Aproveitei e trouxe o texto pra cá. Ele está depois do vídeo.
Um filme assim chama a atenção pelo inteiro, pelo que é, não pelos detalhes. Um filme que não explica nada, a não ser aquilo que você quer que ele explique.
Fiz o ENEM querendo fazer turismo. Mas turismo é só integral. Das opções que tinha, o cinema chamou a atenção.
Sempre achei que entendia o cinema errado. Não sabia porque as pessoas achavam ótimos filmes que eu achava horríveis. Me matriculei por causa disso. Me chama a atenção gente que vira tudo de pernas pro ar e descarta as três primeiras impressões.
Me matriculei porque tenho começado a me interessar em editar vídeos sobre natureza. Já fiz um. Achei que seria útil.
E vim. Aí vem esse filme. Chama a atenção porque mostra que não sei por onde ir. É rasteiro porque me dá uma rasteira. Mostra que não sei andar com as proprias pernas. Faz parecer que nem tenho pernas.
Mas a dúvida não é uma parede intransponível. É uma sala escura onde tateio para achar o interruptor.
Escrever algo assim é a razão da minha matrícula. Ser capaz de explicar, de tentar explicar, o que ainda não sei o que é.
Achei uma porcaria, porque estou acostumado com filmes que me dão explicações de mão beijada.
Mas é como os filmes de natureza, que quero fazer. Não é pra explicar. É pra contemplar.
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