Desde 1995 eu lido com computadores, e desde 1997 trabalho exclusivamente com eles. Definitivamente, não é pouco tempo, principalmente em se tratando de informática, área que de desenvolve numa velocidade incrível. Nestes oito anos, muita coisa mudou, tanto nos equipamentos quanto nos programas. A cada mês dezenas de novos programas surgem para entulhar nossos HDs.
Todo esse tempo me ensinou algo que considero muito importante: não é necessário estar sempre na crista da onda. Ou, melhor dizendo, não é necessário ter sempre os programas mais atuais instalados. Quanto mais novo for o programa, mais ele vai exigir do equipamento. Se você não melhora o equipamento, em pouco tempo vai começar a reclamar da performance. E mesmo que faça um upgrade, vai ficar com a impressão de que está desperdiçando a capacidade de sua máquina, e vai correr atrás dos programas mais novos. Você entra então num círculo vicioso, onde torra todo o dinheiro possível para melhorar sua máquina e acaba se sentindo frustrado, porque ela nunca vai ser suficientemente boa.
Por isso mesmo não acompanho as novidades. Ainda uso Windows Me, Office 2000 e Corel 8. Meu Dreamweaver é o 2, assim como o Winamp. E vou regredir mais. Assim que eu reaver meu cd do Linux (tá lendo isso, Matheus?!) vou fazer um puta backup de tudo o que for possível, formatar a máquina e voltar mais ainda no tempo. Vou tentar a todo custo instalar versões antigas de todos os programas.
Pra que tanto? Apesar de não terem algumas perfumarias interessantes, os programas mais antigos fazem tudo o que eu preciso que façam, não exigem tanto poder de processamento, iniciam mais rápido, trabalham mais rápido e ocupam menos espaço em disco. Lembro de ter lido, tempos atrás, uma reportagem onde havia o relato de um sujeito que gravava um arquivo vazio de um documento do Word. Vazio mesmo, sem uma letra, sem uma formatação. A cada versão lançada, o arquivo vazio ficava cada vez maior. Este retorno às antigas contribui também para a melhora da nossa qualidade de vida, pois não ficamos estressados esperando tanto tempo para alguma coisa ser processada, o que ajuda a evitar problemas cardíacos. Certa vez, quando tive um problema sério no computador sendo obrigado a apagar tudo e instalar do zero, coloquei o Windows 95 só de brincadeira, e o bicho ficou com um boot de - pasmem - 15 segundos. Parecia o Éden.
Claro que voltar exageradamente no tempo traz complicações. Sistemas operacionais antigos não têm suporte a novas tecnologias, como USB. Navegadores antigos não reconhecem novas linguagens, tornando infrutífera a visita a certos sites. É preciso ter bom senso para saber até onde podemos voltar. Pretendo comprar outro computador só quando terminar a faculdade, o que, se tudo correr bem, vai acontecer em meados de 2006. Nesta nova máquina, já tenho a intenção de instalar programas que são top de linha hoje. Serão velhos, mas rodarão a toda.
Mas, porém, todavia, contudo, entretanto... as coisas mudam tão depressa que até lá já podem ter resolvido o problema. Aí eu compro uma máquina top e instalo programas top. Ah... o futuro...
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