Eu digo que não sou racista, mas, em uma rua escura, quanto mais escura for a pele de quem vem em sentido contrário, maior o meu receio.
Eu digo que não sou homofóbico, mas se pudesse evitar que minha filha nascesse lésbica, evitaria.
Digo que não tenho vários preconceitos, mas pratico vários deles em detalhes do que faço todos os dias.
Tratar bem as pessoas negras ou homossexuais que conheço não é prova de não ter preconceito. A prova é dada quando lidamos com as pessoas que não conhecemos. E é aí que o preconceito aflora com pressão.
Sei que tem gente pior que eu, mas isso não é razão para me sentir limpo dos meus pecados.
Eu também sou culpado. Eu sou parte do problema.
E não quero mais ser!
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