perguntar ou afirmar nada sobre Malcolm. Durante as investigações duas pessoas foram encontradas mortas na vila, mas não havia nenhuma pista. No final de semana os Inquisidores capturaram um viajante que carregava objetos demoníacos, como cartas de Tarô e runas: o herege foi queimado vivo como feiticeiro.

Após mais alguns dias de busca infrutífera, você retorna à sua cidade.

Depois de alguns dias de viagem, você volta para sua igreja. Não há nenhum lugar melhor do que seu lar mas, após suas novas experiências, você entra em seus aposentos assustado. A igreja agora parece assustadora. Porque eles construíam os tetos tão altos? Nunca conseguimos ver o que está acontecendo sobre nossas cabeças.

Depois de sua chegada, é hora de prestar depoimento sobre suas investigações. Você entra em uma sala fechada, com uma cadeira e tochas. Seis Inquisidores estão sentados à sua frente, esperando por suas respostas.

- E então, Jonathan? Como foram as investigações?

Você faz uma pausa para pensar. Se contar tudo o que viu, eles poderiam te ajuda-lo a livrar-se da tatuagem demoníaca. Poderiam atacar o mosteiro e destruir o demônio Malcolm. Você seria um herói entre os Inquisidores. Ou seria torturado e morto, por associar-se com demônios!

E daí? Vocês contam toda a verdade, contam só os fatos sobrenaturais, menos sobre Malcolm, ou preferem inventar uma história inofensiva? Pensem bem, esta última decisão pode levar vocês à fogueira!

Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus - Livro dos Dias - John Gray - Final

"Quando a mulher deseja fazer mais sexo, ela deve ter cuidado ao comunicar seus desejos para não parecer muito infeliz ou exigente. Uma boa abordagem é deixar que ele saiba que ela está se masturbando, enquanto ele dorme, e que se ele quiser juntar-se a ela a qualquer momento será bem-vindo, mesmo que seja no fim, para fazer as honras da casa."

"Fazer as honras da casa" foi a frase mais nojenta que já ouvi nos últimos tempos, e olha que eu li no Jerusalém os detalhes cruéis e violentos da Paixão de Cristo. Não tem como ser mais esdrúxulo ou machista.

"O que faz a mulher ser especial - a mulher primeiro sente que é especial para o homem quando ele se sente fisicamente atraído por ela. A mulher deve lembrar que não é tão especial, porque são muitas as mulheres pelas quais o homem pode se sentir fisicamente atraído. É um bom começo, mas necessariamente não significa nada mais do que isso. Para o homem, naquele momento, ela pode ser a mulher dos seus sonhos. Nesse caso, ele pode acreditar esse comportar como se estivesse apaixonado por quem ela é. Mas só o tempo vai dizer, dando a ele oportunidade de conhecê-la. A mulher se torna mais especial para o homem, quando ele descobre que não só está atraído fisicamente por ela, mas que também gosta dela. Há muitas mulheres por quem ele pode sentir atração física, mas só de um grupo pequeno ele pode ser amigo também. Uma mulher se torna mesmo muito especial para ele, quando descobre que está mentalmente atraído por ela. Há apenas poucas mulheres por quem ele pode sentir todos os três tipos de química. A mulher se torna mais especial ainda quando o homem a vê como uma pessoa imperfeita, digna de ser amada. Mesmo nos momentos difíceis com ela, o homem pode ver o que há de bom na mulher e sentir seu amor. Esse tipo de amor incondicional a faz muito especial. Nesse grupo muito pequeno e muito especial, a alma do homem escolhe uma para compartilhar sua vida. É então quando a mulher é mais especial para ele."

Aí sim o cara acertou a bola sete na caçapa do canto. Tem mulher que pensa que quando o homem sempre quer um relacionamento. Isso é furado. A primeira coisa que atrai um homem é a beleza, e mesmo que o conteúdo seja uma bosta, o cara vai chegar junto se ela der mole. O que faz a mulher ser especial é o que vem depois, quando o cara vê que por trás do rosto bonito (ou da bunda grande) existe um ser pensante. Aí a coisa pode começar a mudar de figura. Mas quando ela se torna especial, no sentido mais forte, aí sim o cara está de quatro por ela. Mas é raro isso acontecer. Como toda mulher sabe muito bem, tem homem que só quer saber mesmo é de farrear.

"O momento certo para pedir: cuidado para não pedir alguma coisa que obviamente ele está planejando fazer. Por exemplo, se ele vai esvaziar a lata de lixo, não diga: 'Quer esvaziar a lata de lixo?' Ele vai sentir que você está dizendo o que ele deve fazer. O momento certo é crucial. Também, se ele está concentrado em alguma coisa, não espere que atenda imediatamente o seu pedido.'

Outra bola dentro. Pelo menos comigo, a coisa funciona quase sempre assim. Acho um pé no saco ter alguém mandando eu fazer uma coisa que eu estou indo fazer.

Muita gente, ao ver que eu estava lendo esse livro, me sugeriu um outro, Porque Homens Fazem Sexo e Mulheres Fazem Amor. Este deve seguir a linha e não tenho interesse em ler. Desta linha de literatura já esgotei minha cota da década.

Um dos grandes conselhos do livro, que pode ser encontrado logo no início, é o de que para se ter um novo hábito, é preciso praticar muito uma ação, de modo a fazê-la tornar-se parte de nós, fazer com que a ação seja feita mecanicamente, inconscientemente. Mais um óbvio daqueles que a gente vive esquecendo, e que precisamos ser lembrados sempre, até que vire um hábito lembrar.

Fica então mais uma dica de leitura para vocês. Pra quem não se vira muito bem nos relacionamentos, é uma boa pedida; e pra quem se vira bem, mas quer dar umas risadas, também.

A seguir: Comentários sobre Budapeste, de Chico Buarque

Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus - Livro dos Dias - John Gray - Parte II

Muitas - a maioria - das dicas que ele dá eu já aplico no meu dia a dia, pra evitar que o relacionamento se desgaste, e por isso não aprendi muita coisa nova com ele, mas deu pra rir um bocado, principalmente quando ele fala de sexo. Essa é a parte mais deliciosa do livro, geradora de gargalhadas. Anotei algumas para a sua apreciação:

"Para cultivar uma boa vida sexual, é importante ocasionalmente satisfazer nossas necessidades sem depender do parceiro ou parceira."

O que ele quis dizer com isso? Ou ele diz que devemos trair a pessoa com quem estamos, o que é uma heresia, ou está sugerindo que masturbe-mo-nos, o que é hilário.

"Mesmo assim, ainda é importante fazer todo tipo de sexo - sexo depois de uma noite romântica ou simplesmente uma rapidinha entre dois compromissos. Quando o homem sente que sua parceira é tão entusiasmada com sexo quanto ele, está livre para abrir mais completamente o seu coração."

Lindo, romântico, é um orgasmo poético, e quase que uma negociação sexual: "amor, abra-me tua vagina e abrir-te-ei meu coração..."

"Em última análise, o que liberta o homem do estresse do trabalho é sexo. A satisfação sexual, mesmo numa rapidinha ou sozinho no chuveiro, o ajuda a se livrar temporariamente das suas preocupações e estabelece a ligação com sua parceira."

Na verdade, o que libera mesmo do estresse é o uso da força física, seja lá correndo, pedalando, puxando ferro ou fazendo sexo. Mas é uma boa dica. Só estou tentando entender até agora a questão do restabelecimento da ligação com a parceira.

Amanhã: mais trechos comentados.

Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus - Livro dos Dias - John Gray

Depois de dois clássicos seguidos, parti para uma literatura mais moderna. Peguei para ler este livro cujo nome é uma obra prima da concisão. Antes de começar a ler, eu achava que se tratava de um romance, através do qual o autor iria explicar o motivo da diferenciação. Ledo engano.

Na verdade, é um livro de auto-ajuda, que não precisa ser lido linearmente. Ele traz 365 pequenos textos que se propõem a ajudar as pessoas a terem um relacionamento melhor. Ele foca principalmente em pessoas que já estejam casadas ou em um relacionamento estável, e raras vezes fala de encontros esporádicos ou de separação.

De cara, por não ser o que eu estava esperando que ele fosse, achei que ele iria acabar fondo, mas segui em frente e continuei a ler o livro até o final. E foi bom.

Ele traz muitas dicas interessantes para evitar que relacionamentos terminem ou se tornem desinteressantes, como a óbvia "não caia na rotina". Aliás, muita coisa que ele fala é óbvio, mas a gente sempre tem problema de enxergar o óbvio, não é? Então, alguém escreve um livro juntando uma frase de efeito aqui e outra ali, põe um título chamativo e vira best-seller.

A pior característica que encontrei no livro foi o fato de ele ser cíclico. Depois de ler metade do livro, você pode ter certeza de que já leu tudo o que tinha que saber. John Gray sempre volta a um ponto que já falou, e repete suas idéias uma vez atrás da outra.

Primeiro aprende-se o básico: a mulher, para se sentir amada, tem que ser ouvida e o homem, para se sentir amado, tem que se sentir respeitado. A mulher, pra relaxar, tem que falar, o homem tem que trepar. Coisas assim. A partir deste ponto, anda-se um pouco para cada lado, mas sempre volta-se ao marco de partida, para então falar de uma coisa que já foi dita e voltar ao começo e fazer tudo de novo. Fica até maçante no final. Há frases exatamente iguais.

Amanhã: trechos do livro comentados.

Aventura-Solo - Parte VII

Você termina de subir as escadas até o andar onde ficam os aposentos dos padres. Está tudo apagado, com exceção de uma única porta no final do corredor. Caminha sorrateiramente pelas portas dos quartos, sem emitir um único som, indo até a porta semiaberta.

Colando o ouvido à porta, você escuta murmúrios dentro do aposento. Como se alguém estivesse recitando versos em alguma língua desconhecida. Você aperta o seu punhal contra o peito, com medo.

Você entra e o ocupante do quarto reage assustado, como se fosse pêgo de surpresa. É Malcolm, o chefe do mosteiro - ou, pelo menos, se parece com ele à primeira vista. Um olhar mais atento revela que a criatura nem ao menos é humana: vestindo as roupas de Malcolm está um hediondo ser de pele avermelhada e escamosa, repleta de espinhos. Ostenta na cabeça um par de chifres longos e recurvados. Asas longas e membranosas achavam-se dobradas sobre suas costas. Suas mãos pareciam garras reptilianas, segurando um amuleto com uma jóia esverdeada do tamanho de um punho.

No chão do quarto, riscado com cera, pó de prata e sangue, um pentagrama com três velas acesas em cada ponta. No centro do pentagrama, uma tigela de barro contendo o que parece ser um coração humano.

- O que você está fazendo aqui, Johnattan?

A voz é de Malcolm!

Você faz menção de fugir, mas os músculos de suas pernas não respondem. Tenta gritar, mas o som não deixa sua garganta. Fica parado lá, olhando para o demônio. Malcolm aproxima-se, a luz dos relâmpagos faiscando em suas escamas.

O ser explica que é um demônio que vive naquela região já há séculos. Fala de onde veio e quais são os seus interesses. Por fim, risca seu peito com a garra do indicador, sem que você consiga mover-se. Ele desenha um pequeno pentagrama invertido e recita alguns versos. A figura queima em sua pele, fixando-se como uma cicatriz macabra. Ele diz que você pode continuar a investigar, se quiser, e que agora deve voltar para o seu quarto.

Com o pentagrama no peito, como convencer seus amigos Inquisidores de que você não é um adorador de demônios? É claro que eles acreditariam em você se contasse toda a história... ou não. Você mesmo viu pessoas que negaram seu envolvimento com demônios até o fim, e ainda assim foram queimadas vivas. Os Inquisidores não tiveram nenhum tipo de piedade, nem acreditaram nas histórias daqueles feiticeiros. Bem, com você seria diferente. Afinal, é um padre, não é?

Você volta para sua cama e tenta dormir, apesar de tudo o que aconteceu. Com o tempo, o sono acaba chegando. Ao despertar, vai tomar café e descobre que seu amigo Heitor morrera.

E agora, vocês preferem realizar investigar mais ou já se dão por satisfeitos e voltam para casa?

Desventuras Serranas Estudantis

No dia 19 de abril passado nosso ônibus já saiu da Estácio dando problema. Tanto que quando saímos de lá aproveitei para ligar pra casa avisando que poderia demorar para chegar. Como de fato aconteceu, assim que passamos da divisa entre Cachoeiras e Nova Friburgo, lá no alto da serra, exatamente no lugar onde o vento faz a curva - e isto não é uma figura de linguagem! - o ônibus resolveu pedir água, literalmente. Era pouco antes de meia noite.

Escuro, ventando, frio, famintos, sedentos, cansados. Assim ficamos nós, durante mais de quarenta minutos esperanto uma solução. Mas como a gente é brasileiro, e gosta duma farra, aproveitamos para tirar umas fotocas. Algumas não saíram muito boas, estão desfocadas, mas foi a urucubaca do dia que causou isso.

Pra ver as fotos é só clicar nos links aí abaixo. Se alguém quiser, tenho cópias em tamanho maior. É só pedir.

[links removidos porque as imagens foram perdidas]

Pensando no Assunto

Depois de uns dois ou três anos de namoro, o mocinho leva a mocinha para o restaurante chique da cidade, paga uma nota para ter a melhor refeição da cidade, compra um par de alianças daqueles bem arretados e no meio da noite manda o pedido de casamento.

A mocinha fica encantada, mas diz que não sabe o que responder. Pede um tempo. Ele dá. Passam-se os dias e ela não consegue chegar a uma conclusão. Acha que casamento é coisa séria demais e ainda tem uma ou outra dúvida sobre seu futuro ao lado dele. No auge do desespero, pede a Deus uma luz, uma resposta para todas os seus temores.

É nisso que penso quando ouço Thinking Over, da Dana Glover. Muita gente chega aqui no Sarcófago procurando por uma outra música dela, chamada It's You I Have Loved, que faz parte da trilha sonora de Shrek, e achei que seria interessante que o povo conhecesse esta outra música que é tão boa quanto a sua prima mais famosa.

A tradução da It's You I Have Loved está vindo a caminho, conforme me foi pedido por uma leitora. Enquanto isso, apreciem esta adaptação livre, não rimada, não poética (e ainda assim fuleira) da letra de Thinking Over.

"Eu tenho pensado muito nos motivos para aceitar ou descartar a sua proposta, e sei que meu tempo para tomar a decisão já está acabando. Sim, eu sei que está na hora de dar a minha resposta, mas, acredite, sinceramente não sei o que te dizer. Tenho tanta coisa pra pensar, tanta coisa na cabeça.

Será que estou realmente pronta para o 'para sempre'? Oh, Deus, me dê uma luz. Porque se for pra gente ficar junto, tem que ser bom de verdade. Ele quer casar comigo e quer me levar para longe daqui e quer me amar pra vida inteira e também quer estar do meu lado a cada manhã que eu acordar e quer estar abraçado comigo durante toda a noite.

Oh, Pai, o que faço da minha vida? Não é tão fácil chegar a uma conclusão. Eu o amo muito muito mesmo, mas só Tu sabes se ele é o cara certo pra mim.

Na minha frente estão dois caminhos diferentes, e só posso escolher um deles, e é por isso que estou demorando tanto para chegar a uma conclusão.

Calma, estou pensando, estou analisando, estou refletindo sobre tudo o que você falou. Me dê mais um tempo, por favor..."

Chamando a Atenção

Gente, eu já postei a continuação da aventura solo há uma semana e ninguém votou. Que houve?