Feliz Endereço Velho

Graças às mudanças da política de uso do kit.net e do Blogger, o Sarcófago voltará, a partir de primeiro de janeiro, ao seu endereço antigo. Então, já podem atualizar seus caderninhos e agendas: a partir do primeiro dia do ano que está em trabalho de parto, o endereço volta a ser www.sarcofago.blogger.com.br.

Grandes abraços, até lá e um 2004 tudo de bom pra todo mundo.

Feliz Natal

Bem, gente, neste dia 24, por motivos óbvios, não estarei por perto. Então desejo a todos, desde já, um noite de natal de muita paz. Que esta data inspire a todos para seguirem os ensinamentos de paz, união e compreensão trazidas por Jesus em Seu nascimento. Um grande abraço a todos.

Ah, sim, não deixem de fazer um favor a si mesmo: leiam o texto sobre Natal que a Trinity postou. O melhor texto que li este ano.

Quando o Difícil é ser Diferente

Quer uma vida mole? Seja comum. Seja igual aos outros. Faça o que todo mundo faz. Deste modo, dá pra perceber os erros dos outros e evitá-los. Dá pra saber quais atitudes são válidas e quais não são. Agindo assim não haverá necessidade de testar as situações, ver se dá pé ou não. Não há nada novo, apenas uma reprodução do que acontece com o resto do povo. Você, no final das contas, vai acabar gostando de Leka e de sertanejo, vai rejeitar a Alca e só usar roupa da moda, mas não vai ter muitos problemas para se relacionar com o resto da turma.

Agora tente ser diferente. Ser diferente é difícil. Haja força de vontade, haja convicção, para se manter preso aos seus ideais, às suas idéias, às suas vontades, aos seus interesses. Ser diferente exige paciência para aturar a falta de compreensão dos outros.

Grande parte do povo com quem convivemos não tem respeito pelas opiniões, gostos e escolhas dos outros. Muitos podem até demonstrar um certo respeito quando estão junto com os "diferentes", mas é só virarem as costas que o veneno escorre e a chuva de críticas jorra. Falsidade pouca é bobagem. Hipocrisia pouca é bobagem.

Remar contra a corrente às vezes é muito chato.

Ser diferente às vezes dói.

Um Pouco do Melhor de 2003 - Parte Final

Para finalizar a série de posts, cá estão as músicas do disco 2 do cd que gravei.

Speechless (Michael Jackson): Em maio dei uma passeada nas Lojas Americanas de Niterói e voltei de lá com alguns cds. De um deles, Invincible, do Michael Jackson, saiu uma pérola que não tocou nas rádios. Speechless é um crescendo impressionante, simplesmente imperdível. Como bem disse uma amiga minha: é pra deixar sem palavras.

Vapor Barato / Flor da Pele (Gal Costa e Zeca Baleiro): Da mesma leva dos cds da Americanas, um dueto ao vivo de uma "dinossaura" da MPB e um dos melhores da nova geração, misturando um antigo sucesso e uma nova obra prima. Música pra ouvir no ônibus vendo a paisagem passar, definitivamente.

Latitude (Elton John): Meu ídolo não poderia ficar de fora. Saída do cd Made in England, de 1995, tem um ritmo genial, além de uma letra muito inspirada, falando sobre as distâncias entre as pessoas.

500 Miles (Peter, Paul & Mary): A vovó do disco, da década de 60, redescoberta graças à dica do meu colega Omar.

Il Diavolo e L'Angelo (Andrea Bocelli): Passeando por Nova Friburgo, descobri uma lojinha que tinha uns cds bem baratos em promoção. De um dos que comprei, sai uma música pop na voz deste grande tenor. Mais uma imperdível.

Jezebel (Sade): Outra das antigas, mas que ganhou lugar cativo. Uma levada jazz deliciosa bastou para levá-la ao topo das paradas de sucesso.

You Can't Take Me (Bryan Adams): Parte da trilha sonora do desenho Spirit, é mais uma daquelas músicas com letra forte que me fazem tremer.

Você Não Me Ensinou a Te Esquecer (Caetano Veloso): O filme Lisbela e o Prisioneiro causou um alvoroço nas minhas caixas de som, colocando de uma vez só duas músicas pra tocar sem parar. Primeiro esta que acabou se encaixando perfeitamente na situação que eu estava passando, mas que, como outras, já não faz tanto sentido assim.

Espumas ao Vento (Elza Soares): Outra do filme Lisbela e o Prisioneiro, ganhou lugar de destaque graças à sua marcação forte. Além do que, apesar de tosca, a Elza tem uma voz incrível.

Pensando em Você (Moska): Mandei por telefone para a Sueli e então... bem... precisa de mais motivos?

Circle of Life (Circle of Stars): Gravação da minha música favorita na voz dos apresentadores dos programas da Disney nos Estados Unidos, veio como bônus no DVD do Rei Leão e caiu de para quedas no topo da lista.

Are You Ready for Love? (Elton John): Nova participação do meu ídolo. Foi número 1 na Inglaterra por volta de setembro, mas só um tempo depois conseguiu chegar ao topo por aqui. É uma música muito velha que recebeu uma leve remixada.

Why? (Annie Lennox): Versão ao vivo, voz e piano, deste sucesso das rádios de verdade. Quando assisti a apresentação em um dvd na casa de um amigo, caí de joelhos. É uma interpretação carregadíssima que é pra ser aplaudida de pé.

Tout L'or Des Hommes (Celine Dion): Para fechar o cd, Celine ganha outra participação graças ao seu novo cd em francês. É diferente ouvi-la em sua língua natal, mas ela é maravilhosa até debaixo d'água.

Pois bem, aí estão as músicas que marcaram meu ano. Será que combinamos em alguma coisa? Continuem comentando!

Um Pouco do Melhor de 2003 - Parte 2

Dando continuidade à descrição do cd com o título acima, vamos então às outras sete faixas do disco 1.

Aspiration (Klutz): Mais uma das porradas deste mestre da música instrumental. Com um começo que engana, é uma música pra lá de agitada.

Tristesse (Milton Nascimento e Maria Rita): Um encontro de grandes vozes. Apesar da letra à la dor-de-cotovelo, tem uma melodia linda. Outra das minhas favoritas.

I'm with You (Avril Lavigne): Fez muito sucesso por aqui por causa da letra, mas hoje em dia ela não faz tanto sentido assim. De qualquer maneira, continua sendo uma bela música.

Monts et Mervellies (Louisa Baileche): Achada por pura sorte enquanto passeava pelos canais da Sky, é a representante francesa no Festival Europeu da Canção. Se não me engano, acabou em 18º lugar, bem menos do que merecia.

Everyway That I Can (Sertab Erener): Na mesma leva da música francesa, esta fez parte do mesmo Festival. Achei por pura sorte também. Não lembro direito, mas acho que é polonesa, apesar de ser cantada em inglês.

Could it Be Any Harder (The Calling): Clipe, letra, voz, melodia e ritmo. Tudo nesta música me enlouqueceu, e se fosse em vinil, ele furaria de tanto que eu ouvi. Definitivamente, mais uma das minhas favoritas.

Imbranato (Tiziano Ferro): Diversificando os idiomas, entra um italiano na lista. Uma letra linda de matar, uma voz de arrebentar e um clipe pra lá de bem feito.

Um Pouco do Melhor de 2003

Não, não vou fazer nenhuma retrospectiva. O título aí de cima é o nome de um cd que estou a ponto de gravar. Ano passado, empolgado com meu gravador de cds, resolvi dar um cd como presente de natal para uma amiga (beijo, Mony). Gravei então um cd com as músicas que eu mais tinha ouvido durante o ano de 2002: "Um pouco do melhor de 2002". O resultado foi tão bom que desde o início do ano venho prestando atenção e separando as grandes músicas que escutei. Não são necessariamente músicas lançadas em 2003, mas sim aquelas que fizeram sucesso no meu radinho.

Hoje fui então fazer a organização das faixas para gravar o cd, e quando dei por mim tinha mais de uma hora e quarenta de músicas. Resultado: o cd acabou sendo duplo. Nacionais e internacionais, antiquíssimas e recém lançadas, famosas ou desconhecidas, nesses dois discos estão as músicas que marcaram meu ano. Vou então compartilhar com vocês, faixa a faixa, o que estará gravado nestes cds. Como são 28 músicas, dividirei tudo em três posts, sendo este aqui o primeiro deles. Reparem que quando falo que foram um "sucesso", não digo nas rádios, mas sim aqui em casa.

Comentem, baixem as músicas, escutem, comentem de novo.

Nós (Cássia Eller): Eu conheço esta música desde 1996, mas como só no início deste ano comprei o cd, ela acabou entrando como uma faixa bônus.

Twilight (Vanessa Carlton): Na verdade, um sucesso do ano passado que não entrou no outro cd e acabou caindo aqui. Versão ao vivo, voz e piano. Pena que a Vanessa tenha sumido da mídia.

Velha Infância (Tribalistas): Outro sucesso de 2002 que acabou caindo aqui por falta de espaço no ano passado. Apesar de ter tocado muito nas rádios em 2003, esta eu conhecia e adorava desde quando o cd foi lançado.

Ten Days (Celine Dion): Primeiro sucesso de 2003, saiu do cd A New Day Has Come, que já tinha rendido à Celine uma participação no disco do ano passado. É bem diferente do estilo dela, meio rock-balada, e por isso ganhou a disputa entre as outras 15 músicas suas que tentaram um lugar ao sol.

Sete Vidas (Adriana Mezzadri): Tema da mini série global A Casa das Sete Mulheres, é uma das minhas favoritas. Já comentei bastante sobre ela aqui no Sarcófago na época da série.

Shit on the Radio (Nelly Furtado): Música desconhecida na mídia, mas com uma letra que me balançou. Adoro letras fortes, e esta aqui é da porrada.

And All that Jazz (Filme Chicago): Tema de abertura do filme Chicago, é um show de jazz com mais de seis minutos. O filme foi tão bom que assisti três vezes no cinema. A música é tão boa que toca direto até hoje sem enjoar.

Árvore de Natal

Puxa, é hora de montar a árvore de natal para enfeitar a sala... onde é que estão as coisas mesmo, hein? Hm... a base está aqui... as bolas estão, hm... na porta da esquerda, na parte de cima do guarda roupas... isso, aqui estão. E onde foi que eu coloquei os ramos? Ah, aqui, achei.

Puxa, já passou um ano desde que montei esta árvore da última vez. Acho que ano passado montei na véspera, dia 22 ou 23, se não me engano. Que relaxado. Mas desta vez não... vou montar com pelo menos 10 dias de antecedência. Não é o melhor, mas tá bom também, afinal de contas, ninguém vai passar o natal aqui em casa mesmo...

Bom, os ramos já estão colocados, é hora das bolas... uma, duas... puxa, o ano já está acabando... quanta coisa aconteceu... dá até pra imaginar que cada bola desta árvore vai ser uma lembrança boa que está sendo mostrada num belo mural. Bem, se fosse assim eu precisaria de uma árvore bem maior.

Cinco, seis... como foi bom aquele janeiro... eu ainda trabalhava em casa e não deu muito serviço, era quase que férias, deu pra curtir bastante... ainda mais com meu teclado novo, como eu fiquei empolgado, tocava sem parar! Doze meses depois cá estou eu tendo aulas de música e tocando bem melhor do que eu imaginei que estaria.

Nove, dez... puxa, que bolinha diferente, ela pode representar abril, vida nova. Foi quando eu comecei a trabalhar fora depois de uns anos. Gente nova, ambiente novo, tudo diferente, animação, motivação... esta merece lugar de destaque.

Doze, treze... esta bola está meio embaçada... é bonita, mas pode ficar um pouco mais escondida... o que ela representaria? Meu aniversário, talvez... é, vai servir... convidei uns chegados e só uns pingados vieram, mas os que vieram são pessoas importantes e é isso que importa. Esta não pode ficar de fora.

Ai! Oh, esta bola tinha que quebrar na minha mão e me cortar? Essa ferida deve demorar pra cicatrizar... bem, 2003 teve seus maus momentos também, não? Separações, despedidas... tudo bem, eu supero... o que seria do prazer se não houvesse a dor... ex-bolinha pegando expresso direto para a lata de lixo!

Quinze, dezesseis... ei, quem botou esta bola aqui? Eu não lembro dela! Hm... uma surpresa.. algo desconhecido... mas muito bonita! Eu não esperava encontrá-la aqui, surgiu do nada, mas gostei muito dela, vai merecer um lugar de destaque. Que fique então pendurada bem aqui de frente. Bolas de natal podem ter nome? Se podem, esta se chama Sueli.

Dezessete, dezoito... hm, eu lembro desta bolinha... parecia que ia ficar linda na árvore mas ficou meio fora de sintonia... era só uma promessa. Hi hi hi, no início do ano eu prometi tanta coisa... caminhar, ler, perder a barriga... é: a bola que não chegou a ser o que eu esperava vai lembrar as promessas de início de ano que eu era pra ter cumprido, mas fingi que esqueci.

Vinte e uma, vinte e epa! Ai, ai, epa! Ufa, quase caiu... imagina se eu quebro mais uma?! Eu não iria me perdoar! Depois de tanta luta pra impedir que ela quebrasse, vai lembrar perfeitamente as minhas provas na faculdade: quando eu pensava que me daria mal consegui dar a volta por cima. Tudo bem que passei por uma recuperação, mas saí dela por cima da carne seca.

Faltam duas... falta uma... pronto! Todos os meus momentos pendurados nesta árvore. Agora o pisca-pisca. Enrola daqui... puxa dali... passa por cima... liga e... voilá! Estrelas que piscaram na minha vida. Uma centena de luzes, uma centena de pessoas especiais. Todas aquelas que tornaram possíveis aqueles momentos. Tanto os felizes quando os tristes.

Que ela fique aí até o ano que vem chegar. Janeiro é hora de desmontar esta árvore e partir para colecionar outras lembranças para a próxima. Enquanto isso, que os meus momentos fiquem ali à mostra para que eu me lembre deles, para que eu me lembre que 2003 foi um grande ano, tão brilhante e bonito quanto uma árvore de natal.

Porta Retratos

Gosto muito de escrever, sabia? Tem até uns loucos por aí que dizem que eu escrevo bem... coitados. Mas o fato é que gostando de escrever, escrevo. E costumo escrever quando vem na telha. Não é em um momento apropriado, tipo "bom, agora eu vou sentar para escrever". As idéias simplesmente surgem do nada e eu fico remoendo aquelas sensações, aquelas vontades, até conseguir ter um lápis e um papel na mão ou então um teclado de computador ao meu alcance.

E então acontece de sair um texto grande em questão de minutos, como se eu já soubesse todas aquelas palavras de cor e salteado e não precisasse pensar em nada, apenas reproduzir o que já estava pronto. E até me assusto com isso às vezes. Mas escrevo. E o que escrevo geralmente é uma reprodução de um momento que estou vivendo.

Portanto, meus textos retratam o que amo. Retratam o que ouço. Retratam o que vejo. Ou, no mínimo, retratam o que sonho, ou o que eu julgo possível de acontecer. Mas que ninguém vá pensar que basta ler tudo o que já escrevi para saber quem sou hoje. Como acabei de falar, cada texto é um instantâneo de um certo ponto no tempo, e assim como meu rosto nas fotos que estão em meus álbuns de fotografias já mudou, o Mário que escreveu os textos de um ano atrás já não é mais o mesmo.

Se minhas idéias não mudaram de direção, ao menos podem ter mudado de intensidade. Tanto para mais quanto para menos.

Ou seja, que ninguém pense que um texto inflamado seja indicação de que eu sou sempre daquele jeito, às vezes ele não passa de uma válvula de escape para sensações que habitam em mim graças a um certo acontecimento.

Acontece com meus textos exatamente o que acontece nas fotos. Uma foto em que estamos chorando não indica que somos pessoas deprimidas. Uma foto em que estamos assustados não indica que somos pessoas com medo da vida. Uma foto em um momento de raiva não quer dizer que somos poços de ira prontos par revidar no primeiro que cruzar nosso caminho.

Já aconteceu de eu publicar um texto vários dias depois de tê-lo escrito. E, no momento de publicá-lo, ver que ele já nem fazia tanto sentido assim, e as sensações que me levaram a pôr aquelas palavras numa folha de papel já há muito tempo tinham se dissipado, mas mesmo assim o texto seguiu em frente e chegou às suas telas.

Depois de pensar nisso tudo, cheguei à melhor definição para o Sarcófago: por ser uma coleção tão grande de instantâneos de emoções, sensações e lembranças, ele não passa de um grande porta retratos de minha vida.

A Quem Interessar Possa

Viemos por meio desta comunicar a todos os visitantes deste humilde cafofo que, por motivo de provas na universidade, o escriba que vos fala não dará o ar de sua graça até o dia 04 de dezembro.

Aproveitamos a oportunidade para pedir sua colaboração em forma de orações e pensamentos positivos para que milagres aconteçam, fazendo com que os resultados das provas sejam os esperados, evitando o drama de ter que fazer provas finais.

Agradecemos desde já pela compreensão e pelo apoio.

A direção.

Paz

Se fosse apenas para nascer, crescer, reproduzir e morrer, não precisaríamos pensar. Bastaria sermos como os animais. Mas pensamos, e por isso nos fazemos perguntas existenciais. De onde viemos? Para onde vamos? O que somos? É preciso acrescentar mais uma pergunta à lista: o que deixamos? É nossa obrigação deixar uma herança para as próximas gerações. As gerações anteriores nos deixaram legados inesquecíveis: arte, ciência, pensamentos e idéias de pessoas que ninguém atualmente teve a chance de conhecer estão ao nosso redor, tornando nossa vida mais simples, mais fácil, mais bela. E o que nossa geração está deixando? Daqui a cento e cinqüenta anos, nenhuma das seis bilhões de almas que percorrem a face da terra estará aqui. Estarão aqui outros bilhões: nossos netos. E qual legado seria mais importante para eles do que a paz? Mas não basta apenas querer a paz. É preciso fazê-la. Ela nasce dentro de nós para o mundo. Logo, precisamos mais do que simplesmente esperar que ela seja nos dada pelo governo ou pela igreja ou por quem quer que seja: precisamos fazê-la crescer e florescer em nós. Passeatas, protestos e discursos inflamados servem como desabafo, mas não levam a lugar nenhum, para consertar o mundo e torná-lo um lugar de paz é preciso agir. Paz é atitude, paz é respeito pelos próximos, paz é vida, paz é amor. Temos que fazer as pazes com a paz. Chega de apenas ver a luz no fim do túnel: é preciso sair do túnel. Basta. Nós queremos paz.

Há Males que Vêm para Ótimo

Pra mim, viajar no ônibus da faculdade significa, na verdade, ter cerca de uma hora para ouvir música. Daí que como sempre venho ouvindo música com uma amiga, comprei um adaptador que permite a ligação de dois fones de ouvido ao mesmo tempo.

Só que esse adaptador estraga o som de alguns poucos cds: ou deixa o som muito baixo, ou deixa os graves fortes demais, ou em raras oportunidades não toca nada, nos causando profundo desespero. Por causa disso, sempre que trago um cd não "avaliado" ficamos com receio de que as coisas não dêem certo.

Então que nesta segunda eu fui à minha prateleira e saquei o Songs From the West Coast (Elton John). Quando começamos a ouvir estava tudo ótimo, mas depois de três ou quatro músicas, o adaptador deu crise.

Pensamos que nossa diversão tinha se acabado, só que então notamos que ele tinha dado uma crise diferente: ao invés de distorcer o som, o adaptador simplesmente cortou o som da voz do Elton John, deixando passar apenas o som dos backing vocals e do instrumental, principalmente o piano.

E foi assim que ouvimos o cd até o fim. Desde que comprei o "Songs..." sempre tive vontade de ouvir as músicas sem a voz principal, para poder prestar mais atenção ao som do piano, e minhas preces foram atendias.

Ouvir o "Songs..." daquele jeito já fez a semana valer a pena. Tomara que o adaptador dê outras crises como essa, porque o fato que tinha tudo para ser péssimo acabou se revelando o momento da semana.

Respondendo Comentários

A Rebs perguntou: "Porque você parou de colocar histórias com continuação?"

Aquelas duas histórias eu tirei de umas revistas de RPG que eu tenho aqui em casa. Como eu parei de comprar aquelas revistas há muito tempo, só duas das que tenho trazem as aventuras. Daí, como não tenho capacidade para criar tanta coisa, as histórias se foram-se.


A Teruska questionou: O que gostaria de estar fazendo quando tiver 40 anos? Como se vê e em que situação quando estiver lá?

Hnf... 40 anos... são 17 anos de aqui até lá. É tempo demais para fazer muitos planos, Teruska. Só de pensar que há 17 anos atrás o mundo era muito diferente do que é hoje, dá pra imaginar que o mundo daqui a 17 anos vai ser outro, mas vou arriscar dizer que quero chegar lá tocando piano muito bem. Quero estar casado - dizer que vou estar casado com a mulher que amo seria um pleonasmo -, morando numa bela casa, podendo, numa noite fresca de um domingo de verão, olhar a lua cheia deitado numa rede junto à minha esposa, ouvindo Elton John cantar Your Song ou Caetano cantando Você é Linda. Meu emprego estaria me esperando pela segunda de manhã; um emprego tranqüilo, que me ajude a crescer e onde eu possa fazer diferença. Estas são as coisas que posso influenciar. Eu poderia desejar um mundo com mais paz, mais alegria, com mais respeito à natureza, mas isso é assunto pra muita gente resolver junto. Enfim, quero chegar lá feliz. Quero chegar lá livre.


A Trinity indagou: "Você já pensou em reunir alguns textos do Sarcófago e publicar um livro?"

Já. E chorei de rir no instante seguinte. Não é de hoje que tem gente que diz que eu escrevo bem, e depois que comecei a escrever para o Sarcófago muito mais gente passou a falar isso. Acho que logo logo vão me convencer de que é verdade. Mas enquanto isso sigo acreditando que consigo tapear bem, e só. Já escrevi textos dos quais me orgulho, mas eu não acho que tenha uma produção literária farta e de qualidade suficiente para que possa reunir meus rascunhos e procurar uma editora.

Perguntinha

Dias atrás, como sempre, cheguei cedo na faculdade. Daí resolvi escrever algo pro Sarcófago. E então que no meio do texto o pessoal chegou e puxaram conversa. O texto ficou de lado. Quando tentei voltar a ele, a inspiração tinha ido embora. E daí? Publico um texto que parou pelo caminho?

Afazeres

Já faz alguns dias tenho recebido emails, comentários, mensagens e até reclamações ao vivo a respeito de um certo afastamento da vida online. Venho então com este texto tentar explicar meus motivos e pedir desculpas.

Tenho andado em falta com muita gente. Não respondo emails e muito menos visito os sites dos companheiros. Tudo isso porque minha vida offline está abarrotada de obrigações.

Tem a faculdade que está em final de semestre e que por isso mesmo está exigindo dedicação quase integral. Soma-se a isso o curso de español que está em suas últimas semanas, minhas aulas de teoria musical (nas quais ando muito disperso), os ensaios para a peça da festa de final de ano de um jardim de infância daqui da minha cidade e, finalmente, mas não menos importante, os momentos de atenção à minha querida Sueli. Tudo sem contar que tenho casa para ajeitar e a mim mesmo para cuidar, lembrando, claro, que o moço aqui trabalha fora o dia inteiro.

Não é à toa que esta quarta eu surtei na faculdade.

Portanto: Douglas, calma que eu vejo sua árvore e comento. Dani, calma que vou aí te dar um beijo de aniversário. Bel, calma que seu pedido já será atendido. Júlio, calma que sua fita já tá gravada. Visitantes do The Rocket Man, calma que lhes ajudo com as músicas. Visitantes e comentaristas do Sarcófago, calma que eu responderei aos comentários.

E, se nossa torcida aqui der certo, em dezembro eu volto a aparecer com mais freqüência. Enquanto isso cês fiquem com as gotas que caem desta torneira fechada.

Break Dance

Meu povo, esse vídeo é espetacular. Primeiro dança um japinha que dá pro gasto, mas o segundo sujeito põe qualquer um no chão. Ele manda muito mesmo. Eu sei que é grande, tem mais ou menos 3,7 megas, mas vale a pena esperar pra ver. Aproveitem enquanto o link funciona, pois não sei quanto tempo vai ficar lá.

Clicaqui

Era uma vez um blog...

Quer dizer então que você tem um... um... como é o nome?

Blog.

Isso! Um blog. Quer dizer que você tem um blog?

Isso. O Sarcófago.

Mas o que é isso? O que é um blog?

Bom, é um tipo de site fácil de ter, em que o maior trabalho é montar a "cara" dele. Daí é só escrever e publicar que todo mundo pode ler, e se você permitir, todo mundo pode comentar também.

E o seu blog tá fazendo um ano?

Exato. O primeiro texto eu publiquei no dia 19 de outubro de 2002. Mas bem que deve ter sido no dia 18, por causa da mudança de meia-noite pro dia seguinte.

E quantos textos você já publicou nesse ano?


Foi um total de 215 textos - 216 com este aqui. Bem, não necessariamente textos, às vezes foram só breves comentários, ou uma imagem qualquer. Textos grandes foram em menor quantidade.

E do que você tanto falou?

Ih, sobre muita coisa. De início eu colocava umas coisas divertidas que eu costumo juntar, depois comecei a falar da minha vida, e depois comecei a escrever crônicas e falar de coisas interessantes que eu vejo. Volta e meia eu falo do meu jeito de pensar, falo de filmes que eu vejo, de programas interessantes, dos cds que eu compro. Até rezar eu já rezei no Sarcófago. Ultimamente eu tenho escrito bastante sobre coisas que acontecem na minha vida. Mas não é aquela coisa tipo "oh, hoje eu fui no cinema ver um filme legal". Eu costumo inventar histórias com pitadas de realidade. Mas às vezes é só história mesmo.

Quais são os seus textos favoritos?

Hm... "Fé e Religião" (dezembro de 2002), "A Corrente do Bem" e "O Primeiro Dia do Resto de Minha Vida" (janeiro de 2003), "Cinco de Fevereiro" e "Mudanças" (fevereiro de 2003), "Para Ninguém em Especial" (junho de 2003), "(des)Encontros" (julho de 2003), "Passagem para Dois" (setembro de 2003) e "Quando a Diferença não faz a Mínima Diferença" (outubro de 2003). Tem também a menção honrosa para "Como dar Comprimido a um Gatinho", de janeiro de 2003, que me foi enviado pelo grande Bruninho. O favorito favorito mesmo é o (des)Encontros.

O Sarcófago conta a história da sua vida neste último ano?


De certa forma sim. Quase todos os fatos que marcaram minha vida neste ano estão lá. Os problemas na faculdade, a troca de emprego, o interesse em ajudar, os filmes, os questionamentos sobre a vida, as festas, o curso de espanhol, as músicas, e, claro, mais recentemente, a Sueli.

E os planos para o futuro?

Puxa, o Sarcófago nasceu para ser uma coisa e acabou sendo outra. Não dá pra prever muito. Já tive muitos planos para ele e pouca coisa seguiu em frente. Vamos deixar rolar pra ver no que dá. Daqui a um ano a gente faz outro balanço. O único plano em que estou pensando é em fazer algo diferente para comemorar este aniversário.

Qual é o plano?

Ser entrevistado pelos meus leitores. Deixar que eles ponham suas perguntas nos comentários e depois de uma semana responder a todas elas. Estava até pensando em preparar um post para explicar isso a eles, mas tenho certeza de que eles são espertos e não vão precisar de aviso.

Tomara que dê certo. Bom, obrigada pela conversa, e parabéns para o Sarcófago pelo primeiro ano de vida. Até a próxima, Mário.

Um Ano de Sarcófago

Seguinte: no domingo, dia 19 de outubro, o Sarcófago vai fazer um ânus de existência. E fica a cargo de vocês escolher como isso será comemorado. O que vocês preferem?

a) Uma crônica contando a história do Sarcófago.
b) Uma reprise dos melhores textos (escolhidos, desde já, por vocês).
c) Alguma outra idéia sugerida por vocês.

Quando a Diferença não faz a Mínima Diferença

Acredito que para um relacionamento dar certo, os dois lados devem se encaixar. Não digo aquela coisa melosa de "metade da laranja", mas de uma convivência harmoniosa, prazerosa, onde o todo é maior do que a soma das partes individuais que o compõem.

Cada pessoa é única. Podemos encontrar duas pessoas que pensem muito parecido sobre muitas coisas, mas ninguém é igual a ninguém. E ainda bem que é assim, porque se todo mundo fosse exatamente igual o mundo não teria graça nenhuma. Seríamos todos previsíveis, não teríamos amigos, não nos divertiríamos, não amaríamos.

O que seria do azul se todos gostassem do branco?

Claro que existem pessoas que não têm condições de viver em harmonia, são pessoas que têm opiniões diferentes sobre quase tudo. Relacionamento de pessoas extremamente diferentes não dão certo nunca. Mas também existem os pares que se encaixam e convivem muito bem, sim senhor.

Convivência é respeito. Respeitar as escolhas do outro. Respeitar os gostos do outro. Respeitar as crenças do outro. Respeitar o outro. Convivência é compreensão. Compreender que as pessoas não são como nós queremos que elas sejam, mas que são como querem ser. Convivência é aceitação. Quando a convivência com uma pessoa é uma escolha sua - e não o fruto de uma obrigação -, é preciso aceitar o outro como ele é, sem tentar mudá-lo.

Quando respeitamos, compreendemos e aceitamos as diferenças, entendemos que, no final das contas, quando gostamos de alguém, as diferenças não fazem a mínima diferença.

Não Vejo Luz no Fim do Túnel

A grande maioria das pessoas que conheço tem uma leve tendência a ser pessimista. Parece que já não é nem uma questão de as coisas estarem indo mal. Já virou um estado de espírito.

Seja lá o que estiver acontecendo, todo mundo tem a péssima mania de achar que não está bom. Claro que a gente não pode se acomodar, ficar satisfeito com tudo e parar de buscar coisas melhores, mas também não é pra ficar achando que tudo está mal e ficar naquela de "oh, vida, oh, céus, oh Deus". Isso tampouco leva a lugar nenhum.

Com muitas pessoas, quando as encontro, já não pergunto mais como elas estão, pois eu sei que vou ouvir um "a gente vai levando" ou "correndo atrás, né?" ou, no máximo, "é, tá indo...". Tô correndo de gente que só reclama da vida. Parece até que esse povo se orgulha de mostrar que tem problemas.

- E aí, como tá?
- Ah, tô indo pra Macaé visitar uma tia que tá no hospital quase morrendo.


Sim, nós temos problemas. Sim, às vezes as coisas não saem como a gente quer. Sim, às vezes a gente tem que aturar patrão chato. Mas ficar enchendo o ouvido dos outros com reclamações não leva a lugar nenhum. Se a coisa tá ruim, ao invés de perder tempo reclamando, que usem este tempo para resolver os problemas.

Na falsa tentativa de mostrar que ainda têm alguma esperança, essas mesmas pessoas mandam o velho bordão de que "há luz no fim do túnel". Quanto a mim, não vejo luz nenhuma no fim do túnel. Não porque eu não tenha esperança, mas sim porque simplesmente não estou em um túnel.

Eu caminho pelos campos abertos da minha liberdade, onde o sol sempre brilha, onde há música no ar, onde as rosas exalam o doce perfume da vida. Uma terra onde não há túneis.

Onde Foi Que eu Amarrei Minha Égua?

Tudo começou na seguinte cena: quinta feira passada, acordo de manhã, preparo o pão, encho uma xícara de café, vou pra sala, pego O Globo e puxo e Segundo Caderno. No topo da página, bem no meio, lá estava: uma imagem do Rei Leão. Quem acompanha este blog sabe que o moço aqui ama esse desenho, não? Pois bem, a visão daquela figura foi o suficiente para desencadear uma série de reações físico-psico-biológicas.

O motivo da aparição de Scar e Mufasa na primeira página do Segundo Caderno foi uma mostra de cinema que estava rolando na praia de Copacabana, e O Rei Leão foi exibido hoje (05/10/2003). Eu fiquei em êxtase, pois nunca tive oportunidade de ver o desenho em cinema. E vou continuar sem ver, já que eu não fui a Copacabana. O que, diga-se de passagem, está me deixando muito triste.

Na mesma quinta eu fui para Friburgo ouvindo a trilha sonora do Rei Leão na Broadway. Chegando ao curso onde estudo e comentei com as minhas colegas sobre a apresentação em Copacabana, e elas ficaram surpresas ao descobrir meu fanatismo. Acharam incrível - e louco - o fato de eu saber o nome dos personagem, saber quando casa música toca e até mesmo as falas dos personagens em alguns pontos.

Ainda na quinta, quando chego em casa, recebo um email da Siciliano me informando que eles já tinham postado o meu dvd do Rei Leão. Aí eu aticei de vez. Será que eu daria sorte e o dvd chegaria na sexta? (O que não aconteceu). Ou será que eu teria que me remoer durante todo o final de semana para só ter o dvd nas minhas mãos na segunda? (O que está acontecendo).

De qualquer maneira, passei o resto da quinta feira e toda a sexta feira cantarolando as músicas do filme. Fui pra faculdade ouvindo a trilha sonora original. E adivinhem o que estou ouvindo enquanto escrevo este texto!

Claro, em nenhum momento Copacabana me saiu da cabeça. Pensei em vários modos de chegar até lá, mas acabei não indo. Não apenas por falta de gente para me acompanhar, já que um cego se daria melhor em um tiroteio do que eu no Rio de Janeiro, mas também porque morro de medo do Rio. Medo mesmo. Pra ir lá, só acompanhado de quem conhece.

Mas, bem, este final de semana foi bem leonino. Desencravei uns vídeos que tenho do Rei Leão para suprir a carência, ouvi muito as músicas, cantei sem parar e acabei descobrindo que na terça vai ter reportagem no Multishow sobre o novo dvd. Tudo na vã tentativa de fazer o final de semana passar mais rápido, para que a segunda feira chegasse, afinal, amanhã vai bater na minha porta o dvd que eu espero há anos. Não é o gift set do qual eu postei uma foto há uns meses, mas é O Rei Leão, e é isso que importa. E eu pensando que não tinha como ser mais feliz.

Como diria Rafiki, the king... has returned. E hakuna matata pra vocês.

P.S.: O título do texto reproduz a reação da Sueli ao saber da minha adoração pelo Rei Leão, seguido de "eu não vou ter que competir com ele, vou?"

Dica de Programa - Webshots

Já falei algumas vezes aqui que eu não agüento ver as coisas do mesmo jeito por muito tempo, não falei? Cores, posições, estilos... tudo tem que mudar sempre, senão eu não me dou por satisfeito. Não poderia ser diferente com o papel de parede do meu computador.

Já há uns bons anos que uso um excelente programa que funciona como papel de parede e protetor de telas: o Webshots. Para usá-lo é muito simples, basta visitar o site do programa, se cadastrar e fazer o download. Não sei como está a versão atual do programa, mas a que eu uso é totalmente gratuita e não instala nenhum programa extra que fique monitorando sua máquina.

Depois de baixar e instalar o programa, é só ir ao site e procurar por suas fotos preferidas e copiá-las. É possível ainda adicionar imagens escaneadas ou conseguidas através de outros meios, dando preferência às que já estejam no tamanho certo para sua resolução de tela. Estas imagens servirão tanto para enfeitar o seu monitor quando para servir de slides para o protetor de tela.

Para deixar o programa rodando ao meu gosto ajustei algumas de suas configurações: defini o tempo de troca do papel de parede para 15 minutos, desabilitei a busca automática de fotos e impedi que ele iniciasse junto com o Windows. Bastou então, através das opções do Windows, defini-lo como papel de parede e como protetor de tela.

A partir daí, toda vez que a proteção de tela começa a funcionar ele automaticamente troca o papel de parede. Nunca mais fiquei de saco cheio com meu próprio computador.

Qualquer dúvida, eu e o help do programa estamos aí para ajudar.

Personagens de Ônibus: A Vitrola

Ele senta no ônibus, louco pra relaxar, ouvir uma música e dormir até chegar onde tem que chegar.

E então ela senta no ônibus. Do lado dele.

"Que calor que tá fazendo, né, puxa vida, que saudade que eu já tô do inverno, aquele friozinho gostoso, que a gente fica embaixo da coberta, não dá nem vontade de sair de casa, muito diferente desse sol escaldante horrível que tá fazendo hoje, a gente não pode nem dar três passos que já começa a suar desesperadamente, nossa, olha só o que tá falando aqui no jornal, que a tal da Vanessa Camargo beijaria na boca das mulheres que ela admira, que coisa horrível, onde o mundo hoje em dia vai parar, meu Deus, no tempo que eu era jovem as coisas não eram assim, as pessoas respeitavam as outras, não ficavam de indecência na televisão, nos jornais, e eu nem nunca gostei mesmo dessa mulher, eu acho que ela não faz música boa, música boa mesmo era Chico Buarque, Elis Regina, Caetano Veloso, falando nele, você já ouviu a música nova que ele gravou que está fazendo parte da trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro, ah, é uma música bárbara, triste mas ao mesmo tempo lindíssima, aliás o filme também é muito bom, muito divertido, eu já fui ver três vezes e ri muito em todas elas, eu tenho disso, sabe, não ligo de ir no cinema duas três quatro cinco seis vezes para ver o mesmo filme, quando passou Chicago então, eu devo ter ido umas cinco vezes, nossa, porque é que cercaram aquele espaço que tem ali na beira do rio, ah, estão fazendo uma obra, que coisa, mas, puxa, era tão bom aquele lugar para poder ficar com a família, ah, tem uma passagem, então assim é melhor, porque puxa vida, hoje em dia a gente não tem mais muito lugar limpo para ir, é tanta casa nas beiras dos rios que a gente tem que ir cada vez mais longe para achar água limpa, eu às vezes até desisto de sair de casa, se bem que com essa violência toda que estão nas ruas é melhor mesmo a gente nem sair de casa que está protegido, ficando em casa a gente vê um pouco de televisão que aliás só passa violência também, você viu o buxixo que tá aquela história do Gugu ter inventado uma entrevista com uns bandidos lá de São Paulo, nossa, dessa vez ele se ferrou de vez e o SBT vai se danar todo, o único programa que prestava no SBT era o Programa do Jô, e depois que ele foi pra Globo não tem mais nada de interessante lá, puxa, céus, porque tem tanta gente na estrada, ah, é o outro ônibus que quebrou, caramba, essa gente toda vai entrar aqui, eu vou chegar atrasada, ô, motorista, vai um pouquinho mais rápido aí por favor que eu tenho que chegar na clínica na hora pra fazer meu exame retro-furicular, e se eu não chegar na hora o médico não vai me atender e eu vou ter que voltar outro dia, sabe como são esses médicos, aliás, todo mundo hoje em dia só pensa em correr correr correr e fazer as coisas sem parar, ô, motorista eu vou ficar no próximo ponto, tá, puxa obrigado, foi muito bom falar com vocês, boa viagem, muito obrigada mesmo, tchau."

Baseado em fatos reais...

Celine Dion - One Heart

Isso já está virando costume: sempre que compro um cd da Celine a primeira sensação é a de "puts, como é que eu pude comprar esta porcaria?" Sorte que passa. Depois de umas semanas ouvindo o mais recente cd da titânica moça, dá pra dizer que ele é muito bom. Se for pra colocar em escala junto com os outros cds que tenho dela, ele fica em último lugar, mas não quer dizer que seja o pior. É apenas o menos bom.

E é tão bom que, mesmo depois de um mês, seis músicas estão brigando pela posição de favorita. Cinco estão logo em seqüência na abertura do cd e a última fecha o disco. A primeira é "I Drove All Night", mais uma das regravações da Celine, que ataca com um pouco de rock. Vem então "Love Is All We Need", um pop muito bem feito.

Na terceira faixa, "Faith", Celine esbanja qualidade no seu estilo característico e em "In His Touch" ela ataca com uma de suas deliciosas músicas românticas. A quinta candidata a favorita é a faixa título, "One Heart", que é mais uma música pop, perfeita pras rádios. A última música, "Je T'Aime Encore", também é mais uma daquelas músicas que só poderiam ser gravadas por ela.

Claro que o disco não fica só nisso, tem muita coisa boa por lá, que serve tanto para dançar quanto para namorar. Uma coisa que estranhei no cd é que ele é um pouco curto, com cerca de 55 minutos. Fica mais estranho ainda depois que eu já estava bem habituado com o disco anterior, que se espalha por 72 minutos, quase 20 a mais.

Só uma coisas me deixou insatisfeito com este cd: as reaparições de músicas do disco anterior. "Sorry for Love" aparece numa versão mais lenta, deixando a impressão de que ela não foi regravada, mas sim que o som da batida eletrônica foi apagado. Soa muito estranho, pois no momento em que parece que a música vai estourar... murcha, exatamente no ponto onde, na versão original, a batida ia nas alturas e botava a gente pra pular. A outra reaparição ficou por conta de "Have You Ever Been in Love", que é a mesma que está no A New Day Has Come. Parece que Celine, cansada de fazer regravações, resolveu repetir músicas. Ah, sim, senti falta também de uma música em espanhol, coisa comum nos cds da Celine.

Fora isso, é um ótimo cd. Se alguém aí gosta da Celine, pode confiar nele sem medo. Mas, assim como disse na época em que falei sobre o A New Day Has Come, não leva cinco estrelas, pois o título de "Melhor cd da Celine" ainda fica com Let's Talk About Love.

Enquanto procurava a imagem da capa do cd, acabei descobrindo que Celine já lançou outro cd, chamado 1 fille & 4 types, gravado todo em francês. Mais informações no site oficial.

Variedades Variadas

Parece que agora é certo: no próximo domingo, dia 21 de setembro, Cachoeiras de Macacu (minha cidade) vai estar no Esporte Espetacular, na Globo, de manhã. Não sei que horas vai passar, mas deixo aqui a dica para quem quer conhecer o lugar onde moro. As filmagens já foram feitas há mais de três meses, se não me engano. Vale a pena mesmo acordar cedo no domingo, aqui é bonito às pampa.

O Ditado Popular (distorcido) da semana: no meio de uma conversa, sai a pérola: "...isso é tão importante, mas tão importante... é, tipo assim, a empada da minha azeitona!". Horrível, não? Quem falou isso? Eu...

A Palavra Estranha da semana: quando eu comentei com uma amiga que tinha visto "A Liga Extraordinária", ela entendeu "A Língua Extraordinária", e então confessou que ficou curiosa sobre qual seria a extraordinariedade da tal língua. Hm...

A Pergunta Confusa da semana: o sujeito entra no cartório onde trabalho e pergunta em alto e bom som: "O Adilson fez aquilo?".

A Carta

Oi Mário, há quanto tempo, não? Puxa, se tudo correu bem, você estará lendo esta carta quando estiver com 23 anos, numa terça chuvosa de setembro. Aqui quem te escreve é uma pessoa que você conhece um pouco, mas que com o tempo irá se tornar seu melhor amigo: você mesmo. Só que com 60 anos. Tudo bem, eu sei que parece estranho, mas você já não escreveu cartas para o seu "eu" futuro? Então: agora conseguimos dar um jeito de escrever para o seu "eu"... passado!

Pra evitar que você sofra por antecipação, não vou falar das coisas ruins que aconteceram nestes 37 anos que nos separam. Vou só falar um pouco das coisas boas, que te farão ter esperança no futuro. Se bem que isso eu sei que você tem, pois vivi sua vida. Já conheço todos os seus passos e sei que você nunca agiu de forma pessimista.

Como você bem está planejando, eu me casei logo depois de completar 30 anos, e hoje temos uma filha, a Sarah, que já está com 27 anos. Nossa menina já completou a faculdade e hoje está estudando lá na Inglaterra, fazendo um curso de extensão sobre direito ambiental. Nós não moramos mais em Cachoeiras de Macacu, apesar de nossa antiga casa ainda estar lá. Em 2030 nos mudamos para Parati, onde moramos desde então.

O mundo vai bem. Graças a uma série de medidas drásticas e um tanto radicais, que geraram discussão no mundo todo, a violência caiu em todo o planeta. Há cerca de 15 anos não há uma guerra sequer no planeta. São realmente tempos de paz. O Rio de Janeiro, cidade você tem medo de visitar, se tornou realmente uma cidade maravilhosa, e continua sendo o principal cartão postal do Brasil no exterior.

Você está vivendo no primeiro ano de governo do Lula, não? Pois é, apesar de todo o mal que pensavam dele, ele iniciou uma série de mudanças que tiveram continuidade nos governos seguintes e que tornaram o Brasil um país de primeiro mundo, com uma economia superior a de outros grandes países da sua atualidade.

Ah, sim, eu já consigo tocar piano muito bem - nós temos um piano de cauda! Em 2004 Elton John passou pelo Brasil em sua turnê mundial, e eu fui em dois shows, ambos no Rio de Janeiro. Mas já tive oportunidade de ver outros shows dele, inclusive em 2010, quando fui percorrer o Caminho de Santiago lá na Espanha. Foi uma viagem incrível, que me tomou dois meses. Foi, sem dúvida, a maior aventura de minha vida. E tenho vontade de fazer novamente o percurso, mas desta vez de carro.

Não vou tentar te explicar como são algumas coisas de minha época porque de 2010 pra cá o homem aperfeiçoou muitas coisas e inventou outras que para você são apenas assunto de filmes de ficção científica. Mas posso adiantar que você vai se apaixonar pelos nossos aparelhos de som.

Bem, vou terminando esta mensagem por aqui, porque já está na hora de ir para o trabalho.

Grande abraço,

Mário

P.S.: Em março de 2007, você vai deixar cair a chave do carro dentro do vaso de flores na mesa da sala. Lembra disso antes de quebrar a vidro da janela, tá?

Aventura em Grupo - Final

E chegamos então à última parte de nossa história. De acordo com a opção da turma, o nosso personagem resolve rejeitar a vampira Melorie e ficar com sua namorada. Vamos ver no que dá?

Algo está errado. Muito errado. Esses sentimentos por Melorie não podem ser naturais.

- O que você fez comigo?

- Bem, se insiste em saber, vou lhe contar. Lembra-se do sangue que ofereci? Era meu. Você provou minha alma. Estamos ligados para sempre, ligados como duas pessoas jamais poderiam estar.

Uma... ligação de sangue? Então você estava certo, aquele não era um amor natural. A maldita enganou-o! É quase como se tivesse drogado você!

- Desculpe, Melorie... mas não posso.

Você escorrega para fora do abraço dela e vira-se para ir embora, penando em como ama Andrea. Este é o seu último pensamento antes de ouvir um rosnado raivoso e sentir garras arrancando sua cabeça.

Realmente, vir até aqui não foi uma boa idéia.

Bom, então é isso, gente. Infelizmente não tenho mais histórias dessas para reproduzir, mas pode deixar que vou procurar. Ou então, quem sabe, a gente volta pra primeira história, que terminou tão de forma tão precoce, logo na segunda ou terceira parte. Como sempre, é com vocês.

Aventura em Grupo - Parte VIII

Numa massacrante vitória, os festeiros mandam na continuação. Vamos lá.

Parece que é impossível viver normalmente, sendo imortal. Talvez seja melhor comparecer à tal festa. De qualquer maneira, em nenhum momento Melorie mostrou desejo de lhe fazer mal. Tudo o que ela fez foi oferecer seu amor. "Amor imortal", como ela havia dito.

Quando a data chega, você examina o guarda-roupa em busca de uma fantasia. Tem muitas roupas que costuma usar em shows, mas nada parecido com traje de vampiro. Acaba escolhendo um sobretudo negro, que está muito mais para highlander do que para Drácula. Um pouco de gel no cabelo completa a indumentária.

A festa rola no apartamento de Melorie, que você já sabe onde fica - e como sabe! Lá você encontra Melorie, esplêndida em um longo negro que acentua suas formas agradáveis. Ela o recebe com um sorriso que faria derreter o Ártico.

- Jef, querido! Você está lindo!

Ela livra-se dos muitos homens que a cercam e caminha em sua direção. Que bom, ela gostou do visual highlander. Olhando à volta, você percebe muitas pessoas em fantasias que parecem autênticas. Seriam?

- Eles são...? São todos...?

- Oh, apenas alguns. Mas a alta roda da sociedade vampírica está aqui. Nosso antigo regente sofreu, digamos, um pequeno acidente. Fui escolhida como sucessora. Na verdade, eu escolhi a mim mesma, uma vez que ninguém aqui foi tolo o bastante para protestar.

Ela parece bem mais calma, estourando de alegria. Sem traços da raiva animalesca que mostrou na outra noite.

- Estou perdoado? - Você pergunta, apreensivo.

- Perdoado? O que há para perdoar? Você pensou melhor, não é? Decidiu aceitar meu amor, passar a eternidade ao meu lado, não é mesmo?

Decidiu? Não? Então decida agora! O que fazer? Abrir mão da sua vida de sempre e viver com Melorie ou tentar explicar à vampira que Andrea é o seu grande amor? Cês já aprenderam né: respostas nos comentários, continuação na quinta.

Eu, Tu, Eles. Nós.

Aqui em Cachoeiras não temos faculdade. Nenhuma. Antigamente, quem fazia faculdade tinha que se deslocar para Niterói, Rio de Janeiro ou alguma outra cidade ainda mais distante. Até que começaram a surgir faculdades em Nova Friburgo, bem mais perto daqui.

De uns anos pra cá, o número de alunos nas faculdades de lá só aumentou. De início, os alunos fretavam essas Sprinters para levá-los até lá, mas como agora é muita gente que estuda, a prefeitura disponibilizou uns ônibus para a galera.

Quando tudo está funcionando direito, são quatro ônibus rodando: um vai para São Gonçalo, um vai para Niterói, um para a Estácio de Nova Friburgo e o último para as outras faculdades de Nova Friburgo. Daí que volta e meia um dos ônibus que vão para Nova Friburgo quebra, e somos obrigados a irmos todos juntos em apenas um. São cerca de 90 alunos dentro de um - UM - ônibus, serra acima.

Mas não estou escrevendo isto pra reclamar. A questão é a seguinte: como geralmente é o ônibus mais velho que quebra, vamos todos no ônibus que iria só para a Estácio (onde eu estudo), ou, como costumamos dizer, vamos no ônibus da Estácio. Me vem então uma colega reclamando que os alunos das outras faculdades estavam indo sentados enquanto alguns de nós, alunos da Estácio, ficavam de pé.

- Eles têm que se tocar. O ônibus é nosso. - dizia ela, revoltada.

Abro um parêntese: já aconteceu de gente da Estácio pegar o ônibus das outras faculdades na hora de voltar para Cachoeiras, e essa gente ia sentada, muitas vezes tomando o lugar dos alunos daquelas faculdades, obrigando-os a ir em pé. Aí sim acho sacanagem, um desrespeito, pois se temos dois ônibus, que cada um vá no da sua faculdade. Todas as vezes que peguei o ônibus das outras faculdades dei o meu lugar quando via que alguém estava em pé. Era o meu conforto contra a minha consciência. Até hoje ela nunca pesou. Mas ao contrário de mim, muita gente da Estácio ia sentado e não levantava, então o pessoal do outro ônibus reclamava, e com razão. Fecho o parêntese.

Este foi então o argumento da minha colega. Se eles reclamavam quando o pessoal da Estácio ia no outro ônibus, por que nós iríamos ficar quietos enquanto eles iam sentados em nosso ônibus?

Nessa hora eu discuti com ela. Acho que no momento em que só vai um ônibus para levar os alunos para Nova Friburgo, ele deixa de ser o ônibus da Estácio, e passa a ser o ônibus das faculdades. Não é o grupo de lá e o grupo de cá. Somos um grupo de alunos que estão juntos no mesmo balaio, sem escolha. E aí, quem chegar primeiro vai sentado. Ponto final.

Não somos nós e eles. Somos um.

Aventura em Grupo - Parte VII

Cenas do último capítulo: você resolve ir ao encontro com seu mestre, mas na hora H acaba decidindo dar um fim nele.

Seu "mestre" penetra nas sombras de um beco escuro e faz um gesto para que você o siga. Mesmo achando estranho, você obedece. Ele continua chamando com a mão, enquanto estende a outra para oferecer-lhe o pulso. Ordena que você beba de sua alma. Uma voz parece então gritar em sua mente: "Perigo! Cuidado! Escravidão!"

- Acho que vou dispensar esta. - Você diz, levando a mão à arma.

O vampiro grita com você, acusa-o de estúpido. Saca então um grande punhal da capa e salta sobre você, quando recebe então toda a munição de sua arma. O vampiro tomba. Você toma sua adaga e ataca, parando apenas quando o maldito encontra-se em pedacinhos.

Você segue então para fora do beco, quando sente algo estranho, como se estivesse sendo observado. Até que ouve uma voz.

- Belo serviço, garoto. Eu mesmo não faria melhor.

Quando olha para uma sombra, você nota um homem. A nobreza que emana dele faz com que você gele, paralisado de medo enquanto ele se aproxima. Ele sai das sombras, exibindo trajes que parecem ser coisa do século XVIII. Quando se dá conta, você já está praticamente de joelhos, de tanto medo. Será ele o tal chefão?

- Mesmo assim, é uma lástima. Até mesmo nós, imortais, temos leis que devemos cumprir, e você desobedeceu uma das mais importantes. Mesmo assim, graças a seu belo desempenho, vou dar-lhe nova chance. Pode ir, meu jovem. Você sai dali correndo, e quando começa a atravessar uma rua quase é atropelado por uma moto. Ela freia a centímetros de você e a mulher que a pilota saca uma arma. Você fecha os olhos e espera o estourar de seus miolos.

- Olá, querido. Não esperava vê-lo de novo tão cedo! Saudades?

Você abre um olho. MELORIE?! Antes que você possa reagir, ela salta da moto e parte em direção do homem que você viu há pouco, disparando várias vezes contra ele. A luta é rápida demais, e mesmo seus olhos de vampiro mal conseguem acompanhar. Quando as manchas param de se mexer, você vê tombar aquele que parecia ser o mestre dos vampiros.

Ela volta para a moto e diz a você para esquecer o que aconteceu. Diz também que está disposta a perdoá-lo, e que é para você ir à festa na casa dela. Depois acelera a moto e some na noite.

Opções da vez: ir à festa na casa de Melorie ou sumir de vez do mapa. Como sempre, escolhas nos comentários e continuação, prometo, na segunda feira.

Let Go - Avril Lavigne

Às vezes isso acontece. Um artista ou um grupo surgem na mídia, fazem o mó sucesso, todo mundo conhece. Menos eu, que mal tomo conhecimento do nome e chego até a conhecer um pouquinho a música, mas só paro para prestar a devida atenção depois de vários meses ou até mesmo depois de mais de um ano após o 'big bang'. Foi assim com as Spice Girls, foi assim com Nelly Furtado, e foi agora com Avril Lavigne.

É claro que eu já tinha ouvido falar de Complicated e Sk8er Boy, sabia que elas tiveram seus quinze minutos de fama, mas só depois de I'm with You e Losing Grip é que passei a prestar atenção na moça. E comprei o cd - Let Go - de olhos fechados.

Quando abri os olhos, a primeira impressão foi de desapontamento. "Menos de 50 minutos de música? Não deve prestar." - pensei. Mas prestou. Prestou tanto que hoje nem me importo com este detalhe.

O cd já começa muito bem. As três primeiras músicas - Losing Grip, Complicated e Sk8er Boy - são de arrasar quarteirão, ótimas para ouvir alto e pular junto. Em seguida vem a minha favorita do cd (e uma das favoritas do ano): I'm with You. Começava então a parte desconhecida.

De cara gostei muito porque, não sei se são meus ouvidos que estão melhores ou se os fones de ouvido do discman ajudaram, mas eu estava entendendo bem as letras. E que letras. Falando de romances, ex-romances e relacionamentos em geral, Avril manda bem. E o som também não fica atrás, ela brinca com rock, baladas e até mesmo um pouco de rap, como em Nobody's Fool.

Outras três músicas que me chamaram bastante atenção foram Unwanted, Things I'll Never Say e Anything But Ordinary. A primeira por sua batida diferente, variando o tempo todo. A segunda por ser uma bela declaração ("estou nervoso, tentando ser perfeito, pois sei que você merece"). E a terceira por seu jeitão "sou doido sim, e daí? A gente tem mais é que curtir a vida adoidado mesmo". Anything But Ordinary teria tudo pra se tornar um grande sucesso se não fosse a voz aguda da Avril. Se esta música fosse cantada por um homem, seria uma porrada daquelas.

Enfim, um ótimo cd. Um camarada meu falou que de tanto ter ouvido algumas músicas na televisão e nas rádios, já está de saco cheio delas. Enquanto isso fico eu aqui curtindo o meu disco.

P.S.: Eu escrevi este post duas vezes. Na primeira, depois de tudo terminado, fiz uma besteirinha e caí na asneira de não salvá-lo. Na vã tentativa de tentar copiar a mim mesmo deu nesta porcaria daí de cima. Não reparem.

Tudo Azul, Completamente Blue

E tome-lhe cara nova pra vocês! Novo logotipo, novas cores. Mas o 'blue' do título não é de tristeza, tá? É de azul mesmo. Já que tem muita gente fazendo troca-troca nos seus blogs, o inquieto Mário resolveu brincar um pouco com o Sarcófago. Pinta, experimenta, troca, apaga, faz de novo, inventa, e tá aqui.

Além da novidade das cores, uma funcionalidade adicionada: a coluna da direta é flexível. Se o tamanho da janela mudar, ela acompanha a mudança.

Mas e aí, o que acharam?

Que Não Tenham Piedade de Mim

Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim,
Que perguntar carece: como não fui eu que fiz?

Estes versos são de Milton Nascimento. E estes versos falam de si mesmos. Como pode ser que eu mesmo não os escrevi, se eles sempre moraram em mim? Mas a vida é assim mesmo, volta e meia eu encontro alguma letra que me faz pensar nos versos aí de cima.

Há muito tempo tenho uma ligação íntima com música. Elas fazem parte de mim. Como diria meu camarada Júnior, elas são essência da minha vida. E não estou a exagerar. Existem músicas que dizem o que penso, e outras que me ensinam a pensar e viver melhor.

Esta música daqui de baixo é de Cazuza e do Frejat. Quando a escutei pela primeira vez, ou, mais especificamente, quando prestei atenção em sua letra pela primeira vez, vi que ali estava um modelo para minha vida. Vi que naquelas palavras estava o que eu pensava, e o que eu deveria aprender a pensar. Desde então, tento viver minha vida de um modo que jamais eu me torne numa das pessoas citadas pela letra.

Ó, Deus, que ninguém jamais cante um Blues da Piedade para mim. Amém.

Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já crescem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro e não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que estão no mundo e perderam a viagem
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Aventura em Grupo - Parte VI

Finalmente uma votação apertada. Por 3 votos contra 2, vamos então seguir para o encontro com o criador do nosso colega vampiro. Ah, sim, desculpem por não continuar com a história na segunda, como eu tinha dito, mas eu tava bem maus de gripe. Vamos à história, então:

Talvez seja melhor obedecer ao seu criador, se você espera descobrir mais sobre a sociedade dos vampiros e a sua própria natureza. Além disso, o sujeito deve-lhe algumas explicações - você nunca PEDIU para tornar-se um sanguessuga! Não irá desarmado, em absoluto. Você veste algo adequado, afivela no peito o coldre de sua .45, guarda a arma e ruma para o local combinado.

Lá está ele. O miserável faz uma vênia e tenta mostrar-se majestoso, mas você o vê apenas como possível fonte de informações. Talvez nem isso.

- Alegre-se, minha prole - diz ele, percebendo a fúria em seu olhar. - Este é um dia importante. Vou apresentá-lo oficialmente ao senhor dos senhores, o mestre de todos os vampiros daqui. Depois disso você não será mais um pária, mas sim um legítimo membro da sociedade dos predadores!

Supondo que isso seja verdade, talvez signifique para você um passo importante como vampiro. Ser apresentado ao chefão. Mas... será que você quer realmente conhecer esse sujeito?

Escolhas da vez: ou obedecer ao próprio criador e ir com ele, ou rebelar-se e acabar com o desgraçado. Como sempre, escolhas nos comentários e continuação, se possível, na segunda.

Metade

Eu acho - vejam muito bem, eu ACHO - que isso aqui é de Oswaldo Montenegro. Mas, bem, seja lá de quem for, isso aqui sou eu ó:

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que eu acredito não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste.
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.

Porque metade de mim é a lembrança do que eu fui, a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.

Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade também!

Plenitude

Deus, sei que você escreve certo por linhas completamente destroçadas, mas que no final das contas a gente vê que cê tava certo desde o início. Com o tempo eu aprendi isso, e há uns meses não reclamo mais de quase nada na vida, como a maioria das pessoas fazem. Desde então, desde que vi que reclamar não leva a lugar nenhum, desde que vi que tem certos momentos que não adianta praguejar, que o jeito é sentar e esperar a tempestade passar, desde então, minha vida tem sido plena.

Acho incrível como as linhas que você escreve, Deus, são incrivelmente tão distintas e ao mesmo tempo tão próximas. Às vezes uma linha desaparece, e acho que nunca mais voltarei a vê-la, quando ela simplesmente surge do nada, mostrando que teus planos estão bem armados. E há os casos em que as linhas que cruzam com a minha vão se cruzando, formando uma teia mágica que une a todos nós.

Então, Deus, eu queria agradecer. Queria não: eu quero. Primeiro agradecer por me abençoar com um anjo da guarda que está sempre ao meu lado. Sempre. Os últimos meses não poderiam ser melhores. Quando eu acho que as coisas não têm mais como melhorar, alguma coisa me acontece e alcanço um degrau mais alto na minha felicidade. Trabalho, faculdade, amigos, família, a convivência comigo mesmo. E agora ela.

Obrigado mesmo por tudo. Obrigado por minha vida. Obrigado por meus amigos. Obrigado por minha família. Obrigado por meus estudos. Obrigado por eu ter um corpo perfeito. Obrigado por não sofrer. Obrigado por estar aí. Hoje, acima de tudo, obrigado por ela.

Amém.

Aventura em Grupo - Parte V

Bom, depois de um tempo longe da história, vamos lá à continuação. Só pra recordar, no último episódio o nosso personagem encontrou uma gata encostada em seu carro, e ela pergunta se podem dar uma volta, ficando a cargo de vocês a decisão de o cara trair ou não a namorada. E, sacanas como são, decidiram pela traição. Vamos lá então:

Oh, você é vampiro, mas não é de ferro. Você convida Melorie com um gesto, se senta em seu lugar e saem para dar umas voltas. Ela é uma garota linda, e vocês riem bastante juntos, até que ela pede para que você a leve em casa. Você acaba nem se surpreendendo ao descobrir que ela mora em um luxuoso apartamento de cobertura.

Ela te chama para entrar. Lá, ela diz que vai pegar uma bebida e volta com duas taças de vinho tinto. Você apenas finge beber, e pergunta o que é a bebida para disfarçar. "Blood Melorie", diz ela. Sob o olhar atento dela, você acaba tomando um pouco de... sangue?! É sangue! Ela é uma vampira!

Melorie sorri prazerosa. Antes que você se dê conta, ela o toma nos braços e oferece o pescoço. Você não tem forças para recusar, e o sangue de Melorie escorre garganta abaixo. Quando está saciado, você afasta-se e busca os lábios da linda vampira.

Você desperta entre lençóis de seda, tomado de deliciosa preguiça. Leva algum tempo até que a sensação de urgência consiga superar tanta languidez. Há tempos você não dormia em uma cama de verdade, em vez de um caixão. Fora do caixão? Que horas são? Você consulta o relógio e descobre que a noite acaba de começar.

"Já acordado, querido?" É Melorie, dormindo ao seu lado. Nua. Como você. Epa! Que aconteceu aqui? Nossa, você está um pouquinho atrasado para encontrar-se com Andrea. Devia ter ido ver filmes com ela e o resto da turma ontem, lembra? Você então tenta juntar suas roupas para ir embora.

- Perdôo você porque ainda não entende o que perderá se for embora. Não estará abrindo mão só de um amor imortal, mas da verdadeira chance de uma vida imortal. Agora volte aqui.

- Não vai dar, gata.

O sorriso foge do rosto de Melorie, e rugas de raiva racham-lhe a testa. Ela urra como um animal selvagem: "então suma daqui, cadáver, volte para sua vida medíocre, sua namorada medíocre, seus amigos mortais medíocres. Daqui a poucas décadas eles terão virado pó, e você perceberá o erro que cometeu. Agora vá!!" E você vai, tão depressa quanto pode.

Foi necessário muita criatividade para explicar o sumiço, mas ela não cria nenhuma confusão. Você resolve ficar afastado de outros vampiros por algum tempo, mas mesmo assim não consegue afastar a imagem de Melorie da cabeça. É como se ela fosse parte de você. Uma parte muito importante. Então, certa noite, você acorda com a campanhia.

Você atende à porta, mas não encontra ninguém. Apenas dois envelopes. O primeiro contém uma carta de seu criador. Ele está convocando você para um encontro, pretende apresentá-lo ao maioral, o mestre de todos os vampiros da cidade. O segundo é um convite para um baile do dia das bruxas, enviado por Melorie. Justo quando pensava em se afastar de outros vampiros, eles te perseguem.

Bem, três opções dessa vez: ir ao encontro, ir ao baile ou não ir a nenhum dos dois e cair fora. Como sempre, respostas nos comentários e continuação na segunda, sem falta.

Variedades Variadas

Bom, antes demais nada, me deixa explicar porque a aventura em grupo anda sumida. Primeiro, na quinta feira passada, quando a continuação era pra ter sido posta no ar, eu cheguei da faculdade muito mal, e fui direto pra cama. E hoje, quando peguei a revista para digitar a continuação, descobri que o texto seguinte é enorme. Portanto, terei que digitá-lo todo, corrigir, diminuir, resumir, diminuir de novo, apertar um pouquinho, para então postar. Então aguardem, que na quinta a história continua com o vampiro da história traindo a namorada.

Sobre os Jornalecos, resolvi dar um tempo com eles. Pra ser sincero, não há nenhum motivo especial, nada além da mais pura e desavergonhada preguiça de lê-los. Quando der vontade eu leio de novo e conto pra vocês.

Por fim, hoje na faculdade recebi uma notícia interessante. O Anderson, lá de Bom Jardim, me disse que esses dias pegou um computador para formatar e antes de detonar com tudo foi dar uma olhada nos 'favoritos' do sujeito. Diz que ele que lá estava... o Sarcófago!! Puxa, fiquei mais feliz ainda do que já estava. Então, deixo aqui um abraço para o meu visitante da cidadezinha de Banquete. Obrigado pelo gostamento! Identifique-se, meu chapa.

Elton John

Era uma vez um moleque de 12 anos, chamado Mário. Como presente de natal, o seu pai comprou um rádio para ele. Naquela mesma época, explodia nas rádios uma música que o fez rir bastante, que falava "é o saci". Mas ele gostou muito da música, e nunca mais a esquecera.

O tempo passou e Mário se viciou em video games, e um dia resolveu alugar o jogo O Rei Leão. Enquanto jogava, prestava atenção nas músicas, e ficou encantado com melodias tão bonitas. Tempos depois ele comprou um cd numa banca de jornais. Este cd trazia músicas de filmes, e uma delas era a música dO Rei Leão. Mais uma vez, aquela música o cativou. Comentou sobre ela com um amigo, e este (abençoado) amigo disse que tinha a trilha sonora do filme. Dias depois, o (admirável) amigo presenteou o Mário com uma fita cassete, que trazia a trilha sonora do desenho.

O próximo passo foi comprar o cd. E Mário não descansou enquanto não conseguiu pôr as mãos no seu maior xodó, do qual não desgruda - e morre de ciúmes - até hoje. Foi aí, neste dia, que o nome Elton John entrou na sua vida.

Um dia, Mário levou o cd dO Rei Leão para ouvir no trabalho, e seu amigo Jonathan disse que tinha um cd do tal do Elton John em casa, e no dia seguinte o levou para o trabalho. O nome do disco? Love Songs. Foi com este disco que ele descobriria que a frase dita naquela música lá do início da história era na verdade "else I see". Nosso personagem gostou muito do cd, e em pouco tempo comprou um. Semanas depois, o mesmo amigo que tinha levado o tal do Love Songs para o trabalho aparecera com outro: The Very Best of Elton John. Mário também gostou muito, e tempos depois comprou.

Numa grande coincidência, nos meses seguintes uma rede de tv exibiu especiais do Elton John, que o Mário não deixou de gravar. Cada vez mais ele gostava daquele sujeito. Naqueles especiais que ele gravou, duas músicas o marcaram bastante. Uma chamada Believe, que o fez pensar: "puxa, então é o Elton que canta esse musicão?". A outra era uma versão de Your Song, que o Elton cantava de um modo muito diferente durante um show, e o Mário sempre quis ver esse show por inteiro, pois tinha a impressão de que tinha sido espetacular.

Então, este gosto ficou um pouco, digamos, inerte. Em dois anos, poucos cds surgiram. Até que aconteceu uma revolução: caiu nas mãos deles o vídeo que ele sempre quis ver: aquele da versão diferente de Your Song, chamado Elton John Live in Australia. Os primeiros 10 minutos de vídeo foram suficientes para incendiar de vez o gosto do Mário. Em pouco mais de dois anos, sua coleção praticamente triplicou, ele conseguiu dezenas de músicas pela internet, e construiu até mesmo um site! Conheceu muita gente, muitos fãs, tanto do Brasil quanto estrangeiros.

Hoje, Elton John se tornou a inspiração do Mário enquanto ele toca seu teclado. Mário já é conhecido como fanático pelo Elton entre seus colegas e amigos. Uma colega diz que, quando o Elton John morrer, ela sabe que vai ter correr para a casa do Mário para consolá-lo. Ele ri, e diz que pessoas assim deviam ser eternas.

Ainda hoje, Circle of Life (aquela música do cd comprado na banca de jornal) é a música favorita do Mário. Mas não adianta perguntá-lo qual é o seu cd favorito. Ele diz que para quem não é fã, qualquer coletânea serve, mas apontar um cd em especial é impossível.

Mário sabe que não é o maior fã do Elton John, mas tem certeza de que é o melhor fã que consegue ser.

E foi feliz para sempre.

Do Fundo do Baú - Maria Gasolina

Vem Ka, meu Diplomata. Vem Logus. Você sabe que eu gosto de você as Pampa. Vem que esse meu Mitsubishi é Parati. Você não imagina o Quantum eu quero Dart, seu Besta. Ai amor, como você me eleva, e me o Fusca. Vem cá meu Fyber Junior, meu Gordini. Coloca esse teu Supermini, todinho em mim que eu te dou um Prêmio. Ai amor, Kadett, que eu não estou te achando! Ai achei ,tá aqui. Mas, olha, vai Variant, viu? Porque todo dia do mesmo Tipo, dá um Tempra! Agora põe, Pointer Turbo, que eu quero sentir esse Galax no meu Escort. Vai, enFiat toda essa Pick-up!!! Uno, Uno, Uno, ai, ai, tá doendo, mas vai Passat, não para. Anda me Kombi. Vai D-10, D-20, D-30 bem forte, de frente, de Heat, de Lada. Ai amor, você geme muito, bem fofinho. GM, GM, GM, vai, vai, eu sou sua mulher e você meu Omega. A sua Vera, a sua Verona. Ai Comodoro, Comodoro, quando você me abraça, me beija me Corsa. Anda na minha Caravan, me chama de Perua, porque Oggi, tudo é Fiesta!!!

Nota da redação: desde que comprei meu primeiro computador (não que tenham sido muitos) eu sempre juntei besteiras. Agora, volta e meia vou postar uma dessas besteiras. Sempre que surgir um post chamado "do fundo do baú", já sabem o que vem por aí.

Clique de Sorte

Aconteceu. Simplesmente aconteceu. Eu estava lendo o blog da Tia Cláu quando resolvi clicar em um dos "links anormais" dela. E caí no Dream On...

Ah, como eu queria escrever daquele jeito. Que humor! A menina me fez chorar de rir. Começa que todo post tem uma citação musical. E tome-lhe bom gosto: tem de Avril Lavigne a Elton John. Depois vem um leve título para o próprio blog, de acordo com o assunto em pauta. São títulos tipo "preguiçoso blog" ou "escalafobético blog". E os textos também são geniais.

Tem também os amigos imaginários dela: Giban, Jiraya, Lion... qualquer semelhança com as antigas séries japonesas não é mera coincidência. E ela conversa com eles! É hilário.

Aconselho muito a visita. Eu já virei fã da Alessandra, a ruiva estudante de psicologia que quer ser astrônoma.

Só pra vocês terem uma noção, segue aqui um trecho da tradução louca, feita por ela, da música I'm with You, da Avril Lavigne. O resto está lá pra vocês se divertirem. Visitem!!


I'm standing on the bridge
Tô parada na pinguela
I'm waiting in the dark
No meio desse breu
I thought that you'd be here by now
Fidiputa, já era pra vc estar aqui...
There's nothing but the rain
Tá chovendo pra dedéu
No footsteps on the ground
Num tem nenhum nego caminhando por aqui
I'm listening but there's no sound
Tô ouvindo mas não escuto porra nenhuma...
Isn't anyone trying to find me?
Ninguém vai lembrar que eu existo?
Won't somebody come take me home?
Ninguém vai vir me levar pra minha maloca?


Atualização do dia seguinte: a moça ficou tão feliz que retribuiu com um post. Legal.

Aventura em Grupo - Parte IV

Como não rolou desempate, escolho eu a continuação! Como vocês devem se lembrar, a escolha era continuar na caçada por sangue ou encerrar a noite. Vamos encerrar a noite então.

Bem, chega de caçar por hoje. Você já bebeu o bastante para manter seu corpo aquecido por algum tempo - e já sabe muito bem como empregar esse calor: Andrea. Ela não está em casa. Depois de um telefonema, descobre que ela está com seus amigos na casa de James. Ao que parece, resolveram atravessar a noite assistindo vídeos.

Seria ótimo encerrar a noite com um pouco de diversão normal. Você volta ao local onde estacionou o carro, torcendo para que não tenha sido roubado. Em vez disso, encontra uma pessoa recostada à porta do velho Mustang.

Uma garota. Não, uma gata. Não, uma deusa!

Ela é morena, usa jeans apertados e camiseta regata. Não mostra sequer um traço da vulgaridade de uma prostituta - e nem por um instante você acreditou que fosse uma. Linda demais para isso. Um oásis de graça em meio à sujeira e podridão das redondezas. Deus, o que uma garota fazia sozinha em um lugar como este?

- Sabe que eu adoro carrões antigos como este? - ela diz, com voz doce e melodiosa.

Tonto, você só consegue balbuciar um agradecimento. Ela acha graça, diz que seu nome é Malorie (lindo!) e chega mais perto. Muito perto, perto demais, Jesus, seu coração já teria parado se ele funcionasse.

- Podemos dar uma volta? - sussurra ela, colada em você.

As escolhas da vez são óbvias, não? Cornear Andrea ou não? Respostas nos comentários e continuação na quinta.

Jornalecos

Hoje não tive paciência para ler os jornalecos daqui. Mesmo assim vou falar um pouco de um deles.

Ontem estive com uma moça que trabalha no jornaleco grande, e aproveitei pra perguntar se eles não tinham recebido os emails que mandei para elas. Ela disse que sim, que haviam recebido os emails, e até estranhou eu não ter recebido nenhum retorno, pois tinha visto alguém escrevendo uma resposta.

Me contou que quando receberam o email, ficaram se perguntando quem era o tal do Mário. Ao ver o endereço do Sarcófago, a sujeita chegou à conclusão de que era eu, e explicou quem eu era. Pois bem, sabem quem sou, ótimo.

Ela me disse também que às vezes aparecem erros porque elas recebem os textos e anúncios prontos, e muitas vezes, devido ao corre-corre para fechar as edições, os erros passam batido.

Porém, o mais engraçado que ouvi dela foi o comentário de que alguém do jornal falou que eu não tenho nada pra fazer. Bem, supondo que seu seja um vagabundo (o que, definitivamente, não sou) um erro não justifica o outro.

Tenho vontade de falar mais, mas não quero comprometer o pescoço da menina. Então deixa como está. Pelo menos consegui algumas desculpas esfarrapadas.

E por fim, um momento-jornaleco de mim mesmo: mandei um horrível "despresar" nos comentários do Leo. Feio...

Hasta la Vista, Babies

Entre junho e agosto de 2001, não lembro direito, comecei a estudar espanhol no CCAA daqui de Cachoeiras. Na época, duas turmas haviam começado: uma que era nas segundas e quartas e outra nas terças e quintas. Tampouco lembro quais eram os dias da minha turma. Mas foi assim que começou.

Nesse tempo, muita coisa aconteceu. Colegas vieram, colegas se foram. Teve gente que esteve com a gente durante apenas uma ou duas aulas, e acabei me esquecendo de seus nomes, mas outros ficaram um ou dois semestres. Que saudades da Sassá, da Rose, do Fontana... tempos bons aquele início de curso.

Em 2002, quando comecei minha faculdade, a turma foi comodamente transferida para os sábados (sim, nós perdíamos sábados de sol trancados em uma sala de aula). Neste ano louco, houve um grande troca-troca de gente pelas turmas. A Ellen e a Maria, por exemplo, simplesmente não decidiam se ficavam estudando durante a semana ou só nos sábados. Algumas vezes as duas turmas tiveram aulas juntas, o que no final foi tornando-as em uma só.

No final de 2002, graças a uns papos de que o nosso professor iria deixar de dar aula para nosotros, acabei transferindo a minha matrícula para o CCAA de Nova Friburgo, onde faço faculdade. Mas como lá não havia nenhuma turma que estivesse no mesmo período que eu, tive então que esperar uma turma de lá me acompanhar para poder continuar meus estudos.

E a minha antiga turma seguiu em frente. As duas turmas se tornaram uma só, tendo aula somente aos sábados. E então a minha antiga turma se formou, e então hoje fomos comemorar. Praticamente quatro horas de churrascaria, com direito a presença do diretor do curso e muito riso. Foi muito bom rever o pessoal, ainda que com a falta de alguns deles, que mesmo se formando não foram à comemoração.

Agora que chego em casa, já me bate a saudade. Saudade de quando Douglas contava histórias de suas viagens pelo mundo. Saudade de quando Rafael contava histórias do Rio. Saudade de quando zoávamos Elma sobre seus casinhos... saudade.

Um passo dado. Um fim alcançado. Uma história pra contar.

Albimary, Ana, Ângela, Douglas, Ellen, Elma, Karol, Ludmila, Maria, Rafael (e todos os outros que ficaram pelo caminho)... que os laços que formamos nestes dois anos nos unam para sempre.

Aventura em Grupo

A aventura não continua hoje porque as escolhas estão empatadas. Vamos ver se na segunda a coisa desempatou. Comentem as escolhas lá, por favor, pra não me deixar igual um pateta procurando as respostas! :o)

Amizades Virtuais São Passageiras

Já estou na internet há mais de cinco anos. Neste tempo já conheci muita gente, interessante ou não. Gente do Brasil e gente desse mundão. E depois de tanto tempo, posso afirmar uma coisa: salvo raríssimas exceções, as pessoas que você conhece na internet podem cair no esquecimento muito mais rápido do que você imagina.

No início, cheguei a ter "grandes amigos". Era email pra lá e pra cá todo dia. E quando digo todo dia é todo dia mesmo. E todos, puft, sumiram. E como nunca tivemos um contato real, não houve problemas de apego. Hoje não passam de lembranças.

Alguns simplesmente desaparecem. A primeira foi a francesinha Fiona. Tudo durou um ano de emails, e até cartas, para que um dia ela parasse de escrever, e praticamente nunca mais nos falamos. E houve uma grande leva depois dela: a holandesa Evelien, a mexicana Sílvia, a brasileira Clara, a sul-africana Aeysha, entre muitos outros. Em outros casos, quem desapareceu fui eu. Há também os casos em que a comunicação vai ficando falha, cada vez mais esparsa, até secar de vez. E todos aqueles emails guardados foram para o lixo.

Às vezes nem mesmo um contato real impede o afastamento. É o caso da Andréia. Topei com ela e mais um grupo usando um programa de bate-papo por voz, e durante uma viagem parei na cidade dela para nos conhecermos. Gente boa, louca-despirocada-das-idéias. E depois desse dia foram meia dúzia de emails, tchau e benção.

Apenas três das amizades que fiz pela internet se tornaram em grandes amizades de verdade, simplesmente inesquecíveis: minhas queridas patas-mineiras (oi, amores!) Mony, Tia Cláu e Ana Puts, um trio tresloucado que saiu do mundo virtual e já virou parte da minha vida.

Escrevo sobre tudo isso porque hoje passo por uma nova onda de amizades virtuais. Onda esta que é formada pela turma que conheço por causa do Sarcófago e pela turma que conheço nos fã-clubes do Elton John. Sim, falo alguns de vocês, meus queridos leitores. Pelo Sarcófago temos gente que volta e meia figura nos posts, como o Leo, a Tati ou a Inez. E pelos fã-clubes é uma leva maior ainda, como a Eliane, o Julio, a Isabel e o Chico. Mas será que todos estarão aqui comigo daqui a um ano? E será que daqui a um ano eu ainda estarei presente? É esperar pra ver. Mas não sou eu quem vai nutrir esperanças de seja eterno.

Acho que uma das únicas esperanças para amizades assim é quando as pessoas moram perto umas das outras e então há a possibilidade de encontros reais, que são o que realmente vale a pena.

Pra quem me conheceu na internet e me vê como um amigo, minhas palavras podem soar duras, cruéis, insensíveis. Mas estou sendo sincero. Adoro conversar com todos, mas sei que tudo pode acabar de uma hora pra outra. Basta trocar de endereço, fechar o blog, e nunca mais nos vemos.

Ou basta apenas ignorar. Apagar um email é muito mais simples e cômodo do que virar a cara para alguém na rua. A culpa pode ser do servidor, do provedor, o programa de email, do maldito windows! E nem precisamos dar desculpas.

Infelizmente é assim: amizades que nascem e crescem apenas na internet estão fadadas a se acabarem rápido.

Aventura em Grupo - Parte III

Antes de mais nada, Tati, isso é uma história imaginária, portanto, punks podem ir ao McDonalds! :o) Mas bom, por decisão unânime, vamos bater um papo com o sujeito na rua.

Você cria coragem e dá uma boa olhada no sujeito. Sua brancura e cara de louco deixam-no um bocado parecido com o Coringa. Você pergunta quem é ele e o que quer.

- Calma, irmãozinho - ele gargalha. - Eu só queria avisar que você está brincando do meu lado do quarto. Você conhece as regras. Eu sou mais velho, e posso bater em você.

Andrea puxa uma nota da bolsa e joga para ele. Pede a você para fechar o vidro, pois o homem deve ser louco. Você segue o conselho, mas de nada adianta - o mendigo pressiona o rosto contra o vidro, fazendo caretas e mostrando a língua horrivelmente escorada. Mesmo sendo um vampiro, o homem é insano e não diz coisa com coisa. Não poderá ajudá-lo a descobrir muita coisa. Você ainda pensa em como livrar-se dele quando nota que Andrea saiu do carro - e está ao lado do lunático! Aproxima um objeto cilíndrico de seus olhos; quando faz isso, o vampiro cobre o rosto e grita de dor. Sua namorada volta para dentro do carro e exibe a lata de tinta srpay, uma das várias que usa para fazer "grafites".

- Muito eficaz contra caras inoportunos - ela diz, beijando-o logo em seguida.

Você ri sem muito entusiasmo, pois sabe quão próxima da morte ela esteve. Coloca o carro em movimento, deixa para trás o vampiro demente e ruma para o McDonalds. Vocês chegam sem maiores problemas. Estacionam o carro, entram e procuram Thomas e James - que acenam de uma mesa lá adiante.

- Então, o que você quer? - você pergunta a Andrea, diante do caixa. A resposta dela é um longo beijo em seu pescoço.

- Além disso, eu quis dizer - você ri.

Ela pede um hambúrguer, fritas e refrigerante diet antes de ir para a mesa. Com a bandeja plástica nas mãos, você logo se reúne a eles. Todos se espantam, pois você não pediu nada para si próprio.

- Hã... regime - você explica. - Comida de lanchonete está proibida.

Andrea acha uma grande tolice, pois você parece magro como nunca, e enfia um punhado de fritas em sua boca. Sem opção, você engole. Dói como o diabo, tendo em vista que seu aparelho digestivo não funciona mais! Você finge que engasgou, corre para o banheiro e vomita tudo no vaso.

Quando você volta, Andrea pede desculpas pela brincadeira. Ela sugere uma ótima maneira de se redimir: vocês se despedem de Thomas e James, vão para a casa dela e fazem amor (sim, vampiros ainda podem fazer isso). Antes que o amanhecer chegue perto demais, você esgueira-se para fora dos lençóis, aplica um beijo de despedida na adormecida Andrea, vai para casa e enfia-se no caixão até a noite seguinte.

O dia passa. O sol e seus raios mortais mergulham no oeste. Você desperta tomado pela sede de sangue, pois não alimentou-se na noite anterior. Deve sair para caçar. E lá vai você, como o grande caçador branco, perseguindo sua presa na selva de pedra.

Você ruma para um dos bairros mais sujos e pobres da cidade, onde costuma alimentar-se de criminosos e marginais. Prefere esse tipo de presa por dois motivos: suas mortes não chamam tanto a atenção, e sua consciência deixa-o em relativa paz - pois está livrando o mundo de pessoas que tornam a vida miserável. Você fareja assaltantes, prostitutas e vendedores de drogas, disposto a saciar sua sede com eles.

Depois de algum tempo perambulando por vielas escuras e sujas, não demora até que você seja abordado por um ébrio; armado com uma faca, ele tenta arrancar de você algum dinheiro. Sua resposta é um movimento mais veloz que a vista, terminando com suas presas cravadas na carótida do marginal. O sangue dele tem gosto de álcool, e talvez vá causar um pouco de tontura - mas você está tão sedento que não se incomoda. Suga cada gota, deixando o homem seco como uma uva passa.

O gosto de sangue é quente e inebriante. Faz você sentir-se vivo, ardente, glorioso. Você olha em volta, querendo mais.

Decisão da vez: encerrar a caçada ou continuar na noite? Respostas nos comentários e continuação na quinta.

Jornalecos

Nóssinhora! Esta semana tivemos um recorde es-pe-ta-cu-lar! Tive a oportunidade de ler os dois jornalecos, e sem mais delongas vamos ver as contagens da semana. O jornaleco grande se saiu assim:

14 erros de há/a/à/às
12 erros de escrita
06 erros de concordância
03 erros de acentuação

Dá um total de 35 erros, que dividindo entre as 9 páginas, resulta numa média de 3,9 erros por página. É uma grande queda em relação aos últimos tempos. Novamente vale o elogio a alguns de seus colunistas, que escrevem muito bem. Mas os erros nos anúncios permanecem. "Relachamento" ainda está lá estampado.

Já o jornaleco pequeno, esse sim, superou tudo o que eu imaginava possível. Bateu de longe o número de erros de acentuação: a quantidade de palavras sem acento foi estonteante. O que parece é que eles confiam demais no corretor do Word. A maioria das palavras que estavam sem acento realmente existem, mas não eram para ser usadas naquele lugar. São erros tipo "esta/está", "anuncio/anúncio" e "distancia/distância". Bem, vejam a contagem:

34 erros de acentuação
16 erros de escrita
08 erros de concordância
05 erros de há/a/à/às

São números impressionantes: 63 erros em apenas 8 páginas, numa média de 7,8 erros por página. Um humilhante e vergonhoso recorde negativo. Ficou por conta do jornaleco pequeno a pérola da semana. A frase foi esta: "É lamentável que dá onde deveriam dar o exemplo, simplesmente ignoram". "Dá onde" foi horrível.

Sobre a mensagem que enviei a eles há duas semanas, até agora não obtive resposta. Hoje estou enviando de novo o post do Sarcófago para ambos. E insistirei até obter um retorno.

Atualização no The Rocket Man

Pra quem chega aqui procurando por coisas sobre meu outro site, cá estão boas notícias: entraram no ar páginas com as traduções do livreto que acompanha o cd Here and There, tanto o simples quanto o duplo. Tem também uma atualização da página principal e da biografia. Por fim, uma nova página para entrar em contato direto comigo.

Aventura em Grupo - Parte II

De acordo com o pessoal, a escolha foi sair com a galera. Vamos à história.

Você preocupa-se com alguma coisa que possa denunciar a seus amigos sua situação cadavérica, mas... ora, são seus amigos! E Andrea é sua namorada há muito tempo. Mesmo dispondo de uma eternidade pela frente, você sabe que nunca encontrará outra garota como ela.

Vendo uma resposta afirmativa em seu rosto, Andrea aplica um beijo e puxa-o pelo braço até o carro - um velho Mustang azul. Combinam com James e Thomas um lanche noturno no McDonald's. Enquanto você liga o carro e manobra, Andrea coloca no toca-fitas um rock dos anos 70.

Tudo vai bem até que, no primeiro sinal vermelho, um mendigo maltrapilho começa a limpar o pára-brisa do seu carro. Aterrorizado, você nota que a pele dele é muito pálida... como a sua!

- Boa noite, criança - ele sorri, desdenhoso. - Como vai sua vida... nova?

Um vampiro!! Um vampiro!!!

Decisão da vez: ficar e falar com o sujeito ou pisar fundo e sumir dali? Respostas nos comentários e continuação na segunda-feira.

Desafio

Será que alguém aí sabe de que livro saiu este versinho idiota?

Encontrei uma jibóia
Com o braço na tipóia,
Explicando que o acidente
Era culpa da serpente.
Mas a cobra, que não mente,
Conta história diferente:
"A jibóia é uma boboca,
Tropeçou numa minhoca".

Aventura em Grupo

Bom, lá vamos nós então para uma nova aventura. Desta vez, uma história de vampiros. Sem muito rolo, vamos direto a ela.

Uma breve introdução:

Jeffrey Jones Adams é o jovem guitarrista, vocal e líder de uma banda de punk rock em ascensão. Sua vida era tão normal quanto possível, até aquela noite em que seu camarim foi invadido por aquele sujeito de rosto pálido e de capa preta: Jeffrey julgou ser apenas mais um fã excêntrico - pelo menos até que ele enterrou caninos afiados em seu pescoço, sorvendo seu sangue e sua vida. Para devolvê-la depois, totalmente diferente.

Depois de enfrentar os horrores da morte em vida, o tormento da sede de sangue e o temor pela luz de sol, Jeffrey terminou entendendo que havia se tornado um vampiro. Pouco depois dessa compreensão, recebeu a visita de seu criador, o tal "fã excêntrico". Ele contou-lhe alguma coisa sobre as leis que regem o mundo da escuridão, a existência de outros de sua espécie, e a cautela que deveria ter em relação a eles. Desapareceu logo em seguida, deixando apenas a promessa de que falaria mais algum dia.

Jeffrey tem uma namorada, que se chama Andrea, e um grupo de amigos chegados que compõem sua banda - The Lords of Insanity. Thomas (bateria), James (baixo) e Andrea (guitarra e back vocal) são humanos, nada sabendo sobre sua nova natureza. É melhor para todo mundo que continue assim, mas... até onde ele será capaz de levar uma vida normal?

O começo:

Já é alta madrugada quando vocês saem no palco. A danceteria estava cheia, o público exigiu bis duas vezes - e foram atendidos. Foi uma grande noite. Você, James e Thomas guardam os instrumentos quando Andrea enovela seu pescoço e comenta:

- Você parece meio nervoso. O que há? Parece que você viu um fantasma.

Você realmente havia visto "fantasmas". Com seus pobres sentidos mortais, o restante da banda não havia notado - mas você viu dois rostos muito brancos no meio da multidão, com evidentes olhares interessados. Gente como você, talvez. Desde que tornou-se um deles, você tem notado esses "espíritos" rondando: parecem-lhe sempre um tanto medonhos, inumanos.

Você devolve um olhar afetuoso para Andrea, enxuga o suor da testa e diz que está apenas cansado. Thomas aparece com sua costumeira expressão de malícia, divide o dinheiro da apresentação e pergunta se alguém está a fim de comer algo. Todos respondem que sim, exceto você - uma reação que provoca surpresa: nenhum de vocês come nada há horas.

A decisão:

Sair com a turma da banda ou ficar sozinho.

Respostas nos comentários e continuação na quinta.

Variedades Variadas

Antes de mais nada, hoje não tivemos o costumeiro post "Jornalecos" porque não consegui nenhum dos dois. Mas pelo menos posso deixar avisado que nenhum deles respondeu a mensagem que enviei na semana passada.

Assisti agora há pouco no Fantástico uma reportagem sobre pais que rastreiam os filhos, através do celular ou até mesmo via satélite, com localizadores instalados nos carros. Mesmo quando o assunto é cuidar dos filhos, acho isso uma puta invasão de privacidade. Acabei fazendo um leve exercício de futurologia. Aposto que daqui a algum tempo os pais mais paranóicos terão a possibilidade de implantar um chip em seus filhos logo nos seu primeiros anos de vida. Assim, os filhos nunca saberão que têm este rastreador em seus corpos e poderão ser vigiados em regime 24/7. É nessas horas que odeio tecnologia.

Preciso da ajuda de alguém que fale francês. Quem se habilita?

Amanhã começa a nova aventura em grupo. E, atendendo a pedidos, vamos ter capítulos nas segundas e nas quintas. Satisfeitos?

Ao pessoal que chega aqui vindo do The Rocket Man, aguardem umas novidades para essa semana. Estou terminando a tradução do livreto de mais dois discos: Here and There e Goodbye Yellow Brick Road.

O Zack colocou lá no blog dele uma versão muito legal da música Time After Time para download. Visitem!

Finalmente, vem aí:
- Amizades Virtuais são Passageiras
- Eu te amo, Brasil
- Conversa de Avô e Neto
- Verdade, Beleza, Liberdade e Amor
- Mário by Elton John

Participação Especial

Eu não conheço o Roberto muito bem, trocamos só uns poucos emails e nunca nos vimos pessoalmente, mas ele é colega do meu primo. E se meu primo diz que é gente boa, então é porque não vale nada. Mas bem, brincadeiras à parte, o Roberto é visitante assíduo do Sarcófago (e gente boa mesmo) e pediu para que eu publicasse um texto dele por aqui. Portanto, com vocês... "Do Começo ao Fim":

O sol já brilhava quando os dois acordaram no mesmo quarto de hotel em que haviam passado a primeira lua-de-mel quinze anos antes.
Essa já era a terceira tentativa de salvar o casamento mas não estava dando certo.
Apesar da vista maravilhosa, o clima ideal para os casais fazerem amor e se curtirem o dia inteiro no aconchego do quarto, ambos tomaram banho e desceram para o restaurante do hotel para tomar o café da manhã.
Quando se conheceram no começo dos anos oitenta, eles eram muito jovens, a vida parecia um sonho e o mundo um desafio a ser conquistado.
Havia uma certa distância no modo de vida dos dois e, visto de fora, aquela relação não tinha nada para dar certo, mas os dois logo se apaixonaram e fizeram juras de amor eterno.
Um era inseguro, o outro achava que tinha toda a segurança do mundo.
Ambos ingênuos.
Tudo era uma maravilha quando estavam só os dois, mas se precisavam se relacionar com o mundo, as diferenças logo apareciam.
Os ciúmes, as brigas, os desentendimentos.
Idas e vindas, sexo gostoso, às vezes animal, o cheiro um do outro fazendo ambos enlouquecerem de tesão, capazes de loucuras para acabar com a urgência do sexo.
Eles foram crescendo e achavam que o que sentiam um pelo outro era amor, mas de certa forma era um tipo de possessividade que não deixava que se separassem de uma vez por todas sem que um procurasse o outro quando se sentisse sozinho.
Os anos se passaram e finalmente, quando todos achavam que seria o fim, se casaram depois de uma temporada longe do mundo conhecido dos dois.
Este foi o período mais quente e apaixonado.
No começo do casamento ainda conservavam o calor do começo de namoro, talvez devido ao período de ¿exílio¿.
O único filho nasceu no começo do segundo ano de casados, o que os uniu mais ainda.
Mas não por muito tempo.
O mundo que os cercava era cruel e eles ainda muito jovens para entendê-lo.
Ambos ingênuos, se deixaram levar pelo resto do mundo.
Mais ciúmes, brigas, desentendimentos.
Ambos não queriam que aquilo terminasse desse jeito e se refugiaram no hotel da primeira lua-de-mel.
Se entenderam, mas uma ferida ficou aberta, ainda por cicatrizar.
O sexo já não era mais tão freqüente e a relação foi esfriando.
O cheiro dos corpos um do outro já não dava mais aquele tesão.
O que ainda os unia era o filho que crescia a cada dia e ficando mais ligado aos dois, mas mesmo assim era difícil viver com uma pessoa que não está lá quando se precisa.
Mas o mundo ainda estava lá e a insegurança e ingenuidade de um e o excesso de segurança e ingenuidade do outro, trouxeram mais ciúmes, brigas, desentendimentos, traições.
O clima pesado.
Já não se dirigiam a palavra para dizer bom dia...
Depois de anos vivendo dessa maneira, fizeram a terceira tentativa de reconciliação.
Mas já não se suportavam mais.
O refúgio do começo dos tempos parecia mais uma extensão de sua casa.
E quando chegaram na noite anterior foram direto para a cama e dormiram de costas um para o outro.
A noite não foi de amor selvagem... Sem ¿bom dia¿ pela manhã...
Definitivamente era o fim.