Às vezes me perco em pensamentos, imaginando se alguém do meu triângulo de conhecidos tem as mesmas idéias desvairadas que eu. Desta vez, fiquei pensando se conheço alguém que leia quatro livros e duas revistas. Ao mesmo tempo. Bem, não penses tu, querida leitora, que a leitura se dá de forma desordenada e aleatória. Veja como é:
De manhã, entre o momento em que estou pronto para ir trabalhar no cartório e o momento em que efetivamente saio de casa, estou às voltas com as peripécias de Sherlock Holmes em O Vale do Terror. No ponto em que parei, ele se dirige com o inspetor de polícia ao local de um crime. Um fato curioso sobre o livro é que o cara morto se chama Douglas, o nome de quem me emprestou o dito cujo.
À tarde, na fila do ônibus da faculdade, é a vez de me envolver com os estranhos fatos que se sucedem na vida de Tertuliano Máximo Afonso, o personagem principal de O Homem Duplicado, escrito por José Saramago, ganhador do prêmio Nobel lá pelos idos de 1998. Apesar da enorme encheção de lingüiça, é um ótimo livro.
Antes de dormir é a vez de Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier, ditado por um tal de André Luís. Nele, André descreve como é o lado de lá. No início, as coisas me pareciam até plausíveis e lógicas, mas o livro tomou um rumo muito esquisito, tornando-se pra mim apenas um romance pós-vida, onde, neste instante, os personagens estão às voltas com preparativos para receber as almas que chegarão ao céu graças à Segunda Guerra Mundial. Estou lendo porque foi minha mãe quem indicou. Quem me conhece vai entender o quanto esta indicação é importante.
O quarto livro já é um projeto de longa duração: a Bíblia. Leio-a com Sueli, pra poder ir discutindo e sabendo mais sobre o que se passa. E exatamente por causa dessas conversas é que este é um projeto de longo prazo. Só lemos até agora durante uma rápida meia hora e não terminamos nem o segundo capítulo de João. Mas seguiremos em frente.
Já as revistas ficam nas duas salas de leitura da minha casa: uma em cada banheiro. No do escritório está a Revista das Religiões de abril, onde estou lendo sobre personalidades importantes das religiões orientais. No outro está a Você S/A, onde leio sobre a vida de uma workaholic, que é alguém que jamais gostaria de conhecer.
Se eu presto atenção no que leio? Claro! Posso até não saber contar tudo tintim por tintim, mas sei sim tudo o que se passa. E já tem mais coisa na fila. A Revista das Religiões de maio já chegou e essa semana eu comprei um livro novo, O Código da Vinci, que parece ser interessante. Você lerá mais sobre ele por aqui daqui a algum tempo.
E tu? Que andas lendo?
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