Depois de dois clássicos seguidos, parti para uma literatura mais moderna. Peguei para ler este livro cujo nome é uma obra prima da concisão. Antes de começar a ler, eu achava que se tratava de um romance, através do qual o autor iria explicar o motivo da diferenciação. Ledo engano.
Na verdade, é um livro de auto-ajuda, que não precisa ser lido linearmente. Ele traz 365 pequenos textos que se propõem a ajudar as pessoas a terem um relacionamento melhor. Ele foca principalmente em pessoas que já estejam casadas ou em um relacionamento estável, e raras vezes fala de encontros esporádicos ou de separação.
De cara, por não ser o que eu estava esperando que ele fosse, achei que ele iria acabar fondo, mas segui em frente e continuei a ler o livro até o final. E foi bom.
Ele traz muitas dicas interessantes para evitar que relacionamentos terminem ou se tornem desinteressantes, como a óbvia "não caia na rotina". Aliás, muita coisa que ele fala é óbvio, mas a gente sempre tem problema de enxergar o óbvio, não é? Então, alguém escreve um livro juntando uma frase de efeito aqui e outra ali, põe um título chamativo e vira best-seller.
A pior característica que encontrei no livro foi o fato de ele ser cíclico. Depois de ler metade do livro, você pode ter certeza de que já leu tudo o que tinha que saber. John Gray sempre volta a um ponto que já falou, e repete suas idéias uma vez atrás da outra.
Primeiro aprende-se o básico: a mulher, para se sentir amada, tem que ser ouvida e o homem, para se sentir amado, tem que se sentir respeitado. A mulher, pra relaxar, tem que falar, o homem tem que trepar. Coisas assim. A partir deste ponto, anda-se um pouco para cada lado, mas sempre volta-se ao marco de partida, para então falar de uma coisa que já foi dita e voltar ao começo e fazer tudo de novo. Fica até maçante no final. Há frases exatamente iguais.
Amanhã: trechos do livro comentados.
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