A Frase da Semana

Não sei se pra vocês vai soar engraçado, mas na nossa sala lá na faculdade a frase do Douglas rendeu dois minutos de gargalhadas:

Estava nosso professor Bruno falando sobre paralelismo, que é uma técnica de colocar vários computadores para trabalhar em cima de um único problema. Surge então o seguinte diálogo (começando com o Douglas):

- Mas, Bruno, isso dá muito problema, não dá?
- Como assim?
- Pra programar isso. Dá problema, né?
- Cara, sempre dá problema quando a gente programa.
- Verdade.
- Se você faz um programa que manda o computador fazer merda, ele faz.
- E várias coisas fazendo merda ao mesmo tempo, então...

Jornalecos (ou Lixo Impresso)

Eita, cá estamos nós de novo com estas aberrações da minha cidade. Esta semana saiu só o jornal pequeno, mas o número de erros continua o mesmo. Vamos aos números:

12 erros de há/a/à
10 erros de digitação
05 erros de falta/excesso de acento
05 erros de gênero e número
06 erros variados

Média: 4,75 erros por página.

O jornaleco pequeno é pior do que o outro, porque os repórteres simplesmente não sabem escrever. Leiam alguns trechos e tirem suas conclusões:

(...)Ai sim poderíamos comemorar, verdadeiramente festejar, pois os meios ambientes estariam a salvos da más ações da mão do homem, permitindo que nós "Seres Humanos" tenhamos mais saúde e melhor qualidade de vida.(...)

(...)Nelcemir falou que ele vai muito à secretaria de saúde, mas por que é amigo do atual secretário Marco Antonio, desde criança e todos os vereadores aqui sabem disso, jogamos futebol, brincamos carnaval. Quanto a retirada da minha firma o vereador disse não ter lembrança (...)


É gigantesco também o número de vírgulas em lugares errados, faltando ou em excesso. Colocam vírgulas até no meio de nomes de pessoas: "O vereador Samuel, Ribeiro tem solicitado várias obras (...)".

Já vieram me dizer que eu pego pesado, mas pombas, não tenho que ser radical?

Só um PS que tem a ver com o assunto: chegaram ao Sarcófago procurando por "bolça de salário".....

Previsão de futuro do passado

Era início da década de noventa, e lá estavam os Titãs fazendo um exercício de futurologia. Nesta letra, da música Disneylandia, eles dão a melhor explicação do que é a globalização, palavra que, acredito eu, nem existia na época. E engraçado, quando a gente para e analisa a letra, vê que é tudo bem plausível e possível de acontecer, se é que já não acontece. A música não é lá essas coisas, (afinal, quem é que consegue botar uma melodia legal numa letra tresloucada assim?), mas ela merece um lugar na história por seu conteúdo pre-historicamente atual. Confiram:

Filho de imigrantes russos casado na Argentina com uma pintora judia, casou-se pela Segunda vez com uma princesa africana no México. Música hindu contrabandeada por ciganos poloneses faz sucesso no interior da Bolívia. Zebras africanas e cangurus australianos no zoológico de Londres. Múmias egípcias e artefatos incas no museu de Nova York. Lanternas japonesas e chicletes americanos nos bazares coreanos de São Paulo. Imagens de um vulcão nas Filipinas passam na rede de televisão em Moçambique. Armênios naturalizados no Chile procuram familiares na Etiópia. Casas pré-fabricadas canadenses feitas com madeira colombiana. Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-Kong e produzem com matéria prima brasileira para competir no mercado americano. Literatura grega adaptada para crianças chinesas da comunidade européia. Relógios suíços falsificados no Paraguai vendidos por camelôs no bairro mexicano de Los Angeles. Turista francesa fotografada semi-nua com o namorado árabe na baixada fluminense. Filmes italianos dublados em inglês com legendas em espanhol nos cinemas da Turquia. Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné. Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul. Pizza italiana alimenta italianos na Itália. Crianças iraquianas fugidas da guerra não obtém visto no consulado americano do Egito para entrarem na Disneylândia.