Em março, durante as aulas de Preservação Audiovisual na UFF, com o professor Fabián Núñez, recebemos a visita de Ines Aisengart, pesquisadora do tema. Ela trabalhou na Cinemateca Brasileira até 2020, quando o governo demitiu todo mundo e meio que lacrou o órgão, deixando os arquivos à própria sorte.
O material armazenado nos arquivos da Cinemateca precisa de observação constante, para acompanhamento do seu estado e de um controle rigoroso de temperatura e umidade. Não apenas o material é inflamável, como parte dele, os filmes antigos feitos de nitrato, pode entrar em combustão espontânea se as condições permitirem. De acordo com Ines, não havia ninguém trabalhando nisso, e ninguém tinha muita noção do que estava acontecendo lá dentro.
O incêndio esta semana não foi surpresa. Não era uma questão de "se", era
uma questão de "quando".
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