De coisa de um ano e meio pra cá passei a buscar mais o meu encontro com Deus. E como caminho escolhi o cristianismo. Neste meio tempo, passei por fazer de extrema dúvida e até cheguei à negação completa, mas recentemente a fé foi restaurada e estou caminhando melhor.
Muita gente estranha porque eu vou em igrejas evangélicas e na igreja católica. E gosto de ambas. As igrejas evangélicas pentecostais, apesar do barulho, conseguem impor uma emoção ímpar nas orações, beirando o êxtase, o que é muito bom. As evangélicas tradicionais, como a Batista das antigas, com o seu jeitão silencioso e respeitoso, abrem espaço para reflexões profundas durante o próprio culto. Mas ambas usam os textos bíblicos para bater em cima de uma determinada tecla e mostrar o quanto Deus é poderoso. Não é sempre, mas a tendência é esta.
Já a igreja católica, com todo o seu ritualismo, me leva a uma conexão diferente com o divino. Assim como todo ser humano, também preciso de vez em quando de um ponto para fixar a atenção para atingir um estado meditativo que me permita estar em contato com Deus, logo, os rituais católicos são mais que bem vindos. E então, no momento em que saímos do ritual e o padre toma a palavra para falar sobre o evangelho do dia é que ele mostra o seu caráter educativo e informativo. Muitas vezes parece mais uma aula de catequese do que uma missa. O padre não me parece falar com a intenção de convencer ou provar nada, mas apenas de mostrar o significado nas coisas que estão na bíblia, dando às vezes uma nova luz sobre o que já conhecíamos.
E foi isso que aconteceu na missa de domingo. Todo mundo com o mínimo de conhecimento bíblico conhece a passagem em que Jesus caminha sobre as águas revoltas até perto do barco dos discípulos e manda Pedro a fazê-lo também. Pedro começa a caminhar mas, com medo dos ventos, começa a afundar. Jesus então o repreende, dizendo que Pedro tinha pouca fé.
O padre, tendo lido esta passagem fez dois comentários interessantes: primeiro, que tendo fé absoluta em Jesus podemos superar obstáculos aparentemente intransponíveis, mesmo que sejam obstáculos abstratos; segundo, que Ele tem o poder de nos dar poderes divinos, tais como caminhar sobre as águas.
Basta crer.
O trecho acima está descrito em detalhes em Mateus 14:22-33.
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