Até que um dia ele não ligou mais. Nem ela. Ele pensou, ¿deve estar chateada comigo¿. O tempo passou. O papel com os telefones dela, que estava guardado na gaveta desde o primeiro encontro, foi jogado fora, sem remorso. Assim como foram apagados da agenda do celular. Nem pensava mais nela, fora quando uns amigos soltavam piadinhas sobre seu passado. Ela era assunto encerrado, e fazia parte apenas de uma página há muito tempo virada de sua história.
Até que veio o telefonema.
- Oi, o Paulo tá aí?
- Sou eu.
- E aí? É a Angélica! Lembra de mim?!
- Hãn?
- Pô, esqueceu de mim? Angélica, pô!!
- A da festa de Halloween? - parece até que ele sai com uma garota diferente em cada festa, pensa ele.
- Isso, eu mesma! Tudo bom?
- Hm... tá... tudo...
- Pô, cê nunca mais ligou... achei que estivesse chateado comigo.
- Não... não...
- E aí, namorando?
- Não. - Cada palavra dele saía com um tom entre o pânico e a surpresa.
- Nem eu. Eu estava aqui sem fazer nada e lembrei de você e resolvi ligar.
- ... Legal.
- Pensei em passar na sua casa.
- Hãn?
- É, passar na sua casa. Tem problema?
- ... ... ... Não ... nenhum.
- Ah, tá, então depois eu te ligo, beijo, tchau.
Agora ele não sabe se foge da cidade ou se finge de morto. Quer ligar de volta, mas onde diabos está o telefone dela...?
Nota da redação: aí gente, isso aí é criação minha, comentem o que acharam! Se o pessoal gostar, posso dar um destino ao casal. :o)
A propósito, vocês sabem que "A Voz do Povo" é o espaço pra vocês comentarem, não sabem?
Este artigo foi publicado originalmente no antigo endereço do Sarcófago.
Um comentário:
sux q paia q tosco to com penhinha e vo comentar huahauhaua
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