É sério, isso aqui aconteceu comigo:
Já fazia uns dois ou três meses, eu andava tendo problemas na hora de conectar à internet. O computador discava, fazia a conexão mas recusava minha senha. Eu digitava de novo, desconectava, tentava de novo, mas nada. Problema esse, repito, que já vinha durando uns dois ou três meses.
Daí que, semana atrás, eu estava no cartório e fui conectar usando minha senha para poder resolver um probleminha. Como o servidor rejeitou minha conexão, liguei para o atendimento do provedor e perguntei à menina se eles estavam com algum problema, já que eu não conseguia conectar. Ela deu uma olhada e me falou que eu estava conectado. Eu disse que era impossível, já que eu estava tentando conectar e não conseguia.
Ela me passou então o telefone que estava sendo usado para acessar a internet usando o meu login, disse que iria derrubar a conexão do salafrário e me aconselhou a conectar assim que conseguisse e então trocasse minha senha.
Foi o que fiz. Assim que consegui conectar, troquei a senha e fui verificar quais eram os telefones que estavam se conectando com o meu login. Além do meu e o do cartório, descobri mais dois. Um deles, depois de uma rápida busca e de alguns telefonemas, descobri de quem era: o Cid, que trabalha na Defesa Civil, que fica do lado da minha casa. Resolvi deixar quieto por um tempo e não falar com ele, para ver se o problema voltaria a acontecer.
Poucos dias depois, chegando em casa, o indivíduo me parou e perguntou o que é que tinha acontecido com a senha, porque ele estava tentando conectar e não estava conseguindo. Muita cara de pau? Calma que tem mais.
Quando falei que tinha mudado porque alguém estava acessando sem que eu soubesse, ele me perguntou se eu sabia quem era. Falei que não, mas haviam dois telefones. Ele me perguntou então se eu sabia de quem eram. Falei que não, apesar de saber que sim. Ele então admitiu que era ele, dizendo que só acessava nos horários que sabia que eu não estava em casa, tipo à noite, horário da faculdade, sendo que eu não conseguia acessar em vários horários, como sábados, domingos e de madrugada. Muita cara de pau? Calma que tem mais.
Perguntei como é que ele tinha conseguido a minha senha e ele explicou que tinha conseguido com uma pessoa, mas só iria contar quem era se eu garantisse que não iria brigar com a tal pessoa. Claro que não garanti. Depois de enrolar bastante, Flávio confessou que quem tinha dado a minha a senha a ele tinha sido meu primo Luís. Ainda assim, pediu muito para que eu não falasse nada com ele. No final das contas, tentou até mesmo me convencer de quem estava errado na história era eu, ao reagir contra eles com tanta raiva. Muita cara de pau? Calma que tem mais.
Lembra que haviam dois telefones desconhecidos que estavam conectando? Pois é, depois de algumas rápidas buscas na internet, descobri que o outro era do Luís, o mesmo que tinha dado a senha para o Cid. Não lembro se em algum momento eu dei a minha senha para o Luís para que ele pudesse resolver algum problema, mas daí a usar minha senha indiscriminadamente e, pior, cúmulo dos cúmulos, passar a coitada para outra pessoa? Pô, fala sério. Não o procurei, querendo ver se ele viria na minha casa para tirar satisfação, assim como o outro. Muita cara de pau? Calma que tem mais.
Quando eu também achava que não teria como piorar, o Cid me parou de novo na rua, dias depois, e veio perguntar se eu tinha realmente cancelado ou se tinha só trocado a senha. Caso eu tivesse só trocado, ele queria propor da gente usar junto, e cada um pagava um mês, alternando. Pode um negócio desses?
Por fim, depois de um par de semanas, o Cid me parou mais uma vez na rua para dizer que tinha se cadastrado no provedor para ter acesso à internet e me disse o login e a senha dele, para que eu pudesse usar à vontade. Ah, bem que eu podia entrar e trocar a senha só de sacanagem. Ou então divulgar ela aqui no Sarcófago...
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