Tertuliano Máximo Afonso nunca chamou muita atenção nem nunca fez nada demais na sua vida simples e monótona de professor de História, até que um dia, aconselhado por um colega de trabalho, aluga uma fita de vídeo e dá de cara com algo - alguém, melhor dizendo - que vira sua vida de pernas pro ar, lançando-o em uma busca que o leva a resultados surpreendentes e ao mesmo tempo inevitáveis: ele descobre que um ator de segundo escalão é igual a ele. Mais do que gêmeo. Mais do que clone. Uma cópia. Um homem duplicado.
Por vezes muito difícil de ser acompanhado, graças à linguagem rebuscadíssima de José Saramago, ainda assim é um daqueles livros que não dá vontade de parar de ler.
Por várias vezes tive que ler e reler vários trechos, até mesmo páginas inteiras, para conseguir entender aonde ele queria chegar, já que Saramago merece ganhar o título de "O Maior Enchedor de Lingüiça" da história. Não foram poucos os trechos onde ele se distancia da narrativa principal, fala de coisas que nada têm a ver com a história, para então voltar a falar dela normalmente, dando como desculpa o fato de que a personagem principal estava tomando banho enquanto falávamos de outros assuntos. Isso sim é encher lingüiça, o resto é prova de história do ensino fundamental.
Uma das coisas que mais dificultam a leitura do livro é que Saramago pediu que fosse mantida a ortografia de Portugal. Temos então uma enxurrada de palavras e grafias desconhecidas ou estranhas. "Olvidartes-te de contar-mo suas ideias". São coisas assim que a gente lê.
Mesmo assim, apesar de todas essas dificuldades de leitura, O Homem Duplicado é muito bom, tanto que devorei suas últimas 80 páginas de uma tacada só. 80 páginas essas, aliás, que deixam um pouco de lado as lingüiças e vão direto ao ponto, tornando o livro uma montanha russa de eventos que quase se atravancam um atrás do outro, fazendo com que o leitor não tenha mínima vontade de desviar os olhos das suas páginas.
A seqüência final de acontecimentos é tão surpreendente e tão bem amarrada que me levou ao inevitável questionamento: como é que alguém consegue pensar histórias assim?. Ah, como eu queria ser José Saramago por apenas um dia...
Leiam. Vale a pena.
Frase da Semana (mais uma)
É... o povo está bem inspirado. Um dia depois da grande frase do post anterior, me vem Romam, nosso professor de Estruturas de Dados lá na Estácio, com a seguinte pérola: "quer moleza, vai comer minhoca, que não tem osso".
Frase da Semana
Tem coisas que sou obrigado a ouvir. Hoje me saíram com esta: "Vaso de banheiro devia ter espelho pra gente ver se o c%$#@ tá limpo."
Quem merece um negócio desse?
Quem merece um negócio desse?
Fazendo as Contas (uma continuação)
Lembra disso aqui?
Pois é, a identidade só chegou ontem.
Três meses e treze dias após o pedido.
Um mês e treze dias depois da previsão inicial.
Agora a carteira está completa.
Já não era sem tempo.
Pois é, a identidade só chegou ontem.
Três meses e treze dias após o pedido.
Um mês e treze dias depois da previsão inicial.
Agora a carteira está completa.
Já não era sem tempo.
Malaquias 3:3
Veja só como são as coisas: não sei como, mas o sujeito conseguiu meu email e me mandou uma daquelas mensagens bonitinhas. Por sorte, mas por muita sorte mesmo, eu reconheci o nome de um dos blogs que ando visitando por aí e resolvi visitar o blog dele. E dei de cara com este texto deslumbrante. Como eu comentei lá, isso é que é acertar de primeira. Deliciem-se:
"Havia um grupo de mulheres num estudo bíblico do livro de Malaquias. Quando elas estavam estudando o capítulo três, elas se depararam com o versículo 3 que diz: "Ele assentar-se-á como fundidor e purificador da prata...". Este verso intrigou as mulheres, e elas se perguntaram o que esta afirmação significava quanto ao caráter e natureza de Deus.
Uma das mulheres se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento da prata e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo bíblico. Naquela semana, esta mulher ligou para um ourives e marcou um horário com ele para assisti-lo em seu trabalho. Ela não mencionou a razão de seu interesse na prata nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento do metal. Enquanto ela o observava, ele mantinha um pedaço de prata no fogo e deixava-o aquecer.
Ele explicou que no refinamento da prata devia-se manter a prata no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes, de forma a queimar todas as impurezas. A mulher pensou em Deus mantendo-nos em um lugar tão quente; depois, ela pensou sobre o verso novamente... "ele se assenta como um fundidor e purificador da prata".
Ela perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que sentar-se em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada. O homem disse que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos na prata o tempo inteiro. Se a prata fosse deixada, apenas por um momento em demasia nas chamas, ela seria destruída.
A mulher silenciou por um instante. Depois, ela perguntou:
- Como você sabe quando a prata está completamente refinada?
E o homem respondeu:
- Oh, é fácil! - o processo está pronto quando vejo minha imagem refletida nela."
Profundíssimo, não?
Só pra constar, o versículo completo diz: "E sentar-se-á como um homem que se senta para fundir e refinar a prata; purificará os filhos de Levi, refiná-los-á como o ouro e como a prata, e eles oferecerão sacrifícios ao Senhor em justiça". Outra coisa: Malaquias é o último livro do Antigo Testamento.
"Havia um grupo de mulheres num estudo bíblico do livro de Malaquias. Quando elas estavam estudando o capítulo três, elas se depararam com o versículo 3 que diz: "Ele assentar-se-á como fundidor e purificador da prata...". Este verso intrigou as mulheres, e elas se perguntaram o que esta afirmação significava quanto ao caráter e natureza de Deus.
Uma das mulheres se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento da prata e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo bíblico. Naquela semana, esta mulher ligou para um ourives e marcou um horário com ele para assisti-lo em seu trabalho. Ela não mencionou a razão de seu interesse na prata nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento do metal. Enquanto ela o observava, ele mantinha um pedaço de prata no fogo e deixava-o aquecer.
Ele explicou que no refinamento da prata devia-se manter a prata no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes, de forma a queimar todas as impurezas. A mulher pensou em Deus mantendo-nos em um lugar tão quente; depois, ela pensou sobre o verso novamente... "ele se assenta como um fundidor e purificador da prata".
Ela perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que sentar-se em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada. O homem disse que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos na prata o tempo inteiro. Se a prata fosse deixada, apenas por um momento em demasia nas chamas, ela seria destruída.
A mulher silenciou por um instante. Depois, ela perguntou:
- Como você sabe quando a prata está completamente refinada?
E o homem respondeu:
- Oh, é fácil! - o processo está pronto quando vejo minha imagem refletida nela."
Profundíssimo, não?
Só pra constar, o versículo completo diz: "E sentar-se-á como um homem que se senta para fundir e refinar a prata; purificará os filhos de Levi, refiná-los-á como o ouro e como a prata, e eles oferecerão sacrifícios ao Senhor em justiça". Outra coisa: Malaquias é o último livro do Antigo Testamento.
Semana Spam
Como sempre recebo muito spam por email (quem não recebe?), semana passada resolvi fazer uma análise da coisa. Durante toda ela - do dia 02 ao dia 08 de maio - não apaguei nenhuma das mensagens que recebi. Ao final da semana, fiz um somatório do que tinha recebido e dos assuntos que as mensagens tratavam.
Em sete dias chegaram 300 mensagens. Destas, 276 eram vindas de endereços não autorizados, ou seja, lixo puro. 276 mensagens! Nada menos do que 92% de tudo o que recebi. Estas 276 mensagens se distribuíram da seguinte forma a partir do total:
41% tentavam me vender remédios ou receitas, principalmente antidepressivos, afrodisíacos e antienvelhecimento. Como se eu não fosse um jovem na flor da idade, como se eu não fosse extremamente feliz, de bem com a vida e como se os meus hormônios não estivessem borbulhando.
10% tentavam me vender programas piratas. Mal sabem eles que eu consigo encontrar tudo mais barato ali na esquina.
8,3% tentavam me convencer em colocar dinheiro em certos investimentos. Se eles imaginassem que não tenho dinheiro para investir nas contas deles, parariam com isso.
5,7% tentavam me vender aparelhos para aumentar o tamanho do meu pinto. Com ele estou satisfeito.
5% traziam vírus. Pensam que sou burro para abrir anexos de desconhecidos.
5% eram coisas que eu tinha me cadastrado por querer mas tinha me arrependido, tipo cursos online, lojas e coisas afins. Disso eu poderia até me livrar, mas tenho preguiça de ir no site me descadastrar.
3,7% tentavam me levar para sites pornográficos. Ah, tá, eu não consigo achá-los sozinho...
3,3% tentavam me ensinar maneiras de trabalhar em casa. Se me conhecessem, saberiam que já trabalhei em casa durante anos e anos.
10% eram variadas, como mensagens em outras línguas, vazias, cassinos, propaganda de festas, venda de imóveis e até, cúmulo do paradoxo, oferecendo programas para barrar spam.
Uma coisa interessante é que a grande maioria das mensagens (78%) é em inglês, enquanto que em português chegaram 20%. Imagine quando os brasileiros aprenderem a mandar mensagens... o número vai dobrar.
Mas a coisa não acabou por aí. Entre as 24 mensagens que não são tratadas de cara como lixo, teve coisa que ainda assim foi para a lixeira. Das vinte e quatro, dezoito eram piadas, apresentações de Power Point, correntes ou mensagens automáticas para dizer que os emails que enviei voltaram. Todas são apagadas sem dó.
Sobram seis. Destas, quatro eram da Siciliano, confirmando meus pedidos que andei fazendo. Uma era de um colega dizendo que tinha recebido um email meu. E uma - apenas uma mensagem - o que representa a ínfima parte de 0,333% do total de mensagens, só ela recebeu uma resposta. E mesmo assim, foi um assunto levemente desagradável, que pode gerar confusão.
A única solução para que eu parasse de receber estas mensagens seria trocar de email, mas não o faço por três motivos. Primeiro porque trocar de email é muito chato, demora bastante até você regularizar sua vida. Depois, porque meu email no provedor é perfeito, nem sei como é que o consegui. Por fim, logo logo vão descobrir o email novo mesmo, aí começo a receber centenas de mensagens por dia de novo.
Acho que isso não tem solução. O jeito é continuar apagando o lixo que chega cada dia em maior quantidade.
Em sete dias chegaram 300 mensagens. Destas, 276 eram vindas de endereços não autorizados, ou seja, lixo puro. 276 mensagens! Nada menos do que 92% de tudo o que recebi. Estas 276 mensagens se distribuíram da seguinte forma a partir do total:
41% tentavam me vender remédios ou receitas, principalmente antidepressivos, afrodisíacos e antienvelhecimento. Como se eu não fosse um jovem na flor da idade, como se eu não fosse extremamente feliz, de bem com a vida e como se os meus hormônios não estivessem borbulhando.
10% tentavam me vender programas piratas. Mal sabem eles que eu consigo encontrar tudo mais barato ali na esquina.
8,3% tentavam me convencer em colocar dinheiro em certos investimentos. Se eles imaginassem que não tenho dinheiro para investir nas contas deles, parariam com isso.
5,7% tentavam me vender aparelhos para aumentar o tamanho do meu pinto. Com ele estou satisfeito.
5% traziam vírus. Pensam que sou burro para abrir anexos de desconhecidos.
5% eram coisas que eu tinha me cadastrado por querer mas tinha me arrependido, tipo cursos online, lojas e coisas afins. Disso eu poderia até me livrar, mas tenho preguiça de ir no site me descadastrar.
3,7% tentavam me levar para sites pornográficos. Ah, tá, eu não consigo achá-los sozinho...
3,3% tentavam me ensinar maneiras de trabalhar em casa. Se me conhecessem, saberiam que já trabalhei em casa durante anos e anos.
10% eram variadas, como mensagens em outras línguas, vazias, cassinos, propaganda de festas, venda de imóveis e até, cúmulo do paradoxo, oferecendo programas para barrar spam.
Uma coisa interessante é que a grande maioria das mensagens (78%) é em inglês, enquanto que em português chegaram 20%. Imagine quando os brasileiros aprenderem a mandar mensagens... o número vai dobrar.
Mas a coisa não acabou por aí. Entre as 24 mensagens que não são tratadas de cara como lixo, teve coisa que ainda assim foi para a lixeira. Das vinte e quatro, dezoito eram piadas, apresentações de Power Point, correntes ou mensagens automáticas para dizer que os emails que enviei voltaram. Todas são apagadas sem dó.
Sobram seis. Destas, quatro eram da Siciliano, confirmando meus pedidos que andei fazendo. Uma era de um colega dizendo que tinha recebido um email meu. E uma - apenas uma mensagem - o que representa a ínfima parte de 0,333% do total de mensagens, só ela recebeu uma resposta. E mesmo assim, foi um assunto levemente desagradável, que pode gerar confusão.
A única solução para que eu parasse de receber estas mensagens seria trocar de email, mas não o faço por três motivos. Primeiro porque trocar de email é muito chato, demora bastante até você regularizar sua vida. Depois, porque meu email no provedor é perfeito, nem sei como é que o consegui. Por fim, logo logo vão descobrir o email novo mesmo, aí começo a receber centenas de mensagens por dia de novo.
Acho que isso não tem solução. O jeito é continuar apagando o lixo que chega cada dia em maior quantidade.
Respondendo Comentários
Uma das coisas que mais gosto nesta história de ter um site para publicar meus textos é a possibilidade de saber a opinião das minhas visitantes através dos comentários. Mesmo que, em certas ocasiões, eu imagine que um texto vá gerar bons comentários e ele mal receba um ou dois, é sempre gratificante quando alguém responde, dá uma palavra, mostra a cara ou até mesmo discorde. Gosto mesmo disso.
Volta e meia, dependendo do que a pessoa disser, eu coloco uma resposta lá nos próprios comentários, na tentativa de iniciar um diálogo. Apenas por umas duas ou três vezes, cheguei a escrever um texto apenas para responder aos comentários feitos.
Faço então um apelo: quando vocês comentarem alguma coisa, voltem aos comentários um ou dois dias depois para ver se eu respondi. Já perdi a conta das vezes que perguntei alguma coisa e a pessoa não deu retorno.
Outra coisa: se vocês quiserem fazer um comentário sobre um texto recente, tipo, entre os seis ou sete últimos, podem fazer o comentário no próprio texto, não precisa ser no mais atual. Eu sempre verifico se tem comentário novo nos mais novos.
Acho que o povo não volta pra ver resposta porque a maioria do pessoal que conheço coloca as respostas no site da pessoa que perguntou. Só que eu não gosto muito disso. Imagina a cena: eu escrevo um texto sobre drogas, alguém pergunta se eu já usei, aí eu vou no site da pessoa e comento num texto dela sobre camisinha: "eu nunca usaria isso, que coisa horrível, tá pensando que eu sou o que?". Os leitores de lá não entenderão chongas.
A estranheza é a mesma de quando alguém responde aqui uma pergunta que fiz em outro site. Tipo, alguém fala de um cd legal, aí eu pergunto se ela conhece um tal artista, aí a pessoa vem no Sarcófago, num texto sobre suicídio, e comenta que "nunca ouviu falar, mas que vai procurar nas lojas por aí". Se até eu fico atordoado quando pego um comentário desse, imagina quem não leu minha pergunta.
Claro que não posso obrigar ninguém a fazer como eu acho melhor, mas pelo menos posso dizer o que penso, certo? Sei que tem gente que prefere responder nos sites alheios, como o Leo, que já disse que acha anti-ético (?) responder no próprio site, mas eu prefiro colocar a resposta junto com a pergunta. Assim, quem chega depois entende a conversa e pode até acrescentar mais alguma coisa.
Além disso, mesmo que o comentário feito não tenha uma pergunta, acho legal voltar pra ler os novos comentários. Cito como exemplo o meu texto sobre os livros que estou lendo. No final dele, eu perguntei o que é que vocês andam lendo. Achei que naqueles comentários poderia surgir uma conversa muito legal e o pessoal sairia indicando livros uns para os outros, e até para mim mesmo. Mas, me parece, ocês põem o comentário e esquecem. É assim que funciona pra vocês?
Bem, é isso. Por favor, não pensem que estou dando sermão ou reclamando da vida. Nem tampouco estou com aquela coisa de "ah, comenta aí, comenta, comenta, vai" - isso eu acho feio. Só estou querendo arranjar um jeito de melhorar a comunicação entre os parcos visitantes deste meu cafofo virtual.
Volta e meia, dependendo do que a pessoa disser, eu coloco uma resposta lá nos próprios comentários, na tentativa de iniciar um diálogo. Apenas por umas duas ou três vezes, cheguei a escrever um texto apenas para responder aos comentários feitos.
Faço então um apelo: quando vocês comentarem alguma coisa, voltem aos comentários um ou dois dias depois para ver se eu respondi. Já perdi a conta das vezes que perguntei alguma coisa e a pessoa não deu retorno.
Outra coisa: se vocês quiserem fazer um comentário sobre um texto recente, tipo, entre os seis ou sete últimos, podem fazer o comentário no próprio texto, não precisa ser no mais atual. Eu sempre verifico se tem comentário novo nos mais novos.
Acho que o povo não volta pra ver resposta porque a maioria do pessoal que conheço coloca as respostas no site da pessoa que perguntou. Só que eu não gosto muito disso. Imagina a cena: eu escrevo um texto sobre drogas, alguém pergunta se eu já usei, aí eu vou no site da pessoa e comento num texto dela sobre camisinha: "eu nunca usaria isso, que coisa horrível, tá pensando que eu sou o que?". Os leitores de lá não entenderão chongas.
A estranheza é a mesma de quando alguém responde aqui uma pergunta que fiz em outro site. Tipo, alguém fala de um cd legal, aí eu pergunto se ela conhece um tal artista, aí a pessoa vem no Sarcófago, num texto sobre suicídio, e comenta que "nunca ouviu falar, mas que vai procurar nas lojas por aí". Se até eu fico atordoado quando pego um comentário desse, imagina quem não leu minha pergunta.
Claro que não posso obrigar ninguém a fazer como eu acho melhor, mas pelo menos posso dizer o que penso, certo? Sei que tem gente que prefere responder nos sites alheios, como o Leo, que já disse que acha anti-ético (?) responder no próprio site, mas eu prefiro colocar a resposta junto com a pergunta. Assim, quem chega depois entende a conversa e pode até acrescentar mais alguma coisa.
Além disso, mesmo que o comentário feito não tenha uma pergunta, acho legal voltar pra ler os novos comentários. Cito como exemplo o meu texto sobre os livros que estou lendo. No final dele, eu perguntei o que é que vocês andam lendo. Achei que naqueles comentários poderia surgir uma conversa muito legal e o pessoal sairia indicando livros uns para os outros, e até para mim mesmo. Mas, me parece, ocês põem o comentário e esquecem. É assim que funciona pra vocês?
Bem, é isso. Por favor, não pensem que estou dando sermão ou reclamando da vida. Nem tampouco estou com aquela coisa de "ah, comenta aí, comenta, comenta, vai" - isso eu acho feio. Só estou querendo arranjar um jeito de melhorar a comunicação entre os parcos visitantes deste meu cafofo virtual.
Frio, Inverno e Outras Coisas Congelantes
Eu não gosto de frio. Não gosto não gosto e não gosto. Este texto é pra explicar isso.
O grande ponto contra o frio é que ele não permite erros. Se no verão você coloca uma blusa mais quente, basta arregaçar as mangas e tudo bem. Você pode até ficar suado, mas nada que um banho não resolva. Calor não te deixa doente. Mas vai errar no inverno! Basta uma blusa a menos e um vento mais forte que a gripe bate certeira, sem dó nem piedade, como me aconteceu neste final de semana.
Pra quem tem rinite como eu, o frio é um forte aliado para que as crises apareçam todos os dias. E aí, pena de quem tem que conviver comigo e ouvir meus espirros de minuto a minuto.
Estudar em Friburgo é mais uma coisa torturante, ainda mais na Estácio, que é lá no alto do morro, onde bate um vento polar sudoeste que é algo assim... everéstico. É muito frio mesmo. Entra aqui de novo a questão do erro. Às vezes em Cachoeiras tá até fazendo calor, mas quando chega onze horas da noite, em Friburgo, tá fazendo quase cinco graus. Se você não se prepara, é cama no outro dia.
Fazer barba também é terrível. Primeiro você tem que meter a mão naquela água gelada. Depois tem que jogar aquela água na cara. Em seguida, tem que passar, várias vezes seguidas, a lâmina de barbear pelo rosto. É torturante. Muita gente me diz para fazer barba durante o banho, mas a questão é que uso óculos. Sem eles não vejo meu próprio rosto, e com eles, fica tudo embaçado por causa do vapor do chuveiro. Em dias extremos tenho que apelar e esquentar um bocado de água no fogão. Queridas leitoras, agradeçam por não terem barba.
Digitar e tocar. Por causa do frio, as mãos ficam geladas e têm seus movimentos comprometidos. Daí, até eu pegar o ritmo na hora de digitar ou tocar no meu teclado, é uma coisa de dar dó.
Mais um ponto é que qualquer coisa metálica fica mais fria do que realmente está. Não dá pra tocar em nada sem sentir um calafrio pela espinha: maçanetas, chaves, bicicleta, talheres... nada.
Acordar! Ah, acordar! Sair de baixo dos cobertores quentinhos e aconchegantes já é duro, ainda mais sair debaixo deles e ir direto para o banheiro tomar banho. Tira a roupa, sente frio. Sai debaixo d'água, sente frio. Se enxuga, sente frio. Veste a roupa, sente frio. Brrrr....
Trabalhar com Jamerson também é duro. O cara não sente frio, daí que tem dia que ele cisma que está calor e liga o ar condicionado!!! E como é filho do patrão, não dá pra reclamar. Ainda bem que o ar condicionado quebrou (juro que não fui eu).
Não dá gosto de pedalar. Eu costumo pedalar de manhã, antes de ir pro trabalho, mas com aquele vento maravilhoso batendo na cara não há cristão que agüente.
Mas, só pra não dizer que não falei das flores, pra ficar agarradinho e tomar sopa inverno é bom.
O grande ponto contra o frio é que ele não permite erros. Se no verão você coloca uma blusa mais quente, basta arregaçar as mangas e tudo bem. Você pode até ficar suado, mas nada que um banho não resolva. Calor não te deixa doente. Mas vai errar no inverno! Basta uma blusa a menos e um vento mais forte que a gripe bate certeira, sem dó nem piedade, como me aconteceu neste final de semana.
Pra quem tem rinite como eu, o frio é um forte aliado para que as crises apareçam todos os dias. E aí, pena de quem tem que conviver comigo e ouvir meus espirros de minuto a minuto.
Estudar em Friburgo é mais uma coisa torturante, ainda mais na Estácio, que é lá no alto do morro, onde bate um vento polar sudoeste que é algo assim... everéstico. É muito frio mesmo. Entra aqui de novo a questão do erro. Às vezes em Cachoeiras tá até fazendo calor, mas quando chega onze horas da noite, em Friburgo, tá fazendo quase cinco graus. Se você não se prepara, é cama no outro dia.
Fazer barba também é terrível. Primeiro você tem que meter a mão naquela água gelada. Depois tem que jogar aquela água na cara. Em seguida, tem que passar, várias vezes seguidas, a lâmina de barbear pelo rosto. É torturante. Muita gente me diz para fazer barba durante o banho, mas a questão é que uso óculos. Sem eles não vejo meu próprio rosto, e com eles, fica tudo embaçado por causa do vapor do chuveiro. Em dias extremos tenho que apelar e esquentar um bocado de água no fogão. Queridas leitoras, agradeçam por não terem barba.
Digitar e tocar. Por causa do frio, as mãos ficam geladas e têm seus movimentos comprometidos. Daí, até eu pegar o ritmo na hora de digitar ou tocar no meu teclado, é uma coisa de dar dó.
Mais um ponto é que qualquer coisa metálica fica mais fria do que realmente está. Não dá pra tocar em nada sem sentir um calafrio pela espinha: maçanetas, chaves, bicicleta, talheres... nada.
Acordar! Ah, acordar! Sair de baixo dos cobertores quentinhos e aconchegantes já é duro, ainda mais sair debaixo deles e ir direto para o banheiro tomar banho. Tira a roupa, sente frio. Sai debaixo d'água, sente frio. Se enxuga, sente frio. Veste a roupa, sente frio. Brrrr....
Trabalhar com Jamerson também é duro. O cara não sente frio, daí que tem dia que ele cisma que está calor e liga o ar condicionado!!! E como é filho do patrão, não dá pra reclamar. Ainda bem que o ar condicionado quebrou (juro que não fui eu).
Não dá gosto de pedalar. Eu costumo pedalar de manhã, antes de ir pro trabalho, mas com aquele vento maravilhoso batendo na cara não há cristão que agüente.
Mas, só pra não dizer que não falei das flores, pra ficar agarradinho e tomar sopa inverno é bom.
As Letras e Eu
Às vezes me perco em pensamentos, imaginando se alguém do meu triângulo de conhecidos tem as mesmas idéias desvairadas que eu. Desta vez, fiquei pensando se conheço alguém que leia quatro livros e duas revistas. Ao mesmo tempo. Bem, não penses tu, querida leitora, que a leitura se dá de forma desordenada e aleatória. Veja como é:
De manhã, entre o momento em que estou pronto para ir trabalhar no cartório e o momento em que efetivamente saio de casa, estou às voltas com as peripécias de Sherlock Holmes em O Vale do Terror. No ponto em que parei, ele se dirige com o inspetor de polícia ao local de um crime. Um fato curioso sobre o livro é que o cara morto se chama Douglas, o nome de quem me emprestou o dito cujo.
À tarde, na fila do ônibus da faculdade, é a vez de me envolver com os estranhos fatos que se sucedem na vida de Tertuliano Máximo Afonso, o personagem principal de O Homem Duplicado, escrito por José Saramago, ganhador do prêmio Nobel lá pelos idos de 1998. Apesar da enorme encheção de lingüiça, é um ótimo livro.
Antes de dormir é a vez de Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier, ditado por um tal de André Luís. Nele, André descreve como é o lado de lá. No início, as coisas me pareciam até plausíveis e lógicas, mas o livro tomou um rumo muito esquisito, tornando-se pra mim apenas um romance pós-vida, onde, neste instante, os personagens estão às voltas com preparativos para receber as almas que chegarão ao céu graças à Segunda Guerra Mundial. Estou lendo porque foi minha mãe quem indicou. Quem me conhece vai entender o quanto esta indicação é importante.
O quarto livro já é um projeto de longa duração: a Bíblia. Leio-a com Sueli, pra poder ir discutindo e sabendo mais sobre o que se passa. E exatamente por causa dessas conversas é que este é um projeto de longo prazo. Só lemos até agora durante uma rápida meia hora e não terminamos nem o segundo capítulo de João. Mas seguiremos em frente.
Já as revistas ficam nas duas salas de leitura da minha casa: uma em cada banheiro. No do escritório está a Revista das Religiões de abril, onde estou lendo sobre personalidades importantes das religiões orientais. No outro está a Você S/A, onde leio sobre a vida de uma workaholic, que é alguém que jamais gostaria de conhecer.
Se eu presto atenção no que leio? Claro! Posso até não saber contar tudo tintim por tintim, mas sei sim tudo o que se passa. E já tem mais coisa na fila. A Revista das Religiões de maio já chegou e essa semana eu comprei um livro novo, O Código da Vinci, que parece ser interessante. Você lerá mais sobre ele por aqui daqui a algum tempo.
E tu? Que andas lendo?
De manhã, entre o momento em que estou pronto para ir trabalhar no cartório e o momento em que efetivamente saio de casa, estou às voltas com as peripécias de Sherlock Holmes em O Vale do Terror. No ponto em que parei, ele se dirige com o inspetor de polícia ao local de um crime. Um fato curioso sobre o livro é que o cara morto se chama Douglas, o nome de quem me emprestou o dito cujo.
À tarde, na fila do ônibus da faculdade, é a vez de me envolver com os estranhos fatos que se sucedem na vida de Tertuliano Máximo Afonso, o personagem principal de O Homem Duplicado, escrito por José Saramago, ganhador do prêmio Nobel lá pelos idos de 1998. Apesar da enorme encheção de lingüiça, é um ótimo livro.
Antes de dormir é a vez de Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier, ditado por um tal de André Luís. Nele, André descreve como é o lado de lá. No início, as coisas me pareciam até plausíveis e lógicas, mas o livro tomou um rumo muito esquisito, tornando-se pra mim apenas um romance pós-vida, onde, neste instante, os personagens estão às voltas com preparativos para receber as almas que chegarão ao céu graças à Segunda Guerra Mundial. Estou lendo porque foi minha mãe quem indicou. Quem me conhece vai entender o quanto esta indicação é importante.
O quarto livro já é um projeto de longa duração: a Bíblia. Leio-a com Sueli, pra poder ir discutindo e sabendo mais sobre o que se passa. E exatamente por causa dessas conversas é que este é um projeto de longo prazo. Só lemos até agora durante uma rápida meia hora e não terminamos nem o segundo capítulo de João. Mas seguiremos em frente.
Já as revistas ficam nas duas salas de leitura da minha casa: uma em cada banheiro. No do escritório está a Revista das Religiões de abril, onde estou lendo sobre personalidades importantes das religiões orientais. No outro está a Você S/A, onde leio sobre a vida de uma workaholic, que é alguém que jamais gostaria de conhecer.
Se eu presto atenção no que leio? Claro! Posso até não saber contar tudo tintim por tintim, mas sei sim tudo o que se passa. E já tem mais coisa na fila. A Revista das Religiões de maio já chegou e essa semana eu comprei um livro novo, O Código da Vinci, que parece ser interessante. Você lerá mais sobre ele por aqui daqui a algum tempo.
E tu? Que andas lendo?
Coelhinhas da Playboy
Em comemoração aos seus cinqüenta anos, a Playboy disponibilizou a seus leitores fotos das coelhinhas que figuraram em suas primeiras edições. Trago então para seu deleite, pra finalizar minha série de posts fotográficos, prezados visitantes, uma pequena amostra do que a Playboy mostrou. As garotas também estão convidadas a olhar, já que beleza não tem sexo. E digam: qual é a mais gostosa na opinião de vocês?
Coelhinha Maio/1954
Coelhinha Junho/1954
Coelhinha Setembro/1954
Coelhinha Outubro/1954
Coelhinha Dezembro/1954
Coelhinha Janeiro/1955
[os arquivos foram perdidos - eram senhoras aparentando mais de 80 anos, nuas, em fotos sensuais]
Coelhinha Maio/1954
Coelhinha Junho/1954
Coelhinha Setembro/1954
Coelhinha Outubro/1954
Coelhinha Dezembro/1954
Coelhinha Janeiro/1955
[os arquivos foram perdidos - eram senhoras aparentando mais de 80 anos, nuas, em fotos sensuais]
Carnaval 2004 - Os Cabeçudos
Dando seqüência às fotos, vejam desta vez minha fantasia no carnaval. Saímos nós quatro - eu, meu primo, um colega e o filho dele - fazendo bagunça pelo meio do povo, sem ninguém saber quem éramos.
A fantasia é feita assim: costura-se dois lençóis brancos, que são presos então em uma peneira, daquelas de pedreiro. A peneira fica sobre a cabeça, com os lençóis tapando seu corpo. Os lençóis são então amarrados à sua cintura com um casaco de frio, cujos braços estarão já cheios de jornal embolado para dar firmeza. Nas pontas do casado vão luvas também recheadas. Tem-se então a impressão de uma pessoa pequenininha mas com uma cabeça gigantesca.
Para ter noção da coisa, o que parece ser a cintura do boneco são nossos joelhos, e o que parece ser o pescoço é nossa cintura. Todo o tronco fica na parte branca. É um calor do cacete, e graças ao óculos eu mal podia enxergar o que se passava à minha frente, porque toda hora embaçava. Mas foi muito divertido.
Aqui, aqui e aqui estamos nós quatro. Já aqui estou só eu.
[os arquivos online foram perdidos]
A fantasia é feita assim: costura-se dois lençóis brancos, que são presos então em uma peneira, daquelas de pedreiro. A peneira fica sobre a cabeça, com os lençóis tapando seu corpo. Os lençóis são então amarrados à sua cintura com um casaco de frio, cujos braços estarão já cheios de jornal embolado para dar firmeza. Nas pontas do casado vão luvas também recheadas. Tem-se então a impressão de uma pessoa pequenininha mas com uma cabeça gigantesca.
Para ter noção da coisa, o que parece ser a cintura do boneco são nossos joelhos, e o que parece ser o pescoço é nossa cintura. Todo o tronco fica na parte branca. É um calor do cacete, e graças ao óculos eu mal podia enxergar o que se passava à minha frente, porque toda hora embaçava. Mas foi muito divertido.
Aqui, aqui e aqui estamos nós quatro. Já aqui estou só eu.
[os arquivos online foram perdidos]
Cara Nova
Eu tinha pensado em fazer uma série de posts fotográficos, e já estava com o de hoje encaminhado, mas daí, como sempre, resolvi fazer umas mudanças por aqui. A primeira, como você já bem deve ter notado, é a mudança de cor. Estava há muito tempo no azul.
Depois, tirei da coluna do lado o endereço do site que eu e um colega tínhamos feito na intenção de fazer um abaixo assinado para trazer o Elton John de volta ao Brasil. Como a idéia não vingou, o site morreu.
Entraram então um site na lista dos bons e um na lista dos amigos.
Bom, é isso. Amanhã eu continuo com os posts fotográficos.
Depois, tirei da coluna do lado o endereço do site que eu e um colega tínhamos feito na intenção de fazer um abaixo assinado para trazer o Elton John de volta ao Brasil. Como a idéia não vingou, o site morreu.
Entraram então um site na lista dos bons e um na lista dos amigos.
Bom, é isso. Amanhã eu continuo com os posts fotográficos.
Quando o Raio Caiu
Não lembro se já falei dele antes, mas o Milov tem umas idéias geniais no quesito design e fotografia e scripts e coisas afins para internet. Ele é tão bom, mas tão bom, que postou uma série de fotos tão interessantes que elas vieram automaticamente aqui para a minha série de posts fotográficos. Parece até que o cara adivinhou. Cliquem aqui e vejam como ele conseguiu tirar a foto do exato instante em que um raio caiu nas redondezas. São oito fotos escuras e uma clara. Muito legal.
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