Com a minha mudança de emprego e de cidade, e ainda mais com o casamento, não é mais possível seguir estes horários, mas ainda assim acho que vale a pena compartilhar.
A primeira coisa que fiz foi definir as minhas áreas de estudo, como se fossem cursos, ou então matérias diferentes em uma faculdade. Foram quatro: pós-graduação, qualidade de projeto, qualidade de código e redes.
Pós-graduação não inclui apenas as matérias que estudo regularmente no curso, mas também a leitura do blog The Database Programmer e do livro Data Access Patterns
Em qualidade de projeto estão englobados os estudos em três livros diferentes, todos eles tratando de assuntos relacionados a análise de sistemas e o desenvolvimento de soluções mais elegantes e eficientes: o essencial e obrigatório Design Patterns
Já em qualidade de código, como o próprio nome já dá a dica, estão os meus estudos visando a melhoria da minha capacidade de programar. Não é apenas uma questão de aprender mais macetes das linguagens que conheço, mas principalmente de aprender métodos de escrever código mais claro e mais organizado, o que transcende linguagens. Para isso uso os livros Code Complete e Refatoração.
Por fim, em redes estão os meus estudos de redes de computadores com o livro que comprei e a criação de textos para o Vovó Viu a Rede.
Depois de definir estas áreas de estudo, parti para ver quanto tempo eu tinha disponível para estudar. Dei uma analisada e vi que poderia tirar duas horas e meia por dia, quatro dias por semana, para estudar, o que dava um total de dez horas semanais de estudo.
Em seguida defini a importância de cada área e distribuí o tempo de cada uma delas. A pós, claro, pegou mais tempo: 50%, ou cinco horas. Qualidade de código e qualidade de projeto pegaram, cada uma, 20% do tempo, ou duas horas. Por fim, os estudos de rede pegaram os 10% restantes, uma hora (o que explica o ritmo lento de posts no Vovó Viu a Rede).
Estas horas foram então distribuídas pela semana e eu procurava sempre seguir minha organização. Claro que não era sempre que eu conseguia, e tampouco eu tomava isso como uma lei a ser seguida à risca: chopes com amigos sempre tinham vez.
Enquanto eu ainda morava em Cachoeiras e trabalhava em Nova Friburgo, eu tinha bastante tempo de sobra para outras coisas e, portanto, estes horários de estudos funcionavam bem. Hoje, morando em Niterói e trabalhando no Rio de Janeiro, já não está tão fácil assim e preciso me reorganizar. Mas espero que meu exemplo ajude aos que chegam aqui no Sarcófago procurando por maneiras de alinhar seus horários.
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