50 Semanas de Rock - Marillion

A facilidade com que eu me engano com as bandas da lista das 50 é uma coisa impressionante. Assim como eu achava que Kiss era pesadão e descobri ser mais leve e quase pop, lá fui eu ouvir Marillion pensando que o som deles era metalzão porrada. E tome-lhe Marinho quebrando a cara, porque Marillion é ainda mais leve que Kiss.

Não consegui pegar muita coisa deles, apenas um disco de carreira (Misplaced Childhood) e um greatest hits, mas foi o suficiente para gostar do som dos caras.

Misplaced Childhood não é um disco espetacular mas tem seus bons momentos, carregando em todas as suas faixas uma sonoridade típica dos anos 80. (Engraçado é que eu achei que eles eram dos anos 80 antes mesmo de saber que estava certo). Childhood's End, Lords of the Backstage e Heart of Lothian são bons exemplos de música boa e agradável de ouvir. E, claro, não posso deixar de citar o grande sucesso Kayleigh, uma de suas músicas que eu já conhecia. Um detalhe interessante do disco é que todas as músicas são interligadas. No vinil isso deveria ficar muito legal de se ouvir. Ah, outra coisa: o vocal me lembrou muito Phil Collins.

E há também o greatest hits, que não sei se é um disco simples ou duplo, mas que chegou pra mim dividido em duas pastas separadas. Parece que é duplo, o que fez bastante sentido, porque as duas pastas têm sonoridades bem diferentes. A primeira delas traz algumas músicas do Misplaced Childhood, como Kayleigh, e não tem muita coisa que chame a atenção além disso.

O bom mesmo está na segunda pasta, que parece ser uma fase posterior da banda, e aí é que eu gostei de ouvir. Não há praticamente nada de rock ali, mas apenas um excelente pop. Simplesmente todas as oito músicas são boas pra caramba: Cover My Eyes abre muito bem o disco. Tenho a impressão de que já a ouvi antes, mas talvez seja porque eu ouvi este disco até cansar. No One Can mantém um bom ritmo, abrindo espaço para Dry Land, com um vocal fodão e um solo de guitarra pra lá de gostoso de ouvir. É uma das minhas favoritas. Em seguida vêm Sympathy e Alone Again in the Lap of Luxury, que são o tipo de música que eu ouço o dia inteiro sem cansar.

Continuando vem Beautiful, outra que eu já conhecia e que, não entendi porque, não está entre as mais ouvidas da banda na last.fm. Pra mim, esta música tinha feito bastante sucesso e era uma das mais famosas deles. Vou apelar para o clichê do trocadilho infame e dizer que Beautiful é simplesmente beautiful. Logo após ela vem a primeira música destas 50 semanas na qual eu me viciei: Man of a Thousand Faces. Puta merda, que solo espetacular de piano que ela tem. Há cerca de dez dias eu escuto essa música umas seis vezes por dia. Fodona pra demais da conta. O disco fecha, então, com Between You and Me, que também é muito bem acabada, dançante até.

Taí outra semana que entra para a lista das mais proveitosas. É uma pena eu só ter conhecido Marillion agora, mas antes tarde do que nunca. Não perca!

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Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 Semanas.

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