Há uns anos atrás eu comprei e li O Homem Duplicado, de José Saramago, e adorei. O cara inventou uma história muito bacana e me levou até um final surpreendente.
Quando então tive a oportunidade de ler outro livro do sujeito, não perdi tempo e carreguei pra casa Todos os Nomes, todo empolgado. No início até que o livro é bom, segue a linha do primeiro que li, com seus diálogos feitos no mesmo parágrafo, os detalhes destrinchados e um crescendo lento e contínuo. Mas o final é um anti-clímax.
Quando virei a última página, mal pude acreditar que tinha lido toda aquela história para, no final, me deparar com tamanha bobagem. Não é um final besta como o de A Vila, mas é como se depois de todas as aventuras na Ilha da Caveira, o King Kong não fosse levado para Nova York.
O livro vale a pena ser lido, mas pare a cinqüenta páginas do final. É melhor ficar o resto da vida querendo saber o final do que saber e se decepcionar.
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