Assim como fiz em 2010 e 2014, fiz uma lista das coisas que eu gostaria que os políticos eleitos no próximo domingo fizessem (ou não).
Relendo as listas anteriores, duas coisas chamaram minha atenção. Primeiro a repetição de diversos temas (tanto que copiei e colei alguns trechos), uma mostra do quanto nossa classe política é lenta e tem má vontade em resolver certos assuntos. Depois um tom cada vez mais sereno, com um pensamento menos a ferro e fogo, fruto do amadurecimento. E não posso deixar de chamar a atenção para a mudança de pensamento em relação aos direitos humanos, da qual muito me orgulho e pela qual agradeço eternamente à Lola.
A princípio, com o ambiente agressivo e virulento que estamos vivendo nos últimos meses, já vai estar bom demais se não rolar uma guerra civil nem que seja eleito um candidato truculento que não censura o comportamento violento de seus adoradores.
Mas é preciso ter esperança. É duro, mas é preciso. Segue a lista.
Políticas agressivas de proteção ambiental e geração de energia renovável, com muitos investimentos nesta área. A hora de começar a cuidar do que fazemos com nossa casa já passou há muito tempo.
Reforma política que inclua a redução de privilégios, redução do número de deputados, fim de reeleição, mudança no sistema de votação, uma transparência real na forma de dados claros pro público leigo, fim de votações secretas.
Redução do número de projetos de lei com motivações religiosas, normalmente escondidos sob a bandeira da liberdade de expressão.
Celeridade na tramitação de projetos. Acompanho alguns projetos pelo site da Câmara dos deputados que estão parados há anos.
Celeridade na execução de obras públicas.
Reativação e implantação de novas ferrovias.
Desburocratização de processos públicos, que só servem para facilitar a ação de pessoas corruptas.
Garantia definitiva dos direitos civis a toda a comunidade LGBT, sem depender de resoluções e coisas afins.
Agilização do processo penal e melhoria das condições das prisões no Brasil. O tratamento desumano só piora a situação. Na esteira disso, a não-aprovação da redução da maioridade penal e a não-liberação do porte de armas.
Mais rigidez contra o funcionalismo público de baixa qualidade. É um absurdo a quantidade de funcionários que trabalham mal e com má vontade, e que não sofrem penalidades por isso. Ok para a estabilidade, mas não poder ser demitido por contra de trabalho mal prestado é algo que tem que mudar.
Legalização da maconha, porque não faz sentido proibir. Porque é um crime ter um pé de uma planta no quintal de casa?
Legalização do aborto até uma determinada fase da gravidez, além dos casos já previstos em lei, e implantação de políticas públicas para que as mulheres não precisem recorrer a clínicas clandestinas para isso. Há que se discutir até que ponto da gravidez seria permitido, mas do jeito que está não é suficiente.
Políticas de transporte público para diminuir carros nas ruas e incentivar transportes alternativos.
Aulas em turno integral, porque é preciso fazer escolas diferentes. O aluno entra na escola às sete e sai às seis. Esportes, artes e vida prática no currículo. E também aulas sobre como o Brasil é organizado politicamente.
E vocês, o que esperam?
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