EJC - Encontro de Jovens com Cristo

Ano passado, mais ou menos nesta época, meus amigos, colegas e conhecidos da igreja católica ficaram me rondando tal qual urubus sobre vaca quase morta querendo que eu participasse do EJC que realizar-se-ia em poucos meses. Não me inscrevi por três motivos.

O primeiro é a aura de mistério que ronda o EJC. Todos dizem que é bom, que é lindo, que é emocionante, mas existe uma regra... ou seria um pacto? Ou seria uma ameaça de agressão? Ou seria uma lavagem cerebral? Enfim, o lance é que quem participa não pode contar o que acontece.

Aí vinham as pessoas e diziam que "pô, Mário, cê tem que fazer o EJC" mas quando eu perguntava o que era, vinham os papos de que "ah, isso você só vai saber na hora". Puts, nem uma dica, nada! Isso me deixava agoniado, e eu rejeitava a idéia.

O segundo motivo é que eu ainda não concordo com muita coisa que rola dentro da igreja católica, e ficava achando que isso poderia me trazer problemas durante o Encontro, já que alguém poderia tentar me educar a aceitar certas coisas da igreja e eu com certeza iria dizer que não, que aquilo era errado. Ó o constrangimento.

Por fim, eu ainda não tinha me convertido. Estava caminhando pra isso mas ainda não tinha chegado lá. Devido às dúvidas, eu estava, então, querendo adiar o encontro com Jesus.

Mas o tempo passou. O prazo de inscrições terminou, o povo ficou meio assim-assim comigo mas relaxou quando eu falei que participaria do próximo. E neste domingo vou fazer a inscrição para o EJC. Mas não porque tinha prometido nada a ninguém. Faço o EJC agora porque os três motivos já não jogam mais contra.

Pro mistério eu estou cagando e andando. Pensei bastante neste um ano que se passou e vi que, prum cara que adora armar surpresas pros outros, sofrer algumas até que é bom pro aprendizado.

Ainda existem discordâncias sobre o que acontece na igreja, mas hoje eu já me sinto mais "maduro", religiosamente falando, para ter jogo de cintura em relação a estas coisas.

Por fim, hoje já sou um cristão convertido e qualquer encontro com o meu senhor Jesus é bem vindo.

Só acho que não vou poder contar nada pra vocês depois.

Alguém quer fazer comigo?

Planejamento de Informática

Segue abaixo a minha PR2 de Planejamento de Informática. Espero que ajude quem vai fazer a segunda chamada e a prova final.

1 - Dentre os estilos de gerência da informação, qual deles você adotaria na sua empresa e porque?

Eu adotaria o estilo monárquico, mas com pitadas de federalismo. Digo isso pois, com certeza, em seus primeiros anos minha empresa seria uma micro, e a pessoa que iria definir os meios de gerir a informação seria eu mesmo, daí a monarquia. Em contrapartida, como sei que não sou dono da verdade, eu estaria sempre aberto e atento às sugestões e críticas daqueles que estivessem ao meu redor, disposto a mudar as coisas para melhor, daí o federalismo.


2) a) Descreva o modelo de Porter (lembre-se das forças e dos conceitos de vantagem competitiva)

O modelo de Porter é uma técnica de análise administrativa que visa identificar, ou facilitar a identificação, dos possíveis focos de problemas e oportunidades no universo que cerca a empresa. Através dele são analisados cinco aspectos:

Clientes: analisa os clientes atuais e o mercado consumidor.
Fornecedores: analisa os fornecedores atuais e os possíveis futuros.
Concorrentes: analisa o mercado e os concorrentes.
Novos entrantes: analisa novas empresas que podem vir a se tornar concorrentes.
Substitutos: analisa outros produtos e serviços que podem levar à obsolescência do seu próprio.


2) b) Faça uma análise das operadoras de telefonia usando como base este modelo.

Clientes: mais fácil de perder clientela do que telefonia só mesmo visitantes de websites. Devido à grande quantidade de promoções e pacotes oferecidos no mercado, as empresas de telefonia têm que se empenhar ao máximo na busca de informações sobre os desejos e opiniões dos clientes, pois se não o fizerem, correm o risco de ver uma enxurrada de clientes debandar para a outra operadora.

Fornecedores: com a crescente expansão no número de fábricas de equipamentos, e a sua transferência para países com mão-de-obra barata, as operadoras devem estar atentas ao nível de qualidade dos aparelhos que vendem.

Concorrentes: devido à abertura do mercado de telefonia no Brasil, muitas empresas se instalaram no país e lutam ferozmente a cada dia pela superioridade em relação à concorrência. Sem um acompanhamento dos passos e movimentos de seus concorrentes fica difícil para uma empresa abocanhar uma fatia grande do mercado.

Novos entrantes: li certa vez que existem localidades do interior do país nas quais as grandes empresas de telefonia não chegaram por pura falta de interesse. Nesses lugares surgiram, então, pequenas e micro empresas que compraram as licenças de exploração de banda e prestam serviços apenas a estas localidades. Isso pode gerar dificuldades de expansão no futuro.

Substitutos: o VOIP já é uma realidade e é preciso que as empresas de telefonia estejam atentas para não entrarem em desuso.


2) c) Agora pense e disserte sobre como a decomposição do modelo de forças em mais níveis poderia auxiliar a análise de forças para uma indústria na área de plásticos que fornece para indústrias que produzem garrafas pet.

A análise de modelo de Porter em níveis visa a descoberta de "cadeias de influência" no ambiente que cerca a empresa, pois, às vezes "algo" não influencia a empresa diretamente, mas influencia uma outra coisa, que esta sim exerce forte influência sobre ela.

Por isso é importante não apenas observar o que nos cerca, mas também observar o que cerca o que nos cerca, ou até mais longe.

A indústria de plásticos que vende para produtores de garrafa pet é um bom exemplo disso. Se ela não prestar atenção em como se comporta o mercado consumidor de refrigerantes (que é cliente do cliente do seu cliente - 3 níveis), pode não ver que os bebedores de refrigerante reclamaram que as garrafas pet da Coca-Cola sujam muito a natureza, que daí a Coca Cola passou a usar garrafas de vidro, deixando de comprar as garrafas pet produzidas pela Tetra Pak, que por sua vez, graças a isso, fechou, e era ela a grande compradora de plástico da indústria de plásticos, levando esta última à bancarrota.

Indo até um pouco mais além, poderíamos dizer até que a indústria de plásticos que vende para produtores de garrafas pet deveria prestar atenção nas indústrias recicladoras de garrafas pet.

3) Como os conceitos de MTBF e MTTR podem ser usados pela área de Gerência de Informática? Quais ações podem ser efetuadas a partir da posse desses dados?

Estes dois conceitos podem ser usados pela área de Gerência de Informática para verificar, respectivamente, a qualidade do seu setor de produção de software (ou a qualidade dos produtos de software adquiridos) e a qualidade do seu setor de assistência técnica (ou a qualidade da assistência de seus fornecedores)

Em relação ao MTBF é possível: a) decidir pela troca ou capacitação da equipe de desenvolvimento, em caso de níveis baixos; b) negociar a queda dos preços pagos pelos sistemas, em caso de níveis médios de tempo entre falhas.

Já em relação ao MTTR é possível: a) optar pela troca de fornecedor ou a melhor capacitação da equipe interna de assistência, em caso de níveis altos; b) barganhar a diminuição dos preços pagos pela assistência, em níveis médios de tempo para a solução dos problemas.

O Hino Nacional Brasileiro - Interpretando a Letra

Nesta época de Copa do Mundo muita gente corre atrás de lembrar como é a letra do nosso Hino Nacional para poder fazer bonito quando a seleção entra em campo, para logo depois do último jogo ser novamente esquecido.

Além disso, muito pouca gente presta atenção no que a letra diz, deixando de perceber a beleza desta poesia que é o nosso Hino. Na minha opinião, é a música que tem uma das letras mais bonitas que já ouvi. Grande parte da má-interpretação (ou pouca-interpretação) que fazem é devido seus versos serem truncados, e não estarem escritos numa linguagem com a que estamos acostumados.

Então, numa tentativa de compartilhar com vocês como é que eu entendo o nosso Hino, segue aqui a sua letra reescrita. Se foi assim que o Duque Estrada pensou, eu não sei, mas pra mim é lindo.

Mas antes, um link: para aqueles que querem praticar um pouco para antes dos jogos da seleção, no site do Exército Brasileiro tem a letra e o MP3 para baixar.

E, então, agora sim, a minha interpretação da letra do hino nacional:

As margens plácidas do Rio Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. E, nesse instante, em raios resplandecentes, brilhou no céu da Pátria o sol da liberdade.

Se conseguimos conquistar com braço forte a segurança desta igualdade, ó liberdade, em seu coração a própria morte desafia o nosso peito.

Ó Pátria amada, que é idolatrada, salve! Salve!

Brasil, se a imagem do Cruzeiro resplandece em teu céu formoso, risonho e límpido, um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança desce à terra.

Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, gigante destemido, e essa grandeza é espelhada em seu futuro. Brasil, entre outras mil, tu és terra adorada, ó Pátria amada! És mãe gentil dos filhos deste solo. Pátria amada, Brasil.

Brasil, jóia da América, você se sobressai iluminado ao sol do Novo Mundo, deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo.

Teus campos lindos e risonhos têm mais flores do que a terra mais bajulada.
Nossos bosques têm mais vida, e nossa vida, em você, tem mais amores.

Ó Pátria amada, que é idolatrada, salve! Salve!

Brasil, que a sua bandeira estrelada seja símbolo de amor eterno.
E que o verde-louro desta bandeira diga:
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas se a clava forte da justiça se erguer, verás que um filho teu não foge da luta, nem teme quem adoraria ver a sua morte.

Brasil, entre outras mil, tu és terra adorada, ó Pátria amada! És mãe gentil dos filhos deste solo. Pátria amada, Brasil!

Maravilhosas Invenções Lusitanas

Em Portugal inventaram o primeiro cinema para cegos do mundo: os filmes são legendados em braile.

Perguntinha básica...

Gente, eu não lembro direito, mas... eu avisei que o texto "Assalto no Cartório" era só uma crônica?

A Matadora

Eu sempre soube que ele tinha uma queda por mim, você não vai entender, isso é coisa de mulher. A gente tem disso. Sexto sentido. Homem não tem. Mas bem, eu sabia, eu podia ver isso nos olhos dele. Ou você acha que eu nunca reparei em como ele olhava para minha boca com aquele jeito de quem está a ponto de roubar um beijo?

Mas mesmo sabendo eu não instigava ele, afinal o cara era casado, vivia falando na esposa e no filhinho. Vê lá se eu ia querer aprontar com o casamento de alguém?

Só que aí veio aquela viagem da empresa para um encontro em outra cidade, e nós sentamos juntos no ônibus. Ele sacou um diskman da bolsa e antes que pudesse pôr o fone no ouvido eu brinquei:

- Vê se não ronca, hein?
- Cê já dormiu comigo pra saber se eu ronco?
- Não, mas isso por acaso é um convite?

Sem querer, eu dei o primeiro golpe na fidelidade dele. Nossa, eu senti o homem balançar do meu lado. Ele tentou desconversar mas já era tarde demais. E ali mesmo eu resolvi que iria esquecer que ele era casado.

Era julho, fazia frio, chegamos ao hotel no fim da tarde. Fomos todos para nossos quartos e tínhamos então a noite de folga. Encontramo-nos no saguão e sem pensar duas vezes desferi o segundo - e fatal - golpe: convidei-o para tomar um vinho. Eu sabia que ele gostava de vinhos e nunca iria recusar. E não recusou.

Três taças depois eu já estava em seus braços.

Pois é, foi assim que eu matei um casamento.

Assalto no Cartório

Aos que escreveram para perguntar o que houve lá no meu serviço, segue um relato saído direto do olho da tempestade:

Já era mais de cinco horas da tarde, hora do cartório fechar, quando ele entrou, botou uns documentos em cima do balcão, pediu para reconhecer as firmas e perguntou se tinha algum banheiro ali.

Meu colega de balcão, sempre solícito, mostrou o caminho. Nesta hora eu estava ali perto do banheiro e até respondi ao seu 'boa tarde'. Um ou dois minutos depois ele saiu de lá já com a arma em punho.

- Assalto, meu cumpadi, assalto!

Ao mesmo tempo, mais dois entraram pela porta da frente.

Com calma e frieza disseram que não queriam nada conosco, apenas o dinheiro dia. Por sorte, neste dia tinha dado movimento e as gavetas estavam recheadas. Enquanto o cofre era aberto a polícia chegou.

Não tenho dúvidas de que a polícia foi avisada por alguém que deve ter visto a movimentação pelo vidro fumê. Afinal, já estava escurecendo e nestas horas dá pra ver de fora pra dentro, ao contrário do que acontece de dia. Enfim, alguém viu e ligou.

Foi aí que começou o tendepá. Nada me tira da cabeça que, se não fosse a polícia, eles pegariam o dinheiro e sairiam com tranqüilidade, mas as sirenes jogaram ainda mais adrenalina nas veias de um deles, que perdeu o controle e sem pestanejar atirou em direção aos policiais, que revidaram prontamente.

Por um extremo azar, uma das balas varou a divisória e encontrou a minha perna direita. Daí pra frente só sei o que me contaram.

Depois desses tiros houve um cessar fogo. Os dois bandidos que estavam na parte da frente foram baleados e caíram sem ação. O que estava lá atrás não ofereceu resistência e se entregou rápido.

Em minutos a ambulância chegou e levou a mim e os bandidos para o pronto socorro. Um deles, bem feito, nem chegou lá vivo. O outro ainda está internado. E eu já estou em casa, de molho por duas semanas.