Enquanto passávamos nossas férias de janeiro em Cabo Frio, eu e Sueli aproveitamos para assistir ao show de Olívia Byington, para nós uma completa desconhecida.
Fomos os primeiros a entrar em um teatro que permaneceu não muito cheio, e já demos de cara com ela no palco, se preparando para começar a cantar em seu show intimista, onde há só ela e seu violão. Tivemos o privilégio de sentar pertinho dela, a ponto de poder receber dela um papel no meio do show.
Antes de iniciar a apresentação, contou muitas histórias para a platéia. Mostrou algumas músicas que estavam em seu notebook, falou do seu disco novo, contou piadas, rimos. Chegada a hora, sentou-se no seu banquinho e começou a nos deixar maravilhados.
Com uma voz belíssima e um violão afinadíssimo, sempre contando uma história entre as músicas, Olívia passeou por suas antigas canções, cantou outras de seu disco mais recente, auto-entitulado Olívia Byintgon, e nos brindou com belas versões de várias músicas de outros autores, como a maravilhosa De Qué Callada Manera (dos cubanos Nicolás Guillén e Pablo Milanés) e a clássica Pense em Mim (de Leandro e Leonardo).
Em Cabo Frio não foi possível passar por uma experiência que em outros lugares as pessoas têm: passar pelo camarim da cantora, recheado de fotos de toda a carreira dela.
Depois do fim do show, que contou até com a participação virtual de Seu Jorge, tivemos a oportunidade de conversar com ela no saguão do teatro. Gentil e simpática, Olívia nos ganhou ainda mais.
Se você tiver oportunidade de assistir, não perca. É um show imperdível.
Mitos da Faculdade de Análise de Sistemas: Matemática
Quando falo que me formei em análise de sistemas, a primeira coisa que a maioria das pessoas pergunta é: "ih, muita matemática, né?". Não. Nada mais longe da verdade do que dizer que meu curso é pra quem gosta de matemática, quando esta foi uma das coisas que menos aprendemos.
Dos oito semestres do curso, apenas nos dois primeiros há cadeiras de matemática, e não pense que é nenhuma matemática cabeluda daquelas de fazer Einstein coçar a cabeça, não! Nada disso! Foi basicamente matemática de ensino médio: matrizes, derivadas, limites e coisas do gênero. E, além disso, quase nada que estudamos nestes dois semestres foi aproveitado para o resto do curso ou sequer aproveitarei para o restante da minha vida profissional (a não ser que eu faça programas de cálculos matemáticos, mas aí é outra história).
Claro que fizemos cálculos sim, mas apenas como apoio às outras matérias. Por exemplo, nas aulas de programação, fazíamos muitas contas de áreas e transformações numéricas, mas nada com o intuito de ensinar matemática, mas sim de ensinar os meandros das linguagens de programação. Tivemos também que nos preocupar com planos cartesianos, mas para as aulas de computação gráfica, onde tínhamos que marcar pontos no espaço para desenhar formas complexas e complicadas como triângulos, cubos, quadrados e esferas.
Houve também uma cadeira de estatística, onde fizemos algumas contas, aprendemos sobre médias, modas, coisa e tal, mas, novamente, nada muito cabeludo, e tudo matéria que muita gente estuda no ensino médio. Ah, sim, tivemos uma cadeira de matemática financeira, mas lá estudamos sobre ações, mercado financeiro, coisa e tal. Tudo passando longe daquilo que as pessoas pensam que aprendemos por lá.
Tenho a impressão que aquelas duas cadeiras estão na grade do curso apenas a pretexto de aguçar o raciocínio e preparar nossas mentes débeis para os desafios lógicos que iríamos encontrar pela frente. Mas algo me diz que elas estão lá também para poder cobrar mais duas matérias da gente. Puro embuste.
Para os desavisados, quem estuda muita matemática assim, se não me engano, corrijam-me se estiver errado, é o pessoal que faz engenharia da computação, coisa bem diferente de uma faculdade de análise de sistemas.
***
Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins
***
Gosta do que eu escrevo e quer retribuir? Vá ao Submarino entrando aqui pelo Sarcófago e compre alguma coisa que eu ganho uma comissão. A casa agradece.
Dos oito semestres do curso, apenas nos dois primeiros há cadeiras de matemática, e não pense que é nenhuma matemática cabeluda daquelas de fazer Einstein coçar a cabeça, não! Nada disso! Foi basicamente matemática de ensino médio: matrizes, derivadas, limites e coisas do gênero. E, além disso, quase nada que estudamos nestes dois semestres foi aproveitado para o resto do curso ou sequer aproveitarei para o restante da minha vida profissional (a não ser que eu faça programas de cálculos matemáticos, mas aí é outra história).
Claro que fizemos cálculos sim, mas apenas como apoio às outras matérias. Por exemplo, nas aulas de programação, fazíamos muitas contas de áreas e transformações numéricas, mas nada com o intuito de ensinar matemática, mas sim de ensinar os meandros das linguagens de programação. Tivemos também que nos preocupar com planos cartesianos, mas para as aulas de computação gráfica, onde tínhamos que marcar pontos no espaço para desenhar formas complexas e complicadas como triângulos, cubos, quadrados e esferas.
Houve também uma cadeira de estatística, onde fizemos algumas contas, aprendemos sobre médias, modas, coisa e tal, mas, novamente, nada muito cabeludo, e tudo matéria que muita gente estuda no ensino médio. Ah, sim, tivemos uma cadeira de matemática financeira, mas lá estudamos sobre ações, mercado financeiro, coisa e tal. Tudo passando longe daquilo que as pessoas pensam que aprendemos por lá.
Tenho a impressão que aquelas duas cadeiras estão na grade do curso apenas a pretexto de aguçar o raciocínio e preparar nossas mentes débeis para os desafios lógicos que iríamos encontrar pela frente. Mas algo me diz que elas estão lá também para poder cobrar mais duas matérias da gente. Puro embuste.
Para os desavisados, quem estuda muita matemática assim, se não me engano, corrijam-me se estiver errado, é o pessoal que faz engenharia da computação, coisa bem diferente de uma faculdade de análise de sistemas.
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Livro: Radical, Rebelde, Revolucionário, de Alex Castro
Para você que tem acompanhado as últimas notícias sobre Cuba, apimentadas com a recente renúncia de Fidel Castro, tenho uma ótima dica de leitura: o livro Radical, Rebelde, Revolucionário, de Alex Castro.
Ele passou um mês lá em Cuba para estudar e aproveitou o tempo para escrever um livro contando as coisas que viu. Não vá pensando que este é um livro de viagens onde você conhecerá um pouco mais dos pontos turísticos de Cuba. Longe disso. Ele conta, na verdade, muito do dia a dia dos cubanos, relatando situações corriqueiras nas quais Alex se envolveu.
Em pouco mais de 150 páginas e quase 50 textos é possível conhecer um pouco sobre a bagunça que é o sistema monetário de lá, seus problemas sociais e o comportamento de seus habitantes. Em alguns textos, na verdade, você não fica conhecendo Cuba: você fica, na verdade, com as mesmas dúvidas de Alex.
De bônus, o livro é recheado de belas fotos.
Editado exclusivamente em formato digital, você pode comprar o livro através do site Os Viralata. E se quiser uma prévia, pode também visitar o blog do livro, que contém trechos de vários textos, inclusive com alguns liberados na íntegra.
Não perca. E viva a revolução!
***
Conheça também o blog de Alex Castro, que se mudou recentemente para o Interney Blogs.
Ele passou um mês lá em Cuba para estudar e aproveitou o tempo para escrever um livro contando as coisas que viu. Não vá pensando que este é um livro de viagens onde você conhecerá um pouco mais dos pontos turísticos de Cuba. Longe disso. Ele conta, na verdade, muito do dia a dia dos cubanos, relatando situações corriqueiras nas quais Alex se envolveu.
Em pouco mais de 150 páginas e quase 50 textos é possível conhecer um pouco sobre a bagunça que é o sistema monetário de lá, seus problemas sociais e o comportamento de seus habitantes. Em alguns textos, na verdade, você não fica conhecendo Cuba: você fica, na verdade, com as mesmas dúvidas de Alex.
De bônus, o livro é recheado de belas fotos.
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50 Semanas de Rock - Black Sabbath
Como já falei várias vezes, cresci ouvindo rock por causa de uns primos mais velhos que eu e, mesmo que tenha passado anos sem escutar mais nada, algumas músicas ficaram gravadas no meu subconsciente. Iron Maiden era o maior exemplo disso até semana passada, quando descobri que Black Sabbath era outro grupo que eles ouviam muito e que despertou em mim sentimentos de nostalgia ao ter nos ouvidos aquelas canções novamente.
O primeiro disco que ouvi foi Black Sabbath, que se não me engano é o primeiro deles. Este disco traz as ótimas Black Sabbath e N.I.B.. A música que eu mais gostei foi The Warning, que com seus dez minutos é uma aula de rock bom. O solo de guitarra é algo orgásmico. Esta desponta como uma das minhas músicas favoritas até agora.
O segundo disco foi Paranoid, ainda melhor. Logo de cara são quatro pauleiras monumentais, sendo três históricas: War Pigs, Paranoid, Planet Caravan e Iron Man! Isso sem falar nas outras músicas que são boas demais. Rockão do bom. Simplesmente um disco fodão. Dando uma olhada na estante dos velhos vinis dos meus primos, acabei descobrindo que ele ainda está aqui em casa. Taí um disco que eu vou comprar, com toda a certeza.
O terceiro é Sabbath, Bloody Sabbath, que logo nos primeiros instantes da primeira música, de mesmo nome, me levaram aos distantes tempos da minha infância. Esta era uma das músicas que meus primos mais ouviam, e nem parece que passei uns vinte anos sem ouvi-la. Na seqüência sobra música boa, inclusive a instrumental e lenta Fluff. Simplesmente perfeita.
Black Sabbath conseguiu lugar de destaque entre as poucas bandas que já ouvi, e briga com Alice Cooper pelo título de favorita. Sem sombra de dúvida taí uma banda que vou procurar conhecer muito mais depois que esta aventura acabar.
Oh, Lord, yeah!
***
Compre produtos do Black Sabbath no Submarino
Compre produtos do Black Sabbath no Mercado Livre
Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 semanas de rock.
O primeiro disco que ouvi foi Black Sabbath, que se não me engano é o primeiro deles. Este disco traz as ótimas Black Sabbath e N.I.B.. A música que eu mais gostei foi The Warning, que com seus dez minutos é uma aula de rock bom. O solo de guitarra é algo orgásmico. Esta desponta como uma das minhas músicas favoritas até agora.
O segundo disco foi Paranoid, ainda melhor. Logo de cara são quatro pauleiras monumentais, sendo três históricas: War Pigs, Paranoid, Planet Caravan e Iron Man! Isso sem falar nas outras músicas que são boas demais. Rockão do bom. Simplesmente um disco fodão. Dando uma olhada na estante dos velhos vinis dos meus primos, acabei descobrindo que ele ainda está aqui em casa. Taí um disco que eu vou comprar, com toda a certeza.
O terceiro é Sabbath, Bloody Sabbath, que logo nos primeiros instantes da primeira música, de mesmo nome, me levaram aos distantes tempos da minha infância. Esta era uma das músicas que meus primos mais ouviam, e nem parece que passei uns vinte anos sem ouvi-la. Na seqüência sobra música boa, inclusive a instrumental e lenta Fluff. Simplesmente perfeita.
Black Sabbath conseguiu lugar de destaque entre as poucas bandas que já ouvi, e briga com Alice Cooper pelo título de favorita. Sem sombra de dúvida taí uma banda que vou procurar conhecer muito mais depois que esta aventura acabar.
Oh, Lord, yeah!
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Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 semanas de rock.
Meu Colega Profundo Conhecedor de Música: Roberto Carlos e a Jovem Guarda
[eu]: Este ano eu descobri que Roberto Carlos é bom.
[ele]: Na carreira solo é que ele fez mais sucesso, né?
[eu]: Ora, ele só trabalhou em carreira solo.
[ele]: Mas ele não fez parte da banda Jovem Guarda?
[ele]: Na carreira solo é que ele fez mais sucesso, né?
[eu]: Ora, ele só trabalhou em carreira solo.
[ele]: Mas ele não fez parte da banda Jovem Guarda?
A Corregedoria é Linda: A Qualidade do Site
Como eu já falei recentemente, em meados de 2007 nós tivemos que começar a informar para a Corregedoria os dados de vários serviços que fazemos no cartório: reconhecimentos de firmas, procurações, escrituras, testamentos, inventários, e recentemente até mesmo os protestos e os registros de títulos e documentos. No outro artigo, comentei por alto que o site que nos foi disponibilizado era tão bom quanto a memória do meu tio que tem Alzheimer. Hoje vou entrar em detalhes sobre o martírio. Preparem-se, pois é uma mistura de O Chamado com Jogos Mortais.
O trabalho de cadastrar uma escritura se resume basicamente em digitar dezenas de dados em vários formulários online. O problema é que o site recarrega a página praticamente a cada campo preenchido! E cada recarregamento de página toma preciosos 20/30 segundos, em média.
Tente imaginar a cena: você vai cadastrar um participante e todos os campos estão habilitados. Você clica no item que informa que se trata de uma pessoa física e a página é recarregada para travar os campos de pessoa jurídica. Aí você vai naquelas caixinhas de escolha e diz que a pessoa é solteira. A página é recarregada para travar os campos "regime de casamento" e "nome do cônjuge".
Mas o melhor (ou pior, sei lá) é na parte de informar o tipo de escritura, pois há os tipos e os subtipos. Exemplos: Tipo Compra e Venda, Subtipo Compra e Venda com Prestação; ou Tipo Declaratória, Subtipo Declaratória de Reconhecimento de Filho. E por aí vai. Só que antes de informar o tipo, você tem que dizer se é uma escritura com valor declarado ou não, e faz isso clicando em um botãozinho. E dá-lhe página a ser recarregada, só para que nos "Tipos" conste apenas os tipos que tenham valor declarado. Aí você escolhe um tipo e tome-lhe página sendo recarregada, para que os "Subtipos" sejam apenas os daquele tipo.
Só que a coisa é feita para dar errado. Há casos em que um tipo não tem subtipo, logo a lista do site fica em branco. E então, quando vamos gravar os dados, o site reclama, exige e obriga que a gente defina um subtipo!! Mas, porra, como é que eu vou escolher o que não está lá?! Lançamos mão, então, de gambiarras para enganar o sistema.
E você acha que acabou? Nada disso. O sofrimento não pára por aí. Temos que informar também as custas cobradas pelas escrituras.
A tabela de custas da Corregedoria do Rio de Janeiro, por si só, é uma visão do inferno. Explicá-la para funcionários novos é um martírio e é praticamente impossível entender aquilo tudo. Mas para este nosso papo aqui, basta que vocês saibam que o preço dos serviços cartorários é formado de várias parcelas, e nós, pobres funcionários, temos que informar, uma a uma, cada uma destas parcelas no site.
Imagine então ter que informar que as parcelas são: Tabela 1, item 4, subitem III, valor R$ 3,49; Tabela 7, item 2, observação b, valor R$ 0,12; Tabela 1, item 9, valor R$ 1,01, etc. etc.
Funciona assim: você escolhe a tabela, a página recarrega para exibir os itens dela; você escolhe o item, a página recarrega para exibir os subitens; você escolhe o subitem, a página recarrega para você digitar a quantidade; você digita a quantidade, a página recarrega para você digitar o valor; você digita o valor, a página atualiza para recalcular o total; você clica em salvar e a página recarrega para incluir o valor na lista; você parte para a segunda parcela. Por sorte, uma escritura tem apenas três parcelas, mas e o protesto que tem oito? Como diria meu amigo Reynaldo, é um suplício chinês.
Isso sem contar que, às vezes, umas 30% das vezes, quando você escolhe a tabela ele não recarrega a página com todos os itens. Faltam alguns, entre eles o que você quer! Então você tem que escolher outra tabela, para ele recarregar os itens desta outra, para você então de novo escolher a primeira tabela, para ele recarregar os itens, enquanto você reza para que o seu esteja na lista.
E não acabou por aí: abaixo do formulário para inclusão das parcelas o site mostra as parcelas já incluídas, só que apenas três de cada vez. Se você tiver feito uma merda e tiver que modificar uma parcela incluída, vai ter que andar de grupo de 3 em grupo de 3 até encontrar a dita cuja (sempre, claro, recarregando a página). Encontrando, você clica em editar e espera a página recarregar!
Tá dando pra ter noção? Ou querem que eu filme?
A Corregedoria não é linda?
***
Leia outros artigos da série A Corregedoria é Linda.
O trabalho de cadastrar uma escritura se resume basicamente em digitar dezenas de dados em vários formulários online. O problema é que o site recarrega a página praticamente a cada campo preenchido! E cada recarregamento de página toma preciosos 20/30 segundos, em média.
Tente imaginar a cena: você vai cadastrar um participante e todos os campos estão habilitados. Você clica no item que informa que se trata de uma pessoa física e a página é recarregada para travar os campos de pessoa jurídica. Aí você vai naquelas caixinhas de escolha e diz que a pessoa é solteira. A página é recarregada para travar os campos "regime de casamento" e "nome do cônjuge".
Mas o melhor (ou pior, sei lá) é na parte de informar o tipo de escritura, pois há os tipos e os subtipos. Exemplos: Tipo Compra e Venda, Subtipo Compra e Venda com Prestação; ou Tipo Declaratória, Subtipo Declaratória de Reconhecimento de Filho. E por aí vai. Só que antes de informar o tipo, você tem que dizer se é uma escritura com valor declarado ou não, e faz isso clicando em um botãozinho. E dá-lhe página a ser recarregada, só para que nos "Tipos" conste apenas os tipos que tenham valor declarado. Aí você escolhe um tipo e tome-lhe página sendo recarregada, para que os "Subtipos" sejam apenas os daquele tipo.
Só que a coisa é feita para dar errado. Há casos em que um tipo não tem subtipo, logo a lista do site fica em branco. E então, quando vamos gravar os dados, o site reclama, exige e obriga que a gente defina um subtipo!! Mas, porra, como é que eu vou escolher o que não está lá?! Lançamos mão, então, de gambiarras para enganar o sistema.
E você acha que acabou? Nada disso. O sofrimento não pára por aí. Temos que informar também as custas cobradas pelas escrituras.
A tabela de custas da Corregedoria do Rio de Janeiro, por si só, é uma visão do inferno. Explicá-la para funcionários novos é um martírio e é praticamente impossível entender aquilo tudo. Mas para este nosso papo aqui, basta que vocês saibam que o preço dos serviços cartorários é formado de várias parcelas, e nós, pobres funcionários, temos que informar, uma a uma, cada uma destas parcelas no site.
Imagine então ter que informar que as parcelas são: Tabela 1, item 4, subitem III, valor R$ 3,49; Tabela 7, item 2, observação b, valor R$ 0,12; Tabela 1, item 9, valor R$ 1,01, etc. etc.
Funciona assim: você escolhe a tabela, a página recarrega para exibir os itens dela; você escolhe o item, a página recarrega para exibir os subitens; você escolhe o subitem, a página recarrega para você digitar a quantidade; você digita a quantidade, a página recarrega para você digitar o valor; você digita o valor, a página atualiza para recalcular o total; você clica em salvar e a página recarrega para incluir o valor na lista; você parte para a segunda parcela. Por sorte, uma escritura tem apenas três parcelas, mas e o protesto que tem oito? Como diria meu amigo Reynaldo, é um suplício chinês.
Isso sem contar que, às vezes, umas 30% das vezes, quando você escolhe a tabela ele não recarrega a página com todos os itens. Faltam alguns, entre eles o que você quer! Então você tem que escolher outra tabela, para ele recarregar os itens desta outra, para você então de novo escolher a primeira tabela, para ele recarregar os itens, enquanto você reza para que o seu esteja na lista.
E não acabou por aí: abaixo do formulário para inclusão das parcelas o site mostra as parcelas já incluídas, só que apenas três de cada vez. Se você tiver feito uma merda e tiver que modificar uma parcela incluída, vai ter que andar de grupo de 3 em grupo de 3 até encontrar a dita cuja (sempre, claro, recarregando a página). Encontrando, você clica em editar e espera a página recarregar!
Tá dando pra ter noção? Ou querem que eu filme?
A Corregedoria não é linda?
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O Pecado de Todos Nós - Capítulo Um - Parte Dois
(capítulo um, parte um)
Certa noite, não conseguindo dormir, ele saiu de casa silenciosamente, e ficou fumando na dura terra, escura e gelada. Uma semana antes ele observara que quase não havia nevado, e isso o deixara inquieto. Mas estava certo de que aquilo não passava de mais uma daquelas inconstâncias da natureza que costumam atormentar a vida dos fazendeiros.
Ele contou-nos que era uma noite muito calma e estrelada, pesada de silêncio. Mas não o silêncio normal de uma noite no campo. Havia nele um toque sinistro, como que uma expectativa de algo imensamente estranho. A meia-noite de uma fazenda possui seus próprios e característicos sons: um cavalo que relincha, uma vaca mugindo, um cão sonolento a ladrar, galinhas esvoaçando agitadas nos galinheiros. A vida, mesmo adormecida, ainda é vida.
Meu pai fumava, com o pesado casado xadrez abotoado até o pescoço, pés separados sobre a terra escura, à sua maneira vigorosa de sempre. Passou-se algum tempo até que ele conscientizasse o absoluto silêncio em torno dele. Era como se os estábulos estivessem vazios, os campos desabitados, os bosques abandonados. A casa por detrás dele nos guardava a todos, adormecidos, sua grande brancura reluzindo sob uma Lua tão clara que o meu pai podia distinguir a campina de leste, onde o trigo do inverno já verdejava; podia ver os bosques, os desnudos galhos negros das árvores emaranhados. Podia ver o regato, a correr como se fosse mercúrio, livre de todo o gelo, para além das cocheiras. E aqui e ali, ele podia perceber janelas de sítios, onde uma luz solitária brilhava, indicando um nascimento ou uma doença.
Já devíamos ter tido neve, a essa altura, e muita, pensou meu pai. Devíamos tê-la tido em novembro ou dezembro. Ele tornou a olhar para o céu, cheio de estrelas, e para a grande e branca Lua. Analisou tudo aquilo com uma sabedoria de homem do campo, procurando uma nuvem qualquer. Estava frio o bastante para nevar; o frio era intenso.
Ele lembrou-se de que, segundo as revistas agrícolas, a falta de chuvas e de neve começava a preocupar consideravelmente os agricultores da região. Não tinha chovido grande coisa no sul; o Texas estava secando. As grande planícies de Iowa, Idaho e Kansas se ressentiam de uma alarmante falta de qualquer tipo de umidade desde o dia primeiro de novembro. Ainda assim, pensou meu pai, isso já aconteceu várias vezes em minha vida, e sempre no momento em que a necessidade se torna mais premente, vem a chuva ou a neve e então tem-se geralmente uma boa colheita.
Mas ele continuava preocupado, pensativo, e olhando com cara feia para as estrelas secas e para a Lua seca. A fumaça de seu cachimbo enroscava-se diante de seu rosto, reta como uma vara. Ele experimentou a terra com os pés: estava dura como concreto.
Então, de repente, segundo meu pai, a Lua sumiu.
***
Continua...
O início...
Certa noite, não conseguindo dormir, ele saiu de casa silenciosamente, e ficou fumando na dura terra, escura e gelada. Uma semana antes ele observara que quase não havia nevado, e isso o deixara inquieto. Mas estava certo de que aquilo não passava de mais uma daquelas inconstâncias da natureza que costumam atormentar a vida dos fazendeiros.
Ele contou-nos que era uma noite muito calma e estrelada, pesada de silêncio. Mas não o silêncio normal de uma noite no campo. Havia nele um toque sinistro, como que uma expectativa de algo imensamente estranho. A meia-noite de uma fazenda possui seus próprios e característicos sons: um cavalo que relincha, uma vaca mugindo, um cão sonolento a ladrar, galinhas esvoaçando agitadas nos galinheiros. A vida, mesmo adormecida, ainda é vida.
Meu pai fumava, com o pesado casado xadrez abotoado até o pescoço, pés separados sobre a terra escura, à sua maneira vigorosa de sempre. Passou-se algum tempo até que ele conscientizasse o absoluto silêncio em torno dele. Era como se os estábulos estivessem vazios, os campos desabitados, os bosques abandonados. A casa por detrás dele nos guardava a todos, adormecidos, sua grande brancura reluzindo sob uma Lua tão clara que o meu pai podia distinguir a campina de leste, onde o trigo do inverno já verdejava; podia ver os bosques, os desnudos galhos negros das árvores emaranhados. Podia ver o regato, a correr como se fosse mercúrio, livre de todo o gelo, para além das cocheiras. E aqui e ali, ele podia perceber janelas de sítios, onde uma luz solitária brilhava, indicando um nascimento ou uma doença.
Já devíamos ter tido neve, a essa altura, e muita, pensou meu pai. Devíamos tê-la tido em novembro ou dezembro. Ele tornou a olhar para o céu, cheio de estrelas, e para a grande e branca Lua. Analisou tudo aquilo com uma sabedoria de homem do campo, procurando uma nuvem qualquer. Estava frio o bastante para nevar; o frio era intenso.
Ele lembrou-se de que, segundo as revistas agrícolas, a falta de chuvas e de neve começava a preocupar consideravelmente os agricultores da região. Não tinha chovido grande coisa no sul; o Texas estava secando. As grande planícies de Iowa, Idaho e Kansas se ressentiam de uma alarmante falta de qualquer tipo de umidade desde o dia primeiro de novembro. Ainda assim, pensou meu pai, isso já aconteceu várias vezes em minha vida, e sempre no momento em que a necessidade se torna mais premente, vem a chuva ou a neve e então tem-se geralmente uma boa colheita.
Mas ele continuava preocupado, pensativo, e olhando com cara feia para as estrelas secas e para a Lua seca. A fumaça de seu cachimbo enroscava-se diante de seu rosto, reta como uma vara. Ele experimentou a terra com os pés: estava dura como concreto.
Então, de repente, segundo meu pai, a Lua sumiu.
Continua...
O início...
Pousada Brisas do Mar, Cabo Frio/RJ
Se você está pensando em passar uns dias em Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro, passe longe da Pousada Brisas do Mar se quiser economizar sua paciência. Ficamos lá durante uma semana e a experiência não foi das mais agradáveis.
Os problemas começaram assim que entramos no quarto: a cama estava quebrada. Quando fui à recepção falar disso, a moça ainda me perguntou se na verdade ela não tinha desencaixado. Respondi que tinha certeza do que eu estava falando, a não ser que as camas dali tivessem um novo tipo de encaixe. Depois de um tempo, trocaram a cama.
Pouco mais tarde notamos que a vantagem de "motorista próprio da pousada" não é luxo, mas necessidade, pois o estacionamento na verdade é um longo corredor, onde os carros ficam um atrás do outro. Para o primeiro da fila sair, todos os outros têm que ser retirados da pousada. Além disso, nós contamos e só cabem cerca de seis carros no dito estacionamento, enquanto a pousada tem uns doze quartos. Ou seja, não conte com o estacionamento.
Na manhã seguinte descobrimos o café da manhã. Já ficamos em pousadas muito mais baratas com cafés muito, mas muito melhores. E além de ser um café da manhã não muito farto, a organização da cozinha é fraca demais. Quando um item da mesa está acabando, eles levam embora a bandeja com o que ainda havia para então voltar com ela reposta, ao invés de trazer mais coisas e repor a bandeja ali mesmo. Por muitas vezes pensamos não haver um item qualquer porque a bandeja simplesmente não estava lá. Isso quando não esqueciam de repor, inclusive os talheres.
Quando o assunto era o banheiro, também não éramos muito felizes. Sorte nossa que antes de chegarmos lá passamos na casa de uns parentes e compramos uns sabonetes Natura da prima vendedora, porque os sabonetes minúsculos simplesmente não davam pro gasto. E, horror dos horrores, só repuseram o papel higiênico porque pedimos.
Sobre o frigobar, eu sei que o melhor a se fazer é comprar coisas na rua e colocar pra gelar na pousada, porque é mais barato, mas acabamos consumindo as águas que estavam lá. E quem disse que eles repuseram as garrafas? "Só repomos se vocês pedirem, senhor."
Mas o pior, a gota d'água, foi a cobrança. Como eu fiz a reserva algumas semanas antes de irmos para lá, depositei metade da hospedagem e fiquei de pagar a outra metade quando chegamos. Lá chegando, perguntei como e quando pagaria o valor restante. A mocinha explicou que eu poderia pagar na saída, sem problema. É o procedimento comum, claro. Sempre fiz isso nas outras pousadas em que ficamos. Isso foi no domingo, e na quarta feira o sujeito da recepção veio cobrar da Sueli o valor restante.
- Olha, tem um valor aqui pra acertar ainda, tá?
Tem coisa mais indelicada?! Pior que isso só se entrassem no quarto com a gente lá dentro. Ele pediu desculpas depois que explicamos que outra pessoa já tinha falado que a gente podia pagar na saída, mas mesmo assim eu quis evitar novos constrangimentos e paguei o restante da hospedagem.
Enfim, repito: se você vai passar uns dias em Cabo Frio, não se hospede na Pousada Brisas do Mar, a não ser que queira se preocupar com o papel higiênico, ser cobrado antes do vencimento e pagar caro por um café da manhã chinfrim. Nem um link para o site eles merecem.
Os problemas começaram assim que entramos no quarto: a cama estava quebrada. Quando fui à recepção falar disso, a moça ainda me perguntou se na verdade ela não tinha desencaixado. Respondi que tinha certeza do que eu estava falando, a não ser que as camas dali tivessem um novo tipo de encaixe. Depois de um tempo, trocaram a cama.
Pouco mais tarde notamos que a vantagem de "motorista próprio da pousada" não é luxo, mas necessidade, pois o estacionamento na verdade é um longo corredor, onde os carros ficam um atrás do outro. Para o primeiro da fila sair, todos os outros têm que ser retirados da pousada. Além disso, nós contamos e só cabem cerca de seis carros no dito estacionamento, enquanto a pousada tem uns doze quartos. Ou seja, não conte com o estacionamento.
Na manhã seguinte descobrimos o café da manhã. Já ficamos em pousadas muito mais baratas com cafés muito, mas muito melhores. E além de ser um café da manhã não muito farto, a organização da cozinha é fraca demais. Quando um item da mesa está acabando, eles levam embora a bandeja com o que ainda havia para então voltar com ela reposta, ao invés de trazer mais coisas e repor a bandeja ali mesmo. Por muitas vezes pensamos não haver um item qualquer porque a bandeja simplesmente não estava lá. Isso quando não esqueciam de repor, inclusive os talheres.
Quando o assunto era o banheiro, também não éramos muito felizes. Sorte nossa que antes de chegarmos lá passamos na casa de uns parentes e compramos uns sabonetes Natura da prima vendedora, porque os sabonetes minúsculos simplesmente não davam pro gasto. E, horror dos horrores, só repuseram o papel higiênico porque pedimos.
Sobre o frigobar, eu sei que o melhor a se fazer é comprar coisas na rua e colocar pra gelar na pousada, porque é mais barato, mas acabamos consumindo as águas que estavam lá. E quem disse que eles repuseram as garrafas? "Só repomos se vocês pedirem, senhor."
Mas o pior, a gota d'água, foi a cobrança. Como eu fiz a reserva algumas semanas antes de irmos para lá, depositei metade da hospedagem e fiquei de pagar a outra metade quando chegamos. Lá chegando, perguntei como e quando pagaria o valor restante. A mocinha explicou que eu poderia pagar na saída, sem problema. É o procedimento comum, claro. Sempre fiz isso nas outras pousadas em que ficamos. Isso foi no domingo, e na quarta feira o sujeito da recepção veio cobrar da Sueli o valor restante.
- Olha, tem um valor aqui pra acertar ainda, tá?
Tem coisa mais indelicada?! Pior que isso só se entrassem no quarto com a gente lá dentro. Ele pediu desculpas depois que explicamos que outra pessoa já tinha falado que a gente podia pagar na saída, mas mesmo assim eu quis evitar novos constrangimentos e paguei o restante da hospedagem.
Enfim, repito: se você vai passar uns dias em Cabo Frio, não se hospede na Pousada Brisas do Mar, a não ser que queira se preocupar com o papel higiênico, ser cobrado antes do vencimento e pagar caro por um café da manhã chinfrim. Nem um link para o site eles merecem.
Meu Colega de Trabalho Genial: O Nome Sem Acento
Todo mundo tem um colega de trabalho que é um completo gênio, capaz das furadas mais geniais que você já viu, e que não imaginava que alguém conseguisse fazê-las. Eu, claro, tenho um assim lá no cartório. Vou começar a compartilhar as pérolas do rapaz.
Você com certeza já reparou que muitas vezes programas de computador não conseguem imprimir ou exibir letras com acento ou com cedilha, não é? Pois é, mas parece que tem gente que não conseguiu ver isso ainda.
O programa de reconhecimento de firmas lá do cartório é assim e o que não falta no seu cadastro são nomes como Lucia, Jose e Conceicao.
Aí chega um cliente e pede a este meu colega de trabalho genial que ele reconheça a firma de um tal Carlos Proença. Ele procura pelos Paulos e diz que o dito cujo não tem firma aberta.
O cliente diz que tem.
Ele insiste que não.
O cliente diz que sim, e que está até lendo o nome na tela.
Ele olha com mais atenção e insiste que não, Carlos Proença não tem firma aberta ali.
O cliente, paciente como poucos, fala para o meu colega que o nome procurado é o quarto da lista.
Meu colega conta, lê o nome escrito e retruca:
- Mas, pô, você falou que era Proença, e não Proenca.
***
Olha que ele já trabalha nisso há oito meses!
***
Leia outras histórias do meu colega de trabalho genial
Você com certeza já reparou que muitas vezes programas de computador não conseguem imprimir ou exibir letras com acento ou com cedilha, não é? Pois é, mas parece que tem gente que não conseguiu ver isso ainda.
O programa de reconhecimento de firmas lá do cartório é assim e o que não falta no seu cadastro são nomes como Lucia, Jose e Conceicao.
Aí chega um cliente e pede a este meu colega de trabalho genial que ele reconheça a firma de um tal Carlos Proença. Ele procura pelos Paulos e diz que o dito cujo não tem firma aberta.
O cliente diz que tem.
Ele insiste que não.
O cliente diz que sim, e que está até lendo o nome na tela.
Ele olha com mais atenção e insiste que não, Carlos Proença não tem firma aberta ali.
O cliente, paciente como poucos, fala para o meu colega que o nome procurado é o quarto da lista.
Meu colega conta, lê o nome escrito e retruca:
- Mas, pô, você falou que era Proença, e não Proenca.
Olha que ele já trabalha nisso há oito meses!
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50 Semanas de Rock: Beatles
Uma das semanas mais aguardadas de toda esta saga foi a semana dos Beatles. Sim, eu já conhecia alguma coisa deles mas gostaria de saber um pouco mais sobre esta que é considerada como uma das maiores bandas de rock da história.
Ouvi três discos deles: Abbey Road, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e o álbum branco e deles dá pra tirar algumas conclusões.
Primeiro, eles realmente merecem a fama que têm. Não vou dizer que sejam a melhor banda da história, mas é inegável que eram incríveis no que fizeram. Não é à toa que ainda sejam tão ovacionados e tenho sido ainda mais na sua época. Se hoje em dia músicas parecidas com as suas são lugar-comum, na época elas eram o que havia de mais inovador e por isso mesmo faziam muito sucesso.
Incríveis são as seqüências interligadas de músicas. Não tive como confirmar isso, mas parece que os lados dos vinis soavam todos como uma única faixa, interminável. Se hoje o Dream Theater faz um disco assim, os Beatles já faziam isso há quatro décadas. Algumas músicas, inclusive, eu só vim descobrir agora que eram duas, ao invés de uma só. Isso sem contar os arranjos vocais geniais.
Segundo, é verdade o que ouvi alguém dizer certa vez: é impressionante o que eles conseguiam fazer com os recursos da época: a quantidade de som que eles faziam com apenas poucos canais.
Terceiro, algumas de suas músicas são melhores em versões covers, vide a versão de Come Together feita por Michael Jackson e Lucy in the Sky with Diamonds de Elton John.
Quarto, tamanha fama e sucesso os levaram a tentar inventar demais, gravaram coisas ruins e puseram no mercado. Ob-la-di, Ob-la-da, por exemplo, é uma bobagem sem tamanho. É o tipo de coisa que aconteceu com Roberto Carlos, quando este gravou a horrível Brucutu. Isso os deixa, às vezes, bem chatinhos de se ouvir.
Uma dúvida para algum Beatlemaníaco confirmar, pois não tive tempo de pesquisar: ao que me parece, os quatro rapazes se revezavam nos vocais. Tou certo?
Depois de uma semana, as minhas favoritas são: Come Together, Because (rapaz, que arranjo vocal lindo), a dupla Golden Slumbers / Carry That Weight, When I'm Sixty Four, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, Back in the USSR e While My Guitar Gently Weeps.
Por fim, com certeza ouvirei mais coisas deles no futuro, mas de uma coisa continuo tendo certeza: ainda prefiro Jesus Cristo.
***
Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 Semanas de Rock
Compre produtos dos Beatles no Submarino
Compre produtos dos Beatles no Mercado Livre
Ouvi três discos deles: Abbey Road, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e o álbum branco e deles dá pra tirar algumas conclusões.
Primeiro, eles realmente merecem a fama que têm. Não vou dizer que sejam a melhor banda da história, mas é inegável que eram incríveis no que fizeram. Não é à toa que ainda sejam tão ovacionados e tenho sido ainda mais na sua época. Se hoje em dia músicas parecidas com as suas são lugar-comum, na época elas eram o que havia de mais inovador e por isso mesmo faziam muito sucesso.
Incríveis são as seqüências interligadas de músicas. Não tive como confirmar isso, mas parece que os lados dos vinis soavam todos como uma única faixa, interminável. Se hoje o Dream Theater faz um disco assim, os Beatles já faziam isso há quatro décadas. Algumas músicas, inclusive, eu só vim descobrir agora que eram duas, ao invés de uma só. Isso sem contar os arranjos vocais geniais.
Segundo, é verdade o que ouvi alguém dizer certa vez: é impressionante o que eles conseguiam fazer com os recursos da época: a quantidade de som que eles faziam com apenas poucos canais.
Terceiro, algumas de suas músicas são melhores em versões covers, vide a versão de Come Together feita por Michael Jackson e Lucy in the Sky with Diamonds de Elton John.
Quarto, tamanha fama e sucesso os levaram a tentar inventar demais, gravaram coisas ruins e puseram no mercado. Ob-la-di, Ob-la-da, por exemplo, é uma bobagem sem tamanho. É o tipo de coisa que aconteceu com Roberto Carlos, quando este gravou a horrível Brucutu. Isso os deixa, às vezes, bem chatinhos de se ouvir.
Uma dúvida para algum Beatlemaníaco confirmar, pois não tive tempo de pesquisar: ao que me parece, os quatro rapazes se revezavam nos vocais. Tou certo?
Depois de uma semana, as minhas favoritas são: Come Together, Because (rapaz, que arranjo vocal lindo), a dupla Golden Slumbers / Carry That Weight, When I'm Sixty Four, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, Back in the USSR e While My Guitar Gently Weeps.
Por fim, com certeza ouvirei mais coisas deles no futuro, mas de uma coisa continuo tendo certeza: ainda prefiro Jesus Cristo.
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Dica para escolha de projeto final em faculdade de Análise de Sistemas
Você aí que está terminando o seu curso de Sistemas de Informação / Análise de Sistemas, e está vendo surgir no horizonte a obrigação de fazer o seu projeto final, aqui vai uma dica de quem já passou por isso.
Se a sua faculdade não impor qual deve ser o projeto desenvolvido e você não tem idéia do que fazer, procure uma empresa de alguém conhecido seu, explique o que é o projeto final, diga que está pensando em fazer um software para empresas como a dele e peça ajuda, peça o know-how dele.
Por fim, diga que SE o programa entregue no final do projeto estiver pronto para ser utilizado, você dá a ele o programa de graça. Mas nunca, nunca mesmo, diga que vai entregar um programa perfeito. Nunca se comprometa com a entrega de um sistema completo e funcional.
Eu fiz isso e tenho dores de cabeça de vez em quando.
Outra dica, não importa o quanto seu orientador tente inventar moda, sempre lembre do seguinte: menos é mais, ou como dizem os americanos, KISS, ou seja, Keep it Simple, Stupid. Em português, "deixe a coisa simples, idiota". Não tente fazer um programa que sirva até cafezinho. Faça pouco mas faça bem feito. Siga padrões de projeto, faça um banco de dados bem estruturado, construa um código organizado, e foque isso na sua apresentação.
Se alguém seguir as dicas, conte pra gente a experiência.
***
Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins
***
Gosta do que eu escrevo e quer retribuir? Vá ao Submarino entrando aqui pelo Sarcófago e compre alguma coisa que eu ganho uma comissão. A casa agradece.
Se a sua faculdade não impor qual deve ser o projeto desenvolvido e você não tem idéia do que fazer, procure uma empresa de alguém conhecido seu, explique o que é o projeto final, diga que está pensando em fazer um software para empresas como a dele e peça ajuda, peça o know-how dele.
Por fim, diga que SE o programa entregue no final do projeto estiver pronto para ser utilizado, você dá a ele o programa de graça. Mas nunca, nunca mesmo, diga que vai entregar um programa perfeito. Nunca se comprometa com a entrega de um sistema completo e funcional.
Eu fiz isso e tenho dores de cabeça de vez em quando.
Outra dica, não importa o quanto seu orientador tente inventar moda, sempre lembre do seguinte: menos é mais, ou como dizem os americanos, KISS, ou seja, Keep it Simple, Stupid. Em português, "deixe a coisa simples, idiota". Não tente fazer um programa que sirva até cafezinho. Faça pouco mas faça bem feito. Siga padrões de projeto, faça um banco de dados bem estruturado, construa um código organizado, e foque isso na sua apresentação.
Se alguém seguir as dicas, conte pra gente a experiência.
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Dica para leitura
O meu chapa Tiago Frossard publicou lá no blog dele, o Nuss... E agora!?!, um artigo interessante mostrando alguns vídeos de jogos que estão inovando na maneira com que eles são controlados. Se você acha geniais os controles modernos que tremem na sua mão quando você está jogando, prepare-se para descobrir que o futuro já chegou.
Não consigo imaginar como estarão as coisas daqui a quinze anos.
Não consigo imaginar como estarão as coisas daqui a quinze anos.
A Corregedoria é Linda: A Palestra
Pelo que eu me lembro, tudo começou em julho de 2007, quando a Corregedoria do Rio de Janeiro começou a colocar em funcionamento a história do Link do Selo ao Ato. A idéia até que é interessante, mas extremamente mal executada.
O Link do Selo ao Ato é um serviço à população e aos cartórios no qual é possível, através de um site, verificar se o selo cartorário que está colado em um documento é realmente daquele documento. Para isso todos os cartórios passariam a repassar as informações sobre os ditos atos.
Primeiro foram as aberturas e reconhecimento de firmas, as procurações e as certidões de procurações. Para estas nós recebemos gratuitamente programas, que foram instalados lá no cartório por um rapaz que estava mais interessado em ir embora do que em fazer a coisa funcionar. Ao final ele nos entregou um calhamaço de umas cento e cinqüenta páginas:
- Toma, é o manual. Qualquer coisa liga pra assistência. Abraço.
Tentamos nos virar com aquilo e fomos conseguindo aos trancos e barrancos, quando algumas semanas mais tarde surgiu a ordem para informar também os dados das escrituras e suas certidões. Só que aqui, ao invés de um programa, nos foi fornecido um site, feito por uma empresa contratada pela Corregedoria. Vou deixar para falar das horrendas características do site em outro artigo, e por enquanto basta saber que tudo funcionava tão bem quanto o rim da minha avó que faz hemodiálise. O cadastro de uma escritura, das mais simples, tomava em média cerca de quarenta minutos, quando a conexão ajudava. Chegamos ao ponto de ter que contratar alguém só pra isso.
Daí que, depois de uns três ou quatro meses nos matando para entender as vontades e desvontades do maldito site e do maldito programa, somos intimados a ir a Nova Friburgo para assistirmos uma palestra, na qual nos seria ensinado como usar os ditos cujos!
Sentiste o drama? Você é obrigado a usar um programa a partir de um determinado dia, sob pena de multa e processo administrativo por não fazê-lo, e só depois de QUATRO meses de uso obrigatório é que você vai receber um treinamento para aquilo!!
Mas se os problemas acabassem por aí, até que eu não reclamaria muito. Mas não, havia mais: a palestra foi dada em uma sala de 4 por 4, no início do verão, com o ar condicionado sem funcionar decentemente, e nesta sala estavam, eu contei, 31 - eu disse TRINTA E UMA - pessoas, entre escreventes, tabeliães e "rapazes do computador".
E a aula não podia ser menos proveitosa: a moça responsável pela apresentação passava os slides como se tivesse que terminar aquilo para salvar a mãe da forca. Eram, em média, cinco slides por minuto, narrados com ritmo de radialista em Flaflu. Quando questionávamos alguma coisa, quando reclamávamos de algo que não funcionava como devia, a única resposta era que a equipe terceirizada que tinha desenvolvido aquela bosta aquele programa estava entregando o serviço à própria Corregedoria e que qualquer dúvida ou reclamação deveria ser encaminhada à mesma, e não mais à equipe inicial. Era como dizer para esvaziarmos um mar usando um baldinho furado.
Voltei de lá com uma única certeza: tinha perdido meu tempo.
A Corregedoria não é linda?
***
Leia outros artigos da série A Corregedoria é Linda.
O Link do Selo ao Ato é um serviço à população e aos cartórios no qual é possível, através de um site, verificar se o selo cartorário que está colado em um documento é realmente daquele documento. Para isso todos os cartórios passariam a repassar as informações sobre os ditos atos.
Primeiro foram as aberturas e reconhecimento de firmas, as procurações e as certidões de procurações. Para estas nós recebemos gratuitamente programas, que foram instalados lá no cartório por um rapaz que estava mais interessado em ir embora do que em fazer a coisa funcionar. Ao final ele nos entregou um calhamaço de umas cento e cinqüenta páginas:
- Toma, é o manual. Qualquer coisa liga pra assistência. Abraço.
Tentamos nos virar com aquilo e fomos conseguindo aos trancos e barrancos, quando algumas semanas mais tarde surgiu a ordem para informar também os dados das escrituras e suas certidões. Só que aqui, ao invés de um programa, nos foi fornecido um site, feito por uma empresa contratada pela Corregedoria. Vou deixar para falar das horrendas características do site em outro artigo, e por enquanto basta saber que tudo funcionava tão bem quanto o rim da minha avó que faz hemodiálise. O cadastro de uma escritura, das mais simples, tomava em média cerca de quarenta minutos, quando a conexão ajudava. Chegamos ao ponto de ter que contratar alguém só pra isso.
Daí que, depois de uns três ou quatro meses nos matando para entender as vontades e desvontades do maldito site e do maldito programa, somos intimados a ir a Nova Friburgo para assistirmos uma palestra, na qual nos seria ensinado como usar os ditos cujos!
Sentiste o drama? Você é obrigado a usar um programa a partir de um determinado dia, sob pena de multa e processo administrativo por não fazê-lo, e só depois de QUATRO meses de uso obrigatório é que você vai receber um treinamento para aquilo!!
Mas se os problemas acabassem por aí, até que eu não reclamaria muito. Mas não, havia mais: a palestra foi dada em uma sala de 4 por 4, no início do verão, com o ar condicionado sem funcionar decentemente, e nesta sala estavam, eu contei, 31 - eu disse TRINTA E UMA - pessoas, entre escreventes, tabeliães e "rapazes do computador".
E a aula não podia ser menos proveitosa: a moça responsável pela apresentação passava os slides como se tivesse que terminar aquilo para salvar a mãe da forca. Eram, em média, cinco slides por minuto, narrados com ritmo de radialista em Flaflu. Quando questionávamos alguma coisa, quando reclamávamos de algo que não funcionava como devia, a única resposta era que a equipe terceirizada que tinha desenvolvido aquela bosta aquele programa estava entregando o serviço à própria Corregedoria e que qualquer dúvida ou reclamação deveria ser encaminhada à mesma, e não mais à equipe inicial. Era como dizer para esvaziarmos um mar usando um baldinho furado.
Voltei de lá com uma única certeza: tinha perdido meu tempo.
A Corregedoria não é linda?
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O Pecado de Todos Nós - Capítulo Um - Parte Um
(parte anterior)
Meu pai não era diferente dos outros homens. Ele possuía o bom-senso de saber o que deveria ter sido feito. Também era um homem do campo, que nunca se afastara do lugar onde nasceu, e sempre vivera preso à terra. Portanto, quando ele nos contou mais tarde o que vira em princípios de janeiro - alguns meses antes de ocorrerem aquelas coisas estranhas e terríveis - atribuímos aquilo à superstição, pois ele era o que se chamava de "fundamentalista".
- Sim - dizia ele, gravemente -, isso aconteceu porque todos nós, em todas as parte do mundo, éramos, na verdade, estranhos - estranhos que se odiavam - cada homem estranho ao outro e cada nação à outra. Foi necessário sermos punidos para que pudéssemos, finalmente, perceber a luz. "Porque então será grande a aflição, como nunca o foi, do princípio do mundo ao nosso tempo, nem jamais o será". Mateus 24:21.
Meu pai sabia a Bíblia quase de cor.
Durante os anos em que as nações permaneceram estabilizadas, armadas, apavoradas e se odiando, meu pai citava Mateus 24 quase que diariamente. Sua voz adquiria um tom sinistro, novo para ele, pois era por natureza um homem simples e otimista. As estações nunca falhavam; Deus nunca falhava. O Sol girava em sua órbita de fogo e o verde fluxo do mundo erguia-se e caía com ele, sob as mãos de Deus. Era esta a fé tranqüila de meu pai. Mas depois que caíram as primeiras bombas atômicas, e o ódio dos homens tornou-se mais feroz e mais louco, e foram inventadas as bombas de hidrogênio, então, a fé que meu pai depositava nos homens começou a falhar.
Ele estava na metade da casa dos 50 naquele mês de janeiro, forte, de porte quase monolítico, corado e animado, pleno de gargalhadas trovejantes. Diplomara-se por uma das melhores universidades agrícolas do país, e era conhecido como um estudioso dos assuntos internacionais. Ela fora prefeito de Arbourville e não conheci ninguém, nem antes nem depois, que estivesse mais "por dentro" do que se passava no mundo. Não, meu pai não estava caduco naquele mês de janeiro, nem tampouco alguns meses mais tarde, quando nos contou o que presenciara....
***
Continua...
O início
Meu pai não era diferente dos outros homens. Ele possuía o bom-senso de saber o que deveria ter sido feito. Também era um homem do campo, que nunca se afastara do lugar onde nasceu, e sempre vivera preso à terra. Portanto, quando ele nos contou mais tarde o que vira em princípios de janeiro - alguns meses antes de ocorrerem aquelas coisas estranhas e terríveis - atribuímos aquilo à superstição, pois ele era o que se chamava de "fundamentalista".
- Sim - dizia ele, gravemente -, isso aconteceu porque todos nós, em todas as parte do mundo, éramos, na verdade, estranhos - estranhos que se odiavam - cada homem estranho ao outro e cada nação à outra. Foi necessário sermos punidos para que pudéssemos, finalmente, perceber a luz. "Porque então será grande a aflição, como nunca o foi, do princípio do mundo ao nosso tempo, nem jamais o será". Mateus 24:21.
Meu pai sabia a Bíblia quase de cor.
Durante os anos em que as nações permaneceram estabilizadas, armadas, apavoradas e se odiando, meu pai citava Mateus 24 quase que diariamente. Sua voz adquiria um tom sinistro, novo para ele, pois era por natureza um homem simples e otimista. As estações nunca falhavam; Deus nunca falhava. O Sol girava em sua órbita de fogo e o verde fluxo do mundo erguia-se e caía com ele, sob as mãos de Deus. Era esta a fé tranqüila de meu pai. Mas depois que caíram as primeiras bombas atômicas, e o ódio dos homens tornou-se mais feroz e mais louco, e foram inventadas as bombas de hidrogênio, então, a fé que meu pai depositava nos homens começou a falhar.
Ele estava na metade da casa dos 50 naquele mês de janeiro, forte, de porte quase monolítico, corado e animado, pleno de gargalhadas trovejantes. Diplomara-se por uma das melhores universidades agrícolas do país, e era conhecido como um estudioso dos assuntos internacionais. Ela fora prefeito de Arbourville e não conheci ninguém, nem antes nem depois, que estivesse mais "por dentro" do que se passava no mundo. Não, meu pai não estava caduco naquele mês de janeiro, nem tampouco alguns meses mais tarde, quando nos contou o que presenciara....
Continua...
O início
Mandou Email ou Recado Frufru e Idiota, Recebe Spam de Volta
Já cansado com a enorme quantidade de emails bobos com apresentações em Power Point, com as corrente acéfalas e com todos os recados frufrus e inúteis que recebo por email e pelos recados do Orkut, tomei uma decisão: para cada um que eu receber, vou mandar de volta um spam, com propaganda do Sarcófago, do Vovó Viu a Rede, do Flog e do meu livro.
Vamos ver se aumenta a visitação ou as vendas.
A propósito, você já comprou meu livro?
Vamos ver se aumenta a visitação ou as vendas.
A propósito, você já comprou meu livro?
50 Semanas de Rock - Beach Boys
Curta e grossamente falando, os fãs do Beach Boys que me desculpem, mas não vi muita coisa neles. Sim, eles faziam umas coisas interessantes, principalmente com aqueles arranjos de voz, como nas músicas Heroes and Villians e Vegetables, mas, novamente peço perdão aos fãs, é quase difícil entender como este grupo pode ter influenciado gente como Elton John e Ramones.
Cheguei ao ponto de ter me arrependido de colocá-los entre as 50 semanas. Nem mesmo o Pet Sounds, disco que muitos consideram um dos melhores da história, conseguiu me convencer.
Talvez tenha sido por causa do carnaval, que não me deixou ouvir muita música, ou então por eu só ter conseguido dois cds deles, ou então, como já aconteceu antes, me falta maturidade musical, mas o fato é que não gostei. Pra mim, a melhor coisa dos Beach Boys continua sendo a gravação deles de Crocodile Rock no cd Two Rooms, tributo a Elton John.
***
Mesmo que eu não tenha gostado e você queira experimentar, compre cds dos Beach Boys no Submarino ou no Mercado Livre entrando por aqui que eu ganho uma comissão.
Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 Semanas de Rock
Cheguei ao ponto de ter me arrependido de colocá-los entre as 50 semanas. Nem mesmo o Pet Sounds, disco que muitos consideram um dos melhores da história, conseguiu me convencer.
Talvez tenha sido por causa do carnaval, que não me deixou ouvir muita música, ou então por eu só ter conseguido dois cds deles, ou então, como já aconteceu antes, me falta maturidade musical, mas o fato é que não gostei. Pra mim, a melhor coisa dos Beach Boys continua sendo a gravação deles de Crocodile Rock no cd Two Rooms, tributo a Elton John.
Mesmo que eu não tenha gostado e você queira experimentar, compre cds dos Beach Boys no Submarino ou no Mercado Livre entrando por aqui que eu ganho uma comissão.
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Blog Bom: Casa Branca 2008
Se você acha que acompanhar o andamento das eleições americanas é mais interessante e importante do que acompanhar o Big Brother, taí um blog excelente. O jornalista Jefferson Guedes consegue colocar em panos limpos até mesmo os complicados métodos de contagem de votos e escolha do presidente dos Estados Unidos.
Se você anda desligado e acha que estas eleições que estão acontecendo por lá nos últimos dias são para escolher o novo presidente, é melhor visitar e acompanhar.
Casa Branca 2008
Se você anda desligado e acha que estas eleições que estão acontecendo por lá nos últimos dias são para escolher o novo presidente, é melhor visitar e acompanhar.
Bebum na Estrada
Espero que nenhuma de vocês tenha ficado como o bebum que aparece neste vídeo. Ah, abaixem o som porque a música é insuportável.
(Dica do CAT)
(Dica do CAT)
50 Semanas de Rock - Alice Cooper
Pode ser um pouco cedo para falar uma coisa destas após a terceira das cinqüenta semanas de rock, mas posso arriscar dizer que Alice Cooper estará entre os dez mais. Rapaz, eu fiquei chapado com os discos do cara. Quer dizer, com dois dos três que copiei.
Demorei muito para encontrar uma palavra que descrevesse o rock feito por Alice Cooper, e acho que a definição que mais se aproxima é dizer que ele faz um rock cru. Não há muita produção por trás das músicas. Tudo o que você ouve é a guitarra, o baixo e a bateria. Fora isso, apenas um instrumento diferente aqui e outro ali, mas tudo de forma muito simples, parecendo que estão todos aqui em volta de você, ao vivo.
O primeiro disco é Trash, o menos empolgante de todos. Não é ruim, mas também não é nada espetacular. É simplesmente bom, puro rock'n'roll. Destaques para Hell is Living Without You e Only My Heart Talkin', esta última que me lembrou Bon Jovi.
O segundo disco, que entra pra categoria "bom pra cacete" é Billion Dollar Babies, com ótimas músicas. Billion Dollar Baby, com trechos com duas vozes cantando duas coisas diferentes ao mesmo tempo te faz ouvir duas vezes para prestar atenção em tudo. Unfinished Sweet tem uma seção de baixo fuderosa, que lembra o tema antigo de 007. Generation Landslide é semi-acústica, com um violão maneiríssimo, solo de gaita, e ainda faz menção ao nome do disco. Muito boa de se ouvir. Sick Things começa simples, mas a música vai crescendo lentamente, ficando mais pesada, e no final ela se desmancha, deslizando, unindo-se à próxima, Mary Ann, sem interrupção. Bem feito pra cacete. E Mary Ann, para não quebrar a seqüência de músicas boas, tem apenas uma pequena parte cantada, e então engata em um solo de quase dois minutos de puro piano. Fodão. I Love the Dead, com sua letra necrófaga, é muito bem feita também, alterando seções instrumentais raivosas com o refrão quase romântico. Tem momentos que lembra Madman Across the Water, de Elton John.
E temos então o disco que é um dos melhores que eu já ouvi, em que todas as músicas chamam a atenção, e que com certeza um dia comprarei com todo o prazer: School's Out. A primeira música, a faixa título School's Out, começa rasgando um rockão bom demais, já solando e ditando um ritmo intenso. Luney Tune segue bombando e tem até riff de violino. O baixo de Gutter Cats vs the Jets é de babar. Além da música ser diferente: tem marcação de ritmo com estalar de dedos, sintetizadores e corais. E ainda por cima engata com Street Fight, que nem cara de música tem. Esta é como se fosse um epílogo da música anterior, já que a primeira fala do confronto entre os gatos e os Jets, com a briga no final. Blue Turk não tem o direito de ser chamada de rock: ela é uma jam session das boas! Simplesmente incrível. Coisa que só mesmo nos meus cds de jazz eu vi coisa igual. É pra botar no fone de ouvido, apagar a luz e viajar pra bem longe naquele sonzão todo, prestando atenção em todos os detalhes. Pena que dure tão pouco: só cinco minutos e meio.
My Stars é foda. O fraseado do piano no início da música, seguido pelo solo da guitarra, seguido pela metralhadora que é a bateria, depois tudo junto freneticamente, só para abrir a cena para que Alice entre cantando assustadoramente bem, brincando até de fazer efeitos com a voz, é coisa rara de se ouvir de tão bom que é. O início de Public Animal #9 tem ar de rock moderno, quase pop, mas descamba para o rock pesado das antigas, com direito a um solo de guitarra maneiríssimo.
E se o disco se chama School's Out e a faixa-título fala do término das aulas, Alma Mater é uma despedida aos amigos da escola. Muito interessante a ligação entre as músicas. Não apenas entre estas duas, mas também entre Alma Mater, que engata com a última, chamada merecidamente de Grande Finale, uma instrumental genial que tem até citação da música Gutter Cats vs the Jets no final.
Façam um favor às suas vidas: não morram antes de ouvir este disco. Eu com certeza vou ouvir muito mais de Alice Cooper depois que estas cinqüenta semanas terminarem.
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Você gosta do que eu escrevo? Que tal então comprar produtos do Alice Cooper no Submarino entrando aqui pelo Sarcófago? Você compra alguma coisa e eu ganho uma comissão.
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Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 Semanas de Rock
Demorei muito para encontrar uma palavra que descrevesse o rock feito por Alice Cooper, e acho que a definição que mais se aproxima é dizer que ele faz um rock cru. Não há muita produção por trás das músicas. Tudo o que você ouve é a guitarra, o baixo e a bateria. Fora isso, apenas um instrumento diferente aqui e outro ali, mas tudo de forma muito simples, parecendo que estão todos aqui em volta de você, ao vivo.
O primeiro disco é Trash, o menos empolgante de todos. Não é ruim, mas também não é nada espetacular. É simplesmente bom, puro rock'n'roll. Destaques para Hell is Living Without You e Only My Heart Talkin', esta última que me lembrou Bon Jovi.
O segundo disco, que entra pra categoria "bom pra cacete" é Billion Dollar Babies, com ótimas músicas. Billion Dollar Baby, com trechos com duas vozes cantando duas coisas diferentes ao mesmo tempo te faz ouvir duas vezes para prestar atenção em tudo. Unfinished Sweet tem uma seção de baixo fuderosa, que lembra o tema antigo de 007. Generation Landslide é semi-acústica, com um violão maneiríssimo, solo de gaita, e ainda faz menção ao nome do disco. Muito boa de se ouvir. Sick Things começa simples, mas a música vai crescendo lentamente, ficando mais pesada, e no final ela se desmancha, deslizando, unindo-se à próxima, Mary Ann, sem interrupção. Bem feito pra cacete. E Mary Ann, para não quebrar a seqüência de músicas boas, tem apenas uma pequena parte cantada, e então engata em um solo de quase dois minutos de puro piano. Fodão. I Love the Dead, com sua letra necrófaga, é muito bem feita também, alterando seções instrumentais raivosas com o refrão quase romântico. Tem momentos que lembra Madman Across the Water, de Elton John.
E temos então o disco que é um dos melhores que eu já ouvi, em que todas as músicas chamam a atenção, e que com certeza um dia comprarei com todo o prazer: School's Out. A primeira música, a faixa título School's Out, começa rasgando um rockão bom demais, já solando e ditando um ritmo intenso. Luney Tune segue bombando e tem até riff de violino. O baixo de Gutter Cats vs the Jets é de babar. Além da música ser diferente: tem marcação de ritmo com estalar de dedos, sintetizadores e corais. E ainda por cima engata com Street Fight, que nem cara de música tem. Esta é como se fosse um epílogo da música anterior, já que a primeira fala do confronto entre os gatos e os Jets, com a briga no final. Blue Turk não tem o direito de ser chamada de rock: ela é uma jam session das boas! Simplesmente incrível. Coisa que só mesmo nos meus cds de jazz eu vi coisa igual. É pra botar no fone de ouvido, apagar a luz e viajar pra bem longe naquele sonzão todo, prestando atenção em todos os detalhes. Pena que dure tão pouco: só cinco minutos e meio.
My Stars é foda. O fraseado do piano no início da música, seguido pelo solo da guitarra, seguido pela metralhadora que é a bateria, depois tudo junto freneticamente, só para abrir a cena para que Alice entre cantando assustadoramente bem, brincando até de fazer efeitos com a voz, é coisa rara de se ouvir de tão bom que é. O início de Public Animal #9 tem ar de rock moderno, quase pop, mas descamba para o rock pesado das antigas, com direito a um solo de guitarra maneiríssimo.
E se o disco se chama School's Out e a faixa-título fala do término das aulas, Alma Mater é uma despedida aos amigos da escola. Muito interessante a ligação entre as músicas. Não apenas entre estas duas, mas também entre Alma Mater, que engata com a última, chamada merecidamente de Grande Finale, uma instrumental genial que tem até citação da música Gutter Cats vs the Jets no final.
Façam um favor às suas vidas: não morram antes de ouvir este disco. Eu com certeza vou ouvir muito mais de Alice Cooper depois que estas cinqüenta semanas terminarem.
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Veja a lista das bandas que fazem parte das 50 Semanas de Rock
Livro: O Pecado de Todos Nós, de Taylor Caldwell
Um dos meus livros favoritos, que li ainda no ensino fundamental, é O Pecado de Todos Nós (Your Sins and Mine), de Taylor Caldwell, escrito na década de 50. Passei anos procurando um exemplar para comprá-lo, mas só depois de muito custo descobri que era um dos poucos livros dela que estava fora de catálogo no Brasil. Após meses de buscas, consegui um exemplar usado no Mercado Livre.
Já que ele não está mais disponível para o público, e como forma de compartilhar esta obra deliciosa com as minhas leitoras, vou aos poucos digitar o livro, que não é tão grande assim, e ir publicando aqui no Sarcófago. Espero que vocês gostem e contem pras amigas. Segue a primeira parte.
***
O Pecado de Todos Nós
por Taylor Caldwell
Tradução de Luzia Caminha Machado da Costa
***
Em todos os lugares do mundo, a terra recusava-se a frutificar...
O sol brilhava num céu sem nuvens e os rios baixavam e os mares se encolhiam e os riachos e regatos secavam e as montanhas se crestavam e os vales se amarelavam na terra inteira.
A terra nos odiava, a terra violada, a terra fiel, a terra explorada, a terra gentil. A terra decidira que tínhamos de morrer, e todas as coisas vivas e inocentes conosco.
A terra nos amaldiçoara.
Nossas guerras e nossos ódios - tudo isso havia, finalmente, repugnado à terra sábia.
Não sabíamos, então, que éramos acusados como inimigos irreconciliáveis de toda a criação.
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Já que ele não está mais disponível para o público, e como forma de compartilhar esta obra deliciosa com as minhas leitoras, vou aos poucos digitar o livro, que não é tão grande assim, e ir publicando aqui no Sarcófago. Espero que vocês gostem e contem pras amigas. Segue a primeira parte.
O Pecado de Todos Nós
por Taylor Caldwell
Tradução de Luzia Caminha Machado da Costa
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Em todos os lugares do mundo, a terra recusava-se a frutificar...
O sol brilhava num céu sem nuvens e os rios baixavam e os mares se encolhiam e os riachos e regatos secavam e as montanhas se crestavam e os vales se amarelavam na terra inteira.
A terra nos odiava, a terra violada, a terra fiel, a terra explorada, a terra gentil. A terra decidira que tínhamos de morrer, e todas as coisas vivas e inocentes conosco.
A terra nos amaldiçoara.
Nossas guerras e nossos ódios - tudo isso havia, finalmente, repugnado à terra sábia.
Não sabíamos, então, que éramos acusados como inimigos irreconciliáveis de toda a criação.
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