Hoje eu fugi mais cedo da faculdade e cheguei em casa bem antes do normal. Aproveitando o tempo livre, fui ver a fita com a gravação do décimo Prêmio Multishow.
Bem que eu queria evitar isso, mas vou ter que começar falando mal. Parece que a produção do Prêmio quis criar um clima de Oscar ou de Grammy. Se quis, não conseguiu. E se não quis, criou sem querer uma caricatura destes. Sem exagerar, a produção estava hor-ro-ro-sa. Quando voltava dos comerciais podia-se ouvir a Fernanda Torres perguntando se já estava no ar ou não, no início de uma música o microfone do Toni Garrido bichou, e haviam também os apresentadores dos prêmios que não tinham um script a seguir, fazendo uma zona só. Ainda na linha "vamos copiar o Oscar", todos tentavam fazer piadinhas, mas só duas se salvaram entre tantas: a Ivete Sangalo, ao agradecer pelo prêmio de melhor cantora, fez-se de metida e disse que as outras candidatas tinham o cd dela em casa; e a Luana Piovani fez gracinhas quando o Zeca Pagodinho saiu do script. Fora isso, tudo muito sem graça.
Já sobre as premiações, teve coisa que gostei e coisa que não. Muito justo a Ivete Sangalo ter ganho como melhor cantora. Muito justo também Sandy & Júnior terem ganho pelo melhor show. Assim como o Rouge ganhar como grupo revelação. Tudo bem que elas são horríveis, mas nenhuma revelação fez tanto sucesso. Do time que não gostei, acho que Maria Rita Mariano é muito melhor que Luiza Possi, e deveria ter ganho como revelação solo. Já os Tribalistas têm um cd fraco demais para ganhar qualquer prêmio que seja, e deviam ter passado seu troféu para o Kid Abelha. Bom, pelo menos Jorge Vercilo não ganhou nada. Só senti falta do RPM, que ano passado mandou muito bem com o seu cd e com a música Onde Está o Meu Amor?, que fez o mó sucesso por esse Brasilzão.
Bom isso tudo foi a parte "prêmio" da noite. A parte "show" foi bem melhor. Primeiro vinha Paulo Miklos recitando versos de músicas famosas. É incrível como às vezes fica complicado descobrir qual é a música que está sendo declamada, e olha que às vezes eram músicas muito conhecidas. Tivemos também as duas grandes bandas, que misturaram músicos de vários grupos nacionais, interpretando músicas que fizeram sucesso na história do Prêmio, com destaque para Minha Alma, de O Rappa, na voz de Sandy, e de Se Eu Não te Amasse Tanto Assim, da Ivete, que ficou numa nova roupagem quase perfeita. Só não foi perfeita porque o Toni Garrido não conseguiu gritar direito. Por fim, muito justa a homenagem a Erasmo Carlos, realmente merecida, visto a importância do cara na história da música brasileira.
Fechando a noite, Titãs e Erasmo cantando juntos uma música que foi sucesso na voz de ambos, e que traz uma bela mensagem a todos nós: É Preciso Saber Viver.
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