Minimalismo

Recentemente redescobri uma filosofia de vida chamada minimalismo. A ideia central é a de que é melhor reduzir as coisas ao mínimo essencial do que ter uma infinidade de coisas que podem em algum momento vir talvez a ser úteis. O "movimento" minimalista se manifesta nas artes plásticas, na música, nas decorações, e, no ponto que interessa aqui, no dia a dia das pessoas.

Quem vive seguindo as ideias dessa filosofia acredita que menos é mais. Acredita que ter não é sinônimo de ser feliz. Acredita que é possível fazer e ser mais com menos. Acredita que é melhor ter experiências do que ter posses.

Uma ideia irmã do minimalismo na vida das pessoas é o desentulhamento, ou seja, a redução de posses. Não é uma questão de adotar uma vida monástica, dar tudo aos pobres e viver de esmola, mas sim de reduzir o fardo do excesso.

Tem gente que é mais radical e decide ter apenas 100 itens. Tem gente que só quer diminuir a bagunça e decide dar as coisas que praticamente não usa. E há um mundo entre estes dois extremos. O que não faltam por aí são blogs que falam do assunto, de gente contando de suas experiências sobre o assunto.

O primeiro alvo nas minhas experiências de minimalismo foi a minha mesa no trabalho. A caneca passou a ser guardada dentro da gaveta. O porta canetas foi para quem queria um, assim como as canetas, clips e toda a tranqueira que havia ali. A única caneta agora fica na gaveta. O calendário, que sobreviveu porque arranjei um bom onde dá pra escrever bastante e uso como agenda, fica escondido debaixo do teclado. Só sobrou a foto da esposa, mas que só está ali porque a empresa não permite mudar o papel de parede de computador.

Depois resolvi diminuir os livros e discos. Já vendi um monte de livros pelo Mercado Livre, alguns que comprei e nunca li e outros que já tinha lido e que estavam ali apenas por segurança. "Vai que precisa, né?" Já os discos vão ser eliminados aos poucos. Como não consigo ficar sem comprar um disco de vez em quando, decidi que vou descartar dois para cada um que comprar, seja vendendo para um sebo seja doando para quem curta. Não quero juntar poeira!

A última vítima foi o blog. Reduzi o número coisas visíveis, o número de posts na página inicial, deixei o visual mais limpo e leve. E ainda vou eliminar mais, se deixar.

Se quiser saber mais sobre o assunto, dê uma lida neste ótimo artigo e depois passeie pelos artigos dos seguintes sites: Vida Minimalista, Becoming Minimalist e The Minimalists.

6 comentários:

Anônimo disse...

Que maneiro, Mário! E sempre curti a filosofia minimalista, mas nunca... Nunca consegui por em prática! Achei que depois de minimalizar forçosamente por causa da inundação de 2011, eu iria conseguir viver uma vida minimalista, mas nada feito!

Cada dia mais tem mais coisa, e até a mesa fica mais lotada... Se você conseguir uma fórmula realmente eficaz, ensina pra gente!

Um abração forte, meu amigo!
Douglas

Mário Marinato disse...

Fala, Doug!

Cara, realmente não é fácil, mas é uma questão de fazer um pouco a cada dia.

Acho que as duas principais coisas são o exercício do desapego e se impor metas fáceis no início.

Não adianta tentar se livrar de tudo porque vai doer muito e você não consegue. O melhor é começar devagar. Tipo: meu próximo exercício vai ser jogar uma coisa fora por dia, por pelo menos seis meses. Vamos ver se consigo. E vira até artigo pro blog.

A propósito, o que você achou do novo visual do blog?

Um abração, amigo!

Anônimo disse...

Ah... Gostei do novo visual! Minimalista como o site do Google!

Douglas

Anônimo disse...

Eu escrevi sobre o visual ANTES de ler a mensagem... Adivinhei que vc ia perguntar... Ehehehe

Assim que publiquei, vi sua publicação!

Vou acompanhar o andamento do seu novo objetivo... E também seguir os seus conselhos! Eu só de pensar em me desfazer de algumas coisas, batia o aperto no coração...

Então desisti!
Mas nunca é tarde para novas esperanças...

Douglas

Anônimo disse...

Mario, essa filosofia é muito interessante sim. Inclusive há pontos muito similares a outras a que sou + chegado. Porém, também acho-a muito perigosa, por predispor a um raciocínio vicioso em que algum questionamento sugere possibilidades para exclusões as quais uma pessoa não poderia validar por uma experiência somente. Mas vale por algum filtro que alguém possa ter e aproveitar.

Valeu.
Camilo.

Mário Marinato disse...

Camilo, muito obrigado pelo seu comentário. A interação com os leitores deste espaço virtual é de suma importância para a vida do blog.
Amplos amplexos.