Simpatias para 2010

Como eu sempre gosto de ensinar alguma coisa às minhas leitoras, aqui vão algumas das minhas simpatias para que meu 2010 seja um sucesso. Infelizmente é um pouco tarde para colocá-las em prática, mas pelo menos pode servir de inspiração para 2011.

Para ter dinheiro: minha simpatia para ter dinheiro em 2010 foi trabalhar bastante durante o ano, cumprindo minhas metas e tratando bem meus companheiros de trabalho. Desta forma, continuo sendo considerado útil na empresa onde trabalho e o emprego fica garantido. Em consequência, dinheiro durante todo o ano de 2010.

Para ter amor: tratei bem a minha esposa. Fiz surpresas e dei presentes, ouvi e dei colo, passeei e agradei. Enfim, mostrei que a amo. Desta forma, ela continua me amando e tenho certeza de que terei um ano feliz ao seu lado.

Para ter saúde: evitei comer todo o tipo de besteira durante o ano. Claro que não foi fácil e muitas vezes eu caí em tentação, comendo uma merdinha aqui e outra ali, mas no geral eu melhorei bastante minha alimentação. Ah, claro, eu fui algumas vezes ao médico, aumentando a média de visitas. Desta forma, garanti que o corpitcho está preparado para encarar mais um ano.

Para ter paz: não destratei ninguém; convivi bem com família, vizinhos e amigos; não tenho dívidas e não pedi dinheiro emprestado; ajudei quando podia e ouvi quem queria falar; não cultivei inimizades; não me meti em confusão; prestei culto ao Senhor e li Sua palavra. Com tudo isso, é certo que os que estão ao meu redor não me trarão problemas, logo a paz é certa.

E vocês, queridas leitoras? Quais são as suas simpatias?

Visão do Local de Trabalho III

Esquina da Primeiro de Março com a Presidente Vargas.

É a visão que temos da sala onde trabalho.

Meu Pedido para Papai Noel

Eu gostaria de pedir a Papai Noel apenas uma coisa: que as pessoas que se dizem cristãs passassem a celebrar o Natal como o momento do nascimento de Jesus, nosso salvador, agradecendo e dando graças pela benção da salvação, e não usando-o como uma mera desculpa para gastar dinheiro com presentes.

Feliz Natal a todas as minhas leitoras.

O Universo Conhecido

Animação fabulosa que mostra o universo conhecido. Magnificamente lindo. E dá o que pensar: como somos PEQUENOS! E você aí se preocupando com mesquinharias. Dica do C@T.



Ah, sim, uma pergunta: o que há depois do universo conhecido?

Orquestra Sinfônica Brasileira

Sexta-feira passada, dia 18, fomos à Sala Cecília Meireles, na Lapa, para assistir à última aprensentação do ano da Orquestra Sinfônica Brasileira. Era uma apresentação que eu estava ansioso para ver desde o início do ano, quando comprei os ingressos, porque seria uma noite em homenagem a John Williams. Lá iríamos nós ouvir os temas de ET, Parque dos Dinossauros, Harry Potter, A Lista de Schindler, Indiana Jones e Guerra nas Estrelas.

Eu SABIA que ia ser bom desde o princípio, e quando a última obra da noite - Guerra nas Estrelas - terminou, eu SABIA que tínhamos assistido a uma apresentação memorável e inesquecível, mas nada poderia nos preparar para o que veio em seguida.

Depois que o maestro saiu e todos estávamos aplaudindo, as luzes diminuíram, ligaram uns estrobos no teto e pudemos ouvir uma voz nos chamando:

- Venham para o lado negro da força.

Eis que Darth Vader em pessoa, surgido do meio da platéia, invade o palco e rege o bis - seu tema - usando um sabre de luz, para o delírio da galera. Ao fim, o maestro Roberto Minczuk volta ao palco vestindo uma camisa do Super-Homem e, também com um sabre de luz, luta contra Darth Vader. Com o vilão derrotado e a platéia em polvorosa, o maestro rege então o último bis: o tema do Super-Homem.

Por fim, o maestro se despediu:

- Boa noite, feliz Natal, feliz ano novo, e que a força esteja com vocês!

Parabéns e obrigado à OSB por esta noite inesquecível e magnífica, que fechou dois mil e nove com chave de ouro.

Segue aí o vídeo do fim da apresentação:

O que é software de qualidade?

Quando vamos iniciar um projeto de um software, seja ele um pequeno sistema de monitoramento remoto ou um grande sistema para operação no mercado financeiro, é importante termos a consciência de que devemos construí-lo com qualidade.

Mas o que é, exatamente, um software de qualidade? O que pode ser usado para medir a qualidade de um software? Beleza? Simplicidade? Quantidade de que merda! exclamados pelos usuários?

Acredito que há quatro fatores fundamentais para que um software possa ser considerado como de qualidade. Em primeiro lugar, sua corretude: o software deve fazer aquilo que o levou a ser feito, ou seja, deve atender às necessidades dos usuários.

Em segundo lugar está sua velocidade: de nada adianta fazer um sistema que faça o que o usuário espera dele, mas leve tanto tempo para isso que o usuário tenha tempo de ir à máquina de café.

Em terceiro lugar vem a facilidade de uso: a palavra está um pouco banalizada atualmente, mas a usabilidade de um sistema é um fator chave para o seu sucesso.

Por fim, sua facilidade de manutenção: este é um dos requisitos com o qual o usuário se importa pouco ou nada, mas que garante a sobrevida do produto, já que todos nós somos péssimos programadores e, uma hora ou outra, vamos precisar acrescentar a ele novas funções ou corrigir antigas.

Como garantir, então, que o software com o qual você está trabalhando tenha estas quatro características?


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Corretude

Garantir que o sistema faça o que o usuário espera dele requer duas atitudes primordiais: entender e testar.

Entender significa que você deve realmente saber o que deve ser feito, quais são as expectativas do usuário. Aqui não há espaço para achismos. Por experiência própria, eu te garanto: na maioria das vezes em que você tenta adivinha o que o cliente quer, você quebra a cara, e feio.

Nada impede que você sugira idéias. Elas são bem vindas sempre. O que não dá pra fazer é simplesmente supor.

Já testar significa exatamente isto: testar se o que você fez funciona como era esperado. E, além disso, é preciso testar se o que você fez não quebrou alguma coisa que já estava funcionando antes. Eu tenho criado o saudável hábito de escrever uma série de verdade absolutas sobre as coisas que faço, e a cada alteração nos sistemas eu verifico se as verdades ainda estão valendo. Se não estiverem, alguma besteira eu fiz. Sim, eu sei que dá trabalho, mas lembre-se do que diz a regra nove do Padrão Marinato de Qualidade: os testes devem durar duas vezes e meia o tempo de programação.




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Velocidade

Tem muita gente por aí que, pra tirar o próprio rabo da reta, sugere a compra de mais memória quando o cliente reclama da velocidade do sistema.

Sim, eu sei que há casos em que a culpa é realmente do cliente, que tenta enfiar o mais novo sistema operacional em uma máquina de oito anos atrás, mas é preciso lembrar, também, que todos somos programadores fracos, e é bem provável que você tenha feito alguma besteira, ou que tenha deixado de fazer algo a mais.

Não estou falando de fazer tuning no seu sistema, o que nem sempre é uma boa ideia, mas apenas de prestar atenção nos seus laços e repetições, nas configurações do compilador e no uso de threads, se sua linguagem de programação permitir isso.

Encarei esse problema recentemente no projeto em que estou trabalhando: nele, sempre que uma determinada janela é fechada nós gravamos um arquivo com os dados que estavam sendo exibidos. Este recurso já está pronto há meses, até que um cliente reclamou de um engasgo no sistema sempre que fechava a tal janela.

Fomos verificar e descobrimos que tínhamos feito a besteira de gravar os dados em etapas, abrindo e fechando o arquivo milhares de vezes ao invés de fazer a operação toda em uma pancada só.




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Facilidade de Uso

De pouco adianta um sistema que faça mil e uma coisas se o usuário se sente como um cego perdido em meio a um tiroteio, diante de todos botões e menus, sendo obrigado a frequentar um curso intensivo de dois meses para usá-lo.

Para se construir um software fácil de usar é preciso estar sempre em contato com o usuário, obtendo seu feedback incessantemente.

E, embora possa parecer frescura, o trabalho de um designer competente é muito importante, já que animal mais raro que programador bom em design só mesmo advogado que não seja venenoso.





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Manutenibilidade

Qualidade essencial porém invisível para o cliente, a facilidade de se dar manutenção em um sistema é essencial para que ele possa ter vida longa de uso.

Lembre-se que, assim como acontece nos livros de cartório, o que você escreve hoje será lido daqui a seis meses, um ano, dois anos, por você e, com certeza, por muitas outras pessoas, algumas das quais, é certo, não terão você por perto. Ou você não pensa em tirar férias?

Logo, é preciso sempre ter em mente a Grande Lei do Desenvolvimento: escreverás código que humanos sejam capazes de entender. E não apenas isso: adote padrões de projeto que estruturem o seu sistema de maneira que as pessoas, entendendo o padrão, possam saber onde estão pisando.

E, veja bem, querida leitora, quando falo em padrões de projeto, não estou falando só dos Padrões de Projeto que nos ensinam na faculdade, mas também em produzir código padronizado e consistente, com convenções bem estabelecidas e conhecidos por todos.

Estas recomendações culminam, por fim, em um ponto importante: documentação. É preciso registrar o raciocínio por trás de todas aquelas linhas de código. Entender porque determinadas decisões de projeto foram tomadas (ou não) é parte essencial do trabalho de mudar algo que já está pronto.





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Aí estão, então, os quatro principais pontos com os quais me preocupo quando estou trabalhando na construção de um sistema.

É claro que volta e meia eu escorrego e deixo de seguir uma ou outra de minhas próprias recomendações, mas isso também faz parte do aprendizado.


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Artigo inspirado por um outro, de Steve Feuerstein, da Oracle Magazine, escrito ao som das músicas religiosas de Elvis Presley.

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Outros artigos meus sobre análise de sistemas

Tô Vendendo

Estou vendendo um monitor Samsung CRT 19 polegadas, tela plana, modelo 997MB usado mas em perfeito estado, funcionando 100%, por apenas R$ 50,00.

É um excelente monitor com uma qualidade de imagem excelente, que já me acompanha há quase quatro anos.

Quero me desfazer dele porque ele é muito pesado e estava envergando a minha mesa vagabunda, daí comprei um monitor LCD, bem mais leve.

Ele está em Niterói mas posso levá-lo para Cachoeiras de Macacu se for o caso. Alguma leitora tá afim?

Quem pagar R$ 60,00 ainda leva de brinde uma edição do meu livro Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor.

Anúncios Que Não Veremos Por Aí

Em Dezembro, conheça a nova coelhinha da Playboy:  Ana Paula Valadão.

É de fazer o capeta se regenerar!

Visão do Local de Trabalho II

Ilha das Cobras, Ponte Rio-Niterói, Baía da Guanabara e, ao longe, a serra de Cachoeiras de Macacu.

É isso que vejo da sala onde trabalho.

Momento de Racismo

Tenho nojo de um colega de trabalho. Ele pode até ser um cara divertido, mas seu racismo o faz perder todo o valor. Frase sua recente:

Eu nunca comi uma preta. Não é nem por questão de higiene, não. É porque...

No fim da frase eu já não estava mais prestando atenção.

Minha Biblioteca Técnica - Parte II

Segue aí a segunda parte da lista de livros que tenho na minha biblioteca técnica. A primeira parte pode ser lida aqui.







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Padrões de Acesso a Dados: Na esteira da temática dos padrões, este livro, como o nome já denuncia, cataloga uma série de soluções comuns para lidar com o acesso a dados, indo desde a criação de um ponto único para geração de instruções SQL até estratégias de cache de dados. É uma excelente fonte de informação, evitando que os programas se tornem uma intrincada macarronada onde tarefas de negócio e de persistência se misturam indiscriminadamente. Não tem edição em português.


Programação Extrema Explicada: Na minha faculdade eu quase cheguei a estudar sobre a metodologia XP, mas infelizmente, por troca de professor, acabamos estudando ASP. Por isso, comprei o livro para entender melhor como funciona esta metodologia de desenvolvimento. Apesar de bem interessante, ele não me foi muito útil naquela época porque eu não trabalhava numa equipe, daí muitos conselhos eu não pude aproveitar. Hoje, como faço parte de uma equipe, tenho certeza de que uma relida nele renderá bons frutos.


Redes de Computadores: Na época em que eu estava fazendo várias provas para concursos, vi que precisava entender bem mais sobre redes e este me foi apontado como o livro essencial sobre o tema. E é realmente excelente, cobrindo do hardware mais básico ao software mais avançado. Eu escrevia os artigos para o Vovó Viu a Rede com base no que aprendia com este livro. Infelizmente, com minha troca de emprego, cidade e estado civil, tive que interromper a sua leitura, mas com certeza irei retomá-la em breve.



Design com Multi-Paradigmas em C++: Por enquanto, é o único livro da minha biblioteca voltado para uma linguagem específica. Nele, o autor defende a tese de que programar em C++ utilizando apenas o paradigma de orientação a objetos é desperdiçar todo o poder de fogo da linguagem, algo como comprar um computador só para ouvir música. Ele sugere utilizar, ao mesmo tempo, em um mesmo sistema, vários recursos que vão além da orientação a objetos, como os templates e funções sobrecarregadas, apresentando técnicas de modelagem que indicam a melhor técnica de desenvolvimento e implementação dessas soluções. Já o li uma vez e achei bem difícil de entender, tanto por sua linguagem acadêmica demais, tanto por usar recursos de C++ que eu não faço a mínima idéia do que sejam. Não tem edição em português.


The Timeles Way of Building: não tem nada a ver com informática e fala apenas de arquitetura, mas é o livro que inspirou os autores de Padrões de Projeto. Ele mostra como existem soluções recorrentes para problemas recorrentes na construção de qualquer tipo de prédio, e demonstra como reconhecê-los e aplicá-los durante o projeto deles. Familiar, não? É um excelente texto que me fez ver os sistemas com outros olhos. Não tem edição em português.


Introdução ao Rational Unified Process: Este livro tinha tudo para ser um dos meus favoritos, mas a edição que comprei é tão ruim que eu mal consegui chegar à página 20. Mal-acabado e recheado de erros crassos de tradução, afasta os leitores que querem saber mais sobre o processo unificado da Rational. Ainda vou comprar uma edição decente para poder ler e aprender mais sobre esta metodologia de desenvolvimento.

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Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins

Visão do Local de Trabalho

Mosteiro de São Bento, Baía da Guanabara e Ponte Rio Niterói.

Esta é a visão que tenho da sala onde trabalho.



Sobre Ofender Quem Faz Melhor Que Nós

Modéstia à parte, eu digito muito bem. Bem pra caralho, pra ser claro. Quando me formei na datilografia (sim, crianças, eu fiz curso de datilografia), eu cheguei a bater 290 toques por minuto. No computador do cartório, acho que devo ter chegado a uns 450, 500 toques. (Né, Thiago?).

Até eu acabo me assustando com minha velocidade, mas pra mim é algo extremamente natural. Eu não preciso de olhar para o teclado para digitar nada. Sabe o Elton John tocando piano? Sabe o Eric Clapton tocando guitarra? É nesse nível.

Tanto que se eu estiver digitando alguma coisa e uma pessoa vier falar comigo, eu viro a cabeça, converso naturalmente com a pessoa e continuo digitando normalmente. Sim, eu sei que é esquisito, mas é assim que acontece.

Como isso não é uma coisa comum, todo mundo se assusta.

- Caramba, quê isso?! Você não está digitando certo!

E vêm olhar a tela do meu computador, só para comprovar que eu realmente estava digitando e que estava digitando tudo certo.

Se a opinião deles acabasse aí, tudo bem. Se eu me surpreendo, nada mais justo que as outras pessoas também se surpreendam. Mas muitas vezes a coisa não acaba aí. Já ouvi, acreditem, frases assim quando eu continuo digitando:

- Seu corno filho da puta, pare de digitar enquanto fala comigo!

Aqui entramos na parte filosófica da questão toda: é justo reclamar de alguém - e pior, ofender alguém - porque ela faz algo que você não é capaz de fazer? Eu pergunto isso às pessoas, porque eu sinceramente quero entendê-las, saber o que elas pensam, mas ninguém tem uma resposta. Geralmente é só ah, deixa de ser ridículo.

Elas simplesmente não têm uma explicação decente para isso. Seu raciocínio é simples e claro: Mário faz algo bem; eu não sei fazer igual; Mário está fazendo na minha frente; então Mário é ridículo/corno/filho-da-puta. Algumas chegam até a se ofender quando eu lhes faço a pergunta.

Mas, digam-me, é justo isso? Imagine que você está em um ginásio assistindo a uma competição de ginástica artística, a Daiane dos Santos sobe lá no tablado e faz aquelas coisas sensacionais que ela sabe fazer. Um maluco, então, corre à beira do tablado e grita pra ela:

- Ei, sua anã preta filha duma puta! Vamos parar com essa porra de duplo twist carpado? Eu não consigo fazer isso, então pare de se exibir, sua piranha!

Claro que não é justo! A pessoa que faz algo bem se preparou para conseguir aquilo, então que faça. Eu fico imaginando estas pessoas na academia, brigando com alguém do lado só porque a pessoa está levantando cinquenta quilos, enquanto ela própria só consegue levantar cinco.

Vai ter leitora alegando que a Daiane está numa competição, então tem que fazer o seu melhor, e que eu conversar com alguém enquanto digito (ou digitar enquanto converso com alguém, sei lá) é pura exibição, mas, peralá!

Eu não sei cozinhar quase nada, sou uma negação pilotando um fogão, mas isso é motivo de eu reclamar da minha esposa quando ela conversa comigo enquanto está cozinhando aquele estrogonoffe delicioso que só ela sabe fazer? (Ei, pára de mexer nesse frango enquanto fala comigo, sua maluca!) Claro que não.

Sorte minha que eu não me incomodo com a reclamação dos outros. Se estou digitando e alguém vem falar comigo, eu continuo digitando normalmente. Que xinguem à vontade.

Minha Biblioteca Técnica - Parte I

Já falei antes sobre a importância da leitura para profissionais da área de informática. Como estou montando para mim uma pequena biblioteca técnica, resolvi compartilhar com vocês a lista de livros que já tenho. Alguns não têm edição em português, o que é apenas mais um incentivo para que você vá estudar inglês.

Se você está pensando em adquirir algum e saca inglês, deixo a dica de pesquisar o preço das edições originais. Em alguns casos eles saem bem mais baratos que as edições nacionais, ainda mais em tempos de dólar baixo.

Aí vai, então, a primeira parte da lista.



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Utilizando UML & Padrões: O primeiro livro técnico que li, o que contribuiu bastante para que eu desse valor desde cedo aos companheiros folhudos. Li a segunda edição lá pela metade da faculdade e quando a terceira foi publicada não pensei duas vezes antes de comprá-la. Craig Larman trata de dezenas de assuntos com os quais devemos lidar durante um projeto, desde a descrição de casos de uso até a indicação de boas soluções baseadas na orientação a objetos, ao mesmo tempo em que detalha todos os pontos importantes da UML. Recomendável para aqueles que já estão no ramo há um certo tempo e precisam aprimorar suas habilidades.


Padrões de Projeto: Um dos livros mais influenciadores que há, citado na bibliografia de centenas de obras, copiado por muitos e inspirador de outros tantos. É um catálogo de soluções comuns e genéricas para problemas recorrentes. Apesar de essencial, não é um livro fácil. Este é o tal do qual falei certa vez sobre já ter comprado há um bom tempo mas nunca ter terminado de ler, por não conseguir entendê-lo. Agora que já tenho mais uns anos de experiência nas costas estou tentando mais uma vez. O pouco que já li e entendi me fez um programador melhor. Recomendo para quem já tem uma longa estrada percorrida.


Code Complete: Um dos livros mais iluminadores que já li. Ele trata de como escrever código melhor. Ao contrário do que parece, ele não é um livro que ensina a programar, mas sim a programar melhor. Você precisa saber o básico de programação para poder aproveitar o que ele tem a oferecer. O livro trata das mais variadas facetas do trabalho de programar: como tratar erros, como escrever comentários, técnicas de indentação, como nomear classes, métodos e variáveis, tuning, programação defensiva, entre muitos, muitos outros. Uma característica interessante do livro é que ele não se prende a uma linguagem de programação específica. Há exemplos em Java, Visual Basic, C++, PHP, entre muitas outras. Deveria ser obrigatório para todos aqueles que trabalham na área.


Refatoração: Um extenso catálogo de maneiras de modificar o código de um programa sem modificar seu funcionamento, mas aperfeiçoando sua organização, tornando-o mais claro, limpo e fácil de manter. Tem desde técnicas simples para mover métodos até extensos processos de reorganização de hierarquias de classes. Sabe aqueles recursos de refatoração que você encontra no Eclipse, no NetBeans e em outras IDEs? Todas estas idéias saíram deste livro. A diferença é que nele há muito mais informação, como o porque de cada refatoração. Recomendo do iniciante ao experiente.


Explicando Padrões de Projeto: Uma excelente introdução ao mundo dos padrões. Se não é tão extenso quanto o livro Padrões de Projeto, é, em contra-partida, muito mais fácil. Seus autores, com o uso de um único e gigantesco exemplo, mostram como os padrões podem ajudar no desenvolvimento de projetos bem feitos.


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Veja aqui a segunda parte da lista
Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins

Revistas On-Line

Eu adoro ler. Jornal, revista, artigo, blog, livro, twitter, bula de remédio, rótulo de lata de extrato de tomate... qualquer coisa que caia na minha mão é devidamente devorado.

Mas com o tempo eu fui vendo que não é muito divertido você comprar tudo o que quer ler. Não apenas por conta do dinheiro que você gasta, mas também pelo volume ocupado depois pelo que você comprou. E é um volume inútil porque, afinal de contas, você raramente lê alguma coisa mais de uma vez. Geralmente você compra uma revista e depois ela fica lá largada na estante da sala até que alguém resolva guardar num canto do guarda-roupas ou então jogar fora.

E não dá uma tristeza danada jogar papel fora? Minha consciência pesa quando faço isso, mas é o jeito.

Ainda espero pelo dia em que os e-readers como o Kindle se tornem baratos e tão lugar comum quanto os mp3 players que carregamos em nossas bolsas. Mas até lá eu gostaria muito que os jornais e revistas vendessem seu conteúdo na íntegra, pela internet, a preços bem mais acessíveis. Acredito que o número de vendas seria muito grande.

Exemplo: a revista Rolling Stone publicou uma matéria sobre as 100 maiores músicas brasileiras de todos os tempos. Eu fiquei com uma vontade daquelas de ler a matéria, mas desanimei, por ter que pagar por uma coisa que vou ler apenas uma vez e que depois vai ficar ocupando espaço da minha estante (e, mais tarde, da minha lixeira). Já na edição online, é possível ver apenas as dez primeiras músicas da lista. (Update: descobri que depois que a edição posterior foi lançada, já é possível ver a lista completa)

Não seria muito mais interessante se a gente pudesse pagar um preço justo para ler a edição online? Já que a editora não gastaria nada com papel, com transporte, com intermediários, etc e tal, o preço da edição virtual poderia ser uma coisa bem barata, coisa de, sei lá, um real. Aí você teria acesso para ler somente aquela revista, online, quando quisesse.

Outro exemplo: eu adoro ler o Segundo Caderno dO Globo que sai às terças feiras, porque traz matérias sobre música. Mas, puta merda, pagar por um jornal inteiro só pra ler duas páginas é sacanagem. Eu pagaria, de muito bom grado, uns centavos para poder ler as matérias online.

Algumas revistas, como a Época, já oferecem o conteúdo online, mas para quem já é assinante. Isso é uma mistura do mundo atual e do mundo ideal: o leitor tem a facilidade de ler a revista online mas ainda assim é obrigado a ficar com a edição em papel.

Copa do Mundo e Olimpíadas: Voluntariado

Eu não sei vocês, mas achei excelente a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Muita gente anda falando que vai ser a maior mamação de dinheiro da história do Brasil, que pode não dar certo, coisa e tal.

Sim, eu sei que todos estes problemas vão acontecer em maior ou menor grau, mas não dá pra negar sua importância para o Brasil e que serão eventos gigantescos, lindos, inesquecíveis.

E eu, claro, quero participar. Não quero ser apenas um sujeito passivo que vai ver a maratona passar. Eu quero dizer que, mesmo fazendo pouco, ajudei a tornar reais estes eventos.

As inscrições para a Copa 2014 ainda não estão abertas, mas já fiz meu cadastro para as Olimpíadas 2016.

E vocês, queridas leitoras, vão estar lá também?

Buzinas

Eu sou uma fábrica de ideias. Passo o dia inteiro tendo tudo quanto é tipo de ideias e teorias sobre qualquer coisa que passe pela minha cabeça. Uma que volta e meia me tem vindo à mente é sobre buzinas.

Desde que vim trabalhar no Rio de Janeiro passei a ter noção do quanto é sacal ficar trancado em um ônibus três horas por dia ouvindo buzinas para todos os lados. Os inventores do mp3 player têm um lugar cativo no meu coração, pois não sei o que seria da minha vida se não pudesse passar esse tempo ouvindo música.

Não consigo entender o que leva um boçal, que é o quarto ou quinto de uma fila de carros, a buzinar desesperada e freneticamente assim que o sinal abre. Ele acha o que? Que a sua buzina tem um poder mágico de empurrar os outros carros para a frente?

Aí vem a minha teoria sobre as buzinas: elas poderiam ter um número limitado de usos. E por limitado eu digo limitado mesmo, coisa de quinze a vinte buzinadas. Buzinou vinte vezes, já era, babau, vai ter que comprar outra. Buzina de moto, então, deveria durar menos tempo ainda.

Aposto que o mundo seria um lugar melhor de se viver.

Assim será minha monografia

Introdução

Capítulo 1 - O Que é Mineração de Dados

Dados - Informação - Conhecimento

1.1 - Definição
1.2 - História
1.3 - Funcionamento
1.3.1 - Resultados possíveis
1.3.2 - Algoritmos
1.4 - Exemplos


Capítulo 2 - Como o Weka Funciona

2.1 - História
2.2 - Interface
2.2.1 - Explorer
2.2.2 - Fluxo de Conhecimento
2.2.3 - Experimenter
2.2.4 - Linha de Comando
2.3 - Extensibilidade
2.4 - Biblioteca acessável externamente


Capítulo 3 - Estudo de Caso

3.1 - Sobre a cadeira
3.2 - Descrição do trabalho
3.3 - Resultados


Conclusão

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A introdução e a abertura do primeiro capítulo estão prontas. Querem ler?

Indicação de Blog Bom

(...) E imerso em minha própria felicidade, não tive tempo de acordar de um sonho e perceber que viver é igual em qualquer lugar do mundo. O que muda, se é que muda, é o tempo que demora para acostumarmos à paisagem até que fique cinza de novo. E novamente temos que fazer um esforço para redescobri-la, recriá-la... (...).

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(...) Eu não; acho que é uma oportunidade de ouro ouvir um pouco e talvez receber um grande ensinamento de quem vivencia a vida da maneira mais intensa possível: sendo esmagado por ela. (...)

***


Agora que já sentiram o gostinho, façam-me o favor de adicionar o blog do Wellington Jesus à sua lista de assinaturas.

Profissionais Lêem Livros

Vivemos em um mundo tão rápido, em que soluções fast-food nos parecem a única saída sensata quando enfrentamos um problema durante um projeto, que esquecemos uma das obrigações de todo bom analista de sistemas: ler bons livros.

Mas quem quer passar dois meses lendo um volume de 400 páginas, pesado, feito daquela coisa ultrapassada chamada papel, quando uma busca rápida no Google pode resolver o assunto em 5 minutos?

Bastam umas boas palavras-chave, um par de cliques, um control-C-control-V que, voilá, o problema está resolvido antes que o seu chefe perceba que você estava tendo dificuldades e demorando com o serviço.

No máximo, os únicos livros que passam pelas suas mãos são aqueles livrinhos de referência vendidos a 15 reais em qualquer livraria de tecnologia.

Não quero aqui tirar o valor destes livros de consulta ou das buscas no Google. Eles são, sim, uma fonte valiosa de conhecimento que podem ajudar muito naquela hora em que nada mais parece funcionar. Quero, na verdade, mostrar que eles não são a única maneira de adquirir conhecimento. Livros, o bons livros, são uma das melhores companhias que um profissional de tecnologia pode ter.

A escolha de uma bibliografia e sua leitura metódica é um dos caminhos mais seguros para enriquecer a sua caixa de ferramentas como profissional.

Não se preocupe em devorar vários livros rapidamente. O mais importante é absorver conhecimento e não apenas ler por ler. Velocidade aqui é uma das coisas que menos importam. E também não se assuste se, às vezes, você não compreender muito bom o que ler, pois certas coisas exigem experiência.

Há um livro que comprei há quase três anos que até hoje não cheguei à metade, por ser um tanto complexo, mas cada vez que o pego, vejo com outros olhos coisas que já tinha lido e consigo entender o que antes parecia estar escrito em russo.

Lembre-se de algo interessante que já li em alguns livros: se você ler pelo menos um livro técnico por ano, pode se parabenizar porque já está acima da média: a maioria dos que trabalham na área simplesmente não lê um mísero livro por ano.

Pensando um pouco no assunto, acho que ler livros é uma das características que diferenciam os amadores dos profissionais. De que lado você está?


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Veja outros artigos que já escrevi sobre análise de sistemas e afins


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Vou publicar em breve uma lista de bons livros de TI, mas por enquanto minhas leitoras já podem passear pelas prateleiras do Submarino.




Reforma de Casa: Todo Pedreiro é Burro

Esta é a lição que mais demorei para aprender em toda a minha jornada na reforma da minha casa: todo pedreiro é burro. Não apenas tapado ou lesado, mas BURRO.

Eu demorei para aprender isso porque agia com eles assim como eu espero que ajam comigo: quando alguém me contrata para realizar um serviço qualquer, eu assumo que a pessoa espera de mim um trabalho disciplinado, consciente, organizado e que vá direto ao ponto.

Eu imagino que a pessoa pense o seguinte de mim: "este é o trabalho do Mário, ele é profissional, e sabe o que está fazendo, portanto não preciso ensinar a ele o seu trabalho. Além disso, não preciso ficar fiscalizando tudo o que ele faz, pois é um cara responsável e não vai fazer merda."

E é exatamente assim que eu pensava dos primeiros pedreiros a quem confiei as obras da minha casa: obras eram o trabalho deles, ele eram profissionais, e sabiam o que estavam fazendo, portanto não precisava ensinar a eles o seu trabalho.

Com isso eu só me fudi. Um trincou a minha caixa d'água e colocou os conduítes de forma que ficaram inutilizados depois de bater a laje. Outro fez cômodos fora de esquadro e contra-pisos ocos que tive que arrancar mais tarde. Um terceiro usou granitos em lugares errados e pediu pedras de tamanho errado. E teve ainda aquele que levantou uma coluna apenas para derrubá-la semanas mais tarde, pois era inútil. Enfim, todos - TODOS - fizeram cagadas históricas.

Tudo porque o idiota aqui pensou que eles eram profissionais competentes e capacitados.

No quinto pedreiro, tomei mais cuidado. Apesar de me parecer mais esperto que os outros, não quis correr o risco. Sempre que podia estar junto dele, fiscalizando os serviços dele, lá estava eu perguntando e dando pitaco em tudo.

Querida leitora, não cometa este erro e confie em seu escritor favorito: acredite, todo pedreiro é burro.

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Leia toda a série sobre reforma de casa.

Regras de Digitação

Com a proliferação dos computadores nos escritórios e a consequente obsolescência das máquinas de escrever, os velhos cursos de datilografia foram para o saco. Com isso, muita gente está escrevendo a torto e a direito, seja em emails, seja em blogs, seja em documentos oficiais no trabalho, sem ter a mínima noção de que existem regras que regem o trabalho de escrever um texto.

Não estou falando de ortografia ou gramática, mas sim de datilografia. Sim, datilografia, por que digitar é apenas uma versão modernosa deste trabalho secular. Faço aqui uma compilação de algumas regras que aprendi quando fiz este curso no Senac aqui da minha cidade, há mais de doze anos.

Pelo que leio por aí, várias destas regras são ignoradas pela maioria das pessoas. Espero que isso te ajude a escrever melhor, querida leitora:

1 - Não se dá espaço antes de pontuação. Todos os pontos possíveis ficam junto à última palavra escrita. Exemplo de texto errado:

Eu comi arroz , feijão , batata frita e bife .


2 - Depois de vírgula e ponto-e-vírgula, um espaço. Depois dos demais pontos, dois espaços. Esta é uma regra às vezes difícil de se seguir porque em textos na internet dá um trabalho extra para se colocar dois espaços seguidos, mas em documentos é fácil de se fazer. Exemplo de texto errado:

Isto é o que eu comi:arroz,feijão ,batata frita e bife! E você?


3 - O parêntese de abertura é incorporado à palavra que vem em seguida, como se fizesse parte dela. Logo, ele tem um espaço antes e nenhum depois. Já o parêntese de fechamento é incorporado à palavra quem vem antes dele. Logo, não tem espaço antes. Exemplos de textos errados:

O Mário( autor do blog Vovó Viu a Rede )já publicou um livro.
O Mário ( autor do blog Vovó Viu a Rede ) já publicou um livro.


Tá, eu sei que é bobagem e que ninguém hoje em dia se preocupa mais com isso, mas eu queria compartilhar. De qualquer maneira, se a leitora se interessou pelo assunto e quer digitar melhor, lá Mercado Livre estão vendendo o melhor programa-curso de digitação que já conheci, o da HJ. Melhor que este só mesmo o curso que fiz no Senac.

Conversas Furtadas

- Mário, você sabe o que é um arquivo CHM?
- Sim. São arquivos de ajuda.

Outro, se intrometendo:

- Não, não, não... arquivo CHM é arquivo de help.

Telas de Toque

Monitores que têm a capacidade de responder ao toque dos dedos não são tecnologia nova. Eles já estão espalhados nos terminais de caixa eletrônicos há muitos anos. Só que até recentemente esta tecnologia era muito cara e impraticável para o consumo popular, e só era usada com freqüência nos pequenos e caros palmtops usados por vendedores de grandes empresas e por geeks mais abastados, mas isso é coisa vem mudando rapidamente nos últimos meses.

Vários dispositivos andam aparecendo por aí que estão dispensando os botões físicos na interface para colocar tudo em telas sensíveis ao toque. E já chegaram até ao Fantástico!

Os exemplos mais simples vêm dos telefones celulares e das câmeras digitais. Nos celulares, o iPhone é um nome importante neste jogo, e não faz feio. Já a Sony, por exemplo, já está colocando no mercado câmeras cujo visor LCD trazem recursos ativados pelo toque.

Eu não sei se as câmeras digitais ou outros telefones fazem isso, mas o iPhone traz um avanço assaz interessante neste campo: a tela multitoque. Nas antigas telas de toque, o dedo funciona como clique do mouse e, portanto, não é possível fazer duas coisas ao mesmo tempo na tela, mas isto está mudando e já começam a chegar no mercado produtos e programas preparados para interpretar vários toques ao mesmo tempo, inclusive tendo comandos gestuais pré-programados.

Isso, claro, não se restringe a pequenos equipamentos como os celulares e as câmeras e os programas que rodam neles. A Microsoft, por exemplo, mostrou há um tempo o Surface, equipamento no formato de uma mesa no qual o monitor fica no tampo, onde o usuário pode interagir livremente com o que está na tela. Veja no site alguns vídeos mostrando as capacidades impressionantes dele.

Como eu já disse, não é apenas o hardware que está evoluindo, mas os softwares também. Tempos atrás eu vi no blog do Tiago Frossard, o Nuss... E Agora?, um vídeo espetacular que mostra uma nova versão do jogo Warcraft, no qual o jogador controla os personagens através de uma tela multitoque e - pasmem! - comandos de voz. É simplesmente impressionante.

Eu, que estou pensando em dar uma incrementada no meu computador no ano que vem, já estou pensando na possibilidade de meus próximos monitores serem sensíveis ao toque, se o preço já tiver caído a níveis aceitáveis, ainda mais porque o próximo Windows, que vai ser lançado em breve, já tem suporte para telas multitoque.

O que já não deixa dúvidas é que as telas de toque estão chegando de vez, e pra ficar.

Reforma de Casa: Pagando a Mão de Obra

Lição primordial na hora de lidar com qualquer mão de obra que você vá contratar para trabalhar na sua casa: nunca, eu disse NUNCA, solte mais da metade do dinheiro. E, mais ainda, tente soltar o menos possível. Se mesmo quando a coisa ainda não está paga eles enrolam, imagine pagando.

A explicação é simples e direta: assim que você terminar de pagar, a mão de obra some, mesmo que o que falte para ser feito seja apenas um mísero detalhe. Eu já me estrepei com isso. Teve um pedreiro que não fez o acabamento da janela e o rapaz das janelas de alumínio ficou me devendo um vidro durante mais de um mês.

Ah, e outra coisa: recibo. Sempre pegue recibo.

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Leia toda a série sobre reforma de casa.

Livro Onde Perdemos Tudo, de Alex Castro

Alguns meses atrás eu li mais um dos livros de Alex Castro, o Onde Perdemos Tudo, coletânea de contos relacionados com perdas. Vendido apenas em formato PDF, o livro é uma brisa para ser lido e uma ótima opção de leitura.

A Morte do Meu Cachorro relata o fim de uma amizade, coisa que qualquer um já passou. Não é o fim de uma amizade por causa de brigas, mas sim pela afastamento natural que costuma acontecer em nossas vidas, que termina transformando em diferentes duas pessoas que costumavam ser iguais. É interessante, mas não o melhor.

A Porta fala da morte, da perda de alguém querido. É bem surreal e ficcional. Legal pra caramba.

Onde Perdemos Tudo conta a história de um casal que se separou porque ele decidiu terminar a relação e então mandou uma carta para ela, que estava nos Estados Unidos, contando sua decisão. Ela, longe, não pôde argumentar. Nisso escreveu um conto, Onde Perdemos Tudo, que conta uma história fictícia baseada em sua própria, e o inclui em um livro de contos. Eles se reencontram cinco anos depois e lavam a roupa suja. Excelente.

Quando Morrem os Pêssegos: Um policial vai à casa de uma mulher para avisar que seu ex-marido acabara de morrer em um acidente de carro. O desenrolar traz uma surpresa que não posso contar. É preciso ler. Só posso dizer que Quando Morrem os Pêssegos é o nome de um livro.

A Falta Que Nos Fazem os Figos: Um escritor descobre que escreveu um conto, A Falta Que Nos Fazem os Figos, que é exatamente igual ao que um escritor, Jácome Gol, tinha escrito 70 anos antes. Ele começa a pesquisar a vida deste escritor e acaba acreditando que é a reencarnação dele. O texto leva o leitor a pensar que o narrador é o próprio Alex Castro, dada as semelhanças com a sua história. Um detalhe interessante e que mostra como Alex é bom é que Jácome Gol é o autor de Quando Morrem os Pêssegos, livro do texto anterior, e A Falta Que Nos Fazem os Figos faz parte deste livro.

Onde Perdemos Tudo é cria da Os Viralata e está sendo vendido no site por apenas R$ 10,00. E você nem paga o frete, pois o pdf cai direto em sua caixa de mensagens. Não perca tempo e compre logo o seu!

Eu já falei de Alex Castro outras vezes e não me canso de repetir: o cara é bom demais e se você ainda não acompanha o blog dele, está desperdiçando uma parte da sua vida.

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Outros artigos sobre Alex Castro:
Livro Liberal, Libertário, Libertino
Livro Radical, Rebelde, Revolucionário

A Bruxa Está Solta

Não, isso não é um post inspirado no Halloween. A bruxa está solta é na banda do Elton John.

Primeiro morre o Guy Babylon, depois o Bob Birch sofre um acidente e é obrigado a se apresentar num show sentado numa cadeira, e agora é o próprio Elton John que está muito mal. Tudo começou com uma gripe forte e agora, depois de oito shows cancelados, já surgem notícias de que ele está com infecção de E.coli.

Jesus, tomara que a onda de azar passe logo.

Faz-me rir Google III

Segue aí mais uma coleção de pérolas que colhi enquanto via as buscas que levaram alguns internautas e chegarem até o Sarcófago. Primeiro, como sempre, algumas maneiras diferentes de escrever Elton John:

elton dhon
eltoh john
elton jone
elton jown
elton johon
elton dow


Em seguida, alguns jeitos estranhos de escrever os nomes de artistas famosos:

musicas do elvis plazer
cansiones de filcoli


Vamos então às buscas inusitadas:

quem nasce em cachoeiras de macacu é oque ?
Uma menina cretina de Patos de Minas disse que era Macacuano, mas né não. É Cachoeirense.

hondas magnenicas
Seria isso um novo modelo das motos da honda?

perguntas a fazer a um escritor
- Ei, quero comprar vinte livros teus, qual é o número da tua conta?

como fazer aqueles simbolos no teclado ?
Ah, tá, agora eu tenho bola de cristal, né?

coléga tem acento?
Se você já decidiu que sim, quem sou eu pra discordar?

como apagar alguma coisa no word
Deslique o monitor. Some tudo na hora.

camião de concreto
E viva a inclusão digital!
maiores dúvidas dos católicos
- Onde será que eu acho na Bíblia uma razão pra gente dar mais valor a Maria do que a Jesus?
- Por que os crentes vivem nos convidando para ir na igreja deles mas eles nunca assistem a uma missa?

papel de paredes lindas cachoeiras gratis fazendo ondas e barulhos
As maravilhas da tecnologia não param de me surpreender: agora temos fotos que fazem barulho!

musica casamento princesa diana elton john
Eles eram amigos mesmo, viu? O cara cantou no funeral dela e no casamento também! Será que ele cantou na festinha de um ano dela?

frase gastronômica
Estou com fome.

o que blutuf
Blutuf é o jeito errado de escrever Bluetooth, que, por sua vez, se lê blutuce.

texto no word apagou
Você deve ter desligado o monitor, não?

Por fim, aproveito para responder a duas buscas que são realmente interessantes:

ouvir elvis cantando bridge over troubled water
Boa pedida! Escrita por Paul Simon e Art Garfunkel, esta música é uma das mais bonitas que conheço, com uma letra espetacular e melodia idem. A versão de Elvis é tão boa, mas TÃO BOA, que existe até uma lenda de que Simon e Garfunkel teriam dito que a música deveria deixar de ser conhecida como deles para se tornar uma música do Elvis.



elton jonh canta funeral garoto
Em 1990 morreu de AIDS Ryan White, moleque americano com quase vinte anos. Elton John cantou Skyline Pigeon no seu funeral. Mais detalhes na Wikipedia.

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Leia outros "Faz-me Rir Google": parte I e parte II

Exemplos Escassos

Depois de anos e anos estudando programação, análise e modelagem de dados, cheguei a uma triste conclusão: gente de informática não tem criatividade. Por que diabos os exemplos são sempre aluno/curso, venda/produto, funcionário/dependente? Não existem outros exemplos?

Por que não dar exemplos de gravadora/artistas, ações/investidores, receitas/ingredientes? Por que não imaginar que vamos fazer um sistema para help desk, ou para uma empresa de manutenção de lavadoras, um jogo simples, ou até mesmo para um puteiro?!

Mas não, os exemplos têm que ser sempre os mesmos. É sempre a mesma coisa de venda com itens de venda, empregados que gerenciam empregados. Até parece que os únicos programas que se fazem no mundo são pontos de venda e folhas de pagamento. Acredito que isso acaba engessando a criatividade e o raciocínio do pessoal que trabalha com o desenvolvimento de aplicativos.

Não creio que seja necessário chegar ao extremo de dar aulas dando exemplo sobre buracos e vaginas, mas bem que os professores e autores poderiam ser mais criativos.

***


Veja outros artigos aqui no Sarcófago sobre análise de sistemas.

Eu Tenho Medo do Google

Que o Google é um complexo fuderoso e impressionante de sites e aplicativos muito bons ninguém pode negar. A busca é ótima, o Orkut é um sucesso, pelo menos no Brasil, o Gmail é prático e rápido e a lista não pára de crescer. Só que a cada dia que passa uma pulga incomoda um pouco mais o verso da minha orelha: e se o Google parar de se preocupar com a nossa privacidade? Ou, pior, e se ele já está fazendo isso na encolha, cruzando os dados dos seus usuários?

Veja só: no Orkut nós montamos nossos perfis e entramos nas comunidades que mais nos apetecem. Saímos dali e vamos no YouTube assistir vídeos. No Google Reader assinamos os feeds dos sites que mais gostamos. No GMail estão todos os nossos emails. Na parte de buscas o Google armazena todo o nosso histórico de pesquisas. No Google Docs temos nossas planilhas e nossos documentos. Nossos blogs estão no Blogger. As fotos estão no Picasa. Vemos o mundo através do Google Maps.

Para o Google, cruzar estas informações todas não deve ser muito difícil, não apenas entre os aplicativos que você usa, mas também entre as coisas que você faz e o que os outros usuários fazem. O last.fm já faz isso para te dar indicações de músicas e artistas, apenas se baseando no que seus usuários escutam. Se o Google já faz isso para poder exibir anúncios personalizados, não deve ser tão complicado assim aumentar o poder do negócio para começar a prever os seus passos. Dá, sim, uma pontinha de medo do que eles podem querer aprontar.

Mas me diz, como é que vamos viver sem o Google?

Republicação: Ensaio Sobre o Voto em Branco

Escrevi o texto a seguir em agosto de 2006, às vésperas da eleição presidencial, e publiquei no antigo Sarcófago. Republico aqui porque o acho um bom texto que não merecia ser apenas apagado de lá. Hoje já não compartilho tanto assim das minhas próprias opiniões, e vejo que vale sim, pelo menos um pouco, a pena de gastar seu tempo procurando informações sobre candidatos, pelo menos nas eleições municipais. Depois do texto, publico também o comentário que o Alexandre Inagaki (citado no texto) deixou no blog.

***


Eu nunca fui muito chegado a papos de política. Primeiro porque essa raça me dá asco. Segundo porque para entender de política é preciso entender de estratégias, e nisso eu sou um fiasco. Nunca aprendi a jogar xadrez por esse motivo.

Então, há uns bons anos, lendo o blog do Alexandre Inagaki, dei com um texto em que ele falava de gente besta, que diz não gostar de política e chega a bater no peito com orgulho por causa disso. Apesar de não me achar besta, a coisa serviu muito bem pra mim. Não que eu saia por aí dando uma de King Kong batendo no peito, mas é que eu, realmente, não faço o mínimo esforço que seja para entender nada sobre o assunto.

De qualquer maneira, quando eu vejo uma pessoa safa como Inagaki falando alguma coisa que seja contrária às minhas opiniões, sempre paro para pensar no assunto e tento ver se eu estou errado ou se continuo pensando o que pensava. Na época, então, pensei e vi que devia continuar como estava.

Escrevo tudo isso simplesmente porque esta semana, com a aproximação das eleições, ele voltou ao assunto. Entre outras coisas, ele disse o seguinte: que acha errado as pessoas votarem nulo ou em branco, alegando que nenhum político presta; e que, ao invés disso, as pessoas deveriam investigar o passado dos candidatos e só então escolher os que considerarem mais aptos.

Realmente, esta seria a atitude mais correta. Quando um patrão vai contratar um funcionário para sua empresa ele não pede o currículo e faz entrevistas? Quando um estudante vai montar a sua equipe de projeto final ele não analisa o conceito e a experiência de seus colegas para montar um grupo capacitado? O mesmo deveria acontecer nas eleições.

Mas será que vale a pena?

Creio que não. De nada adianta eu passar algumas horas pesquisando o passado dos candidatos, para descobrir um deles que valha a pena votar, e que normalmente é um humilde, que está lá só para preencher os espaços que sobram nas chapas dos partidos, se no final das contas, mesmo se for eleito, ele não terá voz ativa, sendo logo esmagado sob a pressão exercida pelo lado mau da força, ficando incapaz de realizar qualquer ação de maior valor em benefício da população?

Além do que, num país onde a maioria das pessoas vota em massa em certos candidatos puramente por aparências ou por conta de discursos bonitinhos, votar em um candidato diferente e desconhecido é a mesma coisa que anular seu voto. Quanto a isso, alguns podem até argumentar que pelo menos estão com a consciência limpa de terem votado em alguém que presta, mas na minha isso não faz diferença.

Posso até, a muito custo, concordar com o Inagaki políticos honestos existam, mas é público e notório que os políticos corruptos abundam. E contra este imenso contingente de canalhas e manipuladores não há honestidade que agüente.

E por isso eu, ao invés de pesquisar o passado dos candidatos, passo o tempo ouvindo música clássica, que é muito melhor, e nas eleições voto em branco sem remorso.

***


Comentário do Alexandre Inagaki: Mário, se você se esquiva de fazer a sua parte, está colaborando com o imenso contingente de canalhas e manipuladores que serão eleitos graças ao seu poderio econômico (leia-se: verbas para outdoors, camisetas, etc etc). Veja os políticos que são mais atuantes nas CPIs, os partidos aos quais pertencem os sanguessugas, visite sites como o Transparência Brasil, e você encontrará gente que, em vez de simplesmente se juntar à escumalha de céticos e cínicos que cruzam os braços permitindo que os notoriamente corruptos façam a festa, ainda crêem e lutam por seus ideais, em vez de mergulharem no individualismo estéril. Creio que, sim, vale a pena, ter um pouco mais de trabalho e não desperdiçar seu voto.

Mania de Perseguição ou Legítima Defesa?

Quando a luta contra o racismo deixa de ser legítima defesa e se torna pura mania de perseguição? Ou, até, será que esta questão é válida de ser levantada?

Deixa eu me explicar: desde que o Rio de Janeiro foi escolhido como a cidade sede das Olimpíadas de 2016, o prédio da Prefeitura está enfeitado com quatro grandes cartazes, três com crianças vestidas com uniformes de diferentes esportes e o último com os dizeres "Um outro futuro começa agora". Bonito de se ver, eu gostei desde a primeira vez que os vi. Além disso, as mesmas fotos das três crianças, e de mais um outro menino que não estava lá, estão espalhadas pela cidade, em pontos de ônibus, relógios e bancas de jornal. Três das crianças têm a pele clara e uma tem a pele morena (daquele moreno que na minha opinião falta muito para chegar ao negro). O garoto da pele morena é o que não estava na prefeitura.

Aí que ontem vi uma coisa no jornal do cara ao meu lado no ônibus e depois pude comprovar em pessoa quanto cheguei ao Rio de Janeiro: um dos cartazes da prefeitura foi trocado. Tiraram um deles para colocar o cartaz que traz a foto do menino moreno.

Minhas queridas leitoras vão perguntar: por quê?!

Simples: porque militantes de movimentos pela consciência negra reclamaram, dizendo que a Prefeitura e os publicitários agiram de forma racista, não colocando a foto do menino moreno lá. Disseram ainda que sua foto estava escondida nos pontos de ônibus. Como se ninguém usasse os pontos de ônibus do Rio.

Voltamos então à minha primeira pergunta, lá de cima: quando a luta contra o racismo deixa de ser legítima defesa e se torna pura mania de perseguição? Será que não chega um ponto em que estes militantes veem qualquer ato como racista, graças a este ou aquele detalhe? Imagine que houvesse uma quinta foto de uma criança de traços orientais: seria justo, ou correto, sei lá qual a palavra certa, que a colônia japonesa no Brasil reclamasse de a foto não estar lá em frente ao prédio da Prefeitura? Eu, pessoalmente, creio que não.

Mas temos também a segunda questão lá de cima: será que a primeira pergunta é válida de ser levantada? Vejam só, eu sou o que é considerado a "raça certa", que tem todos os privilégios de não ser da "raça errada": policiais não me param por qualquer coisa nas ruas, eu posso entrar em uma loja para pedir informações sem que fiquem achando que vou roubar alguma coisa, minhas namoradas podiam me apresentar aos seus pais sem que eu ficasse com medo de represálias, etc e tal.

Por conta disso, nunca sofri preconceito, não sei a dor disso na minha pele, e sou uma das pessoas mais incapazes que há para, em certos momentos, dizer que este ou aquele ato é preconceito ou não. Daí eu questionar se eu posso perguntar a diferença entre mania de perseguição e legítima defesa.

Ao mesmo tempo em que acho ridículo chamarem de preconceito o fato de uma foto de um garoto moreno ter ficado de fora da fachada da Prefeitura do Rio, também acho que posso estar sendo o pior dos racistas ao não reconhecer que esta é, sim, uma atitude preconceituosa do governo carioca e da agência de publicidade responsável.

Pra esta pergunta, infelizmente, eu não tenho a resposta. E vocês queridas leitoras, qual é a sua opinião?


***


No site do Ministério Público Federal há uma matéria sobre o assunto, onde é possível ver fotos da fachada da Prefeitura do Rio da Janeiro antes de depois da mudança.

No blog do Alex Castro há uma longa e interessantíssima discussão sobre racismo. Não percam.

Outra coisa que eu gostaria de saber é a opinião dos pais do menino moreno sobre o assunto.

Por fim, ainda bem que não tiraram a foto da menininha vestida de ginasta: ela é uma graça e adoro olhar pra ela quando passo por lá.


***

Chrono Trigger

Em meados da década de 90, o jornal O Globo trazia um caderno aos domingos que era voltado para os adolescentes e jovens. Este caderno, edição sim edição não, trazia uma coluna que falava sobre lançamentos de jogos de video game. Era a época de ouro do Super Nintendo.

Foi nele que tive meu primeiro contato com o jogo Chrono Trigger. Lembro de ter achado interessante aquela história de um personagem que tinha como amigos um sapo e um robô. Ainda mais por se tratar de um RPG, o tipo de jogo que eu estava começando a me interessar, graças às longas horas que tinha passado jogando Phantasy Star no meu velho Master System.

Meses mais tarde, quando fui ver os jogos que o dono da locadora Martinez tinha trazido dos Estados Unidos, aquele moleque de cabelos vermelhos espetados logo chamou a minha atenção: era o jogo sobre o qual eu tinha lido tempos antes. Claro que aluguei sem pestanejar.

Passei o final de semana todo jogando o dito cujo, que foi devolvido na segunda feira já sob o título de Melhor Jogo do Mundo.

Lembrem-se, crianças, que isso foi antes de termos internet à vontade: nós sequer tínhamos computadores! E a única fonte de informação sobre jogos eram as revistas, que traziam dicas e, às vezes, os detalhados detonados.

Comprei uma que tinha umas dicas e aluguei o jogo durante uma semana inteira. Eu não fazia outra coisa além de jogar, e depois de quase esfolar o dedo e gastar uma boa grana, entreguei a fita sabendo que não tinha chegado nem na metade daquela história fascinante sobre viagens no tempo.

Tudo no jogo era sensacional: a história, os efeitos, os personagens, a música. Cismei que tinha que comprar a fita. Na época um jogo novo custava R$ 120,00, o que era mais do que o salário mínimo, motivo pelo qual minha família me proibiu de comprá-lo. Ainda assim, eu alugava-o de vez em quando e aporrinhava o pessoal da locadora, implorando para que eles me vendessem a fita. Meu principal argumento era o de que eu era o único que a alugava.

Sim, eu era o único, pois como o jogo é em inglês e é preciso ler muita coisa para chegar ao final e desvendar os seus segredos, ninguém mais o alugava. Depois de vários meses, venci a batalha e comprei a fita, com caixa, manual e tudo o que tinha direito. E o melhor: a um preço mais camarada.

E aí foi a festa, horas e horas com os olhos grudados na TV, para tentar fazer aquele garoto e seus amigos salvarem o mundo viajando no tempo.

Chrono Trigger tem um enredo fascinante, personagens carismáticos, várias aventuras paralelas, e uma característica inovadora muito maneira que faz você nunca querer parar de jogar: depois que você termina o jogo a primeira vez, você pode reiniciar o jogo e os personagens estarão com os mesmos poderes e itens do jogo terminado, abrindo as portas para um jogo aparente mais fácil, mas que permite terminá-lo de mais de dez maneiras diferentes.

Joguei tanto, mas tanto, que até meu pai já sabia assobiar uma das músicas do jogo. E outro detalhe, eu sei de um item secreto que, ao que parece, não é de conhecimento da comunidade de fãs do jogo. Eu já procurei sobre esse item em dezenas de sites e nunca vi nenhuma referência a ele.

Chrono Trigger já teve uma versão para Playstation I, com vários recursos extras, do qual já tive uma cópia mas infelizmente perdi, e foi relançado recentemente para o Nintendo DS, também com algumas novidades.

Considerado por muitos como o melhor RPG já feito para o Super Nintendo e um dos melhores RPGs de qualquer plataforma, já inspirou uma produção musical independente (a belíssima Chrono Symphonic), um livro não publicado, uma tentativa de remake em 3D embarreirada pela SquareSoft, produtora do jogo original, um pedido de casamento e sua trilha sonora foi lançada oficialmente, em disco triplo, além de ter um disco de remixes oficial, com algumas das melhores músicas refeitas ao estilo jazz e até mesmo bossa nova.

Se você curte jogos de RPG e não conhece esta jóia, não perca mais tempo, baixe logo um emulador e sua ROM e divirta-se (ou, se preferir, compre uma fita no Mercado Livre que tem aos montes). Por causa deste jogo é que eu não me desfaço do meu Super Nintendo: o cartucho e o console já se aglutinaram em uma coisa só há anos e sempre que posso eu passo alguns minutos me divertindo com ele.

Embrião de Monografia

Hoje eu comecei a escrever a monografia que devo entregar à Estácio como trabalho final de curso da minha pós graduação em administração em banco de dados. O texto abaixo é parte do projeto de pesquisa que devo entregar e faz o papel de embrião da monografia. Daqui a no máximo dois meses, estes três parágrafos terão se transformado em trinta páginas. Lá embaixo está o livro que vou utilizar como referencial teórico na minha pesquisa.

O tema central da pesquisa será o funcionamento do sistema Weka, cujo objetivo é, em poucas palavras, oferecer de forma simples várias ferramentas de mineração de dados, disponibilizando uma série de algoritmos desenvolvidos para fazer com que computadores sejam capazes de aprender e descobrir padrões em grandes conjuntos de dados.

A pesquisa será voltada para a análise e exposição das características principais do sistema, buscando pôr luz na sua importância tanto para fins educacionais quanto para indivíduos e empresas que desejam extrair informações de seus bancos de dados que, de outra forma, se tornariam extremamente penosas de se obter.

Atualmente, aumenta cada vez mais o número de empresas proprietárias de bancos de dados cujos tamanhos crescem exponencialmente e, ao lado disso, surge a curiosidade sobre padrões de dados podem estar ocultos em tanta informação. O autor da pesquisa acredita que divulgar e explicar funcionamento de um sistema de mineração de dados pode contribuir tanto para suprir a demanda destas empresas quanto para despertar o interesse de estudantes de tecnologia para uma ferramenta e um assunto cada vez mais procurados e discutidos.



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Data Mining: Practical Machine Learning Tools and Techniques

Computadores e Eu

Vou começar a escrever uma série de artigos para publicar aqui no Sarcófago dentro de algumas semanas para contar a minha trajetória no mundo da informática. Do primeiro contato ao emprego no Rio de Janeiro.

As minhas leitoras têm alguma curiosidade específica que gostariam de ver nestes artigos?

As Aventuras do Rapaz Mais Tímido do Mundo

Foi levado às pressas para o hospital porque ficou com vergonha de dizer que era alérgico a camarão.

Dica de Leitura

"Como primeira providência, pílulas no lixo. (...) Três decepções e ela concluiu que um dos dois era estéril. Médicos (...) tentando convencê-la de que era muito cedo. Resultado: Elias foi obrigado a se submeter aos métodos conselhos-de-amigas."

Quer saber o final da história? Então vá ler o conto Telefonemas lá no blog da Ana Cristina Melo, vá! Garanto que você não vai perder seu tempo.

Relação Gosto x Qualidade



Adaptado daqui. Dica do Edney.

Ajude a trazer Elton John & Billy Joel ao Brasil

Elton John e Billy Joel estão em turnê, chamada Face 2 Face, e está rolando uma votação online para que várias cidades se candidatem como pontos de parada da dupla. Que tal então incluir o Rio de Janeiro na lista? Se a cidade tiver votos suficientes, é bem provável que Elton John volte ao Brasil antes do que a gente esperava.

Então clique aí embaixo em Demand It. Na página que aparece, selecione Brazil e digite Rio de Janeiro e clique em Go. Na página seguinte, escolha seu sexo, seu ano de nascimento, digite seu email, digite o código que aparece e clique em Continue. Você vai receber um email de confirmação.

Anda logo, rapá! Clica logo!!



Demand Billy Joel & Elton John in Rio de Janeiro!
Billy Joel & Elton John in Rio de Janeiro - Learn more about this Eventful Demand

View all Rio de Janeiro events on Eventful

Submarino quase que dando livro de graça

Gente, o Submarino está com umas promoções absurdas hoje. Sim, eu sei que está acabando o dia e essa não era a hora de postar uma coisa dessa, mas aproveitem e vão lá pra comprar alguma coisa por aqui e ajudem este escritor que vos fala! Vai que a promoção dura mais tempo! Ó só:


As Crônicas de Nárnia de R$ 93,20 por R$ 15,90

O Hobbit de R$ 56,80 por R$ 9,90

Biografia dos Beatles de R$ 111,00 por R$ 39,90

Coleção Tolkien [Hobbit + Silmarillion + Senhor dos Anéis 1, 2 e 3] de R$ 272,10 por R$ 39,90

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa de R$ 405,00 por R$ 89,00

Vai lá que tem mais! Façam o mesmo que a leitora danada que comprou O Livro de Ouro do Pompoarismo e Sexo Fantástico em 28 Dias e me garantiu uma comissãozinha! (Obrigado, viu? Você é demais!)

Coisas que aprendi nos 5 anos de cartório IX

Escreva com a melhor letra do mundo.

Algumas de suas palavras serão lidas daqui a 70 anos ou mais.

Getting Ready

This week I started a preparatory course at Fisk to attend the TOEFL test by the end of the year.

Are there any readers out there willing to share expertise on the topic?

***


Buy books about TOEFL on Submarino

A Loura do Pré-Vestibular

Lá pelos longínquos idos de 2000 eu fiz um cursinho de pré-vestibular lá em Cachoeiras de Macacu. Entre os muitos alunos havia uma menina, cujo nome nem me lembro mais, e que chamarei então apenas de Loura, que é como eu a chamava em sala. Estudar com ela rendia a todos nós momentos de puro riso. Momentos estes que resolvi compartilhar com vocês:

Certa vez, na aula de matemática, o professor explica:

- Vejam bem, nos exercícios de matemática existem algumas contas que sempre aparecem e, mesmo elas sendo contas de números grandes, difíceis de calcular de cabeça, por aparecerem sempre, a gente acaba decorando os resultados. Então é importante vocês ficarem atentos a estas repetições para economizar tempo quando forem resolver as questões de um vestibular. Esta conta que temos aqui é um exemplo disso. Quanto é 1000 dividido por 125? É uma conta mais ou menos grande, mas eu, como já fiz muitos exercícios, e já encontrei com ela várias vezes, sei, sem fazer conta, que 1000 dividido por 125 é 8.

A Loura emenda de bate-pronto, naquele estilo típico de aluno que quer mostrar serviço:

- Ah, então quer dizer que todo número dividido por 125 dá 8?

Morre Guy Babylon

Morreu ontem de infarto o músico Guy Babylon, integrante há mais de vinte anos da banda de Elton John.

Guy tocou com Elton em mais de 1000 shows, inclusive os dois no Brasil no início deste ano, e participou das gravações da maioria dos discos do Elton deste então: Sleeping With The Past, The One, The Lion King, Made In England, The Big Picture e The Captain And The Kid são apenas alguns deles.

Fico muito triste com a perda deste grande músico. Desejo, sinceramente, que Deus dê conforto a todos da sua família, que tanto devem estar sofrendo.

Veja aqui um vídeo que mostra a versatilidade do cara.

Mais detalhes no eltonjohn.com e em outros sites dedicados ao Elton.

Coisas que aprendi nos 5 anos de cartório VIII

Não há vontade de fazer a coisa certa que sobreviva a um patrão permissivo.

Coisas que aprendi nos 5 anos de cartório VII

A máxima militar "aos amigos tudo, aos demais os rigores da lei" vale também para o serviço cartorário.

Tryd

O Tryd é uma plataforma para acompanhamento e operação no mercado financeiro, de cuja equipe de desenvolvimento eu faço parte.

Não sei se isso vai interessar muito às minhas leitoras, mas acho legal avisar que estou escrevendo pro blog do Tryd também.

Coisas que Leio por Aí

Já falei por aqui sobre o que é assinar um site, lembram?

Pois bem, eu assino vários sites e leio tudo pelo Google Reader. Nele há um recurso pelo qual é possível compartilhar os itens que eu acho mais interessantes e, na esteira disso, existe uma página pública onde qualquer pessoa pode ver quais são estes itens.

Se vocês, queridas leitoras, quiserem acompanhar as coisas que ando compartilhando, é só visitar esta página aqui. Quase todo dia tem vários itens novos.

E não acabou: se você já usa algum programa passar assinar sites, é possível assinar também esta página com meus itens compartilhados.

E mais ainda: se você perder o link para ela, ele está bem ali na barra à esquerda, na lista de links.

Coisas que aprendi nos 5 anos de cartório VI

Quanto mais dinheiro uma pessoa tem, mais ela acha que todo mundo tem um preço.

Conheçam Brandi Carlile

Procurando por covers de We All Fall in Love Sometimes, de Elton John, encontrei esta maravilha aí:



Fui atrás de mais informações sobre a dona da voz e descobri o que agora é meu novo vício: Brandi Carlile.

Ela é fã declara de Elton John, já lançou dois discos, tem uma voz do tipo que eu me amarro em ouvir e canta de um jeito sincero, raro de ouvir. Até mesmo quando erra fica legal - e tem uma música que erra feio. E eu falei que ela é linda de matar? Baixem daqui o disco The Story e deliciem-se. Não percam as músicas The Story, My Song e Cannonball. E depois procurem vídeos dela no You Tube que tem aos montes.

Ah, sim, pelo que já li por aí, o disco novo dela sai ainda este ano e traz um dueto com o próprio Elton.

Crônica: A Vitrola, de Novo

Ah, menina, eu estou muito aporrinhada porque eu estou com esse problema na garganta e não estava nem conseguindo falar com as pessoas ontem na rua, imagine você que ontem eu estava na arquibancada vendo o desfile de sete de setembro passar, e volta e meia vinha uma pessoa falar comigo, porque tem muito tempo que eu já não moro mais aqui em Arapiraca, e então eu tentava falar que não estava podendo falar, mas não conseguia, e no final das contas eu tinha que ficar fazendo sinais para a pessoa ou então o meu marido tinha que explicar para as pessoas que eu estava com um problema sério de garganta porque no sábado anterior eu tinha assistido uma aula na pós-graduação de administração de banco de dados que tinha sido no laboratório de redes, e que lá tinha um ar condicionado que estava ligado com muita potência porque lá ficava o servidor, que é um equipamento que esquenta pra caramba, e por isso é preciso que o ambiente seja bem frio, e daí que a aula durou umas cinco horas, o que acabou me deixando com uma gripe danada que terminou causando o meu problema de garganta, até que finalmente chegou uma amiga do meu marido que é fonoaudióloga, cujo nome eu nem consigo me lembrar agora, graças ao meu problema crônico de memória, que se prontificou a me ajudar, mandando eu fazer uns exercícios, muito parecidos com aqueles que os cantores fazem antes de começar um show, para aquecer as cordas vocais, coisa e tal, e perguntou se eu conseguia fazer um exercício que a gente faz brlrlrlrlrl, que eu tentei e consegui fazer, então ela mandou eu ficar fazendo assim durante alguns minutos, e eu então fiquei lá fazendo brlrlrlrlrl, brlrlrlrlrlrl, brlrlrlrlr, até que ela me perguntou se eu conseguia fazer um outro exercício que a gente faz drrrrrrrruââââââ, que eu tentei e também consegui fazer, e ela então mandou que eu fizesse os dois exercícios alternados, o que eu fiquei lá fazendo brlrlrlrlrlr, drrrrrrrrrruâââââ, brlrlrlrl, drrrrrrrruââââââ, durante um bom tempo, em pleno desfile de sete de setembro, sem me importar com o que o pessoal perto de mim estava pensando, se eu era maluca, se eu era retardada, ou se eu era sei-lá-o-quê, porque o me importava era poder voltar a falar sem problemas e sem dor, até que finalmente o desfile acabou e nós voltamos para casa, não sem antes ouvir mais algumas recomendações da senhora fonoaudióloga explicando sobre um chá de carqueja, gengibre, própolis e canela branca, com o qual eu deveria fazer um gargarejo de duas em duas horas, o que me deixou desesperada, porque ela disse que para eu ficar boa o mais rápido possível era pra eu fazer o gargarejo inclusive de madrugada, e coisa que eu odeio é ser obrigada a acordar durante a madrugada, porque se apenas ter que sair da minha caminha quentinha e aconchegante já é irritante, imagine então tendo que fazer isso para encher a boca de um troço que mais parece fel com fígado, duas coisas que até hoje eu não sei pra que Deus as inventou, mas, enfim, fomos pra casa, eu fiz o tal do gargarejo durante toda a madrugada e durante todo o dia seguinte, para de noite eu finalmente conseguir falar como se tivesse um espremedor de frutas enfiado na boca, e é por isso que eu estou evitando ao máximo ficar falando à toa, que é outra recomendação que a Consuelo me deu. Ai, lembrei o nome dela!

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O "De Novo" no nome desta crônica é uma referência a uma das crônicas do meu primeiro livro, Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor. Não conhece? Então que tal comprar para conhecer? O pessoal costuma elogiar...

Eu no site do Elton John

Meses atrás o pessoal do site do Elton John publicou uma notícia dizendo que eles iriam entrevistar o percussionista da banda e pediram pro pessoal mandar perguntas para serem feitas a ele, sendo que apenas algumas destas perguntas seriam escolhidas.

Hoje foi publicada lá no site a primeira parte da entrevista e adivinha quem deu as caras no vídeo? Sim, este pobre escritor que vos fala!

Quer ver? Vai lá e logo na primeira página tem o link dizendo "John Mahon Interview". Ou então vá na página de vídeos e procure por "John Mahon answers questions from fans". No vídeo, a minha pergunta é a última.



Eu perguntei o que ele achou do show do Rio, no início do ano. Ele disse que estava muito calor, que foi muito bom, que as pessoas daqui sabem curtir um show, que cantam tudo, que conhecem as músicas e que não tem vergonha de serem felizes.

Só pra coroar a parada, o pessoal do site ainda me mandou um email dizendo que vou ganhar um presente por conta disso. Só não falaram o que é, mas eu não sou bicho curioso mesmo...

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No Submarino tem uma penca de produtos do Elton John. Que tal comprar alguma coisa lá e ajudar seu escritor favorito a botar o leite na mesa?