Há muito tempo eu tinha vontade de assistir novamente ao filme O Exterminador do Futuro I. Não apenas porque já não lembrava quase mais nada sobre ele, pois das vezes que o vi eu era apenas uma criança, mas também porque eu gostaria de rever as cenas com efeitos especiais, que ajudaram a tornar o filme um clássico cinematográfico de ficção científica.
Assim como quando eu assisti o seriado Changeman no YouTube e me acabei de rir com seus (d)efeitos especiais, eu sabia que iria me surpreender com quão primários eram as técnicas que deram vida ao robô exterminador que, em minhas vagas lembranças, era perfeitamente real.
Eis que numa noite insone do último janeiro, zapeando na TV, eu e a esposa paramos no SBT, onde estava passando um filme, do qual datei dos anos 80 logo de cara, por conta do estilo da trilha sonora e dos carros envolvidos numa perseguição. Bastaram alguns segundos para que percebêssemos que estávamos assistindo a, justamente, O Exterminador do Futuro I.
É interessante ver como as coisas mudaram nestes quase 30 anos: a narrativa - sua velocidade e a forma de contar a história - eram completamente diferentes e, vejam só, todas as pontas soltas são amarradas, sem deixas para futuras sequências. A intenção de continuações poderia até existir, mas não há no filme aquele ar de primeiro capítulo de uma trilogia que tanto vemos nos filmes de hoje em dia.
Chegando à parte final do filme, pude descobrir a verdade da "realidade" do andróide. Eu sabia que computação gráfica ainda fazia parte de um futuro distante, e fui incapaz de imaginar que uma técnica pra lá de antiga tinha sido usada: o stop motion.
Eis que o robô aterrorizante da minha infância transformou-se em um boneco desengonçado que se move de maneira errática e não-natural, quase cômica. Minha impressão sobre ele mudou tanto que talvez a idéia de assisti-lo tenha sido um erro.
De qualquer maneira, foi um ótimo final de noite, que ainda teve lição de moral: uma boa história faz efeitos especiais se tornarem mero detalhe.
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