Jogo de Palavras

Vou tentar fazer uma coisa diferente, coisa esta que somente vou te revelar, cara leitora, no final deste texto. Texto este que inicia suas primeiras linhas em uma folha em branco de um caderno usado por mim mesmo quando eu estava estudando no Segundo Grau nos idos de 1995, curso este que hoje em dia teve inclusive seu nome modificado.

O objetivo deste texto passa longe de tudo o que eu cheguei a colocar neste meu simples blog, este mural de contos e relatos variados. A vontade de escrever algo assim morou dentro de mim por longos e numerosos meses, mas nunca me dei o trabalho de colocar a tal vontade pra funcionar. Mas hoje, uma noite chuvosa de um janeiro completamente fora do normal, ela reapareceu e me arrebatou.

Ora pois, pus-me a procurar este caderno de rascunhos no fundo da gaveta de baixo do lado esquerdo da minha escrivaninha, e, assim que o encontrei, sentei-me confortavelmente na minha poltrona e iniciei a batalha contra o meu conhecimento.

Qualquer pessoa sensata pode ser capaz de notar que por estas poucas linhas que escrevi nenhum assunto pertinente ou interessante se fez notar (e nem vai se fazer), o que chega a ser um perigo, pois um visitante de primeira viagem pode pensar que sou afeito a devaneios e loucuras e pode, com um simples clique de seu mouse, fechar a janela ou voltar para tela anterior e nunca mais dar as caras por aqui.

Por sorte, tenho alguns leitores que costumam vir bastante a este cafofo virtual, e estes sabem que estou tramando algo. E mesmo que, ao chegar ao final, pensem que tudo isso demonstre ser uma pura perda de tempo, tenho como certo o seu retorno.

Bem, estou a terminar o verso da folha de caderno, e mesmo sabendo que isto tudo que vejo vai se transformar em poucas linhas numa tela de computador, acho que posso me dar por satisfeito.

Logo, como o texto se parece se aproximar de seu fim, vou explicar meus planos: em agosto ou setembro do ano passado, perdoem-me se meus miolos falham, o Blogger estava dando pau com os acentos e todos os textos eram publicados com caracteres errados. Por isso, o Inagaki, que escreve o excelente blog "Pensar Enlouquece. Pense Nisto." escreveu um texto inteiro reclamando do problema do Blogger, ao mesmo tempo em que o fazia sem usar nenhum - eu disse nenhum - acento. Acho que nem mesmo cedilhas ele usou. Mas veja que em nenhum momento ele escreveu errado: apenas deixou de usar palavras acentuadas.

Logo, desafiei-me a mim mesmo a escrever um texto como aquele, e hoje o fiz. Muitas rasuras se espalham por este rascunho, que logo digitarei, mas o importante eu consegui: venci meu desafio e cheguei aqui sem usar acentos. Achei que seria incapaz de lograr tal feito, mas acabei vendo que foi menos doloroso do que pensei que seria quando comecei a rabiscar.

Desculpe, querida leitora, se a fiz perder seu precioso tempo com uma baboseira grande como esta, mas de forma alguma posso negar que, pra mim, isto foi um grande divertimento, uma bela brincadeira com palavras (coisa que adoro), algo que me levou para depois dos limites que eu julgava ter. Portanto, de forma alguma me arrependo.

Infelizmente, nem assinar meu texto eu posso, visto que meu nome tem um acento figurando logo acima da primeira vogal. E tampouco posso escrever o nome do meu site, pelo mesmo nefasto motivo. Portanto, ponto final, porque meu estoque de palavras se esvai cada vez mais, a cada linha que surge.

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