Há mais de três anos, lá em 2007, quando eu ainda trabalhava e morava em Cachoeiras de Macacu, não tinha feito pós-graduação e a crise mundial ainda não tinha explodido e detonado com as bolsas em tudo quanto é canto, eu criei o blog Vovó Viu a Rede. Como eu expliquei na época, criei o blog como forma de compartilhar meus estudos sobre redes de computadores, escrevendo em uma linguagem simples e fácil de ser compreendida.
Apesar de não ser um estouro de sucesso, o blog me rendeu, e ainda rende, bons elogios. Gente de tudo quanto é canto, inclusive da África, já apareceu na minha caixa de entrada com comentários positivos sobre meus artigos. Semana passada recebi, inclusive, um comentário aqui no Sarcófago, do leitor Daniel Josac, pergutando o motivo de eu ter parado de escrever. Foi sua pergunta que motivou este texto aqui.
Infelizmente a vida segue rumos inesperados e as coisas não continuam pra sempre como gostaríamos. Quando vim para Niterói vi meu tempo livre diminuir consideravelmente. Horário de trabalho maior, distância de casa maior, trânsito insuportavelmente caótico e obrigações do matrimônio impedira-me de continuar estudando e escrevendo como antes.
Apesar de prazeroso, o trabalho com o Vovó Viu a Rede tomava muito tempo (ou vocês acham que escrever aqueles textos era coisa de dez, quinze minutos?). Daí, como sempre temos que fazer escolhas em nossas vidas, tive que escolher parar de escrever para o blog. Parei, inclusive, de estudar sobre redes. O livro que comprei está guardado desde então. Inicialmente, pensei que seria apenas um afastamento temporário e que com o tempo eu poderia me reorganizar e voltar a escrever, mas as coisas não saíram como eu esperava.
É uma pena, eu sei. Eu também não gostei de abandonar minha cria, que foi tão bem recebida pela comunidade de TI, mas teve que acabar. Deixo o blog no ar pois sei que ainda ajuda a muitos que procuram informações sobre o assunto, agradeço a todas pelos elogios e pela companhia, mas fica o aviso: a vovó morreu. Longa vida a ela.
2 comentários:
É Mário. Lembro da época em que O Vovó e O Nuss... E Agora eram recém-nascidos, quando ficávamos incrivelmente felizes com 200-300 pageviews por causa de 2-3 dias na página inicial do Rec6.
As coisas mudam e, sei, é difícil manter uma frequência de artigos em um site que exige dias de preparação para um único artigo.
Pelo menos ele ficará no ar, ajudando aos estudantes que ainda virão.
Pois é, Frossard, bons tempos não?
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