O Último Post de 2004

Venho no último dia do ano pra avisar que vou sumir por uns dias. Vou entrar de férias e só volto a dar as caras aqui pelo cafofo depois do dia 13 de janeiro. Obrigado a todos pela companhia durante o ano.

Para entreter vocês durante estas próximas duas semanas, pergunto: qual foi o melhor post do Sarcófago em 2004?

Feliz 2005 pra todos.

Um Pouco do Melhor de 2004

Como já está virando meio que tradição, todo final de ano eu gravo um cd com as músicas que marcaram o período que terminou. Infelizmente, 2004 não foi um ano muito produtivo, por ter sido extremamente corrido. Não pude ouvir tanta música como costumava ouvir até o ano passado, e por isso mesmo a lista não está tão grande assim. De qualquer maneira, vamos ver aqui quais foram as músicas que mereceram destaque e vão para o novo cd.

O primeiro grande sucesso - e talvez o maior - foi Je Lui Dirai, da Celine Dion, do cd 1 Fille & 4 Types, em francês, do qual já falei aqui. Esta tocou direto por mais de dois meses. Ela tem um ar de final feliz, apesar da letra não ter nada a ver com o que a melodia transmite.

Em seguida, quem tentou em vão tomar o posto, mas ainda assim chamou a atenção foi Utopia da Alanis Morissette. Com uma letra realmente utópica, tem um ritmo muito legal, com a Alanis cantando rápido, meio que embolando uma palavra com a outra mas sem embolar. Só ouvindo para entender. Muito boa.

Em seguida, uma regravação da Adriana Calcanhoto de uma música de Claudinho e Buchecha. Não sou muito chegado a regravações, principalmente de músicas que sejam novas, mas Fico Assim Sem Você deu de dez na original. Começando com voz e violão e ganhando uma batida deliciosa no final, tocou bastante por aqui.

Direto do fundo do baú vem Mr. Jones, dos Counting Crows. Mais um daqueles grupos que fazem sucesso com uma música só. Ninguém lembra o nome do grupo mas todo mundo conhece a música. É uma das poucas músicas que me fazem querer cantar num videokê.

Como não poderia faltar, Elton John marca presença com The Heart of Every Girl, saída da trilha sonora do filme O Sorriso de Monalisa. Com o maior jeitão de música dos anos cinqüenta ou sessenta, marcou presença e tocou direto durante mais de um mês.

O título de "coisa fofa" do ano vai para Madrigal, do Lazza (ou seria Lazza, do Madrigal). Nunca entendi qual era o nome da música e qual o nome do artista, mas o tema de abertura da novela Cabocla conquistou meus ouvidos desde a primeira escutada. Eu poderia estar longe que parava o que estava fazendo só para ver a abertura da novela.

Outra que ganha destaque, e esta é daquelas que eu não enjôo por nada, é On My Way, do Phil Collins, tema do desenho animado Irmão Urso, do qual também já falei por aqui. Que música! Que letra! Definitivamente, uma das melhores do ano.

Assim como na coletânea de 2002, a trilha sonora de Shrek marca presença, desta vez na voz de Rufus Wainwright, na maravilhosa Hallelujah. Uma porrada no ouvido em voz e piano.

No que poderíamos chamar de segundo escalão do cd estão as músicas que, apesar de muito boas, não receberam a devida atenção. Lá estão Adrienne, fazendo o The Calling entrar pela segunda fez numa coletânea anual; Você Passa Eu Acho Graça, com uma letra maneiríssima na voz de Clara Nunes; Paula e Bebeto, outra música com ar de final feliz, saindo direto do acústico da Gal Costa; Luna, de Alessandro Safina; Foo Foo, uma festa musical de Santana; e Poema, música genial de Cazuza e Frejat, aqui na voz maravilhosa de Ney Matogrosso.

Bem, é isso. Ficam aí as dicas para quem quiser copiar as músicas que não conhece para ver se também acham boas. Que venham os próximos doze meses e os novos sucessos.

O Mico Natalício do Ano

As equações:
Igreja Batista = igreja conservadora
Igreja conservadora = nada de palmas
Nada de palmas = nada de palmas mesmo

O fato:
Dia 25 de dezembro.
Cantata de Natal.
Igreja lotada.
Uma mulher declama um poema com emoção.
Um infeliz bate palmas.
Sozinho.

Sueli sussurra desesperada, agarrando minhas mãos: "aqui não!!!".

Mereço?

Novidades de Natal

Hoje rolaram umas atualizações no Sarcófago, resultado de uma noite que é véspera de um dia de folga. Como não tenho que ir trabalhar na sexta, cá estou eu às duas da manhã escrevendo algo.

A primeira atualização é a caixa de busca do Google, ali à direita.

A segunda são os links para outros sites. Saíram uns, entraram outros, atualizaram-se alguns.

A terceira foi a entrada dos textos Carro de Propaganda e Viviane e o Amor para a galeria The Bost of Sarcófago.

Aproveito e pergunto: vocês acham que os textos Pais e Filhos, Post Mortis Sentimentus Je T'Aime Encore deveriam entrar para a galeria também? Vocês acham que alguma outra coisa deveria entrar pra galeria?

Nem Só de Pão...

Um dos versículos que mais gosto da Bíblia, Mateus 4,4, nos traz a resposta que Jesus deu ao diabo quando este o mandou transformar pedras em pão: Mas ele respondeu: "está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus".

Dias atrás, enquanto esperava o computador conectar à internet, abri minha Bíblia a esmo e caí de pára-quedas em Deuteronômio 8,3: Ele te impôs a pobreza, te fez sentir fome e te deu a comer o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te levar a reconhecer que nem só de pão vive o homem, mas que ele vive de tudo o que sai da boca do Senhor.

Senhoras, suas interpretações sinceras, por favor. Depois eu digo as minhas.

Cara de Pau

É sério, isso aqui aconteceu comigo:

Já fazia uns dois ou três meses, eu andava tendo problemas na hora de conectar à internet. O computador discava, fazia a conexão mas recusava minha senha. Eu digitava de novo, desconectava, tentava de novo, mas nada. Problema esse, repito, que já vinha durando uns dois ou três meses.

Daí que, semana atrás, eu estava no cartório e fui conectar usando minha senha para poder resolver um probleminha. Como o servidor rejeitou minha conexão, liguei para o atendimento do provedor e perguntei à menina se eles estavam com algum problema, já que eu não conseguia conectar. Ela deu uma olhada e me falou que eu estava conectado. Eu disse que era impossível, já que eu estava tentando conectar e não conseguia.

Ela me passou então o telefone que estava sendo usado para acessar a internet usando o meu login, disse que iria derrubar a conexão do salafrário e me aconselhou a conectar assim que conseguisse e então trocasse minha senha.

Foi o que fiz. Assim que consegui conectar, troquei a senha e fui verificar quais eram os telefones que estavam se conectando com o meu login. Além do meu e o do cartório, descobri mais dois. Um deles, depois de uma rápida busca e de alguns telefonemas, descobri de quem era: o Cid, que trabalha na Defesa Civil, que fica do lado da minha casa. Resolvi deixar quieto por um tempo e não falar com ele, para ver se o problema voltaria a acontecer.

Poucos dias depois, chegando em casa, o indivíduo me parou e perguntou o que é que tinha acontecido com a senha, porque ele estava tentando conectar e não estava conseguindo. Muita cara de pau? Calma que tem mais.

Quando falei que tinha mudado porque alguém estava acessando sem que eu soubesse, ele me perguntou se eu sabia quem era. Falei que não, mas haviam dois telefones. Ele me perguntou então se eu sabia de quem eram. Falei que não, apesar de saber que sim. Ele então admitiu que era ele, dizendo que só acessava nos horários que sabia que eu não estava em casa, tipo à noite, horário da faculdade, sendo que eu não conseguia acessar em vários horários, como sábados, domingos e de madrugada. Muita cara de pau? Calma que tem mais.

Perguntei como é que ele tinha conseguido a minha senha e ele explicou que tinha conseguido com uma pessoa, mas só iria contar quem era se eu garantisse que não iria brigar com a tal pessoa. Claro que não garanti. Depois de enrolar bastante, Flávio confessou que quem tinha dado a minha a senha a ele tinha sido meu primo Luís. Ainda assim, pediu muito para que eu não falasse nada com ele. No final das contas, tentou até mesmo me convencer de quem estava errado na história era eu, ao reagir contra eles com tanta raiva. Muita cara de pau? Calma que tem mais.

Lembra que haviam dois telefones desconhecidos que estavam conectando? Pois é, depois de algumas rápidas buscas na internet, descobri que o outro era do Luís, o mesmo que tinha dado a senha para o Cid. Não lembro se em algum momento eu dei a minha senha para o Luís para que ele pudesse resolver algum problema, mas daí a usar minha senha indiscriminadamente e, pior, cúmulo dos cúmulos, passar a coitada para outra pessoa? Pô, fala sério. Não o procurei, querendo ver se ele viria na minha casa para tirar satisfação, assim como o outro. Muita cara de pau? Calma que tem mais.

Quando eu também achava que não teria como piorar, o Cid me parou de novo na rua, dias depois, e veio perguntar se eu tinha realmente cancelado ou se tinha só trocado a senha. Caso eu tivesse só trocado, ele queria propor da gente usar junto, e cada um pagava um mês, alternando. Pode um negócio desses?

Por fim, depois de um par de semanas, o Cid me parou mais uma vez na rua para dizer que tinha se cadastrado no provedor para ter acesso à internet e me disse o login e a senha dele, para que eu pudesse usar à vontade. Ah, bem que eu podia entrar e trocar a senha só de sacanagem. Ou então divulgar ela aqui no Sarcófago...

A Coisa non-sense do Mês

Pra quem teve infância entre 86 e 90, isso aqui é uma ótima maneira de recordar os tempos de Jaspion e Daileon. Animação tosca e hilária com o herói japonês e seu robô gigante.

Frase (Cristã) do Dia

Jesus não é dinheiro mas é real.

Mais Viviane e o Amor

Deixando de lado a discussão sobre a qualidade do texto, vamos a umas coisas curiosas sobre ele. Tenho uma colega, que volta e meia a gente se cruza e troca umas palavras. O texto Viviane e o Amor foi feito meio que "pra ela", inspirado em umas coisas que certa vez ela me falou. Quando soube disso, nem esperou para me encontrar pessoalmente e despachou um email pra minha caixa postal:

"Caaaara, que surpresa!!! Eu até imaginei, mas não esperava! Fiquei muito contente. Muito obrigada, é muito gostoso saber que a gente serviu de inspiração pra alguém, obrigada mesmo. E eu espero que o seu texto, seja mais que um lindo post, vire uma profecia...

Tem um outro seu, antigo, que eu gosto muito mas não lembro o nome, e estou sem madrugadas pra procurar, mas que expressa, explica até, o que eu ando sentindo (...) atualmente. É um que você fala que você não é o que escreve, que o os contos e os posts traduzem sim um estado de espírito mas que isso não é o que você é o tempo todo. Ele expressa e explica o meu estado de espírito hoje, porque (...) é algo que anda latente em mim, algo que por mais que eu não lembre o tempo todo, eu não consigo esquecer, e isso é muito estranho. É como se eu realmente visse o mundo cinza, mas não percebesse (ou lembrasse) disso, e aí de repente eu bato a mão na cabeça e digo, "mas ei, o mundo tá cinza!!!!!". Ao mesmo tempo, eu vejo as cores ao meu redor, mas não dentro de mim. Confuso né?. É. O meu mundo eu vejo cinza, mas sei que o mundo não é cinza, e tenho esperanças (porque fui mordida pelo bichinho do acreditar quando nasci) de que um dia tudo fique colorido e radiante.

Os amigos ajudam, e muito. Ainda mais com surpresas como esta. (...)
"

Acho que é por isso que gosto tanto deste texto. Além de ter agradado, parece que acertei na mosca em relação aos sentimentos dela. Que coisa.

Viviane e o Amor - Comentários

Apesar de eu achar que o texto Viviane e o Amor é um dos meus melhores textos, o Zack veio me falar que ele não é tão bom quanto os últimos que tenho escrito. O que cês acham?