50 Semanas de Rock - Aerosmith

A segunda banda da longa fila que tenho para ouvir este ano começou me pegando de surpresa: eu não tinha a mínima idéia de que o Aerosmith tinha começado em 1969! Os caras já estão na estrada há muito tempo. Para conhecê-los baixei três discos: Toys in the Attic, Get a Grip e Nine Lives. Eu não ia baixar Get a Grip, pois preferia uma coletânea, mas como não consegui baixar nenhuma e o Thiago Verde não parou de falar no meu ouvido para que eu o baixasse, ele teve sua chance.

Toys in the Attic, da década de 70, tem um rock bem diferente dos outros dois, com um pé no blues. Devem ser as influências deles na época. Pra mim, são três os destaques do disco. Uncle Salty é gostosíssima de ouvir. Big Ten Inch Record, a melhor do disco, junta blues, metais, piano, gaitas e, claro, guitarras, tendo cara de música dos anos 50. Já You See Me Crying lembra muito as baladas de John Lennon ou Elton John. De resto, muita música boa.

Sobre Get a Grip, tenho que agradecer publicamente ao Thiago: que cd bom! É rock do princípio ao fim. Eat the Rich é acachapante, com uma bateria nervosa e uma guitarra que só falta falar. Fever é rock dançante, parece que foi feita para pistas de dança, mas sem deixar de ser pesada. Flesh tem um solo de guitarra responsa. A bateria no início de Walk on Down, em rápidos dois segundos, chama mais atenção do que alguém uma melancia no pescoço, repeti umas dez vezes. Boogie Man é coisa rara hoje em dia: música instrumental, e bonita! Duas músicas do cd eu já conhecia, e são dois rocks espetaculares: Cryin' e Crazy. Simplesmente imperdíveis. Taí um disco que talvez eu compre.

Por fim temos Nine Lives, que também tem ótimos momentos. Tenho a leve impressão que eu já tinha ouvido a excelente Hole in My Soul antes. Taste of India é fodona, diferente, com o vocal lembrando os cânticos indianos, de longe minha favorita de todas as que ouvi. Full Circle tem um refrão que leva a crer que nos shows todo mundo levanta os isqueiros e canta junto. Something's Gotta Give e Crash são dois rockões fuderosos, rápidos, batidos, eletrizantes. The Farm, apesar de não ser das melhores, tem duas ótimas surpresas: a virada no meio a música (a partir de 2:20) e a citação a Somewhere Over the Rainbow no final. Depois descobri que há várias citações à história do Mágico de Oz no meio da música. Por fim, um bônus famoso no disco: a excelente I Don't Want to Miss a Thing, tema do filme Armageddon.

Resumindo, me amarrei em Aerosmith. Eles fazem um rock que se pode chamar de popular. Não é nem pauleira braba e barulhenta, nem rock sujo, nem tem aquele ar de rebeldia característico do rock. É simplesmente muito bom mesmo, e com certeza procurarei conhecer mais deles. Se eu não comprar um Get a Grip pra mim, pelo menos vou comprar uma das coletâneas do grupo. Recomendo para qualquer um.

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CD Get a Grip
CD Nine Lives (tá apenas R$ 13,00!!)
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