Não vejo problema em termos na presidência uma pessoa evangélica.
O que me mete medo é essa pessoa querer adotar regras bíblicas como leis para todo o povo, fazendo do Brasil um país teocrático, não democrático. A não-legalização do casamento homoafetivo e o ensino do criacionismo nas escolas seriam coisas certas. A perseguição de ateus e de seguidores de religiões afro correria o risco de ser institucionalizada. Ou partiríamos para a proibição do consumo de mariscos e de que as mulheres cartem o cabelo.
Dada a força e o fundamentalismo da bancada evangélica, fico com mais medo ainda.
O fato de a maioria da população brasileira ser cristã não serve de argumento a favor disso.
A maioria da população brasileira ser cristã significa apenas que a maioria da população brasileira é cristã.
Leis devem existir para garantir direitos e impedir excessos, não para impor crenças aos que não são da mesma religião.
Se você acha que estou errado, pense no seguinte: assume uma presidenta islâmica e ela quer sancionar uma lei que obriga os alunos a se ajoelharem em direção a meca e fazer orações antes do início das aulas.
Você vai gostar? Não? Pois é.
Um comentário:
Corretíssimo colega. O estado deve ser laico e ponto final.(Ass. Stefan do ML)
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