As Novas Velhas Feras do Rock'n'Roll

Acaba de surgir na Inglaterra uma banda de rock pra lá de inusitada, cria de algumas coincidências e recheada de bom humor. Tudo começou quando um produtor da BBC estava querendo fazer um documentário sobre os problemas que os idosos enfrentam nas terras da rainha. Neste meio tempo um bingo foi fechado no bairro londrino de Islington, o que levou o vovô de 90 anos Alf Carretta a mandar uma carta para a BBC reclamando. Disso surgiu então uma idéia que foi levada adiante e deu vida à banda The Zimmers, que reúne 40 vovôs e vovós, todos com mais de 70 anos. Alguns com mais de 100!! o_O

O primeiro single deles será lançado no dia 21 de maio (aniversário deste moço aqui), mas o muitíssimo bem humorado clipe já pode ser visto You Tube desde o início do mês. O sucesso é tanto que o vídeo já foi visto mais de um milhão de vezes. Pra coroar a história, eles esperam se tornar a primeira banda de terceira idade a entrar na parada de sucessos inglesa, e não têm medo de cair na estrada para se apresentar. A música em questão trata-se de um velho sucesso do rock gravado pelo The Who: My Generation.

O bom humor dos coroas é genial, seja pela escolha da música, cuja letra fala que "quero morrer antes de ficar velho", seja pelo nome da banda, pois zimmer é o nome daquele andador para idosos, seja pela capa do single, que imita a fotos dos Beatles atravessando a Abbey Road, ou até mesmo pela descontração deles no clipe, inclusive quando quebram violões e baterias.

Pra fechar, toda a renda conseguida com a venda do single, que também será vendido pela internet, será destinada para ajudar instituições beneficentes voltadas aos idosos.

Assistam ao clipe, vocês vão se amarrar. Se quiserem o MP3, não contem pra ninguém que aqui tem, sob o codnome osVelhos. E que venham novas músicas!

Arrependimento

Sabe a velha história de que "se arrependimento matasse..."? Pois é eu já era pra estar morto há semanas. Não falo do telefonema mal atendido que mencionei dias atrás, mas sim do Lix!, o maldito programa do Livro Adicional Eletrônico que o babaca aqui inventou de fazer.

Quando, lá em fevereiro, fui na Corregedoria e ouvi aquele absurdo de que os cartórios teriam que fazer este maldito livro adicional eletrônico, eu era pra ter dito pro meu chefe, "ó só, a gente vai ter que comprar um programa aí". Mas não, nãããão! Solícito, o zé ruela aqui disse que faria.

Agora que estou na reta final tô vendo a coisa ficar cada vez mais complicada, tanto em como fazer quanto no que tem que ser feito. Quando achei que estava indo muito bem, liguei para a Corregedoria e vi que algumas coisas não eram como eu tinha pensado. Elas eram, claro, muito piores, muito mais complicadas.

Tô a ponto de jogar a toalha.

Somando-se a isso a doença de um colega de trabalho (o que me obriga a fazer o meu trabalho e metade do dele - e metade do dele é coisa pra demais da conta) com o absurdo, inútil e irracional acréscimo na quantidade de fiscalização da Corregedoria em cima dos cartórios, mais ainda com o inexplicável aumento de gente estúpida e filha-da-puta que tá aparecendo no balcão, o resultado é que eu tô com muito serviço atrasado, estressado e me cansando demais, gastando meu tempo com o que não devia.

Sinto muita falta de chegar em casa e poder brincar com a minha cachorra durante meia hora, depois sentar para ler o jornal, ouvir uma música por puro prazer... enfim, fazer tudo o que eu queria fazer quando me formasse na faculdade.

Definitivamente, acho que amanhã eu deixo o botão do "foda-se" no automático e largo o Lix! de lado. Acho muito feio assumir um compromisso e não conseguir cumprir depois, mas vai ser melhor assim do que infartar aos vinte e sete.

E que eu aprenda, definitivamente, que ser solícito é pros babacas.

Dando alô do jeito errado

O telefone tocou, eu atendi:

- [sério] Alô.
- [mulher] Allllôôôôôôôôu.
- [reconhecendo a voz da ex, todo amigável] Oi, Paulinha...
- [puta] Mas que merda é essa?
- [vendo que não tinha reconhecido a voz certa] Amor?
- [MUITO puta] Q-u-e m-e-r-d-a é e-s-s-a?

Tô na merda.

Onde fica o ponto de partida?

Recentemente, lá em Portugal, foi aprovada uma lei que permite que as mulheres abortem. Como se o assunto, por natureza, já não gerasse controvérsias suficientes, por aquelas terras está rolando um bafafá maior ainda porque o excelentíssimo presidente da república, ao que parece, foi eleito pelos conservadores, que são contra o aborto. E ainda assim ele foi lá e aprovou a lei.

Do outro lado do Atlântico, aqui no Brasil, esta semana tivemos um evento importante para a nossa sociedade. Um bando de especialistas se reuniu no Supremo Tribunal Federal para uma audiência pública, a partir da qual o pessoal da Lei iria formar opinião sobre o uso de células tronco tiradas de embriões. Outro assunto que gera polêmica, tudo por causa da ética.

As duas notícias, quando vistas e discutidas a fundo, nos levam a uma questão essencial para levá-las adiante: quando começa a vida?

Alguns dizem que é quando o bebê nasce. Uns argumentam que é no momento da fecundação. Outros ficam pelo meio do caminho, acreditando que a vida começa quando o sistema nervoso se forma. Muitos, claro, não têm resposta e preferem não arriscar.

Porém, uma cabeça dentre estas que não têm resposta tocou num ponto interessante: há tempos, a pessoa era dada como morta quando seu coração parava de bater, mas hoje a coisa mudou e, se não me engano, a morte ocorre "oficialmente" quando o cérebro pára de funcionar.

Logo, se é possível determinar o momento do fim da vida, deve ser possível determinar o momento do início dela. Seguindo o mesmo raciocínio, se o fim da vida é quando o cérebro deixa de funcionar, o início deveria ser então quando ele passa a existir. Certo? Sei lá.

Fico pensando o seguinte: uma mulher acaba de parir, o nenê chora nas mãos do obstetra para logo em seguida morrer. Bem, se morreu é porque estava vivo. Essa é fácil. Agora vamos a outro exemplo: a mulher está esperando um neném, com 7 meses de gestação. Num acidente de carro ela sofre um forte impacto na barriga e o nenê morre. Morre mesmo? Será que ele já estava vivo? Bom, aos sete meses uma criança já está toda formada. Os prematuros sobreviventes estão aí pra contar a história. Certo? Certo. Então pode-se dizer que morreu.

Mas e se a mulher do acidente estivesse grávida de só 4 meses? Será que diríamos que o nenê "morreu"? E se a gravidez fosse de apenas 1 mês? Se abortar pode ser, a grosso modo, um ato de matar alguém, quando é que este alguém passa a existir, a ponto de ser possível assassiná-lo? Até que ponto o aborto não é assassinato? E num aborto espontâneo às cinco semanas de gestação, será que podemos dizer que "oh, o filho da Bianca morreu"?

Como se vê, não é fácil de encontrar uma resposta. Tudo nos faz voltar à pergunta crucial lá de cima: quando é que o nenê passou a ser um ser vivo, a ponto de poder morrer? Ou, claramente: quando começa a vida?

Quando comecei a escrever este texto pensei que talvez pudesse chegar a alguma conclusão, mas já vejo que ainda estou longe de ter uma opinião formada sobre o assunto. Este papo não é sobre uma moeda que tem dois lados, mas sobre um dado multifacetado onde muitos pontos de vista podem influenciar uma decisão.

E tu, querida leitora, o que pensa do assunto?

Sobre Dinossauros

Recentemente o Donizetti escreveu sobre o Jethro Tull, uma banda que só conheço de nome, graças à música Samba do Approach, de Zeca Baleiro. Em algum lugar do texto, ele comenta que tem a filosofia de não ir a shows de dinossauros. Intrigado, deixei um comentário perguntando os motivos disso. Por que boicotar um show dos Stones, do Elton John ou do Mark Knopfler? Para minha surpresa a resposta veio na forma de um longo post.

Para dar continuidade à conversa, aqui vai minha opinião sobre o assunto. Leiam e voltem pra cá.

Leram?

Pois bem, será que o Rush seria uma Lurdinha, que promete ser tudo aquilo que era antes, talvez um pouco melhor, sem apresentar nada de novo? Não acho. O Rush é um exemplo de banda que segue trabalhando e lançando material inédito até hoje, e posso citar o exemplo do ótimo disco Vapor Trails. Os Stones também são outro exemplo. Estão há anos na estrada e continuam lançando material inédito e bom. Seu último trabalho, A Bigger Bang (cuja turnê passou pelo Brasil ano passado), tem excelentes músicas, como por exemplo Streets of Love e This Place is Empty. Não posso também deixar de citar o próprio Elton John, que nos últimos anos tem posto no mercado discos muito bons.

Claro que nos shows esses caras tocam sucessos das antigas. Afinal, quem não gosta de ouvir clássicos como Closer to the Heart, Satisfaction e Saturday Night's Alright for Fighting? Mas isso não faz deles gente que não apresenta novidades, nem que não acompanhe as mudanças do mundo da música. A Lurdinha pode ter amadurecido e aprendido algumas carícias novas, prontas para te levar à loucura.

Mas não posso deixar de concordar com o Doni com o fato de que existem, sim, Lurdinhas. Para dar um exemplo nacional bem escrachado, basta pensar em Sidney Magal, que até hoje se perfaz em cima de Sandra Rosa Madalena. Tudo bem, exagerei um pouco aí, eu sei. Mas vocês entenderam.

Não há como discordar, também, da recomendação de buscar o novo. E nessa hora vale tudo: sites como musicovery, pandora, jamendo e last.fm são ideais neste quesito. E claro, compartilhar suas descobertas também ajuda. Nada melhor do que um diálogo do tipo "aí, já ouviu Moptop? Não, mas se for tão bom quanto o James Blunt, eu tô dentro.".

A única coisa que às vezes me deixa com um pé atrás em relação às bandas novas é que parece que elas são extremamente efêmeras, fruto de um processo de laboratório que tenta criar o estilo e a postura da moda. Depois de um tempo a fórmula se esgota, a banda cai no ostracismo e que venha o próximo da fila. Quer um exemplo? The Calling. Procuro não pensar muito nisso, para evitar deixar passar coisas boas, afinal de contas, one-hit-wonders sempre existiram.

Voltando à questão de ir ou não ao show de um dinossauro do rock, eu, podendo ir, não perco. O show dos Stones ano passado na praia de Copacabana foi orgásmico, mesmo estando eu a mais de 100 metros do palco. Afinal de contas, como dizia minha saudosa professora de história do ensino fundamental, não há nada melhor do que o passado para ensinar sobre o que somos agora e que podemos vir a ser daqui a pouco.

Depois de divagar tanto, acabei vendo que esta nossa diferença de opinião se dá ao significado que damos à palavra "dinossauro". Pra mim, dinossauro é gente que já está na estrada há tempos mas continua trabalhando a todo vapor. Tipo os Stones. Para o Doni (e, se for assim, também para o meu chapa Frossard), dinossauro é aquele cara que já está na estrada há tempos mas insiste em fazer nome em cima de um sucesso que já passou. Tipo o Jethro Tull.

É isso, Donizetti?

Miscelânia

Peço desculpas às minhas queridas leitoras pelo tempo sumido, mas acontece que ando ocupado pra demais da conta e não tem dado tempo de escrever nada. Não que falte vontade, claro.

Assim que as coisas desafogarem, vou falar aqui a minhas opiniões sobre isto que aconteceu em Portugal, e que tem muito a ver com isso que vai acontecer no Brasil.

Vou comentar o que achei deste livro. Deste também. E mais este.

Além disso, tem papo também sobre alguns artistas que descobri recentemente. Falando em música, tenho algo a falar sobre umas músicas velhas, porém eternamente atuais.

E depois de falar de atualidades e do passado, vou falar um pouco sobre o futuro, que já está chegando aqui e aqui. E isto, consequentemente vai me levar a falar do meu provedor de acesso à internet.

Como se não bastasse, ainda vou bater boca sobre as idéias e regras da Corregedoria do Rio de Janeiro, além das maluquices dos clientes do cartório.

Pensando que acabou? Ainda quero falar de coincidências e arrependimentos, televisão, indicar uns sites porretas e, se sobrar ânimo, ainda colocar umas fotos novas no flog do Sarcófago.

E, claro, como não podia deixar de ser, espero terminar uma crônica que está inacabada há mais de um ano.

Alguém sugere mais alguma coisa?

Missão Nova Vida

A Missão Nova Vida, fundada pelo reverendo Paul C. Jong em 1991, é uma organização não-denominacional e sem fins lucrativos. Seu alvo é pregar a Palavra de Deus para todas as pessoas do mundo por meio de literatura.

Me permiti começar um texto no segundo parágrafo pois nada melhor que alguém se auto explicar-se a si mesmo para que os outros entendam quem se é. E esta, querida leitora, é a Missão Nova Vida, uma igreja com sede na Coréia do Sul. Eu, inocente, nunca tinha ouvido falar dela, mas quando comentei sobre o assunto com a Sueli, esta mandou de bate-pronto: “É a do Paul sei-lá-l-quê Jong?” Ou seja: não é café pequeno, não.

Já não me lembro mais como é que encontrei o link para o site dela, sei só que me chamou a atenção a menção a uns tais de livros gratuitos. E sei também que o link ficou guardado durante meses até que eu resolvesse ver o que havia depois do clique do mouse.

Chegando ao site, vi que haviam, sim, vários livros para serem encomendados, tanto livros de papel quanto livros eletrônicos para serem copiados. E em várias línguas. Português, inglês, italiano, alemão, espanhol, japonês... e algumas outras. Unindo o útil ao agradável, pedi um livro em espanhol.

Sendo bastante sincero, não achei que receberia alguma coisa. E mesmo que recebesse, acreditava que veria chegar em minhas mãos um folheto bem fuleiro, pequenino, coisa assim de dez ou doze páginas, muito mal acabado, em papel de pão. Como eu me enganei. No meio da semana passada chegou às minhas mãos o exemplar de Los Princípios Elementares de Cristo, livro que destrincha o Credo dos Apóstolos, aquele sempre rezado nas missas da igreja Católica (“creio em Deus Pai todo poderoso, criador do seu e da terra”, e por aí vai).

Se há coisa de um mês eu fiquei bobo de ver que o Ben Barden realmente tinha me mandado dois dos seus cds, mais ainda fiquei quando vi o pacote sobre o balcão do cartório, com selo da Coréia. Abri a embalagem e tive em minhas mãos um livro muito bem feito, bonito, bem acabado, com mais de duzentas páginas. À altura de muitos livros pelos quais paguei bem caro.

A única regra é a de que você não pode pedir mais de dois livros de cada vez. E pedem que você se cadastre como colaborador e divulgue a Missão. Só.

Ainda não comecei a ler o que chegou, ele entrou na fila, mas mesmo assim Já pedi mais dois e estou aguardando a chegada deles, o que leva cerca de 20 dias.

Fica aqui então a dica: se você quer aprender um pouco mais sobre os assuntos do Senhor Jesus e ainda, de lambuja, praticar algum idioma, não perca tempo. Peça os seus.

Piada de 1º de Abril que eu Gostaria de Presenciar

Imagina o pastor subindo lá no púlpito daquela igreja neo-pentecostal, com os fiéis mais avessos à igreja católica, mais sem respeito com a fé dos outros, e mandando ver:

- Irmãos, hoje vamos falar da nossa senhora, a virgem e imaculada Maria, mãe de Deus.