Não sei se já contei isso antes, mas se não contei, conto agora. Eu não sigo nenhuma religião. Nem budismo, nem islamismo, nem cristianismo, nem sufismo, nem nenhum dos outros ismos que povoam os templos e igrejas.
Cresci em família católica, fui batizado nela, freqüentava as aulas religiosas no colégio e cheguei até mesmo a iniciar o catecismo e participar de procissão. Mas de acordo com que fui amadurecendo (sic) me afastei mais e mais da religião.
Passei então a ter apenas fé. Fé na vida. Fé em mim. Fé em Deus. No fim de 2002 cheguei a escrever um texto sobre isso, que até hoje rende boas conversas sobre o tema. Tenho minha religiosidade mas não tenho religião.
Penso assim porque ao observar as religiões com que tenho maior contato, nenhuma dela me pareceu agradável de seguir. Mas ao mesmo tempo que não sigo nenhuma integralmente, torno parte de meu dogma pessoal o que considero melhor em cada uma que tenho oportunidade de conhecer. É o caso dos mandamentos e dos pecados bíblicos e também alguns dos oito passos do budismo necessários à iluminação.
Em meados de 2003 comecei a sentir um impulso de conhecer e estudar as variadas religiões. Daí que, por coincidência, sorte ou providência divina, pude conhecer a revista que dá nome a este texto.
A Revista das Religiões, suplemento periódico da revista Super Interessante, trata de forma clara e imparcial sobre religiões, religiosidade e eventos históricos, entre outras coisas. Já passaram por suas páginas temas como milagres, reencarnação, espiritismo e a Criação. Já falou da vida de pessoas como José de Anchieta, Jesus e Chico Xavier. Já foi a fundo em religiões como o budismo, hare krishna e candomblé. Uma das partes que mais gosto, e que está em todas as edições, é a confrontação do pensamento de duas religiões a respeito de temas polêmicos, como pena de morte e sexo antes do casamento.
Ela é extremamente imparcial, pois mostra apenas como as coisas são - ou eram - em nenhum momento instigando o leitor a aceitar esta ou aquela crença. Além disso, mostra sempre que o caminho para a paz é a tolerância, repreendendo qualquer ato de preconceito. Como se não bastasse, traz ainda entrevistas, notícias, dicas de livros e até ensaios fotográficos. É uma pena não estar disponível ainda para ser assinada.
Ela é, sem dúvida, leitura fundamental e indispensável para quem quer conhecer o mundo da fé.
Atualização com boa notícia: minhas preces foram atendidas: a Revista das Religiões já está disponível para ser assinada.
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