As 18 músicas que marcaram meu ano (atualizado)

Todo início de ano eu gravo um cd com as músicas que marcaram o ano anterior. Como 2007 já está praticamente no fim e acho difícil alguma música entrar pra lista, segue aqui as que mais fizeram sucesso nas minhas caixas de som.

Our Memories (Ben Barden): Descobri o Ben Barden por acaso (já falei dele aqui) e esta música é uma de suas melhores. Lembra muito as fugas de Bach.

In a Manner of Speaking (Nouvelle Vague): Nouvelle Vague está mais para projeto artístico do que para conjunto pois as pessoas que fazem parte dele estão sempre mudando. Eles pegam músicas antigas e dão a elas uma roupagem mais light, estilo jazz e até mesmo bossa nova. In a Manner of Speaking é do Depeche Mode, original que não conheço. Mas a regravação ficou 10.

Ghita (Cleopatra Stratan): A bonequinha romena que gravou um disco aos 4 anos de idade fez sucesso por aqui no início do ano. Três músicas tocaram muito, mas só o single Ghita entra para a lista.

Panic Attack (Dream Theater): Graças ao Thiago Verde descobri o excelente disco Octavarium, de onde saiu este rock porreta, de tempo quebrado, cantado rápido e que tem até final falso.

Eu Quero Ir Pra Lá (Jozyanne): O disco Eu Quero Ir Pra Lá merece de longe o título de melhor disco do ano, e nada mais óbvio que sua música-título estar nesta seleção.

Brian Wilson (Barenaked Ladies): Conheci o grupo graças às sugestões automáticas da last.fm e esta música entrou de primeira na lista das mais ouvidas, pois grudou logo na primeira audição. Parece que é uma música lenta mas a bateria surge freneticamente do nada e ela se transforma. O final é apoteótico.

This Town (Elton John): Saída do disco Ice on Fire, é uma música do segundo ou terceiro escalão da carreira de Elton John, mas que aqui entrou para o panteão das melhores. Nada como uma música dançante com metais.

Descobrir o rei Roberto foi uma das melhores coisas deste ano, tanto que três músicas entraram para esta lista:

História de um Homem Mau (Roberto Carlos): Entra pra categoria "músicas contam uma história de um jeito que você vê a cena acontecer na sua mente". É a história do valentão que é desafiado e que no final... bem, ouça para descobrir.

Nasci Para Chorar (Roberto Carlos): Um depressivo chorão conta sua vida de tristezas. Um rock simples e das antigas mas bom pacas. Tem um backing vocal maneiríssimo.

Você Não Serve Pra Mim (Roberto Carlos): Resumindo bem a letra da música, ela diz "aí, mulé, a gente é muito diferente, cai fora, porra!". Lulu Santos deve ter se inspirado nela quando compôs "Assim Compôs a Humanidade", pois ambas expressam o mesmíssimo sentimento.

El Fuca Vermejo No Me Atropellará Jamás (MegaRex): Era apenas uma música bem humorada de uma banda desconhecida que estava abrindo o show de uma outra banda um pouco menos desconhecida, no Circo Voador, mas chegou e ficou, fazendo mais sucesso que a atração principal.

Taking Chances (Celine Dion): Faixa título e primeiro single do novo disco de Celine Dion, é uma de suas melhores.

Can't Stand Losing You (The Police): Dentre as músicas do grupo, já era a que eu mais gostava, mas depois do momento orgásmico no show no Maracanã, fincou lugar certo na lista.

Graffiti (Inmigrantes): Esta banda argentina ainda está se tornando conhecida no Brasil e seu disco está recheado de excelentes músicas pop-rock. Graffiti é uma delas. Agradecimentos à Fabiane Lima pela dica.

Sound Scientist (Bill): Ainda estou pra descobrir mais sobre esta banda que fez uma das melhores músicas do ano. Sound Scientist mistura tudo que eu gosto: levada rápida, canto estupidamente rápido mas claro, piano, solo de metais e uma seção instrumental dançante e enorme.

Basque (Elton John): Aparentemente, esta música nunca foi lançada oficialmente em lugar nenhum, mas ainda assim ganhou um Grammy. Merece facilmente, mas muito facilmente mesmo, o título de melhor música instrumental do Elton John. É uma das melhores instrumentais que já ouvi, no nível de Greensleaves (anônimo), Peaceful Days (Chrono Trigger) e As Quatro Estações (Vivaldi).

Where To Now, St. Peter? (Elton John & Ann Wilson): A versão original desta música, do disco Tumbleweed Connection, 1970, já era uma das que eu mais gosto do Elton John. Quando ouvi esta regravação feita este ano, transformada num rockão fuderoso, soube de primeira que iria ouvi-la durante meses a fio.

Sexo e Luz (Gal Gosta): O título de melhor música vai para esta da esquecida Gal Costa. Sexo e Luz é uma declaração de amor muito foda, com um refrão de levada diferente de tudo o que já ouvi, um instrumental impecável, simplesmente perfeita. Lembro claramente de quando a escutei pela primeira vez: eu estava lendo um livro, ela começou a tocar e quando o refrão estourou já não havia mais livro, não havia mais visitas, não havia mais nada, só ela, que não pára de tocar há uns quatro ou cinco meses.

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