Mitos da Faculdade de Análise de Sistemas: Word, Excel e Corel Draw

O que não falta por aí é gente que pensa que numa faculdade de análise de sistemas a gente aprende a mexer em Word, Excel, Corel Draw e afins. As pessoas pensam que a faculdade é um cursinho de informática mais difícil. Tem como ser mais distante da verdade do que isso?

Pois é, mas acontece.

Coisa que encontro com uma freqüência assustadora é gente - muita gente mesmo - que vem falar comigo e manda a pergunta:

- Mário, você que fez faculdade de informática, me diz aí, eu tô com um problema no meu Power Point... a animação de um slide pra outro não tá funcionando, o que pode ser?

Daí, quando eu digo que não sei mexer muito no Power Point (é sério, eu não sei mesmo), as pessoas ficam indignadas, como se minha ignorância fosse pecado:

- Pô, mas você fez faculdade e não sabe isso?

Tenho que perder um bom tempo, então, tentando explicar pro caboclo que dezenove não é vinte, que conversa de malandro não faz curva e que, em faculdade de análise de sistemas, não se estuda Power Point. E, pra piorar a situação, tem gente que sai sem entender.

Outra coisa que aconteceu foi de gente no primeiro período do curso que ficou assustada ao saber que não ia estudar este tipo de coisa. Quando fomos para o laboratório, muita gente pensou que iríamos brincar com Corel Draw ou Photoshop, e tremeram nas bases quando começamos a ver comandos de Linux.

Se você, então, pensa que faculdade de análise de sistemas é pra aprender a usar programas de escritório e de desenho, está na hora de rever seus conceitos.

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Veja outros artigos sobre a profissão e os estudos sobre análise de sistemas.

Retornando

Depois de praticamente um mês sem postar nada, hoje eu começo a voltar. Não sei se vai dar para postar todos os dias, porque como estou chupinhando a conexão de uma rede sem fio desprotegida, que sai do ar de vez em quando, às vezes passos dois ou três dias sem internet.

Além disso, tenho todo o corre-corre da vida nova, os preparativos para o meu casamento, as arrumações do apartamento em Niterói e da casa em Cachoeiras, enfim, uma pá de coisa que atrapalha o meu ritmo de postagens.

Mas espero que tudo corra bem a partir deste mês. Já tenho alguns textos prontos e muita coisa encaminhada.

E, só pra dar uma boa notícia logo de cara, há 98% de chances de rolarem dois shows do Elton John no Brasil em janeiro: um em Sampa e outro no Rio de Janeiro. Acompanhem detalhes sobre o assunto na comunidade orkutiana Elton John Forever.

50 Semanas de Rock - Pink Floyd

Por duas vezes na minha vida eu tentei ouvir Pink Floyd e não consegui. Sempre achei muito chato pra demais da conta, e as 50 Semanas de Rock eram a última chance da banda para eu ver se gostava do som dos caras.

Depois de três discos deles (Dark Side of the Moon, Wish You Were Here e The Wall) minha opinião sobre a banda melhorou bastante: os caras eram realmente bons, muito bons, mas sofriam do grave problema de inventar maluquices.

Nestas suas maluquices eles tinham um pouco do pior de tudo que já encontrei nas 50 semanas até aqui: os sons desconexos e sem sentido de Frank Zappa, o lenga lenga interminável de Focus e o excesso de solos extravagantes do Jethro Tull.

Um exemplo disso é a introdução de Time. Tudo bem que aquele monte de relógio batendo, despertando, fazendo barulho, coisa e tal, tem a ver com a música, mas não deixa de ser chato. Se não fosse por isso, Time seria ainda melhor do que já é.

Mas ao mesmo tempo a banda tem ótimos e espetaculares momentos, como The Great Gig in the Sky, Comfortably Numb, a primeira parte de Shine on You Crazy Diamond e, claro, as clássicas e famosíssimas Wish You Were Here e Another Brick in the Wall.

Outra coisa interessante dos discos deles é que suas músicas são todas interligadas, formando uma obra só, tipo o Sgt Peeper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Este é um recurso interessante, que hoje em dia não se vê mais.

Pois bem, nesta terceira tentativa até consegui gostar de Pink Floyd, mas só recomendo em doses homeopáticas, e muito bem escolhidas.

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