Iron Maiden no Rio de Janeiro

Ouço Iron Maiden desde criança. Ouvir suas músicas faz com que eu me sinta na década de 80, com menos de dez anos de idade. E apesar de ter me afastado de sua música durante um bom tempo, sempre gostei de ouvir seus acordes pesados. Uma das melhores notícias ano passado foi a do seu show no Rio de Janeiro, a acontecer em março de 2011. Ingresso comprado, era só questão de esperar.

Eis então que no dia 27 de março, o grande dia, eu e meus camaradas Kildary e Roberto nos aventuramos em direção à Barra da Tijuca para o show no HSBC Arena. Infelizmente, um dia de pura desorganização jogado fora.

Não por culpa nossa, mas da Arena. Primeiro, as filas quilométricas e lentas. Era fila que não acabava mais. Quando finalmente conseguimos entrar, o show de abertura já tinha acabado. (Bom, pelo menos é o que parece, porque até hoje eu não sei com certeza se o show aconteceu).

Enfim acomodados, era questão de esperar o show, que ainda demorou bastante para começar. E quando finalmente começou, explosão de adrenalina, emoção e... interrupção na primeira música. Logo no início do show a grade de proteção caiu e Bruce parou de cantar.

Insatisfeitos e confusos, esperamos uns 20 minutos até que Bruce voltou ao palco para dizer que o show tinha sido cancelado e transferido para o dia seguinte. Acho que xinguei em três minutos o que xingo em um mês. Tristes, putos e frustrados, voltamos para casa.

Na segunda feira, seguimos de volta para a Barra - no Bonde do Iron, como o próprio motorista do ônibus o chamou - com o medo de não chegarmos a tempo, dado o trânsito caótico e falta de ônibus no Rio de Janeiro. Felizmente, chegamos bem (não rápido, mas bem) e vimos que a Arena fez a lição de casa, e a entrada foi o que deveria ter sido no dia anterior.

E enfim, tivemos o show que merecíamos. Espetacular, recheado de músicas fodásticas, o show foi memorável. Como já falaram por aí, a banda continua com um gás invejável, sem dar o mínimo sinal de cansaço.

Apesar de apresentar algumas músicas que eu não conhecia, saídas de alguns de seus discos mais novos (mas ainda assim boas até o osso), o show em nenhum momento perdeu minha atenção. E como em qualquer show que se preze, sua sequência final, incluindo o bis, foi matadora.

Tudo começou com The Evil that Men Do, que contou com a participação do Eddie passeando pelo palco. Eu só fui descobrir que ele é um robô controlado à distância no dia seguinte. Em seguida foi a vez de Fear of the Dark, onde a banda ficou com a plateia na palma da mão e, finalmente, Iron Maiden, que trouxe a grande surpresa da noite: o Eddie gigante que surgiu por trás do palco. Impressionante, enfim. Seguiu-se o bis, pra terminar de incendiar de vez o lugar: The Number of the Beast, Hallowed Be Thy Name e Running Free. Uma sequência para fã nenhum botar defeito.

Fim de show, rumamos de volta para casa cansados e satisfeitos. Eu, em particular, passaria por tudo novamente. Melhor que isso só se eles voltassem ainda este ano para o Rock in Rio.

A partir de então, era questão de esperar por Ozzy.

Um comentário:

Kildary Klein disse...

Com certeza foi um show memorável, e eu também passaria por tudo novamente para ver denovo. Valeu muito a pena!!!