Você se dá conta de que as coisas estão indo de mal a pior quando os auto-falantes do cinema já não pedem mais para que as pessoas desliguem os celulares, mas os coloquem em modo silencioso.
Nos últimos meses tenho ido muito ao cinema, teatro e apresentações de música clássica, e a educação do povo (ou a falta dela) está cada vez pior. É gente conversando no celular, andando pra lá e pra cá, falando, ouvindo música sem parar, o tempo todo.
Nem mesmo as apresentações da Orquestra Sinfônica Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ambiente conhecido por ser frequentado por gente centrada e educada, está a salvo deste mal.
Infelizmente, não vejo chances de melhora, pois é como sempre pensei: coisas boas não conseguem influenciar coisas ruins, mas o inverso existe. Basta uma gota de mijo em uma garrafa d'água para que esta se torne imbebível. Mas uma gota d'água em uma garrafa de mijo não deixa nada limpo.
A única solução que me vem à mente é impraticável: resposta rápida, violenta e exemplar: deixou o telefone tocar no meio de uma cena importante no teatro, expulsão sumária da sala e um celular em pedaços.
Mas não dá. É como os direitos humanos: quem anda direito se fode na mão de quem anda errado. E quem anda errado não pode cumprir a pena que merece.
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