Eu não sei fazer perguntas

E vejo que não sei fazer perguntas quando as pessoas me perguntam coisas, principalmente sobre outras pessoas. Quando comento sobre um amigo, um cliente, uma professora, as pessoas inundam meus ouvidos com perguntas curiosas, para as quais não tenho respostas, simplesmente porque não me tinha ocorrido tê-las perguntado antes.

E aí, finalmente, eu faço uma pergunta importante, para mim mesmo: por que não perguntei isso antes? A resposta é simples: porque não sei fazer perguntas.

Daí me aparece o site da minha ex-professora Catherine Beltrão (ex?).

Quer dizer, site não, aquilo é mais que site. Deixa eu mudar a frase...

Daí me aparece aquela mesa de bar, um bar que toca Bach, um bar que serve chá de cassis, e responde às perguntas que nunca fiz. E ao ver as respostas para o que não perguntei, vejo o quanto perco, o quanto peco, por não saber perguntar.

Nos cerca de dois anos e meio em que eu e Catherine convivemos eu tive oportunidade de fazer dezenas de perguntas, mas nunca as fiz. E quando li tudo aquilo (tudo não, pois ainda há muito a ler), vi o quanto perdi. E prometo a mim mesmo que de hoje em diante, vou fazer nascer perguntas e perguntá-las-ei.

Eu poderia indicar a vocês a leitura da sua história musical, quando chegou a escrever música para Clara Nunes, ou então que vejam a galeria de mais de cem quadros-retratos pintados por sua avó, mas deixo a descoberta em suas mãos.

Visitem vocês também o site de Catherine Beltrão e descubram que ainda há pessoas cuja história de vida não é apenas "me fudi muito mas venci".

Ah, sim! Catherine, obrigado pela menção. Me senti mais que honrado.

7 comentários:

Anônimo disse...

Uau, Mario, isso é que é "estar na berlinda" (não sei se esta expressão ainda está valendo...)!
Você é realmente um cara e tanto, escreve pra burro (esse "burro" é no sentido de muito e de muito bom), escancara seus pensamentos e de vez em quando seus sentimentos.
Bem que você tinha me falado que ía tocar buzina do meu site neste seu magnífico Sarcófago! Pois é, taí... valeu, obrigadão, colega!

Anônimo disse...

Nossa Mario!!! Nao sei de quem tenho mais orgulho: da minha grande amiga Catherine ou de voce! Sabe, voces me fazem ver cores mais vivas no cenario da vida! E saibam: adoro viver!!!!
Parabens aos dois!
Beijos com carinho,
Bene

Mário Marinato disse...

Quê isso, Catherine! Cê merece! Eu é que agradeço os elogios.

***

Bené?! Você por aqui?! Puxa vida, que coisa boa de se ver! Volte sempre!!

Anônimo disse...

Mário...não é por nada não, mas o link tá quebrado. Dá só uma olhada...:P

Mário Marinato disse...

Eita! Valeu o toque, Priscila. Vou consertar isso agora!

Unknown disse...

Mario
aqui é Eduardo, genro da Catherine. Quero te dar os parabens pelas belas palavras. Seu texto é comovente e extremamente feliz para este momento em que, diante de tantas duvidas e incertezas, deparamo-nos com provas vivas de arte e brilho. Muito obrigado e parabens!
Eduardo Vieira

Mário Marinato disse...

Quê isso, Eduardo, não mereco parabéns por nada, não. Quem merece nosso aplauso é a Catherine, por ter posto no ar tudo aquilo, pra que a gente possa conhecer um pouco mais dela.

Mesmo assim, obrigado pelo elogio.

E agradeço também a visita.

Grande abraço.