Como eu havia prometido, aqui estão algumas considerações sobre a saga do Espectro Assassino. A história, como eu já havia dito, foi escrita pelos idos de 1994 para as aulas de redação da professora Kátia. Várias passagens dos textos são reflexos de minha vida na época:
A cidade do interior bem que poderia ser Cachoeiras. Ou até mesmo alguma menor ainda. Mas representava o meu mundo, o lugar onde vivia (vivo). Naquela época, o resto do mundo ainda meio que não existia pra mim.
As bolas de gude são uma tentativa (vã, diga-se de passagem) de fazer humor. Sempre tentei ser engraçadinho.
Brincar de caça-fantasmas era uma mania entre um grupo de colegas. Escolhíamos casas abandonadas da cidade e entrávamos nelas, cheios de medo, procurando evidências. Buuu.
A cena da chacina das crianças foi escrita imaginando em como seria tudo aquilo num filme. Tentei passar toda a tensão do momento.
Passear no mato era (e é) uma das atividades mais prazerosas de se fazer aqui em Cachoeiras. Muitas cachoeiras e poços bons para tomar banho estão bem longe da cidade e temos que tomar trilhas para chegar até lá. Na época, eu fazia isso um par de vezes por mês.
Já o ataque no Espectro Assassino na floresta foi totalmente inspirado pelo filme O Predador.
Os pais e mães-de-santo e, principalmente, as rezadeiras são fruto da influência das crenças de minha mãe, que quando eu era bem pequeno, com três, quatro anos, me levava a uma coroa para me rezar.
De resto, todas as cenas macabras são fruto de um vontade danada de aparecer, porque na época todos estávamos com mania de escrever textos violentos, com morte, sangue... aí eu quis fazer O texto. Será que consegui?
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