Inserindo Símbolos Pelo Teclado

Depois que postei aquele texto sobre como usar melhor o teclado, vi que passei a receber muitas visitas de gente que quer saber mais sobre o assunto. Segue então uma pequena lista com símbolos que podem ser inseridos em qualquer programa, desde o Word até o Orkut, passando pelo MSN e pelo Corel.

Para inserir estes símbolos em seus textos é bem simples: primeiro, pressione e mantenha pressionada a tecla Alt esquerda (que costuma se chamar Alt Gr). Esta tecla está localizada logo à direita da barra de espaços do seu teclado.

Estando a dita cuja pressionada, basta então teclar os números abaixo no teclado numérico. É importante saber que não funciona com os números que estão sobre as letras: só dá certo com o teclado de números que fica separado, do lado direito do seu teclado.

253 - ²
252 - ³
251 - ¹

243 - ¾
172 - ¼
171 - ½

241 - ±
246 - ÷

175 - »
174 - «
245 - §

173 - ¡ (exclamação do espanhol)
168 - ¿ (interrogação do espanhol)

167 - º
166 - ª

Existem outras combinações, que vão de 33 até 253. Fique à vontade para testar e descobrir as que te interessam.

Como bônus, tome lá uma outra dica de uso da tecla Alt Gr, repare a leitora que algumas teclas do teclado têm três caracteres. O de baixo à esquerda aparece quando apertamos a tecla normalmente. O de cima aparece quando apertamos a tecla junto com shift. Por fim, o de baixo à direita aparece quando apertamos a tecla junto com o Alt Gr.

O meu teclado aqui, por exemplo, na tecla "2" tem também o "@" em cima e o "²" à direita. Para fazer o "@" basta apertar o shift, claro. E para fazer o "²" basta apertar o Alt Gr. Basta procurar as outras teclas e aproveitar.

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Outros artigos meus sobre informática

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O Processo de Publicação do Livro

Quando viram que eu tinha lançado um livro, muitas pessoas perguntavam qual era a editora e como eu tinha feito. Seguem então as explicações:

O livro carrega na capa, orgulhosamente, o selo d'Os Viralata, que é o que eu tenho chamado de Editora de Um Homem Só, o Albano Martins, que também atende pelo nome de Branco Leone. É ele que faz a edição, manda pra gráfica, corta e encaderna tudo. E ainda divulga de graça no site. Ou seja, é produção independente, e eu banquei todos os custos: edição, impressão, encadernação e frete. Garanto que não é tão caro quanto parece. E o Albano é um cara muito gente boa, que tá nessa pra ajudar e não para se fazer de bonzão.

O processo de produção do livro é bem simples, e, do primeiro contato ao dia em que os livros chegaram na minha casa passaram-se exatamente dois meses: meu primeiro email foi em 23 de maio e os livros chegaram em 23 de julho. Neste intervalo o que aconteceu foi o seguinte:

23/05 até 03/06 - Trocas de emails sobre o processo. Eu querendo saber de tudo: como era, quanto custava, detalhes e mais detalhes. Tudo respondido pelo Albano da forma mais simpática possível.

04/06 - Eu enviei fotos com idéias para a capa. Ele começou a fazer a diagramação e já me mandou os primeiros esboços, tanto do miolo quanto da capa, já aproveitando uma das fotos que eu tinha enviado.

05/06 - Depositei a primeira parte do pagamento, referente à edição, enviei a foto da quarta capa e já dei pitacos quanto à capa.

06/06 - Ele me enviou o texto com a primeira revisão e a capa com as modificações que eu tinha sugerido. Por revisão entenda-se sugestões de: a) correção de erros de ortografia/pontuação; b) melhor redação; e c) diagramação.

09/06 - Enviei de volta minhas respostas quanto à primeira revisão. Por respostas entenda-se: a) aceitar ou não as sugestões; b) tentativas de entender as sugestões dele; e c) argumentações sobre as sugestões dele.

11/06 - Ele me enviou a segunda revisão.

12/06 - Enviei de volta minhas respostas quanto à segunda revisão.

19/06 - Ele me enviou a terceira revisão. Demorou uma semana porque ele ficou doente.

19/06 - Enviei de volta minhas respostas quanto à terceira revisão.

22/06 - Ele me enviou a quarta (e última revisão).

Vejam que em um mês de diálogo o livro já estava pronto, diagramaticamente falando.

27/06 - Depositei a segunda parte do pagamento, referente à impressão da capa e do miolo.

02/07 - O primeiro exemplar - a prova - saiu da gráfica. Ele me mandou fotos do livro, o que fez minha adrenalina escorrer pela orelha.

16/07 - Os livros já estavam todos prontos e embalados. Demorou um pouco porque ele estava envolvido com pelo menos outros três livros.

17/07 - O pacote foi enviado. O frete ficou muito mais barato do que nós havíamos pensado: apenas R$ 22,00 por praticamente 10 kg de livros.

18/07 - Depositei a terceira e última parte do pagamento, referente ao acabamento e frete.

23/07 - Chegaram os livros.

A partir daí, o resto é história.

Se valeu a pena? Claro que valeu. O livro está fazendo sucesso e a segunda tiragem já está vindo por aí. Graças à honestidade, simpatia e profissionalismo do Albano, todo o processo transcorreu de forma rápida e transparente, o que me faz recomendar seus préstimos com todas as forças do universo.

Não me arrependo de nada.

Como Foi o Lançamento (com update)

Durante o final de semana, aconteceu aqui em Cachoeiras de Macacu a Feira da Promoção - FEPRO. No sábado e no domingo eu estive por lá para lançar o meu livro, Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor, e posso dizer que foi uma das melhores coisas que eu poderia ter feito.

Tudo começou duas semanas atrás, quando eu conversei com o Sr. Francisco, dono do restaurante Della Mamma, que me cedeu um espaço em seu stand para que eu pudesse fazer o lançamento. Conversando com a minha amiga Daniela Aires, que trabalhou na organização do evento, consegui a autorização para estar lá. Esta autorização saiu na segunda feira da semana passada, cinco dias antes do dia D. A partir dali foi questão apenas de convidar a todos.

No sábado, duas e meia da tarde, lá cheguei e me instalei em meu canto. E este foi o único erro: o canto. Por ser um sábado o lugar estava apinhado de gente, e por eu estar em uma mesa comum passei despercebido por todos. Nem mesmo o anúncio na rádio do evento ajudou muito.

Ainda assim vendi bem, mesmo sendo pouco. Saí de lá com 22 livros a menos no estoque. Só tenho agradecimentos aos que apareceram: colegas de trabalho, amigos da faculdade, antigos clientes, vizinhos, foi muito bom. E melhorou.

Durante a manhã de domingo, a Daniela mexeu novamente os seus pauzinhos e me conseguiu um lugar logo na entrada da Feira, onde fiquei muito mais visível. Fiquei lá das duas até as onze, praticamente o tempo todo em pé. Muito mais gente comprou e raspei na casa dos 40 livros vendidos. Já teve gente até que me procurou pelo Orkut para falar que tinha lido. Mais legal ainda é que teve gente que veio me abordar dizendo que tinha ouvido falar de mim. Além disso, se um quarto dos que falaram "puts, depois vou te procurar" realmente me procurarem, a primeira tiragem vai acabar num instante.

Que fique registrado aqui meu agradecimento a todos os que compraram o livro, à minha amada Sueli que agüentou ali do meu lado o tempo todo, ao Sr. Francisco pelo espaço cedido no sábado, à organização do evento que gentilmente me cedeu um espaço de ouro, e, principalmente, para a Dani, que tornou tudo possível.

Cansou? Claro que cansou, mas foi um dos suores mais bem suados da minha vida, que espero repetir assim que possível.

UPDATE: Nos comentário o Albano falou que empatei com os lançamentos do Alex Castro e do Biajoni lá em São Paulo. É ou não é pra ficar orgulhoso?!

Entrevista On-Line (com update)


Um aviso rápido na hora do almoço: Branco Leone, responsável pela publicação do meu livro Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor, vai dar hoje uma entrevista para a allTV, às 20:00 hs. Não percam!!

E depois do programa, passem aqui no Sarcófago pois vou falar sobre o lançamento do livro durante o final de semana, na Feira da Promoção de Cachoeiras de Macacu, que foi um sucesso.

UPDATE: A entrevista foi muito legal. Uma hora de Branco Leone na veia. Quem quiser pode visitar o site d'Os Viralata amanhã pois vai sair coisa sobre o papo de hoje. Quem não viu perdeu.

Lançamento do Livro

Desta quinta feira até o próximo domingo vai acontecer aqui no centro de Cachoeiras a Feira da Promoção - FEPRO. No sábado, dia 11, estarei lá na praça de alimentação, no stand do restaurante Della Mamma, para o lançamento do meu livro Trabalho em Cartório Mas Sou Escritor, em tarde (e noite) de autógrafos.

A bagunça começa às três da tarde e vai até a feira fechar (ou o estoque acabar). Quem quiser ir já está convidado.

Crônica: Show Trocado (Versão Nacional)

Acordei certa manhã e liguei a televisão no canal de música. Ia começar a passar um show com vários artistas.

Logo de cara vi que havia alguma coisa errada. A primeira música era Brincadeira de Criança, mas quem cantava eram Zezé di Camargo e Luciano!! Apesar de estranho, a platéia vinha abaixo.

Assim que eles saíram do palco, um tamborim começou a tocar. Surgiram então Sandy e Júnior e atacaram de Coisinha do Pai. Fiquei imaginando qual dos dois seria a coisinha...

Finalizada a roda de samba, as adolescentes do início dos anos 2000 deliraram ao som de assederrê, rá, derrê... sim, Ragatanga, mas aqui os passinhos ensaiados foram executados pelos Raimundos.

Depois que toda a purpurina baixou, Beth Carvalho tomou o palco para uma versão arrebatadora de Os Sonhos de Deus, seguida por Roberto Carlos cantando A Lenda, em um dueto inusitado com Pitty.

As coisas melhoraram um pouco quando Luiz Gonzaga subiu ao palco e cantou Eu Seu Que Vou Te Amar, e mantiveram-se no mesmo bom nível quando Tom Jobim, ovacionado, fez a versão definitiva d'O Calhambeque.

Achei que as coisas continuaram neste bom nível quando vi Ludmila Ferber e Fernanda Brum subirem ao palco, mas ao ver que elas cantavam Selim, senti que as coisas poderiam piorar. E pioraram: As moçoilas do Rouge assumiram o palco em seguida e assassinaram Asa Branca.

Pra fechar aquele teatro mágico, os rapazes do Molejo pediram licença e cantaram É o Amor. Para mim foi um clímax ao contrário, mesmo que a platéia tenha cantado junto cada um dos versos apagodados deste clássico do cancioneiro sertanejo mela-cueca.

No bis todos voltaram ao palco para cantar um medley de Fuscão Preto e Jesus Cristo.

Antes da música terminar eu desliguei a televisão. Imagina se entra o Bonde do Tigrão para cantar Festa no Apê?!

(Leia a crônica "Show Trocado" original)

Laurence Sterne

Este cara, na infância, vivia mudando com a família de lá pra cá, de cá pra acolá. Quando adulto, tornou-se padre, escreveu um livro que, ao que me parece, satirizava com os altos escalões católicos. O livro foi condenado à fogueira e Laurence Sterne foi expulso da igreja. Depois isso ainda escreveu um outro livro e morreu de tuberculose. Nem depois de morto sossegou: seu corpo foi roubado por um pessoal que estudava anatomia e mais tarde devolvido ao túmulo. A história completa está aqui.

Agora vai a pergunta: porque será que o Marconi Leal me linkou na seção Sterne?!

Crônica: O Namoro da Minha Melhor Amiga

Ainda não estava chovendo quando Cíntia saiu de casa. A chuva caiu mesmo quando ela estava chegando no ponto de ônibus. E quando digo que caiu estou sendo simpática com a chuva, porque na verdade ela desabou. Parecia até chuva de verão, daquelas de fim de tarde, tipo águas de março, mas eram sete da manhã. Ela sentou ao lado do sujeito que lá estava, e ficou olhando as folhas serem levadas pelas águas.

- Como chove, não?
- Sim. Está lindo.

Lindo? Que raio de homem diz que uma tempestade daquelas é linda?! O tipo de homem ideal para a Cíntia, claro. Até hoje só conheci duas pessoas que achavam linda uma tempestade ensurdecedora que cai de manhã quando se está a caminho do serviço: Cíntia e Jorge.

Ele falou que era lindo e Cíntia, como não podia deixar de ser, se empolgou. Nunca vi alguém se empolgar tão rápido com as pessoas. Cíntia é louca. Ela é fã da Amy Whinehouse e se alguém citar o nome da mulher, ela já se esbalda. Se alguém falar do Paulo Coelho, então, puta que pariu, Cíntia começa a despejar todas as suas teorias que criou depois de ler os livros do cara dez vezes cada um. Aí deu nisso, bastou o cara dizer que a chuva é linda que ela abriu um sorriso de orelha a orelha, se arreganhando toda pro sujeito que ela nem conhece.

- Melhor que isso só se fosse à noite.
- É mesmo, nada como a chuva refletindo a luz dos postes.

Pronto, o cara cita uma imagem que parece cena de filme e Cíntia se derreteu de vez. Ela também adora filme, é rata de locadora. Conhece a capa e o nome de tudo que é filme, o nome dos artistas, a trilha sonora, mas não lembra das histórias. Pode um negócio desse? Só pra você ter noção, ela já alugou O Sexto Sentido três vezes e nas três se espantou quando descobriu que o Bruce já estava morto desde o começo. Bom, xá pra lá. Aí o cara fala em chuva refletindo a luz dos postes e danou-se tudo.

- Ó só, eu posso chegar um pouco mais tarde no serviço, quer tomar algo?
- Sim, claro. Essa padaria aqui serve um chá de fazer inveja aos ingleses.

E como se não bastasse achar a chuva linda e falar nos postes, o cara ainda gosta de chá! Ai, tem hora que eu acho que o destino é um sádico. Não tinha como criar um casalzinho menos água-com-açúcar, não? Chega a dar nojo. E tinha uma padaria perto, do lado do ponto, com chazinho, e lá foram eles. Do ponto de ônibus pro chá, do chá pro beijo. Rapidinhos, não?

Mas pra Cíntia hoje a chuva já não é mais tão bonita. É que o romance não durou muito. Acho que a Cíntia não é tão boa de cama assim e ele arranjou outra. Sabe como é, ela endeusou, mitificou aquele encontro do ponto de ônibus e quando descobriu que estava sendo traída, ih, o caldo engrossou e foi tudo por água abaixo.

E eu é que tenho que ficar ouvindo o chororô. Vou te falar, acho que já tô cansada de ser a melhor amiga dela. Nossa infância já passou. Hoje tô querendo é passar mais tempo com o Jorge.

Poesia: Tudo o que eu quero




Eu, você, nós dois
Um passeio de bicicleta
Eu, você, nós dois
Um bangalô à beira mar
Eu, você, nós dois
O vento em seus cabelos
Eu, você, nós dois
O cheiro da sua pele
Eu, você, nós dois
A areia sob os pés descalços
Eu, você, nós dois
Um amor grande como o oceano
Eu
Você
Nós dois