Se você, querida leitora, fala algum outro idioma fluentemente, se você já passou seis, sete anos dentro de uma sala de curso, com certeza vai reconhecer o seguinte diálogo:
- Ei, você fez inglês (ou espanhol/russo/francês), não fez?
- Sim, fiz.
- Então me diz, o que significa twaddle (ou hecha/recherchez)?
- Hm... não sei.
- [em tom de indignação] Pô, mas tu não estudou isso um tempão, cara?
Não preciso dizer que isso já aconteceu comigo trocentas vezes, certo?
Para a maioria das pessoas, o fato de ter feito um curso de qualquer língua que seja já te torna um dicionário ambulante, com obrigação de conhecer toda e qualquer palavra naquele idioma.
Minha melhor saída para a conversa é:
- Vem cá, você sabe o que significa substabelecimento?
- Não!
- Pois é, esta é uma palavra do português. Se você, que fala português o dia inteiro desde os três anos, e hoje tá com 30, não sabe, porque é que eu, que estudei seis anos, três horas por semana, deveria saber tudo de inglês?
E acaba por aí.
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