A Quem Interessar Possa

Viemos por meio desta comunicar a todos os visitantes deste humilde cafofo que, por motivo de provas na universidade, o escriba que vos fala não dará o ar de sua graça até o dia 04 de dezembro.

Aproveitamos a oportunidade para pedir sua colaboração em forma de orações e pensamentos positivos para que milagres aconteçam, fazendo com que os resultados das provas sejam os esperados, evitando o drama de ter que fazer provas finais.

Agradecemos desde já pela compreensão e pelo apoio.

A direção.

Paz

Se fosse apenas para nascer, crescer, reproduzir e morrer, não precisaríamos pensar. Bastaria sermos como os animais. Mas pensamos, e por isso nos fazemos perguntas existenciais. De onde viemos? Para onde vamos? O que somos? É preciso acrescentar mais uma pergunta à lista: o que deixamos? É nossa obrigação deixar uma herança para as próximas gerações. As gerações anteriores nos deixaram legados inesquecíveis: arte, ciência, pensamentos e idéias de pessoas que ninguém atualmente teve a chance de conhecer estão ao nosso redor, tornando nossa vida mais simples, mais fácil, mais bela. E o que nossa geração está deixando? Daqui a cento e cinqüenta anos, nenhuma das seis bilhões de almas que percorrem a face da terra estará aqui. Estarão aqui outros bilhões: nossos netos. E qual legado seria mais importante para eles do que a paz? Mas não basta apenas querer a paz. É preciso fazê-la. Ela nasce dentro de nós para o mundo. Logo, precisamos mais do que simplesmente esperar que ela seja nos dada pelo governo ou pela igreja ou por quem quer que seja: precisamos fazê-la crescer e florescer em nós. Passeatas, protestos e discursos inflamados servem como desabafo, mas não levam a lugar nenhum, para consertar o mundo e torná-lo um lugar de paz é preciso agir. Paz é atitude, paz é respeito pelos próximos, paz é vida, paz é amor. Temos que fazer as pazes com a paz. Chega de apenas ver a luz no fim do túnel: é preciso sair do túnel. Basta. Nós queremos paz.

Há Males que Vêm para Ótimo

Pra mim, viajar no ônibus da faculdade significa, na verdade, ter cerca de uma hora para ouvir música. Daí que como sempre venho ouvindo música com uma amiga, comprei um adaptador que permite a ligação de dois fones de ouvido ao mesmo tempo.

Só que esse adaptador estraga o som de alguns poucos cds: ou deixa o som muito baixo, ou deixa os graves fortes demais, ou em raras oportunidades não toca nada, nos causando profundo desespero. Por causa disso, sempre que trago um cd não "avaliado" ficamos com receio de que as coisas não dêem certo.

Então que nesta segunda eu fui à minha prateleira e saquei o Songs From the West Coast (Elton John). Quando começamos a ouvir estava tudo ótimo, mas depois de três ou quatro músicas, o adaptador deu crise.

Pensamos que nossa diversão tinha se acabado, só que então notamos que ele tinha dado uma crise diferente: ao invés de distorcer o som, o adaptador simplesmente cortou o som da voz do Elton John, deixando passar apenas o som dos backing vocals e do instrumental, principalmente o piano.

E foi assim que ouvimos o cd até o fim. Desde que comprei o "Songs..." sempre tive vontade de ouvir as músicas sem a voz principal, para poder prestar mais atenção ao som do piano, e minhas preces foram atendias.

Ouvir o "Songs..." daquele jeito já fez a semana valer a pena. Tomara que o adaptador dê outras crises como essa, porque o fato que tinha tudo para ser péssimo acabou se revelando o momento da semana.