Revista das Religiões

Lendo a edição de aniversário da já comentada revista, deparei com as opiniões de algumas pessoas importantes e resolvi compartilhar com vocês estas gotas de sabedoria:

"Não se trata apenas de tolerar, mas sim de respeitar a diversidade de expressões do encontro com o Sagrado." Monja Cohen ~ zen-budista

"A Verdade absoluta, por ser absoluta, engloba todas as formas de compreensão religiosa. Há diferentes mentalidades acerca de Deus, e Deus, por sua vez, revela-Se a todos de forma diversa." Rasananda Swami ~ movimento Hare Krishna

"Tolerância implica falta de opção: é a obrigação de tolerar o mais forte ou então a condescendência de tolerar o mais fraco." Rabino Henry I. Sobel ~ Rabino israelita

"O maior inimigo do diálogo é a ignorância em relação ao outro, o que enseja as fantasias lastimáveis que geram e sustentam o preconceito." Ariovaldo Ramos ~ missionário evangélico.

Taí. Falaram e disseram.

Flashback

Há exatamente um ano atrás, escrevi um texto chamado Plenitude. Na verdade, não era apenas um texto, mais que isso, era uma oração, onde eu agradecia a Deus por tudo o que tinha naquele momento na minha vida e por ter conhecido a Sueli. O texto foi escrito no mesmo instante em que cheguei em casa, logo após nosso primeiro encontro.

Hoje, um ano depois daquela maravilhosa noite no restaurante Della Mamma, releio minhas próprias palavras e vejo que elas continuam atualíssimas, e fazem até ainda mais sentido hoje do que quando as escrevi. Portanto, em homenagem àquele dia marcante, fica aqui republicada a oração, com a certeza de que continuo agradecendo a Deus por tudo o que tenho em minha vida e, principalmente, acima de tudo o mais, por ela.

Poderia eu hoje acrescentar à lista de agradecimentos a capacidade de amar, a dádiva de ser amado e a benção de ser amado por quem amo. Amém.

***

Plenitude

Deus, sei que você escreve certo por linhas completamente destroçadas, mas que no final das contas a gente vê que cê tava certo desde o início. Com o tempo eu aprendi isso, e há uns meses não reclamo mais de quase nada na vida, como a maioria das pessoas fazem. Desde então, desde que vi que reclamar não leva a lugar nenhum, desde que vi que tem certos momentos que não adianta praguejar, que o jeito é sentar e esperar a tempestade passar, desde então, minha vida tem sido plena.

Acho incrível como as linhas que você escreve, Deus, são incrivelmente tão distintas e ao mesmo tempo tão próximas. Às vezes uma linha desaparece, e acho que nunca mais voltarei a vê-la, quando ela simplesmente surge do nada, mostrando que teus planos estão bem armados. E há os casos em que as linhas que cruzam com a minha vão se cruzando, formando uma teia mágica que une a todos nós.

Então, Deus, eu queria agradecer. Queria não: eu quero. Primeiro agradecer por me abençoar com um anjo da guarda que está sempre ao meu lado. Sempre. Os últimos meses não poderiam ser melhores. Quando eu acho que as coisas não têm mais como melhorar, alguma coisa me acontece e alcanço um degrau mais alto na minha felicidade. Trabalho, faculdade, amigos, família, a convivência comigo mesmo. E agora ela.

Obrigado mesmo por tudo. Obrigado por minha vida. Obrigado por meus amigos. Obrigado por minha família. Obrigado por meus estudos. Obrigado por eu ter um corpo perfeito. Obrigado por não sofrer. Obrigado por estar aí. Hoje, acima de tudo, obrigado por ela.

Amém.

Fótu da Çemana

Podem até não acreditar, mas esta faixa [a imagem foi perdida] já está neste lugar há mais de mês, e se depender da dona do estabelecimento, ela não vai sair de lá tão cedo. Não consegui tirar a foto da faixa por inteiro, mas ela diz do seguinte: "De ferias para o seu bolço". São três erros em seis palavras.

Enquanto passeávamos por Papucaia, encontramos a dona da loja. Aproveitamos então para perguntar se ela não tinha visto o erro. Ela disse que tinha visto sim, "mas fazer o que...". Estupefato, ainda comentei da falta de acentos em "de ferias", e ela argumentou dizendo que "ah, em cartaz isso é comum". Não resisti, e mandei na lata que o português correto não vê se é faixa ou deixa de ser. Além de quê, como vimos depois, existe uma palavra acentuada no final da faixa. Ou seja, a falta de acento no início não é técnica estética: é incompetência mesmo.

No final das contas, não consegui decidir o que era mais ridículo de se ver: a faixa errada ou a indiferença da dona.

Imaginação Fértil

Aí que a Lis postou o seguinte lá no Mulher de Fases:

"Você deve ler e pensar numa resposta. Se possível, o que vier à sua cabeça primeiro: Conta-se que uma garota, no funeral de sua mãe, conheceu um rapaz. Ela o achou tão maravilhoso que acreditou ser o homem de sua vida. Apaixonou-se por ele e começaram um namoro que durou uma semana. Sem mais nem menos, o rapaz sumiu e nunca mais foi visto. Dias depois, ela matou a própria irmã. Questão: Qual o motivo da garota ter matado a irmã?"

Vê se a minha resposta foi extremamente criativa:

Ela matou a irmã na esperança de ter outro funeral da família, aí quem sabe o cara iria aparecer de novo. Aparecendo, ela iria cair de pau nele, armar o maior barraco no enterro da irmã, gritando escandalosamente, querendo saber o motivo do sumiço dele, quem era a lambisgóia com quem ele estava saindo, se ele tinha noção de como estava fazendo-a sofrer. No fim das contas, após várias vãs tentativas de seus parentes de acalmá-la, ela sacaria um três-oitão da bolsa de couro de jacaré das savanas da África do Sul e daria cinco tiros no bandido traidor, para se arrepender logo depois e morrer junto com ele, seu protetor. O povo iria declarar então que eles eram santos porque sabiam morrer. O nome dela, não foi essa a pergunta, mas vou dizer assim mesmo, era Mônica, ele se chamava Eduardo, a irmã Odete Roitman, e tudo aconteceu na cidade de Smallville, que fica ali, bem do ladinho de Gotham City.

Frase do Dia

Fim de aula na faculdade, dez e meia da noite, íamos eu e mais dois colegas em direção ao ônibus. Descendo uma escadaria um dos dois tira as mãos dos bolsos e manda a frase do dia: "eu não gosto de descer escada com a mão no bolso, imagina você caindo, rolando, sem poder se segurar?".

Ah, eu mereço...

Irmão Urso x Lilo & Stitch

Quando vi o trailer de Irmão Urso, o encantamento bateu de cara com On My Way, música de Phil Collins. Tentei ver no cinema mas não consegui, logo, tive que esperar pelo vídeo na locadora. Dias atrás, finalmente, assisti Irmão Urso.

Ruim não é, mas também não é um espetáculo. Irmão Urso tenta desde o início ser grandioso mas não consegue. Nem mesmo a trilha sonora que eu imaginei ser das boas, graças à participação do Phill Collins, não empolga. Só salva mesmo On My Way.

O desenho conta a história de um rapaz que é transformado em urso para aprender o valor da colaboração, da camaradagem, da irmandade, da amizade, blá, blá, blá, ao mesmo tempo que tem que se virar para fugir de um humano que tenta caçá-lo e também para, claro, se transformar em gente de novo. Para isso, conta com a ajuda de Koda, um ursinho que perdeu a mãe.

Uma das cenas que valem o filme é quando o rapaz-urso se dá conta de como a sua história e a do ursinho se juntam. Animação, diálogos, trilha sonora, tudo se encaixa muito bem, fazendo uma cena quase antológica.

De resto deu pra dar umas risadas com os alces, mas não foi nada demais. Rir mesmo só nos bônus do DVD com os erros de gravação. Parece que a Disney não quis fazer um filme muito comédia com Irmão Urso. Tem final feliz e só.

Em compensação, Lilo & Stitch é uma gozação e tanto. O monstrinho alienígena apronta muitas e ótimas numa ilha perdida no Havaí. A história é a seguinte: um cientista cria o Stitch em laboratório e é preso e condenado por isso. Stitch é também preso, mas consegue fugir e vem parar na terra, onde é adotado pela pequena Lilo.

Enquanto tenta em vão se adaptar à Terra, Stitch ainda tem que fugir dos alienígenas que foram enviados para buscá-lo, e para isso usa Lilo como escudo. No início violento e destruidor, ele vai aos poucos aprendendo com Lilo como se acalmar.

Tudo isso rende muitas risadas, e na parte de comédia a Disney acertou em cheio. Ao mesmo tempo irracional e inteligente, Stitch proporciona várias sessões de gargalhadas em frente à televisão. Como eu não poderia deixar de comentar, tudo regado à música havaiana e ao som do rei Elvis Presley, de quem a Lilo é fã. Excelente e recomendadíssimo.

Lilo & Stitch é um daqueles filmes que me fazem rebobinar o vídeo sorrindo, com vontade de sair dançando e cantando pela casa. É final feliz... feliz.