Uma semana de Firefox 3 Beta 1

Quarta feira passada, quando começaram a pipocar na rede notícias sobre a primeira versão beta do Firefox 3, decidi arriscar e testar a nova cria da fundação Mozilla. Baixei, instalei e testei durante uma semana. Este artigo mostra tudo o que vi.

O primeiro passo foi fazer o download, que você também pode fazer, bastando visitar a página de downloads do Firefox 3. Já no download me deparei com o primeiro porém desta versão: a falta de uma edição em português. São 21 opções de idioma diferentes, mas o nosso não está lá. Sorte que eu falo inglês.

Seguindo em frente, iniciei o download e então descobri o tamanho da fera: pequenos seis megas e meio, o que é razoável para os padrões atuais. Download feito, parti para a instalação, que é das mais fáceis, sem perguntas cretinas ou complicadas. E o melhor é que ele se instala em uma pasta diferente do Firefox 2, o que permite ter os dois programas na máquina ao mesmo tempo.

Ao executá-lo pela primeira vez, ele importou todos os dados do Firefox 2: favoritos, senhas, organização da tela, opções, temas, plugins, extensões e mecanismos de pesquisa. Quase tudo funcionou perfeitamente, exceto pelos temas, extensões e mecanismos de pesquisa. O único tema que uso, o Qute, parou de funcionar; e de todas extensões, apenas a GMail Notifier continuou trabalhando normalmente. Nem todos os mecanismos de pesquisa foram importados, e surgiram outros que eu não tinha.

Enquanto escrevia este artigo descobri que houve uma atualização para a extensão Flashblock, que voltou a funcionar normalmente.

Com tudo pronto, bastou navegar. A abertura das páginas está um pouco mais rápida e me parece que a definição das fontes e das imagens melhoraram um pouco, mesmo havendo alguns problemas de exibição aqui e ali, como nos botões do Orkut. Segue abaixo uma lista de itens que chamaram a minha atenção.

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Interface: alguns detalhes da interface sofreram uma leve plástica. Quando se abre muitas abas, e aparecem as setas para indicar que existem mais abas abertas além das que já estão na tela, um clique nestas setas faz com que as abas deslizem ao invés de saltar, como antes acontecia. Tudo isso deixa o programa com um ar mais bonito. Senti falta do botão para abrir uma nova aba.

Gerenciador de Downloads: mudou um pouco a interface, trocando seis por meia dúzia. Dizem que agora tem o recurso de continuar downloads interrompidos, mas não cheguei a ter nenhum dos meus downloads cortados ao meio para saber se ele é capaz de continuar de onde tinha parado.

Zoom da Página: agora você pode dar um zoom em toda página, e não apenas no texto. Fazendo assim, as imagens também são aumentadas e o site não perde as proporções. Quando a página está com zoom, a rolagem fica mais lenta, mas isso talvez seja culpa do meu computador, que já pede mais memória há meses. Não é mais possível dar zoom apenas no texto, o que senti falta.

Informações do site: a tela com informações sobre o site está com mais recurso. Agora é possível até mesmo ver os cookies deixados por aquele site em seu computador e vasculhar o conteúdo deles.

Places: "Lugares" é o nome do novo item que surge na barra de favoritos. É um menu que tem seis opções, entre as quais os itens "Páginas Recentemente Estreladas" (veja sobre estrelas logo abaixo) e "Páginas Mais Visitadas". Tem tudo para evoluir e tornar-se um favoritos inteligente. Se assim for, será muito bem vindo.

Estrelas: um novo sistema para favoritar sites está disponível à distância de um único clique. Estando em uma página qualquer, basta um clique em uma estrela localizada na barra de endereço para que a página seja lembrada, sem a exibição de nenhum diálogo de confirmação. Rápido e fácil. Um duplo clique abre uma pequena janela onde é possível digitar mais informações sobre o site e acrescentá-lo em definitivo ao menu dos favoritos. O porém deste recurso é que as páginas estreladas só são listadas nos subitens do "Places", que por sua vez exibem um número limitado de páginas. Se você estrelar páginas demais, vai acabar perdendo as primeiras. É algo bom, mas que deve ser aprimorado.

Reabrir abas fechadas: apesar de estar no menu, o recurso não funcionou.

Troca de teclas do teclado: um bug esquisito que raramente acontece na versão 2 aconteceu umas duas ou três vezes com este beta, que foi a troca da configuração do meu teclado dentro do Firefox. Quando isso acontece, o teclado fica com a configuração de teclado americano, com alguns símbolos ficam em lugares diferentes e sem poder usar os acentos. Para corrigir só mesmo fechando e reabrindo o programa.

Troca de conjunto de caracteres: outro bug esquisito, porém mais comum na versão 2, no qual o Firefox troca o conjunto de caracteres de exibição do texto e passa a mostrar símbolos esquisitos no lugar das letras acentuadas. Para corrigir isso, basta ir no menu View, item Character Encoding, e escolher o subitem Western (ISO-8859-1).

Confirmação de salvamento de senhas: se na versão 2 é exibida uma janela pedindo a confirmação do usuário para que o Firefox memorize a senha digitada em um site, nesta nova versão o Firefox exibe uma pequena barra na parte superior da página, logo abaixo da barra de endereço. Segue o padrão de outros avisos do Firefox, como o de que é preciso instalar um plugin para a visualização de uma página.

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Depois de uma semana de testes, chegou a hora da desinstalação, que correu sem problemas. No meio do caminho até a eliminação do programa, ele ainda me perguntou se eu queria apagar meus dados pessoais e opções armazenadas. Por via das dúvidas eu não deixei ele apagar nada. Ainda assim, depois de terminada a desinstalação eu dei uma verificada e não havia mais nenhuma pasta do Firefox 3. Ao que parece, ele compartilha algumas opções com o Firefox 2, e se eu tivesse apagado os dados teria sofrido um pouco.

Voltando ao Firefox 2, ele voltou a exibir alguns avisos que costuram aparecer assim que você instala o programa e alguns sites não fizeram o login automaticamente na primeira visita. Mas tudo já voltou ao normal.

Conclusão: senti saudades das minhas extensões, mas valeu a pena. Por ser uma versão beta e por não trabalhar com a maioria das extensões disponíveis, o Firefox 3 ainda não é aconselhável para o uso diário e para os usuários comuns, mas já dá mostras que o que vem por aí é de boa qualidade. Dá pra testar sem grandes sustos e sem medo de falhas que possam comprometer o funcionamento do seu computador.

Lançamento de livros da família Os Viralata

Depois dos recentes lançamentos de Alex Castro (sobre o qual já comentei aqui), Luiz Biajoni e do meu próprio, segunda-feira que vem será o lançamento de mais três livros sob o selo Os Viralata:

Marcos Donizetti lança Meias Vermelhas e Histórias Inteiras

Albano Martins Ribeiro (o responsável por tudo isso) lança Incompletos

João Peçanha lança Satie Manda Lembranças


O lançamento oficial vai ser em São Paulo, a partir das 17hs, no BAR GENIAL, Rua Girassol, 374, Vila Madalena. É muito longe pra mim, mas quem puder ir, favor comparecer.

E não deixem de prestigiar a família! Livros bons e baratos assim não tem em outro lugar. Tá esperando o que pra comprar?

Orgulho de ser idiota

Eu sei que é importante a pessoa ter disposição para trabalhar. Há poucas coisas piores do que um babaca que vai pro emprego e tem preguiça de fazer o próprio serviço. Quando entro no cartório de manhã, vou com disposição para fazer tudo o que está na minha fila de espera, atender todos os que param no balcão ou que ligam ao telefone. E faço uma hora extra aqui e ali quando a coisa aperta.

Mas isso não significa que eu seja fanático por trabalho. Acho que a vida aqui na Terra é curta demais para que eu a desperdice trancado em uma sala sem janelas batendo uma escritura atrás da outra e tendo que devorar livros e escrever blogs sobre redes de computadores.

Daí que acho ridículo este tipo de gente que se orgulha de nunca ter tirado férias, que batem no peito e falam com orgulho:

- Eu trabalho desde os treze e nunca tirei férias.

Dá vontade de perguntar "tá, e daí?". São idiotas, que deixam a vida passar enquanto se matam dentro de uma empresa. De que vale tudo isso se você não curte a vida? Pra este tipo de gente, curtir a vida é quase que pecado, e, para elas, tirar férias ou aproveitar uma manhã de sol para caminhar são crimes passíveis de condenação eterna no inferno.

Trabalhar pra mim, é apenas um meio, não um fim. Trabalho não porque acho bonito, mas sim porque é assim que consigo dinheiro para poder viver e curtir a vida. Quanto mais eu puder passar da minha vida lendo bons livros, ouvindo bons discos, passeando por lugares bonitos, melhor.

A Saga do Linux

Antes de mais nada, é preciso deixar claro que não sou um usuário leigo ou inexperiente. Sei muito bem me virar quando me deparo com um problema no computador e sei procurar ajuda nos lugares certos. Mas esta semana, infelizmente, me dei por vencido.

Eu já vinha usando o Xubuntu há alguns meses, no mesmo computador em que tenho o Windows XP, e nunca tinha passado por problemas sérios. Até que resolvi atualizar para a versão 7.10.

Primeiro, não consegui fazer a atualização automática. Então baixei o cd de instalação.
Não consegui fazer a atualização pelo cd.
Formatei a partição do Linux.
Instalei o Xubuntu 7.10 do zero.
Tudo funcionou perfeito.
Ajustei um monte de configurações de interface do usuário, como cores e ícones.
Perdi a permissão para desligar ou reiniciar o computador!!
Formatei a partição do Linux.
Instalei o Xubuntu 7.10 do zero.
Tudo funcionou perfeito.
Atualizei tudo que tinha pra atualizar, automaticamente.
Mudei a seção de Gnome para Xfce.
Perdi o panel com o botão "iniciar".
Procurei ajuda e consegui uma dica.
Executei um comando no terminal.
Recuperei o painel.
Reiniciei a máquina.
Perdi a placa de vídeo, e só entrava em Low-Graphics Mode.
Busquei ajuda de tudo quanto foi canto e consegui uma dica.
Executei um comando no terminal.
Recuperei a placa de vídeo.
Perdi a permissão para desligar ou reiniciar o computador!!

E você ainda vem me dizer que o Linux está pronto para o usuário comum?

Ah, tá.

Frase da semana

Puxa, Mário, me avisa quando for ter outro evento do seu livro! Anota pra mim o seu telefone.
(uma amiga, confusa sobre quem deveria ligar pra quem)

Eu não sei fazer perguntas

E vejo que não sei fazer perguntas quando as pessoas me perguntam coisas, principalmente sobre outras pessoas. Quando comento sobre um amigo, um cliente, uma professora, as pessoas inundam meus ouvidos com perguntas curiosas, para as quais não tenho respostas, simplesmente porque não me tinha ocorrido tê-las perguntado antes.

E aí, finalmente, eu faço uma pergunta importante, para mim mesmo: por que não perguntei isso antes? A resposta é simples: porque não sei fazer perguntas.

Daí me aparece o site da minha ex-professora Catherine Beltrão (ex?).

Quer dizer, site não, aquilo é mais que site. Deixa eu mudar a frase...

Daí me aparece aquela mesa de bar, um bar que toca Bach, um bar que serve chá de cassis, e responde às perguntas que nunca fiz. E ao ver as respostas para o que não perguntei, vejo o quanto perco, o quanto peco, por não saber perguntar.

Nos cerca de dois anos e meio em que eu e Catherine convivemos eu tive oportunidade de fazer dezenas de perguntas, mas nunca as fiz. E quando li tudo aquilo (tudo não, pois ainda há muito a ler), vi o quanto perdi. E prometo a mim mesmo que de hoje em diante, vou fazer nascer perguntas e perguntá-las-ei.

Eu poderia indicar a vocês a leitura da sua história musical, quando chegou a escrever música para Clara Nunes, ou então que vejam a galeria de mais de cem quadros-retratos pintados por sua avó, mas deixo a descoberta em suas mãos.

Visitem vocês também o site de Catherine Beltrão e descubram que ainda há pessoas cuja história de vida não é apenas "me fudi muito mas venci".

Ah, sim! Catherine, obrigado pela menção. Me senti mais que honrado.

Oito de Dezembro de Dois Mil e Sete

08/12/2007

Maracanã, Rio de Janeiro.

Paralamas do Sucesso + The Police.

Eu vou.

E você?

Segredo de Mágica Revelado

Uma das maiores curiosidades que tenho é a de saber como mágicas são feitas. Eu sei que todas são truques muito simples e que são feitos na nossa cara, sem que a gente tenha mínima noção de quando ou onde o truque acontece. Acho que eu seria capaz até de pagar para descobrir o segredo de certas mágicas.

Eis então que surge esta dupla de mágicos que resolve revelar ao vivo, durante o show, o segredo de uma de suas mágicas. Eles executam o truque duas vezes, sendo que na segunda todas as caixas que eles usam são transparentes. Muito melhor que Mister M.

Detalhe: antes de fazer a mágica pela segunda vez, o sujeito diz: "É daquele jeito que todo mundo faz. E é assim que nós fazemos."

Entreouvido no Cartório

Quase sempre são as duas, mas geralmente é só a do vendedor.
(um colega de trabalho, explicando quais firmas deveriam ser reconhecidas em um documento)

Nada como um orgasmo na hora do almoço

Livro: Liberal, Libertário, Libertino, de Alex Castro

Acredito que a sensação que tive ao ler o livro Liberal, Libertário, Libertino, de Alex Castro, foi a mesma que muitos tiveram ao ler o meu livro Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor: deja vu. O motivo é que o livro dele é uma compilação de crônicas publicadas em seu blog nos últimos anos, e por isso mesmo eu já tinha lido tudo antes. Mas isso de forma alguma faz o livro perder pontos: reler tudo aquilo foi uma ótima experiência, assim como será reler tudo novamente daqui a alguns meses.

Confesso que muitas vezes me vejo criticado (e instigado) pelos questionamentos do Alex. Quando ele pergunta, "pra vocês é fácil seguir as regras para poder viver em sociedade?", não é a pergunta em si que instiga, mas sim a afirmação que está por trás dela: "seguir regras apenas para poder viver em sociedade é uma grande besteira".

E não é verdade? Sim, é verdade! Pra que concordar com tudo e falar mentirinhas sociais como forma de não ser mal-visto por todos e fazer papel de bom moço? Há horas em que a minha vontade é chutar o balde e dizer as respostas que realmente passam pela minha cabeça, mas eu cedo à tentação de ser bom menino e falo o que as pessoas esperam.

- Quê isso, dona Maria, seu cachorrinho não está incomodando, não.

Não lembro bem agora, mas arrisco a dizer que todas as crônicas são escritas em primeira pessoa, o que, aliado ao jeito de escrever do Alex, faz parecer com que você esteja sentado em uma mesa de bar com ele. Só falta mesmo a cerveja.

O livro é dividido em quatro grandes blocos: o primeiro é de crônicas variadas, que tratam desde futebol até bananas, além de várias que questionam o comportamento padrão das pessoas, aqueles questionamentos que falei aí em cima. O segundo bloco é o de crônicas que tratam da sua vida de ex-rico, ou da antiga vida de rico, este com ótimas lições de comportamento e atitude, seguido pelo de crônicas sobre a relação entre homens e mulheres, e por fim temos o bloco com as crônicas que ele escreveu durante e depois do desastre do furacão Katrina, narrando toda a sua aventura de fuga da catástrofe (lembra do Katrina lá em Nova Orleans, uns dois anos atrás? Pois é, Alex estava lá.). Olha, se o Oliver (o cachorro dele) soubesse escrever, com certeza poderia escrever um livro de memórias que venderia horrores: o bicho sobreviveu ao olho do furacão!

Enfim, recomendadíssimo, pois o Alex é foda.

Uma coisa que não posso deixar de contar: o livro também é cria d'Os Viralata. Aliás, foi graças a ele que conheci o Albano. Se não fosse o Alex talvez meu livro ainda não existisse (então obrigado, Alex!). Para comprar o seu exemplar, é só dar um pulinho lá n'Os Viralata. Você não vai se arrepender, querida leitora. Só não sei se será a mesma depois que terminar de ler.

O Pequeno Príncipe e os Lifehackers

Estava eu há pouco relendo O Pequeno Príncipe e um trecho me fez lembrar dos lifehackers.

Só pra explicar, lifehackers são pessoas que procuram fazer tudo sempre da melhor maneira possível, de forma gastar o mínimo de tempo com elas. Já inventaram até mesmo uma maneira de tirar a camisa em apenas um segundo.

Com vocês entendendo isso, agora posso mostrar o trecho que me chamou a atenção:

- Bom dia - disse o pequeno príncipe.
- Bom dia - disse o vendedor.
Era um vendedor de pílulas especiais, que saciavam a sede. Toma-se uma por semana e não é mais preciso beber.
- Por que vendes isso? - perguntou o principezinho.
- É uma grande economia de tempo. Os peritos calcularam. A gente ganha 53 minutos por semana.
- E o que se faz com esses 53 minutos?
- O que a gente quiser...
"Eu", pensou o principezinho, "se tivesse cinqüenta e três minutos para gastar, iria caminhando calmamente em direção a uma fonte..."


A pergunta que me veio é: como será que os lifehackers usam o tempo que ganham? De nada adianta correr com uma coisa se o tempo que você ganha é sub-aproveitado. Conheço muita gente que simplesmente não sabe o que fazer com o tempo livre, e por isso mesmo nunca para de trabalhar.

E há outra pergunta: será que vale a pena ganhar este tempo? Ou: será que não seria mais divertido se certas coisas fossem feitas à moda antiga?

Às vezes, o melhor de uma viagem está na paisagem que você vê pela janela do ônibus.

***

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Coisas que as pessoas confundem 2: conclusão da história com moral da história

O que não falta por aí é gente que usa certas expressões achando que está abafando, quando na verdade está falando uma tremenda bobagem. E a confusão entre conclusão da história e moral da história é uma das coisas que mais acontecem, que canso de ouvir. O cara conta uma história qualquer e no final, emenda:

- Moral da história: quando o show acabou, não havia mais ônibus circulando e voltamos a pé.

Desde quando isso é a moral da história? Isso é apenas a conclusão dela. Moral da história é a lição que se aprende com uma situação qualquer, e sempre tem o ar de ditado. Pra exemplificar, conheçam esta história, que tem uma conclusões e duas morais:

Um passarinho que voava para o sul no inverno foi surpreendido por um nevasca. Pousou em uma fazenda para se abrigar e escolheu a cocheira do cavalo. Já sem forças ficou estirado no chão dando os seu últimos suspiros. Foi então que um cavalo cagou em cima dele. Pensou ele:

- Que destino cruel! Eu estirado aqui e ainda cheio de esterco.

Foi aí que ele notou que a bosta era quentinha, e logo recuperava suas forças. Ficou tão feliz, que se pôs a cantar. Nisso passava um gato, que escutando o canto foi ao monte que o cavalo fizera, achou o passarinho e o comeu.


Moral da história #1: Se você está em um lugar quente, macio e confortável, mesmo que seja um monte de merda, melhor ficar com o bico fechado!

Moral da história #2: Nem sempre quem te tira da merda é pra te ajudar.

Eu acho que esta confusão acontece porque a "moral da história" geralmente é falada depois que a história em si termina, dando a impressão de ser um segundo final, ou O final. Aí a pessoa fica achando que sempre que chega no final da história ela tem que dizer que ele, o final, é a moral.