Imagine um casal de namorados. Mas não imagine um casal comum. Pense num que nunca tenha brigado por nada. Dê aos dois bom humor e muita vontade de viajar pelo Brasil. Ponha nos porta-retratos deles fotos dos dois em Angra dos Reis, Ilha Grande, Foz do Iguaçu, Salvador, Jericoacoara e no Pantanal.
Coloque então no currículo deles cursos de culinária, dança de salão, fotografia e mergulho. Dê a ela cabelos longos e penteados, um sorriso de anjo e andar de dama. Dê a ele um corpo esbelto e muito cavalheirismo. Em seguida dê a eles três anos e meio de história juntos e muitas boas recordações.
Qualquer um poderia dizer com certeza que este casal era feliz por completo. Agora, para acabar com o exercício de imaginação, ponha no caminho dela uma viagem para um outro estado, para uma mudança definitiva e uma separação inevitável.
De comum acordo e baseados na sensatez que sempre lhes foi característica, terminam o namoro, pois sabem que dificilmente se verão de novo. No aeroporto, muitas lágrimas e o último beijo. Era o fim de uma linda história de amor que prometia durar pra sempre.
Viaje então cinco anos para o futuro e veja uma moça melancólica sentada na rede balançando na varanda de casa, perdida em pensamentos sobre aquela época.
É tudo isso que me vem à mente quando ouço a música Je T'Aime Encore, de um dos cds da Celine Dion. Melodia e letra se unem na voz da cantora para criar uma das músicas mais bonitas que já ouvi. Leia a letra e diga: o que a faz pensar?
"Lá se vai o outono, trazendo de volta as chuvas frias do inverno. O velho carro está na garagem, já tentaram consertá-lo, mas foi em vão. Nasceu o primeiro dente de Elisa e o pequeno Jim está ficando forte. Tô aprendendo a tocar violão, já sei quase uma música toda.
Eu achei umas guloseimas gostosas no mercado esta manhã. Eu gostaria de morar em Roma, seria muito legal. Tentei plantar umas flores, as mesmas das outras vezes. Acho que, por hora, é tudo. Ah, sim, eu ainda te amo.
Finalmente eu cortei o cabelo, e posso até te ouvir dizer 'finalmente'. É meio estranho viver assim, mas dá pra sobreviver. Quando me convidam pra sair eu aceito, danço a noite toda e talvez até mais. Mas enquanto danço, ah, eu ainda te amo.
Mas onde está você? Longe, e não sei seu endereço. Como está sua vida? Só o tempo pode aplacar minha dor.
Eu ainda te amo, como numa daquelas canções antigas. E isso me queima a alma, fazendo tudo parecer chato. E, cada vez mais, vou vivendo na medida do possível.
Sim, sim, eu ainda te amo. Mas você não pode me ouvir."
(Compre discos da Celine Dion no Submarino)
4 comentários:
Mário,
valeu pela dica!
Mário, nem li o post...
lembrei duma música de Roberto carlos que eu gosto... Traumas... passei só pra deixar a "dica"
p.s: tem uma versão dos Los Hermanos tocando essa m´sica no Altas Horas, muito boa tb...
abrassss
Ah, eu me lembro que vc já tinha falado dessa música...
Guilherme, que bom que gostou da dica. Volte sempre.
Thiago, vou procurar esta música com Los Hermanos. Depois de falo o que achei.
Priscila, já tinha falado, sim, no velho Sarcófago. O post, na verdade, é o mesmo. Só trouxe pra cá.
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