A pequena Aninha sempre gostou das palavras, desde que começou a falar. Aprendia uma palavra nova e, se gostasse dela, repetia sem parar.
A primeira delas foi samba, que meu marido adora e sempre botava para ela ouvir. Ela aprendeu e, pro orgulho do pai, repetia samba a todo momento. Depois cismou com fogão, e depois com camisola.
Quando entendeu o que eram as profissões é que veio o problema. Matava a gente de vergonha quando falava que quando crescesse queria ser vagabunda.
- Ela é bem redondinha, dá a volta no mundo - defendia a palavra da vez - Quero ser vagabunda.
Tentamos outras. Arquiteta não servia porque estava quase partindo ao meio. Cozinheira não porque embolava e dava nó. Estilista não porque dançava muito na boca.
Apelamos para profissões menos comuns, como artesã (rápida demais, não dá tempo pra parar e cai), enxadrista (feia que nem um camundongo velho), presbítera (sobe muito e Ana tem medo de altura) e vereadora (sem graça que nem o bolo de domingo da vovó).
Só deu descanso quando descobriu uma palavra "do tamanho do céu, com um monte de desafios e escorregadia que nem sabão".
Queria ser otorrinolaringologista.
Elton John em Recife, por Chico Carlos
No final de fevereiro e início de março deste ano, Elton John fez uma turnê na América do Sul, incluindo cinco shows no Brasil. Infelizmente, ele não veio ao Rio de Janeiro e não pude vê-lo. Esta semana publico aqui no blog resenhas dos shows, escritas por pessoas que puderam comparecer.
A quarta delas foi escrita por Chico Carlos. Parceiro de longa data, Chico é jornalista, recifense e da turma que se encontra há anos nas comunidades online para falar da música de Elton John, e conta como foi o show de Recife, em 10 de março.
Elton John: Monstro Sagrado da Música Pop
Os fãs de Elton John ainda não esqueceram o show do cantor realizado em 10 de março no Chevrolet Hall. O que mais despertou curiosidade foi o fato do artista voltar ao Brasil em 2013, para fazer cinco apresentações da turnê “quadragésimo aniversário da música Rocket Man” (São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Recife) e encerrar com show solo na capital pernambucana. Quem esteve lá viu um espetáculo inesquecível, inigualável e histórico.
O formato acústico possibilitou que o público apreciasse melhor seu estilo musical e artístico do cantor londrino. O melhor de tudo: Elton John encerrou em Pernambuco sua turnê brasileira, desfilando hits que consagraram sua carreira ao longos dos anos. Em verdade, ele arrasou com seu piano vermelho, comprovando todo seu talento de “monstro sagrado da música pop”.
Em 25 de março, ao completar 66 anos, Elton John continua emocionando plateias, superando preconceitos e limites, vencendo seus próprios desafios. Quem foi que nunca assobiou uma música de Reginald Kenneth Dwight, digo melhor, de Elton John? Nos anos 70, esse palhaço pop do rock n’ roll encantou o mundo com sua maneira irreverente de ser. Passava como um foguete por cima de tudo alimentava o motor de sua criatividade musical. Transbordou suas loucuras juvenis, extravagâncias, luxos e excentricidade que venderam milhões de discos. Nos Estados Unidos, para um espetáculo no Troubador Club, de Los Angeles, para lançamento de sua carreira, o artista surpreendeu. Cantou, pulou sobre o piano e dançou como nunca. Conquistou a admiração do público. O vento soprou sobre a América, o sucesso de Elton John começou a decolar. Quanto mais nos enfiamos pelos anos 70, mais a sua música é um universo. Mundo de pisca-piscas, luminosos, estrelas de Hollywood, mansões, gosto pelo luxo, excentricidades, carrões correndo por estradas de tijolos amarelos.
Ainda nos anos 70, ninguém vendeu tantos discos como o “baixinho”, com suas manias e histórias estranhas. No palco, conquistou milhões de fãs e enfrentou crises inevitáveis que a fama oferece: tentativa de suicídio, separações, mergulho nos excessos - álcool, drogas e alimentação descontrolada. Ele experimentou do céu ao inferno. Foi preciso mudar radicalmente. Livrou-se das drogas e dos excessos. Abriu-se como poucas estrelas pop já o fizeram antes. Além de assumir de público sua homossexualidade, o que, aliás, não era segredo para seu público cativo e fiel. Convencido de sua “sorte” por não ter contraído o vírus da AIDS, criou, em 1992, duas fundações contra a AIDS, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, nas quais investe grande parte dos shows e direitos autorais, além de financiamento de pesquisas contra a AIDS, após a morte do adolescente Ryan White. “Sinto que tenho certa responsabilidade de usar o meu lado artístico para ajudar os gays ao redor do mundo a encontrar essa aceitação”, disse recentemente.
É o único artista que até hoje conseguiu obter seis lançamentos consecutivos no primeiro lugar da Billboard, sendo detentor, do recorde de single de maior vendagem da história, com a adaptação feita em 1997 da canção “Candle in the Wind” em homenagem à amiga pessoal, Princesa Diana, totalizando um total de 40 milhões de cópias vendidas. Pode-se falar tudo dele. Mas negar seu talento é imperdoável. Viva longa ao Sir Elton John, um artista de nosso tempo!
A quarta delas foi escrita por Chico Carlos. Parceiro de longa data, Chico é jornalista, recifense e da turma que se encontra há anos nas comunidades online para falar da música de Elton John, e conta como foi o show de Recife, em 10 de março.
Elton John: Monstro Sagrado da Música Pop
Os fãs de Elton John ainda não esqueceram o show do cantor realizado em 10 de março no Chevrolet Hall. O que mais despertou curiosidade foi o fato do artista voltar ao Brasil em 2013, para fazer cinco apresentações da turnê “quadragésimo aniversário da música Rocket Man” (São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Recife) e encerrar com show solo na capital pernambucana. Quem esteve lá viu um espetáculo inesquecível, inigualável e histórico.
O formato acústico possibilitou que o público apreciasse melhor seu estilo musical e artístico do cantor londrino. O melhor de tudo: Elton John encerrou em Pernambuco sua turnê brasileira, desfilando hits que consagraram sua carreira ao longos dos anos. Em verdade, ele arrasou com seu piano vermelho, comprovando todo seu talento de “monstro sagrado da música pop”.
Em 25 de março, ao completar 66 anos, Elton John continua emocionando plateias, superando preconceitos e limites, vencendo seus próprios desafios. Quem foi que nunca assobiou uma música de Reginald Kenneth Dwight, digo melhor, de Elton John? Nos anos 70, esse palhaço pop do rock n’ roll encantou o mundo com sua maneira irreverente de ser. Passava como um foguete por cima de tudo alimentava o motor de sua criatividade musical. Transbordou suas loucuras juvenis, extravagâncias, luxos e excentricidade que venderam milhões de discos. Nos Estados Unidos, para um espetáculo no Troubador Club, de Los Angeles, para lançamento de sua carreira, o artista surpreendeu. Cantou, pulou sobre o piano e dançou como nunca. Conquistou a admiração do público. O vento soprou sobre a América, o sucesso de Elton John começou a decolar. Quanto mais nos enfiamos pelos anos 70, mais a sua música é um universo. Mundo de pisca-piscas, luminosos, estrelas de Hollywood, mansões, gosto pelo luxo, excentricidades, carrões correndo por estradas de tijolos amarelos.
Ainda nos anos 70, ninguém vendeu tantos discos como o “baixinho”, com suas manias e histórias estranhas. No palco, conquistou milhões de fãs e enfrentou crises inevitáveis que a fama oferece: tentativa de suicídio, separações, mergulho nos excessos - álcool, drogas e alimentação descontrolada. Ele experimentou do céu ao inferno. Foi preciso mudar radicalmente. Livrou-se das drogas e dos excessos. Abriu-se como poucas estrelas pop já o fizeram antes. Além de assumir de público sua homossexualidade, o que, aliás, não era segredo para seu público cativo e fiel. Convencido de sua “sorte” por não ter contraído o vírus da AIDS, criou, em 1992, duas fundações contra a AIDS, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, nas quais investe grande parte dos shows e direitos autorais, além de financiamento de pesquisas contra a AIDS, após a morte do adolescente Ryan White. “Sinto que tenho certa responsabilidade de usar o meu lado artístico para ajudar os gays ao redor do mundo a encontrar essa aceitação”, disse recentemente.
É o único artista que até hoje conseguiu obter seis lançamentos consecutivos no primeiro lugar da Billboard, sendo detentor, do recorde de single de maior vendagem da história, com a adaptação feita em 1997 da canção “Candle in the Wind” em homenagem à amiga pessoal, Princesa Diana, totalizando um total de 40 milhões de cópias vendidas. Pode-se falar tudo dele. Mas negar seu talento é imperdoável. Viva longa ao Sir Elton John, um artista de nosso tempo!
Elton John em Belo Horizonte, por Elton John
No final de fevereiro e início de março deste ano, Elton John fez uma turnê na América do Sul, incluindo cinco shows no Brasil. Infelizmente, ele não veio ao Rio de Janeiro e não pude vê-lo. Esta semana publico aqui no blog resenhas dos shows, escritas por pessoas que puderam comparecer.
A terceira delas foi escrita por... Elton John. Mas não o próprio, claro. O xará do astro é Paraibano e conta como foi o show de Belo Horizonte, em 09 de março.
O Show? Fantástico! Emocionante! Mágico! Surreal! Indescritível!
O tracklist? Basicamente, o mesmo de São Paulo, Porto Alegre e Brasília. A diferença? Em Porto Alegre e Brasília teve The One em versão solo e em Belo Horizonte também. Então, qual o diferencial em BH? A introdução do show foi feita meio que no improviso com parte do instrumental Sixty do álbum Good Morning To The Night, de 2012 (o mais recente do cantor e em parceria com a dupla australiana Pnau), até que a banda entrasse em cena tocando The Bitch is Back.
Elton John estava simplesmente espetacular! Era clara a felicidade dele e o sorriso estampado em seu rosto! Ele sentou no piano em The Bitch is Back; levantou, pediu para as pessoas se animarem, fez careta enquanto solava ao piano e tudo isso com as imagens múltiplas de Pamela Anderson do filme do show The Red Piano. E aí veio o “thunk”! Bennie and the Jets sendo reconhecida por boa parte do público e no telão aparecia ELTON do mesmo modo que no antigo formato do Caesar’s Pallace de Los Angeles.
Grey Seal manteve os ares lá no alto e eu vi um monte de gente se olhando como se se perguntasse: “onde estão as baladas?”. Estavam ainda por vir, mas antes um prato cheio com o rock da canção. Levon deu um ar de calmaria passageira até que o verso repetidas vezes cantado “He shall be, He shall be...” levantasse os mais afoitos (como eu) até o ponto mais alto das agitações: boa parte da plateia surpreendia-se com a capacidade de mudança de ritmo dentro de uma mesma canção nas performances de Elton John e de sua banda. Nota: muitas das pessoas que estavam no Mineirão estavam ali não necessariamente por serem fãs do pianista, mas apenas por terem uma noção de que Elton é uma grande artista. A partir de então passaram a conhecer um pouco do nível de musicalidade ao qual estavam deparados.
Depois da agitação de Levon, Elton, extremamente simpático, dedicou Tiny Dancer a todas as mulheres presentes e ofereceu a canção também a “uma bela dama que está fazendo aniversário hoje” e apontou para alguém lá na frente.
Em Believe mais emoção se fazia sentir e Elton afirmou que estava tocando-a justamente por “amar a palavra amor” e por “acreditar no amor” como caminho para a vida! Destaque para a excelente participação do percussionista John Mahon. Delírio e certa surpresa por parte de muitos ao verem uma música tão bela e tão profunda. Aí veio Mona Lisas and Mad Hatters como dedicatória à cidade de Nova York. A participação de Davey Johnstone (no banjo) e das quatro backing vocals é de arrepiar qualquer um.
O bom veio depois: Elton terminou Mona Lisas e disse “here we go”, emendando Philadelphia Freedom que, por sua vez, conseguiu mexer muitos esqueletos ali presentes. Quando Philadelphia foi encerrada, Elton iniciou o dedilhado de Candle in the Wind e milhares começaram a "reconhecer" mais o repertório. Muita gente arriscou cantar junto e acender celulares para acompanhar.
Até que Elton começou a intro de Goodbye Yellow Brick Road! Em uníssono, todos no Mineirão cantaram junto, até um bombeiro que estava próximo a mim. Foi a canção mais aplaudida até então e a mais ovacionada.
Após Goodbye Yellow Brick Road, Elton começa a brincar com o piano e a fazer a pequena jam que dá início a Rocket Man. Todos foram ao delírio quando ele começou a cantar "She packed my bag last night...". A multidão acompanhou e ainda o ajudou no refrão.
Elton anunciou em seguida que iria tocar uma música de seu último álbum, The Union. A plateia, no geral, meio que esfriou. Só os fãs mais ávidos acompanharam a canção. Consegui ver algumas cabeças sendo agitadas, algumas pessoas tentando acompanhar o compasso da melodia. Na sequência, I Guess That's Why They Call It The Blues foi tocada com um ritmo mais acelerado em relação à versão original.
Aí tudo ficou escuro e o tecladista Kim Bullard apareceu: a introdução de Funeral For a Friend (Love Lies Bleeding) foi divina. Muitos não sabiam do que se tratava até Elton começar a tocar a intro do piano. E o rock progressivo mais belo que já ouvi foi sendo executado com maestria para a surpresa de alguns e para certo estranhamento de outros. Para os fãs mais ávidos, delírio total.
Honky Cat veio em seguida e um balanço bem honky-tonk do piano do cantor. Muito bom e, para a minha surpresa, esta foi uma das canções mais acompanhadas da noite. Elton emendou de cara Sad Songs (Say So Much) e ficou pedindo para as pessoas se agitarem, para se levantarem e para irem para cima! Energia, vigor e muita vontade de agradar: esta foi a grande marca de Elton John na noite.
Daniel foi anunciada pelo dedilhar de piano e animou muito os ávidos por canções mais lentas. Muita vibração e muitos aplausos, as pessoas queriam mesmo era curtir a bela canção e se lembrar de que ela foi uma daquelas que marcou parte de suas vidas. Sorry Seems To Be The Hardest Word veio em seguida e também foi extremamente aplaudida.
Mas nenhuma canção da noite foi tão aplaudida ou tão bem recebida quanto Skyline Pigeon. Uma entrega absoluta e total, sem exceções. Todo mundo cantou, todo mundo vibrou e todo mundo se deixou levar pela melodia agradável e pela simpatia da canção.
Elton John mostrou porque é o grande pianista da história da música ao cantar The One solo. Extremamente feliz, extremamente entregue, ele fez a versão solo se tornar sublime ao ponto de sequer sentirmos falta dos demais instrumentos. Um espetáculo à parte este momento do show!
Após as apresentações dos músicos, Don't Let the Sun Go Down On Me fez mais lágrimas caírem! Numa versão destroçante e comovente, com destaque para a atuação do baixista Matt Bissonette, o belo soft rock sinfônico provou porque Elton John é um artista completo e porque mereceu cada aplauso da noite.
I'm Still Standing deu início à trinca de rocks da parte final do show com grande acompanhamento do público, especialmente nos “yeah, yeah, yeahs”. Muito agitada, a canção reanimou os que estavam meio parados e até o bombeiro não se conteve. O dedilhado de abertura para Crocodile Rock confundiu alguns, mas logo em seguida esses “perdidos” se deram conta de qual canção se tratava. Algumas pessoas do pelotão Premium levantavam os poucos "LA's" que foram levados ao estádio.
Saturday Night's Alright For Fighting foi iniciada antes mesmo de os aplausos de Crocodile Rock se encerrarem. Fazendo jus a uma das canções mais hard rock de seu repertório, Elton John mostrou a que veio e fez muitos ali perceberem que as baladas são parte importante de sua obra, mas não são a única faceta de seu trabalho.
As luzes se apagaram. Era hora do bis. Elton retorna rapidamente e começa a autografar muitos pertences do pessoal. A inscrição "Captain Fantastic" de seu fraque ficou bem visível momentos em que ele se virava para assinar os pertences em cima do piano. O cantor segurou até uma bandeira do Atlético Mineiro para a revolta dos muitos cruzeirenses ali presentes. O melhor, depois que esses cruzeirenses vaiaram, foi a cara de espanto de Elton! Muito bom!
E aí vieram os agradecimentos, Elton John dizendo o quanto adorou ter tocado no Brasil nesses últimos dias, afirmando "não ter palavras para descrever o que significa entreter pessoas" como ele faz. Muito lindo tudo e, claro, ele dedicando Your Song a cada um que se fazia presente no show. Tudo belo, mas tudo passageiro, e o show no Mineirão, para nossa tristeza, chegava ao fim!
A terceira delas foi escrita por... Elton John. Mas não o próprio, claro. O xará do astro é Paraibano e conta como foi o show de Belo Horizonte, em 09 de março.
O Show? Fantástico! Emocionante! Mágico! Surreal! Indescritível!
O tracklist? Basicamente, o mesmo de São Paulo, Porto Alegre e Brasília. A diferença? Em Porto Alegre e Brasília teve The One em versão solo e em Belo Horizonte também. Então, qual o diferencial em BH? A introdução do show foi feita meio que no improviso com parte do instrumental Sixty do álbum Good Morning To The Night, de 2012 (o mais recente do cantor e em parceria com a dupla australiana Pnau), até que a banda entrasse em cena tocando The Bitch is Back.
Elton John estava simplesmente espetacular! Era clara a felicidade dele e o sorriso estampado em seu rosto! Ele sentou no piano em The Bitch is Back; levantou, pediu para as pessoas se animarem, fez careta enquanto solava ao piano e tudo isso com as imagens múltiplas de Pamela Anderson do filme do show The Red Piano. E aí veio o “thunk”! Bennie and the Jets sendo reconhecida por boa parte do público e no telão aparecia ELTON do mesmo modo que no antigo formato do Caesar’s Pallace de Los Angeles.
Grey Seal manteve os ares lá no alto e eu vi um monte de gente se olhando como se se perguntasse: “onde estão as baladas?”. Estavam ainda por vir, mas antes um prato cheio com o rock da canção. Levon deu um ar de calmaria passageira até que o verso repetidas vezes cantado “He shall be, He shall be...” levantasse os mais afoitos (como eu) até o ponto mais alto das agitações: boa parte da plateia surpreendia-se com a capacidade de mudança de ritmo dentro de uma mesma canção nas performances de Elton John e de sua banda. Nota: muitas das pessoas que estavam no Mineirão estavam ali não necessariamente por serem fãs do pianista, mas apenas por terem uma noção de que Elton é uma grande artista. A partir de então passaram a conhecer um pouco do nível de musicalidade ao qual estavam deparados.
Depois da agitação de Levon, Elton, extremamente simpático, dedicou Tiny Dancer a todas as mulheres presentes e ofereceu a canção também a “uma bela dama que está fazendo aniversário hoje” e apontou para alguém lá na frente.
Em Believe mais emoção se fazia sentir e Elton afirmou que estava tocando-a justamente por “amar a palavra amor” e por “acreditar no amor” como caminho para a vida! Destaque para a excelente participação do percussionista John Mahon. Delírio e certa surpresa por parte de muitos ao verem uma música tão bela e tão profunda. Aí veio Mona Lisas and Mad Hatters como dedicatória à cidade de Nova York. A participação de Davey Johnstone (no banjo) e das quatro backing vocals é de arrepiar qualquer um.
O bom veio depois: Elton terminou Mona Lisas e disse “here we go”, emendando Philadelphia Freedom que, por sua vez, conseguiu mexer muitos esqueletos ali presentes. Quando Philadelphia foi encerrada, Elton iniciou o dedilhado de Candle in the Wind e milhares começaram a "reconhecer" mais o repertório. Muita gente arriscou cantar junto e acender celulares para acompanhar.
Até que Elton começou a intro de Goodbye Yellow Brick Road! Em uníssono, todos no Mineirão cantaram junto, até um bombeiro que estava próximo a mim. Foi a canção mais aplaudida até então e a mais ovacionada.
Após Goodbye Yellow Brick Road, Elton começa a brincar com o piano e a fazer a pequena jam que dá início a Rocket Man. Todos foram ao delírio quando ele começou a cantar "She packed my bag last night...". A multidão acompanhou e ainda o ajudou no refrão.
Elton anunciou em seguida que iria tocar uma música de seu último álbum, The Union. A plateia, no geral, meio que esfriou. Só os fãs mais ávidos acompanharam a canção. Consegui ver algumas cabeças sendo agitadas, algumas pessoas tentando acompanhar o compasso da melodia. Na sequência, I Guess That's Why They Call It The Blues foi tocada com um ritmo mais acelerado em relação à versão original.
Aí tudo ficou escuro e o tecladista Kim Bullard apareceu: a introdução de Funeral For a Friend (Love Lies Bleeding) foi divina. Muitos não sabiam do que se tratava até Elton começar a tocar a intro do piano. E o rock progressivo mais belo que já ouvi foi sendo executado com maestria para a surpresa de alguns e para certo estranhamento de outros. Para os fãs mais ávidos, delírio total.
Honky Cat veio em seguida e um balanço bem honky-tonk do piano do cantor. Muito bom e, para a minha surpresa, esta foi uma das canções mais acompanhadas da noite. Elton emendou de cara Sad Songs (Say So Much) e ficou pedindo para as pessoas se agitarem, para se levantarem e para irem para cima! Energia, vigor e muita vontade de agradar: esta foi a grande marca de Elton John na noite.
Daniel foi anunciada pelo dedilhar de piano e animou muito os ávidos por canções mais lentas. Muita vibração e muitos aplausos, as pessoas queriam mesmo era curtir a bela canção e se lembrar de que ela foi uma daquelas que marcou parte de suas vidas. Sorry Seems To Be The Hardest Word veio em seguida e também foi extremamente aplaudida.
Mas nenhuma canção da noite foi tão aplaudida ou tão bem recebida quanto Skyline Pigeon. Uma entrega absoluta e total, sem exceções. Todo mundo cantou, todo mundo vibrou e todo mundo se deixou levar pela melodia agradável e pela simpatia da canção.
Elton John mostrou porque é o grande pianista da história da música ao cantar The One solo. Extremamente feliz, extremamente entregue, ele fez a versão solo se tornar sublime ao ponto de sequer sentirmos falta dos demais instrumentos. Um espetáculo à parte este momento do show!
Após as apresentações dos músicos, Don't Let the Sun Go Down On Me fez mais lágrimas caírem! Numa versão destroçante e comovente, com destaque para a atuação do baixista Matt Bissonette, o belo soft rock sinfônico provou porque Elton John é um artista completo e porque mereceu cada aplauso da noite.
I'm Still Standing deu início à trinca de rocks da parte final do show com grande acompanhamento do público, especialmente nos “yeah, yeah, yeahs”. Muito agitada, a canção reanimou os que estavam meio parados e até o bombeiro não se conteve. O dedilhado de abertura para Crocodile Rock confundiu alguns, mas logo em seguida esses “perdidos” se deram conta de qual canção se tratava. Algumas pessoas do pelotão Premium levantavam os poucos "LA's" que foram levados ao estádio.
Saturday Night's Alright For Fighting foi iniciada antes mesmo de os aplausos de Crocodile Rock se encerrarem. Fazendo jus a uma das canções mais hard rock de seu repertório, Elton John mostrou a que veio e fez muitos ali perceberem que as baladas são parte importante de sua obra, mas não são a única faceta de seu trabalho.
As luzes se apagaram. Era hora do bis. Elton retorna rapidamente e começa a autografar muitos pertences do pessoal. A inscrição "Captain Fantastic" de seu fraque ficou bem visível momentos em que ele se virava para assinar os pertences em cima do piano. O cantor segurou até uma bandeira do Atlético Mineiro para a revolta dos muitos cruzeirenses ali presentes. O melhor, depois que esses cruzeirenses vaiaram, foi a cara de espanto de Elton! Muito bom!
E aí vieram os agradecimentos, Elton John dizendo o quanto adorou ter tocado no Brasil nesses últimos dias, afirmando "não ter palavras para descrever o que significa entreter pessoas" como ele faz. Muito lindo tudo e, claro, ele dedicando Your Song a cada um que se fazia presente no show. Tudo belo, mas tudo passageiro, e o show no Mineirão, para nossa tristeza, chegava ao fim!
Elton John em Brasília, por Vinícius Queiroz
No final de fevereiro e início de março deste ano, Elton John fez uma turnê na América do Sul, incluindo cinco shows no Brasil. Infelizmente, ele não veio ao Rio de Janeiro e não pude vê-lo. Esta semana publico aqui no blog resenhas dos shows, escritas por pessoas que puderam comparecer.
A segunda delas foi escrita por Vinícius Queiroz. Goianiense, Vinícius conta como foi o show de Brasília, em 08 de março.
Antes de falar sobre um momento de muita alegria e magia quero agradecer ao meu amigo Mário por disponibilizar o seu espaço a fim de deixar-me compartilhar com seu publico um pouco da maravilhosa experiência de assistir o show de Elton John em Brasília.
Nas cercanias do Centro Internacional de Convenções do Brasil em Brasília, horas antes do show, já era possível encontrar muitos fãs ansiosos à espera da abertura dos portões, o que me causou um pouco de espanto, pois mesmo onde a maioria supostamente estaria localizada em cadeiras numeradas, os fãs ainda assim se movimentaram na porta do local, para, assim como eu, alimentar toda a energia positiva que circulava sobre aquela região. Foi com todo entusiasmo que fiz amigos e conheci muita gente apaixonada por Elton, trocando ideias, histórias e muita ansiedade.
No momento da abertura dos portões, Eu, Ana, Francisco, Edgar e Nivaldo fomos uns dos primeiros fãs a entrarem de fato no Centro Internacional. Apesar de todas as especulações sobre o local não ter estruturas adequadas para suportar o show, foi notável que a organização se esforçou para trazer a todos o que havia prometido, local bonito, não à altura do astro que iria inaugurá-lo. Foi aí que começou a busca das ditas cadeiras, até que me deparei com uma bem de frente para o banco do Grand Piano Yamaha de Sir Elton John. Era a tão sonhada cadeira, fiquei maravilhado por poder prestigiar o show a menos de 10m de Elton John. Ainda um pouco cedo, mas com tempo suficiente, fui junto com meus amigos distribuirmos todas as homenagens ao público geral. Entre essas pessoas, estavam os amigos do Elton John Forever e uma mãe e filha bastante jovens e muito simpáticas e apaixonadas por Elton que encontramos na fila do lado de fora do evento.
Com o trabalho feito, era hora de ir para meu lugar e aguardar o show que não demorou muito para começar, com uma pontualidade dificilmente vista em eventos semelhantes. Elton John mostrou que não veio para brincadeira. Muito animado, pisou no palco sobre os riffs enérgicos de Davey na já esperada The Bitch is Back levantando o público e fazendo surgir a primeira de muitas demonstrações de carinho daqueles que estavam ali para vê-lo.
Iniciado o momento tão aguardado por milhares ali presentes, era visível que Elton trazia em seu espírito toda a animação, amor e carinho que o público demonstrou nos shows dos dias anteriores feitos no Brasil em São Paulo e Porto Alegre. Ele estava trajando um terno preto com brilhantes, bordado com o título Madman Across the Water, um de seus primeiros álbuns mais aclamados no mercado fonográfico mundial, além de seus óculos azuis para combinar com sua camisa.
Foi possível perceber a afinação perfeita de seu piano no primeiro solo virtuoso no grande hit The Bitch is Back, onde ele provou que não é só um belo cantor e compositor mas também um sensacional pianista e improvisador com toda agilidade e limpeza no som que fazia em seu instrumento. No total, foram cantadas 25 músicas, que compuseram o show da turnê "40th Anniversary of the Rocket Man", onde a maioria do público cantava e dançava junto aos embalos do astro e sua grande banda, que não diferente de John souberam o acompanhar com maestria.
Músicas como Bennie and the Jets, Grey Seal, Levon, Honky Cat, The One, Daniel, Candle in the Wind, Rocket Man, Saturday Night’s Alright for Fighting, Your Song e a melancólica Goodbye Yellow Brick Road, onde todos levantaram balões amarelos durante sua execução, deixando Elton e a banda estupecidos e maravilhados com o que acontecia, incorporaram a tempestade de sucesso musical, mas foi em Crocodile Rock que o bicho pegou.
De um lado a outro, sem exceções, a energia de todos cantando o refrão junto com o Elton e milhares de placas escritas a silaba "LA" deram a tônica mágica às duas musicas que viriam para finalizar o show. O Brasil estava percebendo quem realmente é o grande e famoso Elton John, muito além de Sacrifice e Nikita e outras baladinhas românticas de grande sucesso, ele foi um dos maiores artistas do show business de seu tempo. O que os Beatles representaram em termos de influência musical e comportamento nos anos 60, Reginald Dwight (Elton John) foi o equivalente uma década seguinte. Sim, porque nos anos 70 Elton John reinou soberanamente, a ponto de representar 2% de todas as vendagens de discos no mundo.
Com um show tão exuberante e não visto igual em nenhum lugar no planeta, essas músicas se fizeram desnecessárias para o publico brasileiro, que conheceu naquele instante a mágica em forma de notas e tons musicais em um show audacioso de Elton e sua banda. Com um bis recheado da famosa Your Song, Elton se despediu de Brasília e deixou saudades com a última tecla batida de seu piano.
Ao final do show todos que assistiram ficaram maravilhados com o que tinham acabado de presenciar, profissionalismo raramente visto na música, muita criatividade e vários sucessos em um único concerto, sempre superando expectativas. Era possível ver muitas pessoas chorando de emoção.
O Sir inglês se mostrou completamente ativo e presente em um mercado musical em completa decadência que se encontra hoje, com artistas irresponsáveis e muita falta de criatividade. É por essas e outras que suas turnês geralmente estão presentes entre as 10 mais rentáveis todos os anos.
A segunda delas foi escrita por Vinícius Queiroz. Goianiense, Vinícius conta como foi o show de Brasília, em 08 de março.
Antes de falar sobre um momento de muita alegria e magia quero agradecer ao meu amigo Mário por disponibilizar o seu espaço a fim de deixar-me compartilhar com seu publico um pouco da maravilhosa experiência de assistir o show de Elton John em Brasília.
Nas cercanias do Centro Internacional de Convenções do Brasil em Brasília, horas antes do show, já era possível encontrar muitos fãs ansiosos à espera da abertura dos portões, o que me causou um pouco de espanto, pois mesmo onde a maioria supostamente estaria localizada em cadeiras numeradas, os fãs ainda assim se movimentaram na porta do local, para, assim como eu, alimentar toda a energia positiva que circulava sobre aquela região. Foi com todo entusiasmo que fiz amigos e conheci muita gente apaixonada por Elton, trocando ideias, histórias e muita ansiedade.
No momento da abertura dos portões, Eu, Ana, Francisco, Edgar e Nivaldo fomos uns dos primeiros fãs a entrarem de fato no Centro Internacional. Apesar de todas as especulações sobre o local não ter estruturas adequadas para suportar o show, foi notável que a organização se esforçou para trazer a todos o que havia prometido, local bonito, não à altura do astro que iria inaugurá-lo. Foi aí que começou a busca das ditas cadeiras, até que me deparei com uma bem de frente para o banco do Grand Piano Yamaha de Sir Elton John. Era a tão sonhada cadeira, fiquei maravilhado por poder prestigiar o show a menos de 10m de Elton John. Ainda um pouco cedo, mas com tempo suficiente, fui junto com meus amigos distribuirmos todas as homenagens ao público geral. Entre essas pessoas, estavam os amigos do Elton John Forever e uma mãe e filha bastante jovens e muito simpáticas e apaixonadas por Elton que encontramos na fila do lado de fora do evento.
Com o trabalho feito, era hora de ir para meu lugar e aguardar o show que não demorou muito para começar, com uma pontualidade dificilmente vista em eventos semelhantes. Elton John mostrou que não veio para brincadeira. Muito animado, pisou no palco sobre os riffs enérgicos de Davey na já esperada The Bitch is Back levantando o público e fazendo surgir a primeira de muitas demonstrações de carinho daqueles que estavam ali para vê-lo.
Iniciado o momento tão aguardado por milhares ali presentes, era visível que Elton trazia em seu espírito toda a animação, amor e carinho que o público demonstrou nos shows dos dias anteriores feitos no Brasil em São Paulo e Porto Alegre. Ele estava trajando um terno preto com brilhantes, bordado com o título Madman Across the Water, um de seus primeiros álbuns mais aclamados no mercado fonográfico mundial, além de seus óculos azuis para combinar com sua camisa.
Foi possível perceber a afinação perfeita de seu piano no primeiro solo virtuoso no grande hit The Bitch is Back, onde ele provou que não é só um belo cantor e compositor mas também um sensacional pianista e improvisador com toda agilidade e limpeza no som que fazia em seu instrumento. No total, foram cantadas 25 músicas, que compuseram o show da turnê "40th Anniversary of the Rocket Man", onde a maioria do público cantava e dançava junto aos embalos do astro e sua grande banda, que não diferente de John souberam o acompanhar com maestria.
Músicas como Bennie and the Jets, Grey Seal, Levon, Honky Cat, The One, Daniel, Candle in the Wind, Rocket Man, Saturday Night’s Alright for Fighting, Your Song e a melancólica Goodbye Yellow Brick Road, onde todos levantaram balões amarelos durante sua execução, deixando Elton e a banda estupecidos e maravilhados com o que acontecia, incorporaram a tempestade de sucesso musical, mas foi em Crocodile Rock que o bicho pegou.
De um lado a outro, sem exceções, a energia de todos cantando o refrão junto com o Elton e milhares de placas escritas a silaba "LA" deram a tônica mágica às duas musicas que viriam para finalizar o show. O Brasil estava percebendo quem realmente é o grande e famoso Elton John, muito além de Sacrifice e Nikita e outras baladinhas românticas de grande sucesso, ele foi um dos maiores artistas do show business de seu tempo. O que os Beatles representaram em termos de influência musical e comportamento nos anos 60, Reginald Dwight (Elton John) foi o equivalente uma década seguinte. Sim, porque nos anos 70 Elton John reinou soberanamente, a ponto de representar 2% de todas as vendagens de discos no mundo.
Com um show tão exuberante e não visto igual em nenhum lugar no planeta, essas músicas se fizeram desnecessárias para o publico brasileiro, que conheceu naquele instante a mágica em forma de notas e tons musicais em um show audacioso de Elton e sua banda. Com um bis recheado da famosa Your Song, Elton se despediu de Brasília e deixou saudades com a última tecla batida de seu piano.
Ao final do show todos que assistiram ficaram maravilhados com o que tinham acabado de presenciar, profissionalismo raramente visto na música, muita criatividade e vários sucessos em um único concerto, sempre superando expectativas. Era possível ver muitas pessoas chorando de emoção.
O Sir inglês se mostrou completamente ativo e presente em um mercado musical em completa decadência que se encontra hoje, com artistas irresponsáveis e muita falta de criatividade. É por essas e outras que suas turnês geralmente estão presentes entre as 10 mais rentáveis todos os anos.
Elton John em São Paulo, por Eliane de Carvalho
No final de fevereiro e início de março deste ano, Elton John fez uma turnê na América do Sul, incluindo cinco shows no Brasil. Infelizmente, ele não veio ao Rio de Janeiro e não pude vê-lo. Esta semana publico aqui no blog resenhas dos shows, escritas por pessoas que puderam comparecer.
A primeira delas foi escrita por Eliane de Carvalho, amiga de longa data, criadora do grupo Elton John Forever e responsável pelo blog de mesmo nome (cuidado aqui que faz barulho). Paulista, Eliane conta como foi o show de São Paulo, em 27 de fevereiro.
Um vulcão chamado Elton John
Dezembro de 2012, de repente um anúncio na internet e começam a vender ingressos para uma super turnê intitulada 40th Anniversary of the Rocket Man de Elton John. Desde o começo descrevi essa passagem como uma pequena Turnê aqui no Brasil porque foram 5 shows! E isso jamais aconteceu aqui no Brasil, jamais sonhei na vinda de Elton com 5 shows! Tudo muito inacreditável, surreal.
A exemplo de 2009 que fiz uma pequena contagem regressiva para o show de Elton aqui em São Paulo no meu blog Elton John Forever, resolvi entrar nessa vibe novamente, pois já estava com ingresso comprado, afinal sou fã de Elton John desde 1976 e isso não é pouco tempo: é uma vida!
E passaram tão rápidos esses dias todos! Enfim chegou dia 27 de fevereiro de 2013, o show aqui em São Paulo. O show foi numa quarta-feira e no domingo anterior eu e fãs amigos fomos até o Jockey Club para saber como eram as instalações e o trajeto e isso já estava sendo emocionante, foi uma forma de começar a entrar no clima Elton John no Brasil. Vimos o palco de longe em montagem, algumas homenagens foram combinadas e assim a ansiedade para o dia 27 foi intensificada mais ainda.
Fazer parte da história de Elton John é emoção, felicidade, amor em todas as suas formas, sim, porque a energia que vibra num show de Elton John nos remete a nostalgia de nossas vidas, confraternização entre amigos e quando isso tudo se mistura eu não consigo reter minhas lágrimas.
O show de Elton John aqui em São Paulo foi incrível, inesquecível, absolutamente perfeito! Desde a organização, tudo extremamente bonito, limpo, correto, mas como assistir a um show de Elton John sentado? Impossível! Afirmo que agora sim os brasileiros conheceram realmente quem é Elton John! Ele não é apenas um cantor romântico, de baladas: ele tem a essência do rock em suas veias!
Essa noite foi o melhor show que já assisti em minha vida, foi fascinante. Elton foi pontual, entrou animado, sorrindo, de braços abertos e ai começamos a dançar e curtir ao som de Elton tocando e cantando The Bitch is Back. Uma mistura de loucura, com felicidade plena e absoluta. Elton é encantador, energia fascinante, que hipnotiza por seu jeito de ser, extravagante, apimentado, mas sutilmente doce e engraçado também! Com suas caras e caretas, bocas e tal... é demais! Foi difícil ficar sentada? Foi quase impossível, mas até que nos comportamos porque éramos obrigadas a sentar, mas o show foi seguindo com Bennie and the Jets, Believe, Rocket Man e tantas outras, as músicas de minha vida, que sempre me fizeram sonhar e me sentir viva.
Melhor que 2009 para mim? Sim, sem dúvida... Um Elton John melhor, mais disposto, mais magro, feliz, sorrindo, ele brilha!
Em Tiny Dancer, me rendi as lágrimas, não consegui controlar a emoção que estava brotando em mim cada vez que a música crescia. E eu estava lá na segunda fileira em frente ao piano, acenando, chamando por Elton e dizendo o quanto o amo! Tudo especial, tudo muito perfeito, tudo surreal. Era o meu ídolo ali na minha frente!
E durante toda essa noite fantástica, teve momentos emocionantes, em que foram feitas homenagens a ele: na música Goodbye Yellow Brick Road, onde os fãs acenavam com balões amarelos, embalados ao som nostálgico e melodioso da música de Elton e seu piano mágico. Outro momento intenso, lindo, que deixou Elton perplexo, foram as placas dos “LA's” na música Crocodile Rock. Ficou muito legal, muito divertido, inesperado e ele realmente curtiu.
Dia 27 de fevereiro, mais uma data memorável e inesquecível em minha vida e sei que de muitos fãs de Elton John! A visão dos shows para cada um é uma particularidade, para mim foi momento de intensa alegria, como já disse. Ver um show de Elton é um montanha russa de emoções! Algumas músicas ficam marcadas, inesquecíveis. Um dos momentos que eu adorei, por tudo, o som, visual, diversão, foi Philadelphia Freedom! Poxa foi DEMAIS! Believe é uma das canções mais lindas que Elton tem e ao vivo é isso tudo e muito mais. Que lindo tudo, intenso, profundo mesmo, sua batida estava no meu coração!
E nós em nossas cadeiras, levantando sempre, porque cada vez que Elton levanta do seu piano, que se aproxima, como ficar sentada? Eu pulo, grito, chamo por ele. Era um momento único para mim. Não fui vê-lo em outros Estados, então cada segundo foi sagrado, foi amado e significativo! Em Sad Songs foi comoção geral, ninguém mais sentou, todos ficaram em pé dançando! Que noite linda, incrível! Até a lua veio nos visitar, linda.
Como se fosse uma coincidência divina, em Don't Let the Sun Go Down on Me, começou a chover um pouco, e antes de terminar não existia mais chuva! E mesmo se chovesse, a felicidade era tão intensa que não faria diferença para ninguém!
E lá estava Elton, cantando as canções da minha vida, da nossa vida, olhando para cada rosto que estava lá na frente, como se quisesse dizer "eu sei que você me ama, eu sei que você existe e eu te amo também!" Se isso é delírio, loucura, então sou louca, mas de amor por Elton John! Elton John interage com todos, ele é simplesmente fantástico! E ele chama a todos para ir a sua frente e nós vamos ao delírio!
Quando ele estava tocando Saturday Night's Alright (For Fighting) todo mundo já estava em delírio total, absorvidos pela simpatia de Elton, pelo seu profissionalismo impecável, pelo seu carisma. Eu fui para frente do palco em Saturday Night's e Your Song, e foi absolutamente inesquecível, mágico de uma tal forma que a minha proximidade de Elton John foi tudo que já quis, estava realizando meu sonho de vida! E não estou exagerando... e tenho consciência que a maioria dos fãs que estavam por lá, próximos ou não ficaram extasiados com o show de Elton aqui em São Paulo, foi realmente arrebatador, Elton é um vulcão! Ele sabe como fazer e dominar a todos!
A emoção tomou conta de mim, chamando por Elton e vendo ele tão presente ali, comecei a ficar sem forças para chamá-lo e assim Elton foi encerrando o espetáculo e eu estava totalmente rendida a ele, que me fez chorar como se fosse aquela menina adolescente de tantos anos atrás, que sonhava com seu ídolo, que tinha seu quarto repleto de fotos, que ouvia suas canções todos os dias, e foi essa criança que desabrochou em mim, emocionada, encantada pelo seu ídolo, pelas músicas que fizeram parte da trilha sonora de sua vida, e assim foi e é Elton John! Um vulcão, que invade nossos corações sem pedir licença!
Eu como fã de Elton John, afirmo que tenho orgulho de ter um ídolo como ele, nada se compara a sua vivacidade, a sua força, a sua energia, a sua experiência, ao seu talento!
EU AMO ELTON JOHN FOREVER!!!
A primeira delas foi escrita por Eliane de Carvalho, amiga de longa data, criadora do grupo Elton John Forever e responsável pelo blog de mesmo nome (cuidado aqui que faz barulho). Paulista, Eliane conta como foi o show de São Paulo, em 27 de fevereiro.
Um vulcão chamado Elton John
Dezembro de 2012, de repente um anúncio na internet e começam a vender ingressos para uma super turnê intitulada 40th Anniversary of the Rocket Man de Elton John. Desde o começo descrevi essa passagem como uma pequena Turnê aqui no Brasil porque foram 5 shows! E isso jamais aconteceu aqui no Brasil, jamais sonhei na vinda de Elton com 5 shows! Tudo muito inacreditável, surreal.
A exemplo de 2009 que fiz uma pequena contagem regressiva para o show de Elton aqui em São Paulo no meu blog Elton John Forever, resolvi entrar nessa vibe novamente, pois já estava com ingresso comprado, afinal sou fã de Elton John desde 1976 e isso não é pouco tempo: é uma vida!
E passaram tão rápidos esses dias todos! Enfim chegou dia 27 de fevereiro de 2013, o show aqui em São Paulo. O show foi numa quarta-feira e no domingo anterior eu e fãs amigos fomos até o Jockey Club para saber como eram as instalações e o trajeto e isso já estava sendo emocionante, foi uma forma de começar a entrar no clima Elton John no Brasil. Vimos o palco de longe em montagem, algumas homenagens foram combinadas e assim a ansiedade para o dia 27 foi intensificada mais ainda.
Fazer parte da história de Elton John é emoção, felicidade, amor em todas as suas formas, sim, porque a energia que vibra num show de Elton John nos remete a nostalgia de nossas vidas, confraternização entre amigos e quando isso tudo se mistura eu não consigo reter minhas lágrimas.
O show de Elton John aqui em São Paulo foi incrível, inesquecível, absolutamente perfeito! Desde a organização, tudo extremamente bonito, limpo, correto, mas como assistir a um show de Elton John sentado? Impossível! Afirmo que agora sim os brasileiros conheceram realmente quem é Elton John! Ele não é apenas um cantor romântico, de baladas: ele tem a essência do rock em suas veias!
Essa noite foi o melhor show que já assisti em minha vida, foi fascinante. Elton foi pontual, entrou animado, sorrindo, de braços abertos e ai começamos a dançar e curtir ao som de Elton tocando e cantando The Bitch is Back. Uma mistura de loucura, com felicidade plena e absoluta. Elton é encantador, energia fascinante, que hipnotiza por seu jeito de ser, extravagante, apimentado, mas sutilmente doce e engraçado também! Com suas caras e caretas, bocas e tal... é demais! Foi difícil ficar sentada? Foi quase impossível, mas até que nos comportamos porque éramos obrigadas a sentar, mas o show foi seguindo com Bennie and the Jets, Believe, Rocket Man e tantas outras, as músicas de minha vida, que sempre me fizeram sonhar e me sentir viva.
Melhor que 2009 para mim? Sim, sem dúvida... Um Elton John melhor, mais disposto, mais magro, feliz, sorrindo, ele brilha!
Em Tiny Dancer, me rendi as lágrimas, não consegui controlar a emoção que estava brotando em mim cada vez que a música crescia. E eu estava lá na segunda fileira em frente ao piano, acenando, chamando por Elton e dizendo o quanto o amo! Tudo especial, tudo muito perfeito, tudo surreal. Era o meu ídolo ali na minha frente!
E durante toda essa noite fantástica, teve momentos emocionantes, em que foram feitas homenagens a ele: na música Goodbye Yellow Brick Road, onde os fãs acenavam com balões amarelos, embalados ao som nostálgico e melodioso da música de Elton e seu piano mágico. Outro momento intenso, lindo, que deixou Elton perplexo, foram as placas dos “LA's” na música Crocodile Rock. Ficou muito legal, muito divertido, inesperado e ele realmente curtiu.
Dia 27 de fevereiro, mais uma data memorável e inesquecível em minha vida e sei que de muitos fãs de Elton John! A visão dos shows para cada um é uma particularidade, para mim foi momento de intensa alegria, como já disse. Ver um show de Elton é um montanha russa de emoções! Algumas músicas ficam marcadas, inesquecíveis. Um dos momentos que eu adorei, por tudo, o som, visual, diversão, foi Philadelphia Freedom! Poxa foi DEMAIS! Believe é uma das canções mais lindas que Elton tem e ao vivo é isso tudo e muito mais. Que lindo tudo, intenso, profundo mesmo, sua batida estava no meu coração!
E nós em nossas cadeiras, levantando sempre, porque cada vez que Elton levanta do seu piano, que se aproxima, como ficar sentada? Eu pulo, grito, chamo por ele. Era um momento único para mim. Não fui vê-lo em outros Estados, então cada segundo foi sagrado, foi amado e significativo! Em Sad Songs foi comoção geral, ninguém mais sentou, todos ficaram em pé dançando! Que noite linda, incrível! Até a lua veio nos visitar, linda.
Como se fosse uma coincidência divina, em Don't Let the Sun Go Down on Me, começou a chover um pouco, e antes de terminar não existia mais chuva! E mesmo se chovesse, a felicidade era tão intensa que não faria diferença para ninguém!
E lá estava Elton, cantando as canções da minha vida, da nossa vida, olhando para cada rosto que estava lá na frente, como se quisesse dizer "eu sei que você me ama, eu sei que você existe e eu te amo também!" Se isso é delírio, loucura, então sou louca, mas de amor por Elton John! Elton John interage com todos, ele é simplesmente fantástico! E ele chama a todos para ir a sua frente e nós vamos ao delírio!
Quando ele estava tocando Saturday Night's Alright (For Fighting) todo mundo já estava em delírio total, absorvidos pela simpatia de Elton, pelo seu profissionalismo impecável, pelo seu carisma. Eu fui para frente do palco em Saturday Night's e Your Song, e foi absolutamente inesquecível, mágico de uma tal forma que a minha proximidade de Elton John foi tudo que já quis, estava realizando meu sonho de vida! E não estou exagerando... e tenho consciência que a maioria dos fãs que estavam por lá, próximos ou não ficaram extasiados com o show de Elton aqui em São Paulo, foi realmente arrebatador, Elton é um vulcão! Ele sabe como fazer e dominar a todos!
A emoção tomou conta de mim, chamando por Elton e vendo ele tão presente ali, comecei a ficar sem forças para chamá-lo e assim Elton foi encerrando o espetáculo e eu estava totalmente rendida a ele, que me fez chorar como se fosse aquela menina adolescente de tantos anos atrás, que sonhava com seu ídolo, que tinha seu quarto repleto de fotos, que ouvia suas canções todos os dias, e foi essa criança que desabrochou em mim, emocionada, encantada pelo seu ídolo, pelas músicas que fizeram parte da trilha sonora de sua vida, e assim foi e é Elton John! Um vulcão, que invade nossos corações sem pedir licença!
Eu como fã de Elton John, afirmo que tenho orgulho de ter um ídolo como ele, nada se compara a sua vivacidade, a sua força, a sua energia, a sua experiência, ao seu talento!
EU AMO ELTON JOHN FOREVER!!!
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