Respostas para Alex

Há alguns meses, o Alex Castro, autor que já citei aqui uma penca de vezes, publicou um artigo no seu blog perguntando algumas coisas aos seus leitores. Ao invés de enviar uma resposta direta para ele ou comentar lá no blog, resolvido publicá-las aqui para que, quem sabe, minhas leitoras se animem para ler o seu blog.

Alguém aqui lê esse blog non-stop desde sua criação em março de 2003? Se não (imagino que não tenha ninguém!), quando você começou a ler?
Eu não leio desde que foi criado, não, mas sei que leio há tempo pra cacete. Deve ter sido em 2004, por aí. Tentei achar o primeiro post que li mas a busca não retornou resultado nenhum. O Alex deve ter apagado.

O que te faz gostar?
Sempre gostei muito da escrita clara e da forma eloquente com que o Alex defende suas ideias e opiniões. Mesmo quando eu discordo dele em cada vírgula, reconheço e admiro sempre sua redação.

O que te faz ir embora?
Tem uns textos que não tive paciência de ler, não. Quando o Alex começou a falar de teatro eu não lia nem a primeira frase.

Por que continua voltando e voltando e voltando?
Por que os textos me divertem, ou me fazem ver as coisas de um jeito que eu nunca tinha visto antes, ou simplesmente servem para passar o tempo.

Se você lê e não gosta, porque lê algo que não gosta?
Nas raras vezes em que fiz isso, foi porque dei o crédito ao Alex. Eu esperava que o texto pudesse me ganhar até o final.

Se você lê e nunca comenta, por que não comenta?
Primeiro porque, muitas vezes, o comentário seria um “ótimo texto, Alex” e eu acabo achando que ele não iria ligar pra isso, já que não acrescenta muita coisa (a propósito, eu ligo pra isso, ok? Podem comentar). Segundo porque geralmente leio no celular e escrever no celular dá muito trabalho. Terceiro porque já deixei algumas perguntas e não recebi resposta, então bate uma sensação de “pra que vou perguntar, se ele não vai responder?”. Por fim, muitas vezes eu simplesmente não tenho o que dizer.

Você já citou esse blog em conversas com os amigos ou encaminhou textos para outras pessoas?
Várias vezes. Ou porque acho que as pessoas vão gostar do texto ou então porque o texto pode fazê-las pensar de outro jeito.

Qual seu post preferido, inesquecível?
O melhor de todos, de todos os tempos, é Pessoas-Que-Acreditam-Em-Coisas. Simplesmente fantástico e leitura obrigatória. Se você só quiser ler um texto do Alex, que seja este.
E também quando ele publicou as primeiras fotos do primeiro livro editado pelo Albano. Lendo ele decidi publicar meu livro sob o selo Os Vira-lata.

Qual o post que te deixou mais puto, irritado, frustrado?
Não me lembro de um post que tenha feito eu me sentir assim.

Qual o post que mais te fez pensar? Algum post já mudou sua vida, suas ações, seu modo de fazer as coisas?
Um que me lembro agora é um sobre racismo no qual o Alex fala que “se você concorda que se um policial parar mais negros do que brancos em uma blitz não é racismo - afinal, os negros tendem a ser mais pobres, os mais pobres tendem a ser mais criminosos, logo existe uma probabilidade matemática maior de um preto ser bandido, então você é racista e eu não quero conversa com você”. Esse bateu fundo e me fez ver que realmente eu sou racista, porque muitas vezes eu raciocinei desta maneira. Depois deste texto eu me esforcei para entender o quanto este raciocínio, e outros semelhantes, são errados.

Se você lê sempre, por que nunca comprou meus livros?
Eu já comprei todos os seus livros. E recomendo sempre.

Elton John, Leon Russell e o Hall da Fama do Rock & Roll

Conforme já contei há alguns meses por aqui, uma das principais motivações de Elton John para gravar o disco The Union foi chamar a atenção para o seu ídolo da adolescência, Leon Russell, e fazer com que ele fosse indicado ao Hall da Fama do Rock & Roll. Assim que publiquei aquele meu artigo, o Leon Russell já tinha sido indicado, o que garantia o sucesso da missão do disco.

Há poucos dias aconteceu a cerimônia oficial na qual Leon passou a integrar o Hall da Fama, e nada mais justo do que o discurso de boas vindas ser feito pelo próprio Elton John. Ele falou da influência do Leon Russell em sua música, falou da quantidade de gente com quem o Leon já trabalhou (e é gente pra cacete) e apresentou um vídeo com um pouco de sua vida.

Já de troféu na mão, Leon Russell faz um breve e emocionado discurso de agradecimento e em seguida canta e toca duas de suas músicas, Delta Lady e A Song for You, esta última com um solo de guitarra espetacular nas mãos de John Meyer.

Assista tudo no vídeo aí embaixo.

De Volta ao Ar

Depois de alguns meses dando atenção para outras atividades, amanhã volto a publicar no Sarcófago.