O que não falta por aí é gente que usa certas expressões achando que está abafando, quando na verdade está falando uma tremenda bobagem. E a confusão entre conclusão da história e moral da história é uma das coisas que mais acontecem, que canso de ouvir. O cara conta uma história qualquer e no final, emenda:
- Moral da história: quando o show acabou, não havia mais ônibus circulando e voltamos a pé.
Desde quando isso é a moral da história? Isso é apenas a conclusão dela. Moral da história é a lição que se aprende com uma situação qualquer, e sempre tem o ar de ditado. Pra exemplificar, conheçam esta história, que tem uma conclusões e duas morais:
Um passarinho que voava para o sul no inverno foi surpreendido por um nevasca. Pousou em uma fazenda para se abrigar e escolheu a cocheira do cavalo. Já sem forças ficou estirado no chão dando os seu últimos suspiros. Foi então que um cavalo cagou em cima dele. Pensou ele:
- Que destino cruel! Eu estirado aqui e ainda cheio de esterco.
Foi aí que ele notou que a bosta era quentinha, e logo recuperava suas forças. Ficou tão feliz, que se pôs a cantar. Nisso passava um gato, que escutando o canto foi ao monte que o cavalo fizera, achou o passarinho e o comeu.
Moral da história #1: Se você está em um lugar quente, macio e confortável, mesmo que seja um monte de merda, melhor ficar com o bico fechado!
Moral da história #2: Nem sempre quem te tira da merda é pra te ajudar.
Eu acho que esta confusão acontece porque a "moral da história" geralmente é falada depois que a história em si termina, dando a impressão de ser um segundo final, ou O final. Aí a pessoa fica achando que sempre que chega no final da história ela tem que dizer que ele, o final, é a moral.
2 comentários:
Adorei a história do passarinho hehe. Me fez lembrar de várias situações no meu trabalho.
Abs!
Esta é ótima mesmo, Anderson. E não é a mais pura verdade?
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