Como esta semana eu vou me mudar de cidade, acredito que vou passar uns dias sem atualizar o Sarcófago. Segue então uma lista de bons sites onde vocês podem se divertir enquanto estou afastado:
Flickrs do Ramon, do André e do Marcos, camaradas aqui de Cachoeiras recheados de fotos maneiras.
Sabe as histórias dos meus colegas geniais? Pois é, o Palabras Textuales conta histórias parecidas.
Omedi, um dos melhores repositórios de bobagens e coisas interessantes que já encontrei pela rede.
Judão, tudo sobre cinema, tv, gostosas, gibis e tchananã.
Marconi Leal, dono de um blog pra lá de divertido.
Minha lista de itens compartilhados no Google Reader
Até breve, então.
Meus Colegas de Trabalho Geniais: Bola de Cristal
Depois de sair do cartório eu pensei que não teria mais boas histórias para contar. Ledo engano. Lá na Prefeitura de Nova Friburgo eu também tinha um coleguinha genial, e volta e meia vou contar alguma dele, como esta, quando ele achou que eu deveria ter uma bola de cristal na minha sala:
- Mário, dá um pulo aqui na minha sala que meu computador deu um problema.
- O que aconteceu?
- Sei lá, porra, você que é o técnico aqui.
***
Leia mais histórias dos meus coleguinhas de trabalho geniais
- Mário, dá um pulo aqui na minha sala que meu computador deu um problema.
- O que aconteceu?
- Sei lá, porra, você que é o técnico aqui.
Leia mais histórias dos meus coleguinhas de trabalho geniais
O Pecado de Todos Nós - Capítulo Três - Parte Quatro
(capítulo três, parte três)
A princípio alguns dos homens na sala sorriram, sem jeito, diante das palavras de meu pai, mas logo os sorrisos desapareceram e eles passaram a lhe dar toda a atenção. Ele parecia grande e poderoso, ali de pé com sua fisionomia séria e melancólica iluminada pelo Sol da primavera.
- Sim, condenados à morte - disse ele, com autoridade. - Porque todos os homens do mundo são pecadores uns contra os outros, e todos contra Deus. Não se trata apenas das guerras que tivemos neste século. Nós nos esquecemos de Deus.
Meu pai ajustou o cinco e passou a mão pelo queixo barbado. Seus olhos azuis estavam vívidos - vívidos e condenadores - ao passearem lentamente por todos os rostos da sala.
- Não sou político. Sou fazendeiro, assim como vocês. Quando éramos pequeninos, levávamos a sério as palavras do pároco quando ele nos dizia que tínhamos um dever para com o nosso semelhante, e que as coisas do espírito são mais importantes do que as coisas do corpo. Todas as igrejas diziam isso a seus fiéis; todas as igrejas continuam a dizê-lo, embora os pastores se dirijam atualmente a bancos vazios. Não ouvimos mais essas coisas com nossos ouvidos. Por quê? Porque cada um de nós passou a crer que as coisas do corpo são as únicas coisas valiosas, e lutamos por elas passando por cima dos direitos de todos os outros homens. Nós nos tornamos por demais materialistas, por demais ateus. Olhem, não sou um orador. Vocês sabem a que estou-me referindo.
- E agora sacudimos as nossas bombas atômicas e de hidrogênio na cara da Rússia e ela sacode as dela na nossa cara, e ambos as fazemos explodir sobre a Terra, destruindo-a. Mas a guerra é uma coisa lucrativa. É isso que faz as cidades crescerem e prosperarem.
Os olhos de meu pai cintilavam sobre os rostos dos homens que o escutavam.
- Nos tempos de meu pai as pessoas eram felizes nos campos. Os homens cultivavam os alimentos, não fábricas de armas para assassinato. Certo, nós não tínhamos carros nas cocheiras, nem aparelhinhos em nossas casas, mas um lampião de querosene serve tão bem quanto uma lâmpada elétrica e um livro é melhor do que muita coisa que se vê na televisão.
- De que nos adiantou todo esse progresso? Trouxe-nos a paz, a segurança e o amor e a satisfação? Não. Só nos ensinou a guerra. Ensinou-nos a ter inveja de nossos irmãos. Ensinou-nos a querer possuir mais do que os nossos irmãos. Isso é materialismo; isso é ódio. Não há lugar na terra de Deus para o materialismo e o ódio e o ateísmo e a guerra. Foi por isso que fomos condenados à morte.
Ele ergueu uma de suas mãos imensas, lenta e solenemente.
- A terra há de viver. Ela não permitirá que a destruamos com as nossas bombas. Vai apenas livrar-se dos monstros que poderão, um dia muito breve, lançá-la, sem ar e sem frutos, pelo espaço afora, ou explodi-la em pedacinhos. A Terra conhece Deus e Deus está com a Terra. Ela já suportou as nossas irresponsabilidades por muito tempo; sofreu, e foi bondosa. Agora vamos morrer, pois fomos longe demais em nosso ódio e ganância.
Ele ergueu a cabeça e exclamou:
- Deus tenha piedade de nossas almas!
***
Continua...
O início
A princípio alguns dos homens na sala sorriram, sem jeito, diante das palavras de meu pai, mas logo os sorrisos desapareceram e eles passaram a lhe dar toda a atenção. Ele parecia grande e poderoso, ali de pé com sua fisionomia séria e melancólica iluminada pelo Sol da primavera.
- Sim, condenados à morte - disse ele, com autoridade. - Porque todos os homens do mundo são pecadores uns contra os outros, e todos contra Deus. Não se trata apenas das guerras que tivemos neste século. Nós nos esquecemos de Deus.
Meu pai ajustou o cinco e passou a mão pelo queixo barbado. Seus olhos azuis estavam vívidos - vívidos e condenadores - ao passearem lentamente por todos os rostos da sala.
- Não sou político. Sou fazendeiro, assim como vocês. Quando éramos pequeninos, levávamos a sério as palavras do pároco quando ele nos dizia que tínhamos um dever para com o nosso semelhante, e que as coisas do espírito são mais importantes do que as coisas do corpo. Todas as igrejas diziam isso a seus fiéis; todas as igrejas continuam a dizê-lo, embora os pastores se dirijam atualmente a bancos vazios. Não ouvimos mais essas coisas com nossos ouvidos. Por quê? Porque cada um de nós passou a crer que as coisas do corpo são as únicas coisas valiosas, e lutamos por elas passando por cima dos direitos de todos os outros homens. Nós nos tornamos por demais materialistas, por demais ateus. Olhem, não sou um orador. Vocês sabem a que estou-me referindo.
- E agora sacudimos as nossas bombas atômicas e de hidrogênio na cara da Rússia e ela sacode as dela na nossa cara, e ambos as fazemos explodir sobre a Terra, destruindo-a. Mas a guerra é uma coisa lucrativa. É isso que faz as cidades crescerem e prosperarem.
Os olhos de meu pai cintilavam sobre os rostos dos homens que o escutavam.
- Nos tempos de meu pai as pessoas eram felizes nos campos. Os homens cultivavam os alimentos, não fábricas de armas para assassinato. Certo, nós não tínhamos carros nas cocheiras, nem aparelhinhos em nossas casas, mas um lampião de querosene serve tão bem quanto uma lâmpada elétrica e um livro é melhor do que muita coisa que se vê na televisão.
- De que nos adiantou todo esse progresso? Trouxe-nos a paz, a segurança e o amor e a satisfação? Não. Só nos ensinou a guerra. Ensinou-nos a ter inveja de nossos irmãos. Ensinou-nos a querer possuir mais do que os nossos irmãos. Isso é materialismo; isso é ódio. Não há lugar na terra de Deus para o materialismo e o ódio e o ateísmo e a guerra. Foi por isso que fomos condenados à morte.
Ele ergueu uma de suas mãos imensas, lenta e solenemente.
- A terra há de viver. Ela não permitirá que a destruamos com as nossas bombas. Vai apenas livrar-se dos monstros que poderão, um dia muito breve, lançá-la, sem ar e sem frutos, pelo espaço afora, ou explodi-la em pedacinhos. A Terra conhece Deus e Deus está com a Terra. Ela já suportou as nossas irresponsabilidades por muito tempo; sofreu, e foi bondosa. Agora vamos morrer, pois fomos longe demais em nosso ódio e ganância.
Ele ergueu a cabeça e exclamou:
- Deus tenha piedade de nossas almas!
Continua...
O início
50 Semanas de Rock - Oasis
Quando fui começar a aventura das 50 semanas de rock, pedi dicas de bandas em uma comunidade de rock no Orkut, e lá rolou uma briga danada sobre qual era a maior banda de todos os tempos. Uma das citadas era o Oasis e claro que isso gerou uma expectativa danada. Eles podem não ser a melhor banda de todos os tempos, Oasis é do caralho.
Uma mistura de Beatles e Rolling Stones e uma pitada de Elton John: isto é Oasis. Por ser uma das bandas mais novas da lista eu até conhecia mais músicas deles, mesmo sem saber que eram deles, e tudo o que ouvi está de bom pra cima.
Baixei quatro discos da banda: um Greatest Hits, os de estúdio Definitely Maybe e Morning Glory, mais o Acústico MTV. Incrivelmente eu achei o Greatest Hits um pouco chato. Não sei se é porque eu estava prestando mais atenção no trabalho do que nas músicas, mas o fato é que depois de ouvi-lo duas vezes eu fiquei com um pouco de medo do que poderia vir pela frente. Sorte que me enganei. Depois eu vou tirar uma hora para escutá-lo de novo com atenção, pois tenho certeza de que vou gostar bastante.
Depois dele parti para o Definitely Maybe, que é fodão e tem ótimos momentos: desde rockões carregados, como Rock'n'Roll Star, Shakemaker e Slide Away até algumas mais pop, como Married With Children e Digsy's Dinner. Deste disco saiu a minha favorita deles, e uma das melhores que ouvi este ano: Live Forever. Gostei tanto que tenho ouvido repetidas vezes, várias vezes por dia.
Em seguida foi a vez do Acústico MTV, que não é tão pesado mas segue sendo um disco fodaço pra demais da conta, quase perfeito. Primeiro que três marcas registradas da banda estão nele: Wonderwall, Don't Look Back in Anger e Morning Glory. Estas são as músicas deles que eu já conhecia e que, puts, são boas pra demais da conta. Segundo porque Live Forever também está nele, numa versão ainda melhor que a original. Terceiro por conta da música Round Are Way, que mistura três coisas nas quais eu me amarro: gaita, piano e metais. E quarto por conta de uma situação inusitada do show: o cara foi começar a tocar uma música e tocou um acorde no violão. Bruummmm.
Nessa hora uma mulher grita empolgadíssima no meio da platéia um sonoro "yes!!". Ele pára de tocar e pergunta, rindo: Yes o quê?. A platéia cai no riso. Ele pergunta: O que é que eu vou tocar? A mulher grita de lá: Talk Tonight. E ele: Nota dez para a moça de preto ali. E a galera aplaude, rindo. E ele engata: Na verdade eu tia tocar It's Good to Be Free, mas pra não deixar você chateada eu vou tocar Talk Tonight.
Pesquisando no Orkut, descobri que as duas músicas, Talk Tonight e It's Good to Be Free, começam do mesmo jeito. Como não consegui ouvir a segunda, não sei se isso é verdade, mas que é uma ótima história, ah, isso é.
O último disco foi Morning Glory. Não sei se é porque eu o ouvi indo para o meu último dia de trabalho na Prefeitura de Nova Friburgo, mas o fato é que todas as músicas me soaram como trilha sonora de final feliz. E, pulta-quius-paril, esse disco só não é perfeito porque Live Forever não está nele, já que ele é praticamente um greatest hits: ali estão Wonderwall, Don't Look Back in Anger e Morning Glory! Isso sem contar outras que são tão boas quanto: Hey Now, Cast No Shadow e She's Electric são muito legais. É um disco imperdível.
Enfim, Oasis é muito bom. Esta foi uma das semanas mais agradáveis de todas até aqui, a ponto de eu arriscar a colocar a banda entre as dez melhores desta aventura. Se você, querida leitora, ainda não conhece, faça um favor aos seus ouvidos e escute.
***
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas
Uma mistura de Beatles e Rolling Stones e uma pitada de Elton John: isto é Oasis. Por ser uma das bandas mais novas da lista eu até conhecia mais músicas deles, mesmo sem saber que eram deles, e tudo o que ouvi está de bom pra cima.
Baixei quatro discos da banda: um Greatest Hits, os de estúdio Definitely Maybe e Morning Glory, mais o Acústico MTV. Incrivelmente eu achei o Greatest Hits um pouco chato. Não sei se é porque eu estava prestando mais atenção no trabalho do que nas músicas, mas o fato é que depois de ouvi-lo duas vezes eu fiquei com um pouco de medo do que poderia vir pela frente. Sorte que me enganei. Depois eu vou tirar uma hora para escutá-lo de novo com atenção, pois tenho certeza de que vou gostar bastante.
Depois dele parti para o Definitely Maybe, que é fodão e tem ótimos momentos: desde rockões carregados, como Rock'n'Roll Star, Shakemaker e Slide Away até algumas mais pop, como Married With Children e Digsy's Dinner. Deste disco saiu a minha favorita deles, e uma das melhores que ouvi este ano: Live Forever. Gostei tanto que tenho ouvido repetidas vezes, várias vezes por dia.
Em seguida foi a vez do Acústico MTV, que não é tão pesado mas segue sendo um disco fodaço pra demais da conta, quase perfeito. Primeiro que três marcas registradas da banda estão nele: Wonderwall, Don't Look Back in Anger e Morning Glory. Estas são as músicas deles que eu já conhecia e que, puts, são boas pra demais da conta. Segundo porque Live Forever também está nele, numa versão ainda melhor que a original. Terceiro por conta da música Round Are Way, que mistura três coisas nas quais eu me amarro: gaita, piano e metais. E quarto por conta de uma situação inusitada do show: o cara foi começar a tocar uma música e tocou um acorde no violão. Bruummmm.
Nessa hora uma mulher grita empolgadíssima no meio da platéia um sonoro "yes!!". Ele pára de tocar e pergunta, rindo: Yes o quê?. A platéia cai no riso. Ele pergunta: O que é que eu vou tocar? A mulher grita de lá: Talk Tonight. E ele: Nota dez para a moça de preto ali. E a galera aplaude, rindo. E ele engata: Na verdade eu tia tocar It's Good to Be Free, mas pra não deixar você chateada eu vou tocar Talk Tonight.
Pesquisando no Orkut, descobri que as duas músicas, Talk Tonight e It's Good to Be Free, começam do mesmo jeito. Como não consegui ouvir a segunda, não sei se isso é verdade, mas que é uma ótima história, ah, isso é.
O último disco foi Morning Glory. Não sei se é porque eu o ouvi indo para o meu último dia de trabalho na Prefeitura de Nova Friburgo, mas o fato é que todas as músicas me soaram como trilha sonora de final feliz. E, pulta-quius-paril, esse disco só não é perfeito porque Live Forever não está nele, já que ele é praticamente um greatest hits: ali estão Wonderwall, Don't Look Back in Anger e Morning Glory! Isso sem contar outras que são tão boas quanto: Hey Now, Cast No Shadow e She's Electric são muito legais. É um disco imperdível.
Enfim, Oasis é muito bom. Esta foi uma das semanas mais agradáveis de todas até aqui, a ponto de eu arriscar a colocar a banda entre as dez melhores desta aventura. Se você, querida leitora, ainda não conhece, faça um favor aos seus ouvidos e escute.
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas
Católicos Não Aceitam Jesus
Taí uma das minhas maiores dúvidas em relação à igreja católica. Veja só: católicos crêem no poder da intercessão de mil santos e santas diferentes, católicos crêem que Maria tem o poder de interceder por nós, católicos xiitas acham que se a hóstia não for de trigo integral light ela não vale como símbolo de comunhão, católicos renovados crêem no falar em línguas, católicos rezam o Credo Apostólico dizendo que crêem em Jesus Cristo (...) nosso Senhor, etc etc etc.
Eles fazem tudo isso, mas não fazem a coisa que considero primordial e mais básica de tudo o que a Bíblia ensina: católicos não aceitam Jesus.
Está lá em João 3,16 dizendo que Deus deu seu único filho para que todo aquele que Nele crê não morra, ou seja: basta a pessoa aceitar que Jesus é o salvador e pronto. Não há fórmulas mirabolantes. Quando comecei a aprender e entender o que é o cristianismo, esta foi uma das primeiras coisas que entendi.
E aí fica a minha dúvida: porque raios os católicos não falam que se deve aceitar Jesus como o salvador? Eu acho que é pelo mesmo motivo que os evangélicos não falam em Maria, mãe de Jesus: não o fazem porque, ao fazê-lo, correm o risco de serem confundidos com "crentes fanáticos", justamente aqueles contra os quais costumam levantar suas bandeiras de guerra.
Novamente fica a pergunta: será que um bom nome para isso seria preconceito?
Eles fazem tudo isso, mas não fazem a coisa que considero primordial e mais básica de tudo o que a Bíblia ensina: católicos não aceitam Jesus.
Está lá em João 3,16 dizendo que Deus deu seu único filho para que todo aquele que Nele crê não morra, ou seja: basta a pessoa aceitar que Jesus é o salvador e pronto. Não há fórmulas mirabolantes. Quando comecei a aprender e entender o que é o cristianismo, esta foi uma das primeiras coisas que entendi.
E aí fica a minha dúvida: porque raios os católicos não falam que se deve aceitar Jesus como o salvador? Eu acho que é pelo mesmo motivo que os evangélicos não falam em Maria, mãe de Jesus: não o fazem porque, ao fazê-lo, correm o risco de serem confundidos com "crentes fanáticos", justamente aqueles contra os quais costumam levantar suas bandeiras de guerra.
Novamente fica a pergunta: será que um bom nome para isso seria preconceito?
Respondendo ao Leitor
Recentemente um camarada me procurou pelo Orkut, dizendo que tinha lido um comentário meu em algum site (que ele não soube dizer qual), e perguntando se poderia me fazer algumas perguntas relacionadas ao trabalho de analista de sistemas. Eu disse que poderia, sim, responder. Só que, ao invés de respondê-las diretamente, resolvi trazê-las para cá:
Há quanto tempo você se formou?
Há quase dois anos. Eu me formei em dezembro de 2006, com a colação de grau em fevereiro de 2007. A propósito, até hoje não consegui obter o meu diploma.
Como foi sua entrada no mercado profissional?
Quando eu me formei, já estava trabalhando em um cartório aqui de Cachoeiras de Macacu, fazendo tanto serviços cartorários quanto desenvolvendo pequenos aplicativos para a repartição. No final de 2007 eu fiz um concurso para a Prefeitura de Nova Friburgo, para o cargo de analista de sistemas, fui aprovado e em abril de 2008 comecei a trabalhar lá.
Como eu já tinha falado aqui antes, o trabalho lá é frustrante, porque na maior parte do tempo ou eu não faço nada (e aproveito para estudar) ou eu conserto computador ou eu ensino os outros a mexer em Word e Excel. Cheguei sim a desenvolver alguns sistemas pequenos para a secretaria onde estou deixando de trabalhar, mas a verdade é que, para meus colegas de trabalho, analista de sistemas é apenas o cara que entende de computador e sabe consertar quando dá merda.
Devido a isso, há pouco mais de um mês eu comecei a conversar com vários amigos que trabalham no Rio de Janeiro, à procura de alguma colocação. Espalhei alguns currículos e acabei recebendo uma ligação de um camarada com quem eu ainda não tinha falado. Ele disse que a empresa em que ele está trabalhando estava com uma vaga aberta e perguntou sobre meu interesse. Gostei da idéia, mandei o currículo, o chefe dele gostou e marcamos uma entrevista para o dia seguinte. Entrevista feita, o cara gostou de mim e me deu a vaga. Entre a ligação do meu colega e o OK com o novo patrão foram apenas quatro dias, e começo lá dia primeiro de setembro de 2008.
Qual é a média salarial?
Esta parte fica um pouco complicada para que eu responda, porque não tenho muita experiência nem acompanho muito isso, mas pelas reportagens que ando lendo ultimamente a média tem rodado pelos R$ 2.000,00, mais benefícios. Só fuja do interior, como a Prefeitura de Nova Friburgo, por exemplo, que tem um maravilhoso salário de R$ 800,00, sem benefícios.
Quais são as dificuldades e as vantagens da profissão?
Eu acredito que a maior dificuldade é a concorrência, porque tem muita gente boa pra demais da conta espalhada por aí, e o nível de exigência pode ser muito alto. Há alguns meses eu fiz uma prova da Petrobrás e, puta merda, acho que foi a prova mais difícil que já fiz, e saí dela tenso, com os músculos doloridos. E o esforço de nada adiantou, porque fui eliminado por pontos.
As vantagens são vantagens se você gostar da área: é muito bom poder estar sempre exercitando o raciocínio, o esforço para desenvolver novas soluções, etc. Há também o fato de que muita gente da área é maluco por natureza, então o ambiente de trabalho costuma ser divertido.
A universidade te preparou para o mercado? Explique.
Primeiro uma piada: não, não preparou. Na faculdade eu aprendi sobre orientação a objetos, banco de dados e algoritmos, e quando fui ser analista de sistemas na Prefeitura de Nova Friburgo eu vi que tinha que ter aprendido a grimpar um cabo de rede, a limpar placas de vídeo e que placas de memória DRM732 só servem em placas mãe ATVXP7500S.
Agora falando sério: em parte. Posso dizer que não porque nós não fomos muito a fundo na maioria das matérias e, como já falei antes, alguns tópicos não foram bem abordados, mas também posso dizer que sim porque a faculdade me deu uma visão geral muito importante sobre o que é qualidade de software, em todos os sentidos imagináveis, e ainda me proporcionou conhecer muitas áreas importantes que compôem o trabalho de um analista de sistemas. Sem a faculdade, eu tenho certeza de que eu demoraria muito mais tempo para acumular todo o conhecimento que tenho hoje, se é que algum dia eu chegaria a tanto.
Enfim, a faculdade não entregou o peixe de bandeja, mas tampouco me ensinou a ser um grande pescador. Entretanto, me ensinou o que é uma boa vara de pescar, os tipos de linha, os tipos de anzol, quais rios são melhores, etc.
Você precisa se atualizar? Como?
Sim, sempre. Muito embora hajam conceitos e técnicas que durem bastante tempo, sempre há uma novidade na próxima esquina: uma versão nova do programa que você mais usa, um recurso novo naquele banco de dados, uma linguagem que começa a chamar atenção, etc. Além do que, quanto mais você aprende, mais você vê que sabe muito pouco e entende ainda mais a necessidade de se atualizar.
Para aprender coisas novas eu me valho de duas fontes: primeiro eu leio muitos livros. Alguns eu compro em lojas como Submarino ou Amazon (os importados são muito mais baratos) e outros eu baixo em sites de compartilhamento de arquivo (sim, a pirataria reina aqui também, porque ninguém tem dinheiro pra comprar tudo). Estou preparando um artigo sobre a minha biblioteca que estou montando em casa.
Além disso, sempre busco informações em sites de programação ou com artigos sobre o mundo da informática, como, por exemplo, Coding Horror e The Database Programmer.
Qual é sua rotina de trabalho?
Como eu já falei aí em cima, minha rotina na Prefeitura é a de estudar nas muitas horas livres, ajudar alguém a lidar com o computador ou então consertar alguma coisa que está com problema. Nada muito excitante, pra falar a verdade. Nos cinco meses que estou lá, acho que só me senti trabalhando de verdade umas seis ou sete vezes.
No meu novo emprego vou trabalhar com desenvolvimento, colocando a mão na massa. Logo, espero que seja uma rotina mais interessante.
Se você pudesse dar uma dica para quem inicia a carreira...
Nunca esqueça de seus companheiros da faculdade. Se não fosse por eles, eu não teria conseguido o emprego onde vou começar a trabalhar agora em setembro. Mantenha contato, dê um alô, troque idéias.
Mas não mantenha amizades só pra poder ser lembrado quando uma vaga surgir: encontros e chopadas fazem parte da vida, e no fim das contas esta convivência é mais importante que qualquer emprego.
***
Leia outros artigos sobre análise de sistemas
Há quanto tempo você se formou?
Há quase dois anos. Eu me formei em dezembro de 2006, com a colação de grau em fevereiro de 2007. A propósito, até hoje não consegui obter o meu diploma.
Como foi sua entrada no mercado profissional?
Quando eu me formei, já estava trabalhando em um cartório aqui de Cachoeiras de Macacu, fazendo tanto serviços cartorários quanto desenvolvendo pequenos aplicativos para a repartição. No final de 2007 eu fiz um concurso para a Prefeitura de Nova Friburgo, para o cargo de analista de sistemas, fui aprovado e em abril de 2008 comecei a trabalhar lá.
Como eu já tinha falado aqui antes, o trabalho lá é frustrante, porque na maior parte do tempo ou eu não faço nada (e aproveito para estudar) ou eu conserto computador ou eu ensino os outros a mexer em Word e Excel. Cheguei sim a desenvolver alguns sistemas pequenos para a secretaria onde estou deixando de trabalhar, mas a verdade é que, para meus colegas de trabalho, analista de sistemas é apenas o cara que entende de computador e sabe consertar quando dá merda.
Devido a isso, há pouco mais de um mês eu comecei a conversar com vários amigos que trabalham no Rio de Janeiro, à procura de alguma colocação. Espalhei alguns currículos e acabei recebendo uma ligação de um camarada com quem eu ainda não tinha falado. Ele disse que a empresa em que ele está trabalhando estava com uma vaga aberta e perguntou sobre meu interesse. Gostei da idéia, mandei o currículo, o chefe dele gostou e marcamos uma entrevista para o dia seguinte. Entrevista feita, o cara gostou de mim e me deu a vaga. Entre a ligação do meu colega e o OK com o novo patrão foram apenas quatro dias, e começo lá dia primeiro de setembro de 2008.
Qual é a média salarial?
Esta parte fica um pouco complicada para que eu responda, porque não tenho muita experiência nem acompanho muito isso, mas pelas reportagens que ando lendo ultimamente a média tem rodado pelos R$ 2.000,00, mais benefícios. Só fuja do interior, como a Prefeitura de Nova Friburgo, por exemplo, que tem um maravilhoso salário de R$ 800,00, sem benefícios.
Quais são as dificuldades e as vantagens da profissão?
Eu acredito que a maior dificuldade é a concorrência, porque tem muita gente boa pra demais da conta espalhada por aí, e o nível de exigência pode ser muito alto. Há alguns meses eu fiz uma prova da Petrobrás e, puta merda, acho que foi a prova mais difícil que já fiz, e saí dela tenso, com os músculos doloridos. E o esforço de nada adiantou, porque fui eliminado por pontos.
As vantagens são vantagens se você gostar da área: é muito bom poder estar sempre exercitando o raciocínio, o esforço para desenvolver novas soluções, etc. Há também o fato de que muita gente da área é maluco por natureza, então o ambiente de trabalho costuma ser divertido.
A universidade te preparou para o mercado? Explique.
Primeiro uma piada: não, não preparou. Na faculdade eu aprendi sobre orientação a objetos, banco de dados e algoritmos, e quando fui ser analista de sistemas na Prefeitura de Nova Friburgo eu vi que tinha que ter aprendido a grimpar um cabo de rede, a limpar placas de vídeo e que placas de memória DRM732 só servem em placas mãe ATVXP7500S.
Agora falando sério: em parte. Posso dizer que não porque nós não fomos muito a fundo na maioria das matérias e, como já falei antes, alguns tópicos não foram bem abordados, mas também posso dizer que sim porque a faculdade me deu uma visão geral muito importante sobre o que é qualidade de software, em todos os sentidos imagináveis, e ainda me proporcionou conhecer muitas áreas importantes que compôem o trabalho de um analista de sistemas. Sem a faculdade, eu tenho certeza de que eu demoraria muito mais tempo para acumular todo o conhecimento que tenho hoje, se é que algum dia eu chegaria a tanto.
Enfim, a faculdade não entregou o peixe de bandeja, mas tampouco me ensinou a ser um grande pescador. Entretanto, me ensinou o que é uma boa vara de pescar, os tipos de linha, os tipos de anzol, quais rios são melhores, etc.
Você precisa se atualizar? Como?
Sim, sempre. Muito embora hajam conceitos e técnicas que durem bastante tempo, sempre há uma novidade na próxima esquina: uma versão nova do programa que você mais usa, um recurso novo naquele banco de dados, uma linguagem que começa a chamar atenção, etc. Além do que, quanto mais você aprende, mais você vê que sabe muito pouco e entende ainda mais a necessidade de se atualizar.
Para aprender coisas novas eu me valho de duas fontes: primeiro eu leio muitos livros. Alguns eu compro em lojas como Submarino ou Amazon (os importados são muito mais baratos) e outros eu baixo em sites de compartilhamento de arquivo (sim, a pirataria reina aqui também, porque ninguém tem dinheiro pra comprar tudo). Estou preparando um artigo sobre a minha biblioteca que estou montando em casa.
Além disso, sempre busco informações em sites de programação ou com artigos sobre o mundo da informática, como, por exemplo, Coding Horror e The Database Programmer.
Qual é sua rotina de trabalho?
Como eu já falei aí em cima, minha rotina na Prefeitura é a de estudar nas muitas horas livres, ajudar alguém a lidar com o computador ou então consertar alguma coisa que está com problema. Nada muito excitante, pra falar a verdade. Nos cinco meses que estou lá, acho que só me senti trabalhando de verdade umas seis ou sete vezes.
No meu novo emprego vou trabalhar com desenvolvimento, colocando a mão na massa. Logo, espero que seja uma rotina mais interessante.
Se você pudesse dar uma dica para quem inicia a carreira...
Nunca esqueça de seus companheiros da faculdade. Se não fosse por eles, eu não teria conseguido o emprego onde vou começar a trabalhar agora em setembro. Mantenha contato, dê um alô, troque idéias.
Mas não mantenha amizades só pra poder ser lembrado quando uma vaga surgir: encontros e chopadas fazem parte da vida, e no fim das contas esta convivência é mais importante que qualquer emprego.
Leia outros artigos sobre análise de sistemas
Sobre Professores Ruins
Quando vou fazer um curso, principalmente uma pós graduação, o mínimo que eu espero é que os professores sejam bem melhores que eu, e tudo o que almejo é chegar a ser tão bom quanto ou melhor que eles.
Triste é quando me vejo melhor que eles. Triste é ver um aluno afirmar uma coisa errada, perguntar para a professora se aquela afirmação está certa, e ela confirmar: sim, o que você falou está absolutamente certo!
Nestas horas eu tenho vontade de sair do curso.
Triste é quando me vejo melhor que eles. Triste é ver um aluno afirmar uma coisa errada, perguntar para a professora se aquela afirmação está certa, e ela confirmar: sim, o que você falou está absolutamente certo!
Nestas horas eu tenho vontade de sair do curso.
50 Semanas de Rock - Nirvana
Confesso que eu esperava muito mais. Enquanto há algumas músicas excelentes e eternas (Smells Like Teen Spirit, Come as You Are e The Man Who Sold the World), há umas bombas gritadas que pra mim não têm valor nenhum (Scentless Apprentice e Tourette's). Um detalhe que chamou mais a atenção foi a introdução de Plateau, que é interessante de tão simples.
No geral, o som deles me fez lembrar muito todas essas bandas de rock que tocam na trilha sonora de Malhação.
Resumindo, o Acústico em Nova York é bom e o Nevermind também, mas sei lá, Nirvana não desceu redondo.
***
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas
No geral, o som deles me fez lembrar muito todas essas bandas de rock que tocam na trilha sonora de Malhação.
Resumindo, o Acústico em Nova York é bom e o Nevermind também, mas sei lá, Nirvana não desceu redondo.
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas
Mitos da Faculdade de Análise de Sistemas: Hardware
Mais uma das coisas que o pessoal sempre pensa sobre a faculdade de análise de sistemas e que está completamente por fora da realidade é que lá se aprende sobre hardware.
Devido a isso, o que não canso de ter em volta de mim é gente que me pergunta qual é a melhor placa mãe, a Asus 74937bx ou a Intel rfxPlus2000; ou então se ele pode colocar uma memória DIMM 333 numa placa GeoForce Y2KBugFree; ou qual é o jumper que ele pode trocar para fazer um overclock na placa de som; ou, enfim, se eu sei montar um computador se me derem todas as peças soltas.
A resposta para todas as perguntas é não, não faço a mínima idéia.
Todos ficam chocados: oh, como não!? Você não fez faculdade?
Sim, eu fiz, mas lá não ensina isso. E lá vou eu, novamente, explicar que numa faculdade de análise de sistemas a gente aprende como desenvolver software, e não como consertar computador.
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Devido a isso, o que não canso de ter em volta de mim é gente que me pergunta qual é a melhor placa mãe, a Asus 74937bx ou a Intel rfxPlus2000; ou então se ele pode colocar uma memória DIMM 333 numa placa GeoForce Y2KBugFree; ou qual é o jumper que ele pode trocar para fazer um overclock na placa de som; ou, enfim, se eu sei montar um computador se me derem todas as peças soltas.
A resposta para todas as perguntas é não, não faço a mínima idéia.
Todos ficam chocados: oh, como não!? Você não fez faculdade?
Sim, eu fiz, mas lá não ensina isso. E lá vou eu, novamente, explicar que numa faculdade de análise de sistemas a gente aprende como desenvolver software, e não como consertar computador.
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Reforma de Casa: Sanitária Cachoeirense
Durante todo o tempo que está durando a reforma da minha casa, uma das experiências mais desagradáveis foi a compra de parte dos pisos na Sanitária Cachoeirense, vulga Loja do Claudinho.
Parêntese: Eu ainda vou escrever um texto sobre esta história de que aqui em Cachoeiras de Macacu todas as lojas têm razão social, nome fantasia e nome popular. Fecha parêntese.
Pois bem, sigamos em frente. Em março de 2007 eu e Sueli fomos à Amoedo, em Niterói, e compramos boa parte dos pisos e azulejos da casa, faltando apenas os da cozinha, pois não achamos nenhum a nosso gosto. Deixamos estes para comprar em Cachoeiras.
Chegando à Sanitária Cachoeirense, passamos um bom tempo olhando todas as opções do mostruário e escolhemos um piso, um azulejo e uma faixa decorativa. Apenas o azulejo estava em estoque, e os outros dois deveriam ser encomendados.
Parêntese: este é outro mal de Cachoeiras de Macacu: as lojas raramente têm os produtos para pronta entrega, e têm que encomendar tudo para chegar dali a duas, três, quatro semanas. O horror, o horror. Fecha parêntese.
Fizemos o pedido e encomendamos os pisos e as faixas decorativas. Prazo destes dois? Duas semanas. Os azulejos foram entregues em dois dias.
Passadas quatro semanas, fui à loja para saber do material e o vendedor, fazendo cara de surpreso, disse que não sabia que eu ainda não tinha recebido o material, ligou para o fornecedor e me informou que a encomenda já tinha saído da fábrica, e que seria entregue em minha casa na mesma semana. E realmente, o foi. Só que só os pisos, nada das faixas decorativas.
Voltei à loja, e perguntei das faixas. Procura daqui, procura dali, aparece o dono da loja, pedindo mil desculpas e dizendo que tinham esquecido de encomendar as faixas.
- Mas pode deixar que eu ligo pra lá hoje e até terça isso já está aqui [era uma sexta], pode ter certeza, eu te garanto, eu te dou minha palavra!
Passada a terça nada do material ter chegado e eu fui na loja. Pediram mais uma semana, e mais uma. Já puto da vida, e pronto para pedir o meu dinheiro de volta, o tal Claudinho, o dono da loja, vem falar comigo e diz que o material tinha saído da fábrica o dia anterior e que no dia seguinte ele entregaria na minha casa. Claro que o material não chegou e eu fui lá, para ouvir uma das desculpas mais esfarrapadas da história:
- Cara, você não imagina o que aconteceu! O caminhão parou na balança e ficou acima do peso, o motorista teve tirar as suas faixas para poder ficar no peso certo.
Vejam bem o tamanho a descaração: uma mínima caixinha, com 30 faixas daquelas de enfeitar parede, era a responsável por deixar acima do peso um caminhão que devia trazer algumas toneladas de material de construção. Piada, não é não? Por que, então, não trocaram o motorista e mandaram um mais magro para dirigir?!
Aí eu perdi de vez toda a minha paciência, que como vocês podem ver é bem grande, e falei com ele que eu não queria mais nada, que queria o meu dinheiro de volta e que ele deveria ir até a minha casa e pegar de volta todo o material que ele já tinha entregue.
Ele, desesperado, ficou inventando de ligar para o transportador para que eu conversasse com o cara, para resolver o assunto. Eu falei para ele - o dono da loja - que eu tinha fechado o negócio com ele, e não com o transportador, e que, portanto, não tinha nada que conversar com ninguém além dele próprio.
Foi a primeira vez que precisei falar alto dentro de uma loja para exigir meus direitos. Disse a ele que queria o dinheiro de volta naquele mesmo dia, e ele se negou. Ameacei arranjar um problema com ele na justiça e ele não cedeu. "Pode ir, pode ir, mas dinheiro hoje não tem".
Saí de lá botando fogo pelo nariz. Pouco mais de uma hora depois um funcionário da loja - sogro dele - foi lá em casa para perguntar o que tinha acontecido. Eu expliquei a situação e ele disse que o Claudinho tinha acabado de sair de Cachoeiras para ir até a fábrica para buscar pessoalmente as faixinhas, e que até o fim da noite ele as entregaria na minha casa.
E vejam como eu sou paciente: como foi uma outra pessoa que tinha vindo até minha casa, e não o Claudinho, eu cedi mais uma vez e disse que iria aguardar mais aquele dia antes de abrir um processo na justiça.
Enfim, naquela mesma noite, o cara deixou a pequena caixa, que não pesava mais de vinte quilos, lá em casa, com as minha faixas.
É ou não é muita dor de cabeça o que fazem estas lojas daqui de Cachoeiras?
***
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Parêntese: Eu ainda vou escrever um texto sobre esta história de que aqui em Cachoeiras de Macacu todas as lojas têm razão social, nome fantasia e nome popular. Fecha parêntese.
Pois bem, sigamos em frente. Em março de 2007 eu e Sueli fomos à Amoedo, em Niterói, e compramos boa parte dos pisos e azulejos da casa, faltando apenas os da cozinha, pois não achamos nenhum a nosso gosto. Deixamos estes para comprar em Cachoeiras.
Chegando à Sanitária Cachoeirense, passamos um bom tempo olhando todas as opções do mostruário e escolhemos um piso, um azulejo e uma faixa decorativa. Apenas o azulejo estava em estoque, e os outros dois deveriam ser encomendados.
Parêntese: este é outro mal de Cachoeiras de Macacu: as lojas raramente têm os produtos para pronta entrega, e têm que encomendar tudo para chegar dali a duas, três, quatro semanas. O horror, o horror. Fecha parêntese.
Fizemos o pedido e encomendamos os pisos e as faixas decorativas. Prazo destes dois? Duas semanas. Os azulejos foram entregues em dois dias.
Passadas quatro semanas, fui à loja para saber do material e o vendedor, fazendo cara de surpreso, disse que não sabia que eu ainda não tinha recebido o material, ligou para o fornecedor e me informou que a encomenda já tinha saído da fábrica, e que seria entregue em minha casa na mesma semana. E realmente, o foi. Só que só os pisos, nada das faixas decorativas.
Voltei à loja, e perguntei das faixas. Procura daqui, procura dali, aparece o dono da loja, pedindo mil desculpas e dizendo que tinham esquecido de encomendar as faixas.
- Mas pode deixar que eu ligo pra lá hoje e até terça isso já está aqui [era uma sexta], pode ter certeza, eu te garanto, eu te dou minha palavra!
Passada a terça nada do material ter chegado e eu fui na loja. Pediram mais uma semana, e mais uma. Já puto da vida, e pronto para pedir o meu dinheiro de volta, o tal Claudinho, o dono da loja, vem falar comigo e diz que o material tinha saído da fábrica o dia anterior e que no dia seguinte ele entregaria na minha casa. Claro que o material não chegou e eu fui lá, para ouvir uma das desculpas mais esfarrapadas da história:
- Cara, você não imagina o que aconteceu! O caminhão parou na balança e ficou acima do peso, o motorista teve tirar as suas faixas para poder ficar no peso certo.
Vejam bem o tamanho a descaração: uma mínima caixinha, com 30 faixas daquelas de enfeitar parede, era a responsável por deixar acima do peso um caminhão que devia trazer algumas toneladas de material de construção. Piada, não é não? Por que, então, não trocaram o motorista e mandaram um mais magro para dirigir?!
Aí eu perdi de vez toda a minha paciência, que como vocês podem ver é bem grande, e falei com ele que eu não queria mais nada, que queria o meu dinheiro de volta e que ele deveria ir até a minha casa e pegar de volta todo o material que ele já tinha entregue.
Ele, desesperado, ficou inventando de ligar para o transportador para que eu conversasse com o cara, para resolver o assunto. Eu falei para ele - o dono da loja - que eu tinha fechado o negócio com ele, e não com o transportador, e que, portanto, não tinha nada que conversar com ninguém além dele próprio.
Foi a primeira vez que precisei falar alto dentro de uma loja para exigir meus direitos. Disse a ele que queria o dinheiro de volta naquele mesmo dia, e ele se negou. Ameacei arranjar um problema com ele na justiça e ele não cedeu. "Pode ir, pode ir, mas dinheiro hoje não tem".
Saí de lá botando fogo pelo nariz. Pouco mais de uma hora depois um funcionário da loja - sogro dele - foi lá em casa para perguntar o que tinha acontecido. Eu expliquei a situação e ele disse que o Claudinho tinha acabado de sair de Cachoeiras para ir até a fábrica para buscar pessoalmente as faixinhas, e que até o fim da noite ele as entregaria na minha casa.
E vejam como eu sou paciente: como foi uma outra pessoa que tinha vindo até minha casa, e não o Claudinho, eu cedi mais uma vez e disse que iria aguardar mais aquele dia antes de abrir um processo na justiça.
Enfim, naquela mesma noite, o cara deixou a pequena caixa, que não pesava mais de vinte quilos, lá em casa, com as minha faixas.
É ou não é muita dor de cabeça o que fazem estas lojas daqui de Cachoeiras?
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Descoberta
Durante as aulas de Modelagem de Dados e SQL que tive na pós graduação (se é que aquilo se pode chamar de aula), descobri que existe uma coisa muito pior do que aula com slide: aula com pdf embaçado rolando na parede, sem que a professora saiba para qual página deve ir em seguida.
Acreditem: não há nada pior.
Acreditem: não há nada pior.
O Pecado de Todos Nós - Capítulo Três - Parte Três
(capítulo três, parte dois)
A Cooperativa Agropecuária não convocou nenhuma assembléia extraordinária em Arbourville para debater o que estava acontecendo. Hoje sabemos que eles, como todos os outros fazendeiros, tinham recebido ordens de Washington. Mas no dia primeiro de março convocaram sua assembléia normal, e meu pai e eu comparecemos, junto com outros granjeiros do lugar.
Fiquei horrorizado ao ver Lester Hartwick, o nosso presidente local. Da última vez em que eu vira, em janeiro, ele era um fazendeiro alegre e feliz, corado como uma pêra madura, baixinho e volumoso como um rochedo. Envelhecera em dois meses, estava mirrado e acabado, a pele tão cinzenta quanto seus cabelos grossos. Deu início à reunião com a naturalidade de sempre e remexeu nos papéis sobre a mesa. Depois olhou para nós e seu olhar parecia ausente e velado.
- Bem, amigos - disse ele - tivemos pouca sorte nesta primavera com nossas colheitas. Não tendo havido... muita... chuva... e tal. Mas ainda estamos em março, e podemos esperar que chova a qualquer momento.
Ele vacilou, parou e baixou a cabeça sobre a mesa.
Então, meu pai levantou-se.
- Les, - disse ele - você sabe perfeitamente que não vamos ter chuva nenhuma. E não me venha dizer que é só nesta região. Está acontecendo no mundo inteiro, e você sabe disso.
- Ora, George - disse Lester, mas desviou o olhar. - Como é que você pode dizer uma coisa dessas? Ah, claro, há uma seca no Texas, mas há anos que eles vêm tendo secas...
- Sei que os jornais não estão publicando nada - disse meu pai - nem as revistas agrícolas. Mas sei o que está acontecendo em todo o mundo. Como é que eu sei? - Apontou para seu peito. - Uma coisa aqui dentro me diz. Quem andou prevenindo a vocês, os presidentes das Cooperativas Agropecuárias, para ficarem calados?
Lester riu-se: sua risada era débil.
- George, você está-se parecendo com um profeta do destino. Você sabe tão bem quanto eu que em certos anos as safras não são grande coisa, mas que no ano seguinte...
- Provavelmente não haverá ano seguinte para a maioria de nós - disse meu pai. Os fazendeiros agora olhavam firmemente para ele, e não mais para Lester Hartwick. - Nós agora só temos uma corte de apelação - continuou meu pai - e não creio que a maioria de vocês tenha pensado muito nela. Ah, imagino que tenham rezado na igreja para que chova. Mas já rezaram algum dia nos seguintes termos: "Deus, tenha misericórdia de mim, pecador", como o publicado na Bíblia? Imagino que não; basta olhar para a cara de vocês. Queria saber quantos de vocês sequer conhecem a Bíblia! Queria saber quantos de vocês sabem que estamos todos sendo castigados e que fomos condenados à morte!
***
Continua...
O início
A Cooperativa Agropecuária não convocou nenhuma assembléia extraordinária em Arbourville para debater o que estava acontecendo. Hoje sabemos que eles, como todos os outros fazendeiros, tinham recebido ordens de Washington. Mas no dia primeiro de março convocaram sua assembléia normal, e meu pai e eu comparecemos, junto com outros granjeiros do lugar.
Fiquei horrorizado ao ver Lester Hartwick, o nosso presidente local. Da última vez em que eu vira, em janeiro, ele era um fazendeiro alegre e feliz, corado como uma pêra madura, baixinho e volumoso como um rochedo. Envelhecera em dois meses, estava mirrado e acabado, a pele tão cinzenta quanto seus cabelos grossos. Deu início à reunião com a naturalidade de sempre e remexeu nos papéis sobre a mesa. Depois olhou para nós e seu olhar parecia ausente e velado.
- Bem, amigos - disse ele - tivemos pouca sorte nesta primavera com nossas colheitas. Não tendo havido... muita... chuva... e tal. Mas ainda estamos em março, e podemos esperar que chova a qualquer momento.
Ele vacilou, parou e baixou a cabeça sobre a mesa.
Então, meu pai levantou-se.
- Les, - disse ele - você sabe perfeitamente que não vamos ter chuva nenhuma. E não me venha dizer que é só nesta região. Está acontecendo no mundo inteiro, e você sabe disso.
- Ora, George - disse Lester, mas desviou o olhar. - Como é que você pode dizer uma coisa dessas? Ah, claro, há uma seca no Texas, mas há anos que eles vêm tendo secas...
- Sei que os jornais não estão publicando nada - disse meu pai - nem as revistas agrícolas. Mas sei o que está acontecendo em todo o mundo. Como é que eu sei? - Apontou para seu peito. - Uma coisa aqui dentro me diz. Quem andou prevenindo a vocês, os presidentes das Cooperativas Agropecuárias, para ficarem calados?
Lester riu-se: sua risada era débil.
- George, você está-se parecendo com um profeta do destino. Você sabe tão bem quanto eu que em certos anos as safras não são grande coisa, mas que no ano seguinte...
- Provavelmente não haverá ano seguinte para a maioria de nós - disse meu pai. Os fazendeiros agora olhavam firmemente para ele, e não mais para Lester Hartwick. - Nós agora só temos uma corte de apelação - continuou meu pai - e não creio que a maioria de vocês tenha pensado muito nela. Ah, imagino que tenham rezado na igreja para que chova. Mas já rezaram algum dia nos seguintes termos: "Deus, tenha misericórdia de mim, pecador", como o publicado na Bíblia? Imagino que não; basta olhar para a cara de vocês. Queria saber quantos de vocês sequer conhecem a Bíblia! Queria saber quantos de vocês sabem que estamos todos sendo castigados e que fomos condenados à morte!
Continua...
O início
50 Semanas de Rock - Nazareth
Assim que comecei a ouvir o primeiro disco que baixei do Nazareth - Hair of the Dog -, eu lembrei do que o meu primo tinha me falado quando tudo isso começou: que ele tinha comprado um greatest hits dos caras e que não tinha gostado muito do que ouviu. Pois é, ele estava certo.
Logo na metade da primeira música eu comecei a notar que alguma coisa não ia muito bem. E assim foi durante toda a audição: uma enorme sucessão de música chata atrás de música chata. O único momento melhorzinho foi quando começou a tocar a única música deles que eu conhecia: Love Hurts. Mas não demorou muito para eu me encher até mesmo dela. A coisa foi tão chata que na volta do trabalho eu ouvi outro disco que não tinha nada a ver com a história.
Com um início tão ruim da semana, eu já fui para o segundo disco - The Very Best of Nazareth - com medo do que poderia ouvir. E não de outra: nem mesmo uma coletânea deles conseguiu ter uma música aceitável. Acho que foi este o disco que eu primo comprou. Incrível como uma porcaria como My White Bicycle possa estar em uma seleção de maiores sucessos. Pela segunda vez, fiz a viagem de volta do trabalho ouvindo coisa diferente.
Depois de dois dias ouvindo tanta coisa ruim, confesso que quase desisti do último disco, o Live in Brazil. Por muito pouco mesmo eu não larguei o de lado, e não tê-lo largado foi a melhor coisa da semana, porque ao vivo até que os caras mandam bem. Até mesmo a porcaria da My White Bicycle ficou tragável.
Gravado em Curitiba, este disco traz ótimos momentos desde o início, com uma introdução maneira na bateria. Durante todo o show, o vocalista conversa muito com a platéia, e as músicas estão recheadas de bons solos de bateria e de guitarra e, claro, a platéia brasileira sempre dá um show à parte e participa bastante. É um disco bem agradável e que pretendo manter aqui na minha máquina. Claro, não é espetacular, mas quando você compara com os outros dois, é um feito e tanto um disco sair bom assim.
E é só nisso que vou ficar do Nazareth. Com certeza não vou querer ouvir mais nada deles de estúdio.
***
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas de rock
Logo na metade da primeira música eu comecei a notar que alguma coisa não ia muito bem. E assim foi durante toda a audição: uma enorme sucessão de música chata atrás de música chata. O único momento melhorzinho foi quando começou a tocar a única música deles que eu conhecia: Love Hurts. Mas não demorou muito para eu me encher até mesmo dela. A coisa foi tão chata que na volta do trabalho eu ouvi outro disco que não tinha nada a ver com a história.
Com um início tão ruim da semana, eu já fui para o segundo disco - The Very Best of Nazareth - com medo do que poderia ouvir. E não de outra: nem mesmo uma coletânea deles conseguiu ter uma música aceitável. Acho que foi este o disco que eu primo comprou. Incrível como uma porcaria como My White Bicycle possa estar em uma seleção de maiores sucessos. Pela segunda vez, fiz a viagem de volta do trabalho ouvindo coisa diferente.
Depois de dois dias ouvindo tanta coisa ruim, confesso que quase desisti do último disco, o Live in Brazil. Por muito pouco mesmo eu não larguei o de lado, e não tê-lo largado foi a melhor coisa da semana, porque ao vivo até que os caras mandam bem. Até mesmo a porcaria da My White Bicycle ficou tragável.
Gravado em Curitiba, este disco traz ótimos momentos desde o início, com uma introdução maneira na bateria. Durante todo o show, o vocalista conversa muito com a platéia, e as músicas estão recheadas de bons solos de bateria e de guitarra e, claro, a platéia brasileira sempre dá um show à parte e participa bastante. É um disco bem agradável e que pretendo manter aqui na minha máquina. Claro, não é espetacular, mas quando você compara com os outros dois, é um feito e tanto um disco sair bom assim.
E é só nisso que vou ficar do Nazareth. Com certeza não vou querer ouvir mais nada deles de estúdio.
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas de rock
A Decadência das Trilhas Sonoras
Como amante de música, venho reparando uma coisa nos últimos tempos: a falta de filmes com trilhas sonoras marcantes, seja de músicas instrumentais ou não. Eu tenho vários de cds com trilhas sonoras e posso citar vários filmes cujas músicas marcaram gerações e que até hoje, mesmo depois de décadas se passarem, ainda são facilmente reconhecíveis por todos.
Ou será que alguém aí não conhece temas famosos como os dos filmes A Pantera Cor de Rosa, E o Vento Levou, Carruagens de Fogo, James Bond, Indiana Jones, Guerra nas Estrelas, Super-Homem, ET e Parque dos Dinossauros?
E há também músicas que fugiram das salas de exibição e ganharam as rádios, tornando-se estrondosos sucessos, reconhecidos e amados até hoje, como Pretty Woman (Uma Linda Mulher), Unchained Melody (Ghost), Over the Rainbow (O Mágico de Oz), Everything I Do (Robin Hood), I Will Always Love You (O Guarda Costas) e Singing in the Rain (Cantando na Chuva).
Reparando no que tem acontecido ultimamente, os últimos filmes que tiveram trilhas sonoras que fizeram grande sucesso já datam de cerca de dez anos! Os mais recentes que consigo me lembrar são O Rei Leão (Circle of Life, Can You Feel the Love Tonight e Hakuna Matata), Titanic (My Heart Will Go On) e Armageddon (I Don't Want to Miss a Thing). Há quanto tempo isso foi? Um filme mais recente que talvez seja uma exceção seja Moulin Rouge, de 2003, mas este é um musical e nem conta muito pra essa conversa. Ah, há outro filme mais ou menos recente com música fácil de reconhecer: Missão Impossível.
Não que as trilhas sonoras recentes sejam ruins, posto que há belos exemplos delas, como A Noiva Cadáver e Os Incríveis, mas sinto falta de um filme com uma trilha sonora daquelas de arrasar quarteirão. Não há mais filmes cujas músicas-tema você ouça e reconheça na hora de onde ela veio. Ou então que você cantarole para fazer humor em alguma situação, como eu costumo cantar o tema de Rocky quando alguém começa a discutir.
Nos velhos tempos, quando um filme fazia muito sucesso, geralmente havia pelo menos uma música que pegava o vácuo e também chamava atenção, mas e os blockbusters de hoje dia?
Eu, sinceramente, não lembro da música-tema de Homem-Aranha, Piratas do Caribe, Batman Begins, A Paixão de Cristo, Jogos Mortais ou King Kong. São todos filmes que fizeram grande sucesso, mas nenhum deles tem uma música que seja reconhecível. Há uns três ou quatro anos eu assisti a uma entrega dos Oscars, e pasmo, vi que nenhuma das músicas que estava concorrendo ao prêmio de melhor canção estava fazendo sucesso.
Sou eu que não estou assistindo a muitos filmes ou as trilhas sonoras deixaram de ter importância?
Ou será que alguém aí não conhece temas famosos como os dos filmes A Pantera Cor de Rosa, E o Vento Levou, Carruagens de Fogo, James Bond, Indiana Jones, Guerra nas Estrelas, Super-Homem, ET e Parque dos Dinossauros?
E há também músicas que fugiram das salas de exibição e ganharam as rádios, tornando-se estrondosos sucessos, reconhecidos e amados até hoje, como Pretty Woman (Uma Linda Mulher), Unchained Melody (Ghost), Over the Rainbow (O Mágico de Oz), Everything I Do (Robin Hood), I Will Always Love You (O Guarda Costas) e Singing in the Rain (Cantando na Chuva).
Reparando no que tem acontecido ultimamente, os últimos filmes que tiveram trilhas sonoras que fizeram grande sucesso já datam de cerca de dez anos! Os mais recentes que consigo me lembrar são O Rei Leão (Circle of Life, Can You Feel the Love Tonight e Hakuna Matata), Titanic (My Heart Will Go On) e Armageddon (I Don't Want to Miss a Thing). Há quanto tempo isso foi? Um filme mais recente que talvez seja uma exceção seja Moulin Rouge, de 2003, mas este é um musical e nem conta muito pra essa conversa. Ah, há outro filme mais ou menos recente com música fácil de reconhecer: Missão Impossível.
Não que as trilhas sonoras recentes sejam ruins, posto que há belos exemplos delas, como A Noiva Cadáver e Os Incríveis, mas sinto falta de um filme com uma trilha sonora daquelas de arrasar quarteirão. Não há mais filmes cujas músicas-tema você ouça e reconheça na hora de onde ela veio. Ou então que você cantarole para fazer humor em alguma situação, como eu costumo cantar o tema de Rocky quando alguém começa a discutir.
Nos velhos tempos, quando um filme fazia muito sucesso, geralmente havia pelo menos uma música que pegava o vácuo e também chamava atenção, mas e os blockbusters de hoje dia?
Eu, sinceramente, não lembro da música-tema de Homem-Aranha, Piratas do Caribe, Batman Begins, A Paixão de Cristo, Jogos Mortais ou King Kong. São todos filmes que fizeram grande sucesso, mas nenhum deles tem uma música que seja reconhecível. Há uns três ou quatro anos eu assisti a uma entrega dos Oscars, e pasmo, vi que nenhuma das músicas que estava concorrendo ao prêmio de melhor canção estava fazendo sucesso.
Sou eu que não estou assistindo a muitos filmes ou as trilhas sonoras deixaram de ter importância?
Conversas Furtadas
Estava eu no Plaza Shopping quando ouço este singelo diálogo entre duas vendedoras:
- Como é o nome do puxador de samba da Viradouro mesmo?
- Jamelão?
(o título deste post é apenas uma desculpa para apresentar a vocês o excelente e divertido blog Conversas Furtadas)
- Como é o nome do puxador de samba da Viradouro mesmo?
- Jamelão?
(o título deste post é apenas uma desculpa para apresentar a vocês o excelente e divertido blog Conversas Furtadas)
Desabafos de um Marido Traído
Recebi esta bobagem por email, enviado por um primo meu. Veio dizendo que é do Veríssimo, mas duvido que seja, porque tem mais cara de Comédia-Em-Pé do que crônica. De qualquer maneira, é assaz divertido.
***
Minha esposa e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.
Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.
Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar para sentar". Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.
Eu me casei com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "Sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse "Poeira".
No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.
Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei. - "Quando você terminar de cortar a grama, eu disse, você pode também varrer a calçada". Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida.
"O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido…"
Minha esposa e eu temos o segredo para fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.
Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.
Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar para sentar". Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.
Eu me casei com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "Sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse "Poeira".
No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.
Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei. - "Quando você terminar de cortar a grama, eu disse, você pode também varrer a calçada". Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida.
"O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido…"
50 Semanas de Rock - Motorhead
Seguindo a linha iniciada com o Metallica, o Motorhead faz um rock pauleira pesadão, assim como Iron Maiden, Judas Priest e Vyrus Survivor, outras três bandas que eu curto bastante. Deles, infelizmente, eu só consegui pegar dois cds e meio. Sim, dois cds e meio porque um deles estava dividido em dois downloads e eu só consegui baixar apenas um. Os inteiros são Ace of Spaces e Overkill e o outro é o Kiss of Death.
Todos os três estão recheados de rocks pauleiras, muito bons de se ouvir alto. Mas há uma coisa interessante: algumas músicas, como Dance e Bite the Bullet, têm um quê de rock antigo - estilo Chuck Berry e Little Richard - e até uma leve batida que pode te levar a dançar, e não apenas a bater cabeça.
O melhor deles é o Ace of Spades, que além de trazer o maior sucesso da banda - de mesmo nome, e que eu não conhecia, é o que traz mais músicas. Se eu fosse citar as músicas que são fodonas e que têm solos animais, iria falar todos os nomes, acho que sem exceção. Então, fica só a dica para que vocês ouçam Shoot You in the Back, que é animal.
Overkill também é muito bom, mas tem algumas musiquinhas esquisitas, especialmente as que são bônus nesta edição que eu baixei. A pior delas, pra piorar as coisas, aparece em duas versões diferentes: façam um favor a vocês mesmas e não ouçam Louie, Louie. Em contrapartida, o disco tem duas das minhas três favoritas: a faixa título e a versão instrumental bônus instrumental Tear Ya Down. Outro destaque do disco é Metropolis, fodona que só ela.
Por fim, o meio disco Kiss of Death, mesmo passando bem rápido, não causa má impressão. Por ser um disco mais recente, de 2006, dá pra notar claramente o envelhecimento na voz do vocalista, a mesma coisa que notei ao ouvir os discos de Jerry Lee Lewis. Desta metade de disco saiu outra das minhas favoritas: God Was Never on Your Side. A virada do início da música, do acústico para o pauleiro, é genial. As outras músicas seguem a linha pauleira-pra-bater-cabeça, com vocais gritados e nervosos, dos quais Trigger é um ótimo exemplo.
Incrível eu nunca ter ouvido nada do Motorhead antes quando é um tipo de rock que eu me amarro em ouvir. Com certeza vou querer ouvir mais deles e o seu som vai fazer parte das minhas playlists de hoje em diante.
***
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas de rock.
Todos os três estão recheados de rocks pauleiras, muito bons de se ouvir alto. Mas há uma coisa interessante: algumas músicas, como Dance e Bite the Bullet, têm um quê de rock antigo - estilo Chuck Berry e Little Richard - e até uma leve batida que pode te levar a dançar, e não apenas a bater cabeça.
O melhor deles é o Ace of Spades, que além de trazer o maior sucesso da banda - de mesmo nome, e que eu não conhecia, é o que traz mais músicas. Se eu fosse citar as músicas que são fodonas e que têm solos animais, iria falar todos os nomes, acho que sem exceção. Então, fica só a dica para que vocês ouçam Shoot You in the Back, que é animal.
Overkill também é muito bom, mas tem algumas musiquinhas esquisitas, especialmente as que são bônus nesta edição que eu baixei. A pior delas, pra piorar as coisas, aparece em duas versões diferentes: façam um favor a vocês mesmas e não ouçam Louie, Louie. Em contrapartida, o disco tem duas das minhas três favoritas: a faixa título e a versão instrumental bônus instrumental Tear Ya Down. Outro destaque do disco é Metropolis, fodona que só ela.
Por fim, o meio disco Kiss of Death, mesmo passando bem rápido, não causa má impressão. Por ser um disco mais recente, de 2006, dá pra notar claramente o envelhecimento na voz do vocalista, a mesma coisa que notei ao ouvir os discos de Jerry Lee Lewis. Desta metade de disco saiu outra das minhas favoritas: God Was Never on Your Side. A virada do início da música, do acústico para o pauleiro, é genial. As outras músicas seguem a linha pauleira-pra-bater-cabeça, com vocais gritados e nervosos, dos quais Trigger é um ótimo exemplo.
Incrível eu nunca ter ouvido nada do Motorhead antes quando é um tipo de rock que eu me amarro em ouvir. Com certeza vou querer ouvir mais deles e o seu som vai fazer parte das minhas playlists de hoje em diante.
Veja a lista de bandas que fazem parte das 50 semanas de rock.
Dica de Word: Apagando vários caracteres indesejados de uma vez só
Sabe quando você recebe aqueles emails-corrente, com mensagens bonitinhas, e fica doida pra guardar no seu computador para poder ler mais tarde, sempre que tiver vontade, mas que aí você cola no Word e ele fica cheio daqueles ">" no início do texto?
Aí você, cheia de preguiça de sair apagando aquela bagunça toda, grava o texto assim mesmo? Pois saiba que o Word tem um recurso que pode ser usado para limpar o texto destas coisas.
Na verdade o recurso não é para excluir texto, mas sim para substituir. Por exemplo, suponha que você fez um trabalho gigantesco e escreveu várias vezes "Shakespaere" para depois descobrir que o certo é "Shakespeare". Ao invés de encontrar cada um e trocar na mão, você pede para o Word localizar o errado e colocar o certo no lugar.
Só que a gente pode pedir para o Word trocar alguma coisa por... nada! Aí ele exclui. Simples assim. Logo, a gente vai pedir para ele trocar os ">" por coisa nenhuma. Moleza, não?
Pois bem, para isso basta, com o texto aberto, clicar no menu "Editar" e depois em "Substituir". Ou então você aperta Ctrl + U, que dá no mesmo. Aí é roubar doce de criança: no espaço de cima você digita o que quer encontrar (no nosso caso, ">", sem as aspas) e no de baixo o que você quer colocar no lugar (no nosso caso, nada). Clique então em "Substituir Tudo" e voilá, o texto estará limpo.
Talvez ele fique com vários espaços no início dos parágrafos, e para limpar isso você usa o mesmo recurso, e manda o Word trocar uma seqüência de espaços por nada.
***
Leia outros artigos meus com dicas de informática.
Aí você, cheia de preguiça de sair apagando aquela bagunça toda, grava o texto assim mesmo? Pois saiba que o Word tem um recurso que pode ser usado para limpar o texto destas coisas.
Na verdade o recurso não é para excluir texto, mas sim para substituir. Por exemplo, suponha que você fez um trabalho gigantesco e escreveu várias vezes "Shakespaere" para depois descobrir que o certo é "Shakespeare". Ao invés de encontrar cada um e trocar na mão, você pede para o Word localizar o errado e colocar o certo no lugar.
Só que a gente pode pedir para o Word trocar alguma coisa por... nada! Aí ele exclui. Simples assim. Logo, a gente vai pedir para ele trocar os ">" por coisa nenhuma. Moleza, não?
Pois bem, para isso basta, com o texto aberto, clicar no menu "Editar" e depois em "Substituir". Ou então você aperta Ctrl + U, que dá no mesmo. Aí é roubar doce de criança: no espaço de cima você digita o que quer encontrar (no nosso caso, ">", sem as aspas) e no de baixo o que você quer colocar no lugar (no nosso caso, nada). Clique então em "Substituir Tudo" e voilá, o texto estará limpo.
Talvez ele fique com vários espaços no início dos parágrafos, e para limpar isso você usa o mesmo recurso, e manda o Word trocar uma seqüência de espaços por nada.
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